Preço do etanol sobe em 17 Estados e no DF, cai em 8 e fica estável em Pernambuco, diz ANP

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Os preços médios do etanol hidratado subiram em 17 Estados e no Distrito Federal, caíram em 8 e ficaram estáveis em Pernambuco na semana passada. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela Agência em todo o País, o preço médio do etanol subiu 0,46% na comparação com a semana anterior, a R$ 4,39 o litro.

Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 0,24% no período, de R$ 4,18 para R$ 4,19 o litro. A maior alta porcentual na semana, de 8,82%, foi registrada no Amazonas, onde o litro passou a R$ 5,43. A maior queda no período, em Rondônia, foi de 2,97%, para R$ 5,23.

O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,39 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 4,11 foi registrado em Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amapá, de R$ 5,52 o litro.

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Entenda o ajuste que está sendo desenhado pelo governo para evitar aumento na tarifa de Itaipu

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O governo federal está desenhando uma solução para o impasse envolvendo a tarifa de Itaipu, depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu um prazo final para um desfecho para a questão, sob o risco de aumentar o valor pago por consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste pela energia da usina.

Se a iniciativa não prosperar, a tarifa de repasse do empreendimento pode ter uma alta de 6% do lado brasileiro, de acordo com cálculos da agência reguladora, o que levaria o Ministério de Minas e Energia (MME) a descumprir promessa feita de que a cobrança será mantida em US$ 17,66 por quilowatt ao mês (kW.mês) mesmo que o valor de US$ 19,28 kW.mês tenha sido acordado junto ao Paraguai para permanecer vigente até 2026.

A diferença tem sido paga por uma espécie de "cashback" que prevê o reembolso do valor pendente por meio de desconto no investimento feito no Brasil pela usina. O problema é esse montante não será suficiente para cobrir o déficit da conta de comercialização em 2024. O custo de cessão, que é a parcela extra paga pelos brasileiros pela energia da usina que não é usada pelos paraguaios, também precisará ser coberta.

Neste contexto, o governo quer evitar o aumento da tarifa para fazer frente a estes custos usando o "bônus Itaipu", que ocorre quando a conta de comercialização de energia da hidrelétrica tem saldo positivo. Hoje, a regra obriga o repasse desse bônus na forma de desconto aos consumidores brasileiros residenciais e rurais que tiveram consumo inferior a 350 quilowatts-hora (kWh). Este foi, inclusive, o responsável pela derrubada na inflação de janeiro.

De acordo com o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, essa estratégia será mantida e apenas parte do recurso que se converteria em futuros descontos será usada para compensar o montante que falta na tarifa de repasse. Segundo ele, o MME já enviou um decreto que autoriza o uso de parcela do montante total do bônus para validação da Casa Civil.

Ao Broadcast Energia, a Aneel esclareceu os R$ 1,5 bilhão considera uma disponibilidade de recursos que se dará ao longo de 2024 e está associada à recomposição de empréstimos realizados para distribuidoras nos anos de 2021 e 2022, e não incluem os R$ 1,3 bilhão, que já foram distribuídos em janeiro.

Alternativa possível

Para o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, do ponto de visto do consumidor, a medida é "neutra" já que, se prosperar, não alterará o valor pago nas contas de luz. Ele pondera que, se o governo quisesse diminuir a tarifa, poderia fazê-lo aumentando o cashback que está sendo feito via redução dos repasses para obras socioambientais feitas com o orçamento da usina, ainda que não tenham ligação direta com a hidrelétrica.

Ele lembra ainda que a tarifa de Itaipu deveria ter diminuído com a quitação do financiamento para a construção da usina, que ocorreu em 2023, o que não ocorreu. O valor usado nessas obras não é administrado, no caso do Brasil, "diretamente pelo governo brasileiro, sem passar por nenhum dos checks and balances dos recursos públicos", reforça.

Para Angela Gomes, diretora técnica da PSR, a redução das despesas discricionárias da usina é, de fato, uma das opções que poderiam ser consideradas e, do ponto de vista da forma, dependeria apenas de ajustes no orçamento do empreendimento. "Teria só que se fazer refletir no orçamento quanto que a parte brasileira tem para fazer investimento socioambiental e quanto seria esse cashback", avalia.

A especialista avalia ainda que Itaipu deverá continuar gerando "um pouco abaixo da média", o que pode levar o mesmo debate a ocorrer no ano que vem, já que o déficit está relacionado à geração da usina em 2024.

