Novo consignado privado terá sistema reforçado, mas governo não descarta falhas no início

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(FOLHAPRESS) - O sistema do novo consignado privado será reforçado para suportar a demanda dos trabalhadores, sobretudo nos primeiros dias após o lançamento da modalidade, mas não estará imune a falhas, reconhece o presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção.

"A ideia de que tecnologia funciona e funciona o tempo todo não é partilhada por ninguém que lida com isso profissionalmente", diz em entrevista à reportagem.

Em uma espécie de vacina contra possíveis problemas, ele afirma que nenhuma tecnologia ou sistema tem garantia de 100% de funcionamento.

"Estou muito mais preocupado com o tempo de resposta, em quanto tempo consegue voltar à normalidade, como que a gente elimina o potencial de contaminação de vários sistemas no caso de ataques e ameaças, do que propriamente se tem ou não tem [falhas]. A regra é sempre ter", acrescenta.

O lançamento do novo consignado privado ainda depende da publicação de uma MP (medida provisória) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com as regras detalhadas da modalidade.

A Dataprev é uma empresa de tecnologia do governo federal. Ela será responsável pelo sistema do novo consignado, junto com o Serpro (que opera o eSocial, plataforma por onde será feito o pagamento da prestação mediante desconto em folha) e a Caixa Econômica Federal (que receberá os pagamentos e fará a distribuição às instituições financeiras que concederam os empréstimos). Todos serão remunerados pelo serviço.

Uma vez em vigor, o sistema será acoplado ao aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. Embora tenha sido construído sobre bases tecnológicas mais modernas, ele estará abrigado dentro de um ecossistema pré-existente, que conta com seus próprios gargalos e "pontos de estresse".

O presidente da Dataprev afirma que, se o trabalhador entrar no aplicativo da Carteira de Trabalho e concentrar suas demandas apenas no crédito consignado, a operação deve ocorrer dentro do esperado.

A empresa já tem mapeado o comportamento médio dos trabalhadores ao acessar o aplicativo. Segundo Assumpção, se esse padrão se mantiver, e houver apenas o acréscimo da demanda pelo consignado, a Dataprev estará preparada para dar o suporte tecnológico.

"Mas se esse novo sistema também trouxer um incremento na demanda para outros serviços e outras caixinhas, pode ser que a gente tenha algum [problema]... Mas isso é algo que, se acontecer, temos ferramentas para calibrar, no dia seguinte melhorar, desviar daqui, acertar ali. Não existe sistema novo que entra, que não passe por um processo de adaptação", afirma.

"Não é só vacina [contra possíveis problemas]. As pessoas precisam entender que a tecnologia da informação são camadas de complexidade jogadas em mais camadas de complexidade. Aí é matemática, né? Se você tem pontos de falhas que são conectados a outros pontos de falha, é uma multiplicação, e a probabilidade vai aumentando de maneira exponencial", acrescenta.

A MP do novo consignado deve ser assinada por Lula na próxima quarta-feira (12). A partir daí, os bancos precisarão solicitar credenciamento para oferecer a modalidade, bem como fazer a habilitação técnica junto à Dataprev.

Os trabalhadores, por sua vez, precisarão manifestar interesse na operação por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.

"O trabalhador procura uma oferta, coloca lá a sua demanda de quanto gostaria, de qual vínculo, porque há pessoas com mais de um vínculo, e ele recebe ofertas. Querendo seguir adiante com uma dessas ofertas, ele vai para os canais das instituições financeiras, faz um contrato, esse contrato então é programado e adicionado no eSocial [para o empregador recolher o valor da parcela junto com o FGTS]. Isso chega na Caixa e é distribuído", explica.

Segundo o presidente da Dataprev, haverá um período inicial em que os trabalhadores deverão trocar contratos de crédito pessoal ou outras modalidades com juros maiores pelo consignado privado, com custo menor. Isso será feito mediante portabilidade.

Uma vez recebida a manifestação de interesse do trabalhador, a Dataprev vai disponibilizar aos bancos um conjunto de dados agregados para que as instituições financeiras consigam fazer sua análise de risco e, assim, calcular a taxa de juros a ser cobrada na operação.