Impasse legal

De acordo com a Aneel, o cálculo da tarifa bônus e a regra de repasse têm como fundamento a Lei nº 10.438, de 2002, o Decreto nº 11.027, de 2022, além dos Procedimentos de Regulação Tarifária (Proret).

Por estar previsto em lei, as primeiras informações sobre o decreto para um uso distinto do bônus geraram dúvidas quanto à necessidade de alteração na legislação.

A advogada Laura Souza, do escritório Machado Meyer, no entanto, afirma que a lei prevê apenas que "parcela" do resultado da comercialização de energia de Itaipu será destinada ao bônus: "a lei não fala que é todo o resultado. E ela fala que é mediante regulamentação do Poder Executivo".

A jurista lembra ainda que o detalhamento é feito por decreto, de modo que um possível questionamento quanto à forma "não é uma tese que deve prosperar no Judiciário". (Colaborou Renan Monteiro)

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'Se taxar o aço, vamos reagir', diz Lula sobre tarifaço de Trump

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Na contramão da postura adotada até aqui por alguns dos seus principais ministros, que falam em negociação com o governo dos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 14, que vai reagir contra a imposição de tarifa de 25% sobre as exportações de aços para o mercado americano. Lula falou até em levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC).

\"Enquanto os EUA tiverem uma relação civilizada e harmônica com o Brasil, está tudo bem. Agora, ouvi dizer que vão taxar o aço brasileiro. Se taxar, vamos reagir comercialmente ou vamos denunciar na OMC ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles\", afirmou o presidente, em entrevista para a Rádio Clube do Pará. \"A relação do Brasil com os EUA é muito igualitária. Eles importam US$ 40 bilhões. Nós importamos US$ 45 bilhões.\"

Questionado sobre seu relacionamento com o presidente dos EUA, Donald Trump, Lula respondeu que \"não há relacionamento\". \"Existe relação entre governos.\" Ele disse ainda que o Brasil não quer \"atrito com ninguém\". \"Queremos paz e tranquilidade. Se o Trump tiver esse comportamento com o Brasil, teremos esse comportamento com os EUA. Agora, se tiver alguma atitude com o Brasil haverá reciprocidade.\"

Na segunda-feira, 10, o presidente Donald Trump anunciou a cobrança de tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio dos EUA. A medida atinge importantes parceiros comerciais dos americanos, caso do Brasil, que em 2024 foi o segundo maior fornecedor do produto para o país, atrás apenas do Canadá. Na quinta-feira, 13, em novo movimento, Trump assinou memorando com o objetivo de criar taxas para as importações americanas, provenientes de todos os países, com as mesmas tarifas que são cobradas de exportadores dos EUA.

A investida tem levantado temores de eclosão de uma guerra comercial global. Os principais conselheiros escolhidos por Lula para discutir o tema até aqui foram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin - que também é o titular da pasta da Indústria, Comércio e Serviços.

Ambos disseram que era preciso entender melhor o teor das medidas e tentar abrir um canal de negociação com o governo dos EUA - postura que tem o aval de empresas brasileiras. No caso do aço, Alckmin chegou a dizer que o ideal seria tentar manter o acordo de cotas que vigora desde 2018, firmado no primeiro mandato de Trump. \"O que foi feito anteriormente (em 2018)? Cotas. Essa é uma boa solução. Então, o caminho é o diálogo\", disse ele, em entrevista na quarta-feira passada, 5.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Após ofensiva de Trump, Brasil reforça uso de moeda local no Brics

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Em meio à ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brics, a presidência do Brasil do bloco se comprometeu a desenvolver uma plataforma que permita aos países-membros usarem suas próprias moedas para o comércio entre eles, o que poderia abrir caminho para substituir, em parte, o dólar como moeda do comércio internacional.

“De forma a cumprir o mandato estabelecido pelos líderes do Brics na Cúpula de Johanesburgo em 2023, a presidência do Brasil dará continuidade aos esforços de cooperação para desenvolver instrumentos de pagamento locais que facilitem o comércio e o investimento, aproveitando sistemas de pagamento mais acessíveis, transparentes, seguros e inclusivos”, informa o documento.

A medida contraria os interesses dos Estados Unidos, que iniciaram uma guerra comercial com a elevação de tarifas para alguns mercados e produtos, incluindo o aço e alumínio, mercadorias que o Brasil exporta para o país norte-americano.

Nessa quinta-feira (13), antes de se reunir com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que faz parte do Brics, o presidente Trump disse que o bloco estaria “morto” depois das ameaças que fez de taxar em 100% as importações dos países que substituam o dólar.

Por sua vez, o documento da presidência brasileira do Brics afirma que o “recurso insensato ao unilateralismo e a ascensão do extremismo em várias partes do mundo ameaçam a estabilidade global e aprofundam as desigualdades”.

O documento completa dizendo que “o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem destacado o potencial do Brics como espaço para construção das soluções de que o mundo tanto precisa. Mais do que nunca, a capacidade coletiva de negociar e superar conflitos por meio da diplomacia se mostra crucial. Nosso agrupamento dialoga com todos e está na vanguarda dos que defendem a reforma da governança global”.

Desdolarização
O professor de ciência política Fabiano Mielniczuk, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), destacou que o Brasil terá que deixar mais claro para o mundo o que significa esse tipo de mecanismo de pagamento em moeda local.

“O Brasil tem enfatizado bastante, principalmente na figura do seu Sherpa novo, o [embaixador] Maurício Lirio, que não pretende avançar no sentido da desdolarização das relações econômicas internacionais. O Brasil não quer criar atritos com os EUA. E o Brasil precisa deixar claro até que ponto a criação de mecanismos para pagamento em moeda local no âmbito do Brics representa, ou não, uma alternativa ao dólar”, ponderou.

IA e indústria
O Brasil ainda promete fortalecer a recém-criada Rede de Think Thanks sobre Finanças e a cooperação em infraestrutura, tributação e aduanas, assim como aprofundar a Parceria Brics para a Nova Revolução Industrial (PartNIR), “cujo objetivo é a diversificação e a atualização tecnológica da base industrial dos países do agrupamento”.

A regulação da Inteligência Artificial (IA) é outra agenda da presidência brasileira no Brics. Para o professor Fabiano Mielniczuk, o Brasil e os Brics precisam avançar na proteção dos dados produzidos nos países.

“Esses dados estão gerando riqueza para as big techs. O Brasil deveria focar na dimensão econômica da economia de dados que está por trás da geração de modelos de IA e não apenas regular o uso da IA. Se o viés econômico de economia de dados avançar no tratamento de IAs, aí os interesses do Sul Global vão ser atendidos”, argumentou o especialista em Brics.

FMI e Banco Mundial
No documento que detalha as prioridades da presidência brasileira, o país se comprometeu ainda a promover a defesa da reforma das instituições financeiras internacionais, em especial, do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI).

“A presidência brasileira pretende aumentar a representação dos países em desenvolvimento em posições de liderança [no FMI e Banco Mundial], refletindo melhor as contribuições das nações do Sul Global para a economia mundial, bem como objetiva trabalhar para aprimorar iniciativas como o Novo Banco de Desenvolvimento e o Arranjo de Reservas para Contingências”, diz o texto.

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Dólar aprofunda queda e fecha abaixo de R$ 5,70 pela primeira vez em 3 meses

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar despencou 1,21% nesta sexta-feira (14) e encerrou a semana cotado a R$ 5,696, o menor valor de fechamento em três meses.

A moeda passou o dia em queda firme, com alívio dos investidores após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não ter imposto tarifas recíprocas imediatas aos parceiros comerciais dos norte-americanos.

As perdas aceleraram após às 16h, quando a Folha de S.Paulo informou que a aprovação do governo Lula (PT) desabou para 24%, segundo dados do Datafolha. A Bolsa, que também estava em forte alta, passou a disparar acima de 2% depois da publicação da pesquisa, ainda que outros fatores também tenham pesado na sessão. Às 17h, subia 2,63%, aos 128.134 pontos.

"O presidente Lula não tem tanta força como o mercado esperava que ele tivesse, o que ajuda os preços dos ativos a caírem. Isso é algo que boa parte dos investidores já tem colocado na conta e explica um pouco desse movimento baixista do dólar este ano contra o real", diz Alexandre Viotto, chefe da mesa de câmbio da EQI Investimentos.

A começar pela ponta internacional, Trump detalhou, na véspera, o roteiro para a reciprocidade tarifária que havia prometido enquanto ainda era candidato na corrida presidencial. O memorando mira países que praticam impostos sobre produtos norte-americanos, bem como as chamadas barreiras não tarifárias.

As tarifas serão impostas "país por país" após estudos, começando pelos países com os quais os EUA têm o maior déficit comercial. O secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmou que as análises devem estar prontas até o dia 1º de abril.

Os mercados globais viram com bons olhos o prazo apresentado pelo republicano. A interpretação é de que o anúncio foi uma orientação para que as alas comerciais do governo estudem as barreiras comerciais impostas sobre os produtos norte-americanos, e não uma guinada agressiva em direção ao protecionismo econômico.

Caso a implementação fosse imediata, como temiam os investidores, os riscos de uma guerra comercial ampla poderiam ter sido acirrados.

"Trump tem adotado uma postura mais flexível e menos agressiva do que se esperava na questão das tarifas, visto que a retórica durante a campanha eleitoral foi bastante firme. Esperava-se que ele fosse impor tarifas muito elevadas imediatamente", diz Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

A leitura, agora, é de que há espaço para negociações e acordos de países na mira de Trump, o que dá margem para que a política tarifária seja mais branda do que o esperado. Isso tem enfraquecido o dólar globalmente.

"O 'Trump Trade' [operações Trump, em português] do ano passado, quando o dólar se fortaleceu muito porque os investidores estavam antecipando os efeitos esperados das medidas do novo governo, está sendo revertido."

A reciprocidade tarifária segue a esteira de outras medidas já adotadas pelo republicano desde que assumiu o cargo, em 20 de janeiro. Ele confirmou que irá impor, a partir de 4 de março, tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio que chegam ao país. Na semana passada, aplicou tarifas de 10% a produtos da China e de 25% sobre México e Canadá -esta última suspensa até o início do próximo mês, após acordo com os dois vizinhos.

O "tarifaço", além de estimular uma guerra comercial ampla, tem o potencial de encarecer o custo de vida dos norte-americanos, o que pode comprometer a briga do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) contra a inflação e forçar a manutenção da taxa de juros em patamares elevados.

Quanto maiores os juros por lá, mais atrativos ficam os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, os chamados treasuries, o que fortalece o dólar globalmente. Com a percepção de que a política tarifária será mais branda, parte das apostas nos treasuries foram desmontadas, enfraquecendo a moeda norte-americana.

Além disso, dados do varejo dos Estados Unidos surpreenderam o mercado. O Departamento do Comércio informou que as vendas no setor caíram 0,9% em janeiro, depois de terem subido 0,7% em dezembro. A expectativa de economistas consultados pela Reuters era de um recuo de 0,1%.

"Isso não acontecia desde março de 2023. O dado empurrou as treasuries para baixo, o que ajudou na apreciação das moedas emergentes", afirma Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

Lais Costa, analista da Empiricus Research, ainda acrescenta que o "descolamento das expectativas, não explicado por uma questão sazonal, pareceu ser um sinal sobre a economia dos EUA, e não um ruído." Em reação, investidores elevaram as apostas de mais cortes nos juros dos EUA.

A reação também apareceu nas curvas de juros brasileiras. No fim da tarde, a taxa para janeiro de 2026 -uma das mais líquidas no curto prazo- estava em 14,785%, ante o ajuste de 14,832% da sessão anterior. A de janeiro de 202

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Após ofensiva de Trump, Brasil reforça uso de moeda local no Brics

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Em meio à ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brics, a presidência do Brasil do bloco se comprometeu a desenvolver uma plataforma que permita aos países-membros usarem suas próprias moedas para o comércio entre eles, o que poderia abrir caminho para substituir, em parte, o dólar como moeda do comércio internacional.  

“De forma a cumprir o mandato estabelecido pelos líderes do Brics na Cúpula de Johanesburgo em 2023, a presidência do Brasil dará continuidade aos esforços de cooperação para desenvolver instrumentos de pagamento locais que facilitem o comércio e o investimento, aproveitando sistemas de pagamento mais acessíveis, transparentes, seguros e inclusivos”, informa o documento.

A medida contraria os interesses dos Estados Unidos, que iniciaram uma guerra comercial com a elevação de tarifas para alguns mercados e produtos, incluindo o aço e alumínio, mercadorias que o Brasil exporta para o país norte-americano.

Por sua vez, o documento da presidência brasileira do Brics afirma que o “recurso insensato ao unilateralismo e a ascensão do extremismo em várias partes do mundo ameaçam a estabilidade global e aprofundam as desigualdades”.

O documento completa dizendo que “o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem destacado o potencial do Brics como espaço para construção das soluções de que o mundo tanto precisa. Mais do que nunca, a capacidade coletiva de negociar e superar conflitos por meio da diplomacia se mostra crucial. Nosso agrupamento dialoga com todos e está na vanguarda dos que defendem a reforma da governança global”.

Desdolarização
O professor de ciência política Fabiano Mielniczuk, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), destacou que o Brasil terá que deixar mais claro para o mundo o que significa esse tipo de mecanismo de pagamento em moeda local.

“O Brasil tem enfatizado bastante, principalmente na figura do seu Sherpa novo, o [embaixador] Maurício Lirio, que não pretende avançar no sentido da desdolarização das relações econômicas internacionais. O Brasil não quer criar atritos com os EUA. E o Brasil precisa deixar claro até que ponto a criação de mecanismos para pagamento em moeda local no âmbito do Brics representa, ou não, uma alternativa ao dólar”, ponderou.

IA e indústria
O Brasil ainda promete fortalecer a recém-criada Rede de Think Thanks sobre Finanças e a cooperação em infraestrutura, tributação e aduanas, assim como aprofundar a Parceria Brics para a Nova Revolução Industrial (PartNIR), “cujo objetivo é a diversificação e a atualização tecnológica da base industrial dos países do agrupamento”.

A regulação da Inteligência Artificial (IA) é outra agenda da presidência brasileira no Brics. Para o professor Fabiano Mielniczuk, o Brasil e os Brics precisam avançar na proteção dos dados produzidos nos países.

“Esses dados estão gerando riqueza para as big techs. O Brasil deveria focar na dimensão econômica da economia de dados que está por trás da geração de modelos de IA e não apenas regular o uso da IA. Se o viés econômico de economia de dados avançar no tratamento de IAs, aí os interesses do Sul Global vão ser atendidos”, argumentou o especialista em Brics.

FMI e Banco Mundial
No documento que detalha as prioridades da presidência brasileira, o país se comprometeu ainda a promover a defesa da reforma das instituições financeiras internacionais, em especial, do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI).

“A presidência brasileira pretende aumentar a representação dos países em desenvolvimento em posições de liderança [no FMI e Banco Mundial], refletindo melhor as contribuições das nações do Sul Global para a economia mundial, bem como objetiva trabalhar para aprimorar iniciativas como o Novo Banco de Desenvolvimento e o Arranjo de Reservas para Contingências”, diz o texto.

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Lula diz que projeto vai entregar gás gratuito a 22 milhões de famílias

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(FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (13) em Macapá (AP) que o governo está concluindo um projeto de lei que visa oferecer gás de cozinha gratuito para 22 milhões de famílias.

"Estamos discutindo um projeto que está quase pronto para entregarmos gás de graça para 22 milhões de famílias deste país. Para nós, o gás faz parte da cesta básica", afirmou o presidente.

Na sequência, Lula afirmou que o botijão de gás sai da Petrobras por R$ 36 e questionou ao público presente quanto eles pagavam pelo produto, ouvindo valores que chegavam a R$ 150.

Em agosto do ano passado, em um evento na Paraíba, ele já havia prometido "gás de graça", informando que o produto passaria a fazer parte da cesta básica. O plano faz parte do programa Gás Para Todos, que vai substituir o atual Auxílio Gás.

O programa atual beneficia cerca de 5 milhões de famílias a um custo de R$ 3,7 bilhões por ano. Mas empresários do setor e parlamentares reclamam que o dinheiro não é carimbado e, por isso, pode ser usado em outras rubricas.

O Congresso tem um projeto de lei para regulamentar e expandir o programa, que prevê carimbar os recursos para a compra de botijão e ampliar gradativamente o benefício a todas as famílias cadastradas no CadÚnico com renda per capita inferior a meio salário mínimo. Com a expansão, o programa atingira as 22 milhões famílias.

Lula quer agilizar a implantação do novo programa e essa expansão do público, que custaria cerca de R$ 15 bilhões. Mas, para implementar a medida, o governo precisa encontrar no orçamento cerca de R$ 12 bilhões, o que vem sendo alvo de resistência no Ministério da Fazenda.

Em discurso nesta quinta-feira em Macapá, o presidente voltou a citar outras medidas do governo no campo econômico. Destacou a concessão de crédito para trabalhadores da iniciativa privada e a proposta de elevar para R$ 5.000 a faixa de renda isenta de Imposto de Renda.

Na mesma solenidade, voltou a defender a realização de estudos para exploração de petróleo na Bacia Foz do Amazonas, afirmou que ninguém tem mais responsabilidade do que ele e disse que não vai fazer "nenhuma loucura" na região.

Lula foi ao Amapá participar de uma cerimônia de doação de uma área de patrimônio da União, a Gleba Cumaú, ao governo do estado do Amapá. A região será urbanizada e transformada no bairro Parque Aeroportuário, beneficiando cerca de 2.000 famílias.

A doação das glebas, informa o governo do Amapá, representa segurança jurídica para pessoas físicas e empreendedores, que poderão acessar linhas de créditos e financiamentos federais.

A solenidade também marcou a entrega do Conjunto Habitacional Nelson dos Anjos, no bairro Buritizal, e a assinatura da ordem de serviço das obras do Instituto Federal de Tartarugalzinho, que será erguido na região dos Lagos do Amapá.

O presidente estava acompanhado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) e pelo governador do Amapá Clécio Luís (Solidariedade).

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Se taxar aço, vamos reagir, diz Lula sobre medidas de Trump

(FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) afirmou que, caso haja aplicação de tarifas de importação sobre o aço brasileiro nos Estados Unidos, o governo fará denúncia à OMC (Organização Mundial do Comércio). O petista também voltou a falar em reciprocidade nas medidas de taxação.

"Ouvi dizer que vai taxar o aço brasileiro: se fizer, nós vamos reagir comercialmente ou vamos denunciar à OMC ou taxar os produtos que a gente exporta aqui", disse.
"Nós queremos paz, não queremos guerra. O Brasil não tem contencioso internacional. Se o [Donald] Trump tiver esse comportamento com o Brasil, eu vou ter com os EUA. Haverá reciprocidade."
Questionado em entrevista concedida à Rádio Clube do Pará sobre seu relacionamento com o presidente americano, Lula disse que "não há relacionamento". "Existe relação entre governos."

"O que estou preocupado é que os Estados Unidos, depois da Segunda Guerra, virou uma espécie de patrono da democracia, eles se colocaram nessa posição. Agora, os discursos não são mais esses, e me parece que a democracia não está valendo tanto", afirmou.

"Agora, estão defendendo o protecionismo, vou taxar os países, vou tomar o Canadá, o golfo do México, vou expulsar milhões de pessoas. É um discurso que não tem nada a ver com o que os EUA fizeram após a Segunda Guerra."

Desde que tomou posse como presidente em janeiro deste ano, Trump vem anunciando a implantação de tarifas a produtos importados de outros países, incluindo o Brasil.

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Dólar cai a R$ 5,7374 com alta de petróleo e Trump 'flexível' sobre tarifas; Galípolo é foco

O dólar abriu a sexta-feira, 14, com viés de alta no mercado à vista, mas passou a cair rapidamente em meio à busca por recuperação do petróleo e queda dos rendimentos dos Treasuries e da divisa americana no exterior. As tarifas "recíprocas" do governo Trump com prazo para negociação até início de abril e focadas em setores, como no etanol brasileiro e carros na Europa, amenizam os ânimos dos investidores e os ajustes dos ativos financeiros.

O mercado de câmbio acompanha a queda externa do dólar, por conta da postura mais flexível de Donald Trump sobre tarifas recíprocas, que entram em vigor no início de abril, permitindo negociações antes de decisões definitivas, afirma o analista de mercado da Stonex, Leonel Mattos. "As tarifas sobre aço e alumínio também só entram em vigor em 30 dias", destaca.

Além disso, segundo ele, a alta do petróleo ajuda e os dados econômicos recentes vieram mistos nos EUA, gerando incertezas sobre cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em 2025, mas que ainda seguem no jogo de apostas do mercado.

Sem indicadores na agenda local, as atenções ficam em palestra do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a empresários na Fiesp (a partir das 10 horas) e em dados dos EUA de janeiro de vendas do varejo (10h30, de Brasília) e da produção industrial (11h15).

O mercado acompanhou mais cedo a entrevista do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que não desviou o dólar da queda ante o real. Ele afirmou que haverá reciprocidade do Brasil, se houver alguma tarifa dos Estados Unidos.

Disse ainda que o Brasil vai crescer 3,7% em 2024."Vamos surpreender em 2025 e o Brasil continuará crescendo", declarou em entrevista à Rádio Clube do Pará.

Sobre a proposta de exploração na Foz do Rio Amazonas, o presidente disse que o País não pode prescindir de pesquisar a riqueza que existe na Margem Equatorial. "Temos que fazer uma mediação entre contra e favor e pensar no Brasil."

Lula afirmou ainda ter certeza de que a ministra do meio ambiente, Marina Silva, jamais será contra. Queremos mostrar para o Ibama e Marina Silva que é possível fazer prospecção de petróleo, declarou.

A agenda fiscal do governo segue no foco. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que os projetos de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil e do novo consignado privado podem chegar ao Congresso antes do Carnaval, mas a proposta da reformulação do novo Auxílio Gás ainda está sendo formatada.

Integrantes do agronegócio acenderam o alerta para uma ação do PSOL no Supremo Tribunal Federal (STF) que, na visão do setor, pode alimentar ainda mais a inflação.

Às 10h01, o dólar à vista caía 0,55%, a R$ 5,7374. O dólar futuro para março recuava 0,49%, a R$ 5,7490.

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Brasil não é problema comercial para os EUA, diz Alckmin

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou na noite desta quinta-feira (13) que o Brasil não representa um “problema comercial” para os Estados Unidos.

Alckmin deu a declaração ao comentar o anúncio, pelo presidente estadunidense, Donald Trump, da aplicação de tarifas de reciprocidade contra qualquer país que imponha impostos contra as importações norte-americanas.

“É natural que o novo governo americano queira avaliar o seu comércio exterior, estudar, avaliar a questão do comércio exterior. O Brasil não é problema comercial para os Estados Unidos. A balança comercial nossa de bens é equilibrada. Nós exportamos US$ 40 bilhões e importamos US$ 40 bilhões”, disse Alckmin em coletiva.

“Quando nós incluímos os serviços, os Estados Unidos tem um superávit de US$ 7,4 bilhões. É o sétimo maior superávit da balança comercial americana. Então nós não somos problema comercial”, acrescentou.

O vice-presidente ressaltou que dos dez produtos mais exportados pelo Brasil aos Estados Unidos, apenas quatro não são taxados pela alfândega estadunidense, nos demais são impostas tarifas. Já nos dez produtos mais importados pelo Brasil vindos dos EUA, oito entram totalmente livres de tarifas.

“O caminho do comércio exterior é ganha-ganha. É ter reciprocidade, não é alíquota igual. Reciprocidade é você vender mais onde é mais competitivo, onde você é menos competitivo, você compra. Produtos que você não tem, você adquire. Essa é a regra e é nesse princípio que nós vamos trabalhar”, disse.

Etanol brasileiro

Geraldo Alckmin defendeu ainda o etanol brasileiro e disse acreditar que a resolução da questão comercial será com base no diálogo e entendimento entre os países. “No caso do etanol, primeiro é importante destacar que o etanol do Brasil, ele é de cana-de-açúcar. Ele descarboniza mais, ele tem um terço a menos de pegada de carbono”, disse.

O vice-presidente disse que um dos caminhos de solução poderá ser a adoção de cotas para os produtos brasileiros, assim como ocorreu com o aço, em 2018, quando os EUA também levantaram barreiras comerciais contra o produto.

“No caso do aço, lá atrás, se caminhou para a cota, chamada hard cota, porque acima de um limite não pode entrar. Esse pode ser um dos caminhos, vamos aprofundar todos esses temas”.

“O comércio exterior é um caminho de diálogo, um caminho de entendimento, um caminho de ganha ganha, de buscar alternativas. É isso que vai ser feito”, acrescentou.

Balança

Os dez principais produtos brasileiros exportados para os EUA são: óleos brutos (sem taxação), produtos semimanufaturados de ferro ou aço (taxa de 7,2%), café não torrado (9%), pastas químicas de madeira (3,6%), ferro fundido (3,6%), aviões (sem taxa), gasolinas (sem taxa), aviões a turbojato (sem taxa), carnes desossadas (10,8%), ligas de aço (7,2%).

Já os dez principais produtos dos EUA importados pelo Brasil são parte de turborreatores (sem taxa), turborreatores de empuxo (sem taxa), gás natural liquefeito (sem taxa), óleos brutos de petróleo (sem taxa), óleo diesel (sem taxa), naftas (sem taxa), hulha betuminosa (sem taxa), copolímeros de etileno (20% de taxa), óleos lubrificantes (sem taxa), polietilenos (20%).

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