"Fulano pertence a uma indústria tal, que tem esse grau de rotatividade, está em um emprego há tantos anos. Tem informações básicas, e há um consentimento à medida que ele está pedindo [o financiamento]. Essa avaliação de risco é fundamental para a instituição financeira", diz Assumpção.

O novo sistema já incorpora aprendizados obtidos na operação do consignado para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), uma modalidade já consolidada.

Segundo o presidente da Dataprev, só há seis anos, aproximadamente, o governo adotou um armazenamento centralizado dos contratos dessas operações, o que facilita o acesso às informações em caso de eventuais reclamações (por descontos indevidos, por exemplo). No consignado privado, esse modelo será adotado desde o princípio.

Economia 09/03/2025 Notícias no Minuto
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Mediana de dólar no fim de 2025 segue em R$ 5,99, aponta Focus

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A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,99. Um mês antes, estava em R$ 6,00. A estimativa intermediária para 2026 continuou em R$ 6,0 pela oitava semana consecutiva.

A projeção para o fim de 2027 se manteve em R$ 5,90. Quatro semanas antes, estava em R$ 5,93. A estimativa intermediária para o final de 2028 permaneceu em R$ 5,90. Um mês antes, era de R$ 5,99.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.

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Previsão do Focus para Selic no fim de 2025 permanece em 15% ao ano

A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,0% pela nona semana seguida. Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou os juros de 12,25% para 13,25%. O colegiado reiterou a sinalização de mais uma alta de 1 ponto porcentual, a 14,25%, na reunião seguinte, marcada para a quarta-feira da próxima semana, dia 19.

Considerando apenas as 46 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 também permaneceu em 15,0%.

A mediana para a Selic no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela sexta semana consecutiva. Levando em conta apenas as 45 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 12,50%.

A estimativa intermediária para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela quarta semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 11ª semana consecutiva.

Na ata da reunião de janeiro, o Copom afirmou que a sua decisão foi "compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante." O colegiado espera inflação de 5,2% em 2025 e de 4,0% no terceiro trimestre de 2026, o horizonte relevante da política monetária.

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Caixa Seguridade protocola pedido de oferta secundária de 82,5 milhões de ações

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A Caixa Seguridade informou, na noite deste domingo, 9, que protocolou, perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), um pedido de registro automático de oferta pública de distribuição secundária de 82,5 milhões de ações ordinárias de emissão da companhia e de titularidade da Caixa Econômica Federal.

Considerando o valor do papel da empresa no fechamento da última sexta-feira, de R$ 15,99, o valor da emissão pode chegar a R$ 1,319 bilhão. A fixação do preço por ação no âmbito da oferta ocorrerá em 19 de março.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que a oferta será tem o Itaú BBA como coordenador líder, em conjunto com a Caixa Econômica Federal, BTG Pactual, Bank of America Merrill e UBS BB.

Por se tratar de uma oferta pública exclusivamente de distribuição secundária, sem aumento de capital da companhia, não haverá a concessão de prioridade, prevista no artigo 53 da Resolução CVM 160, aos atuais acionistas, para aquisição das Ações; e não haverá diluição dos atuais acionistas.

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Trump defende tarifas e prevê transição econômica nos EUA

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no domingo (7) que o país deve passar por um "período de transição" na economia, impulsionado pelas tarifas aplicadas a produtos estrangeiros. A declaração foi dada durante uma entrevista à emissora conservadora Fox News, em resposta a questionamentos sobre previsões de uma possível recessão.

"Detesto fazer previsões desse tipo. Haverá um período de transição, porque o que estamos fazendo é tão benéfico que estamos trazendo a riqueza de volta aos Estados Unidos", declarou Trump a bordo do avião presidencial Air Force One, após passar o fim de semana em Mar-a-Lago.

Questionado sobre os riscos de uma recessão, o presidente minimizou as preocupações: "Quem sabe? Tudo o que posso dizer é que vamos arrecadar centenas de bilhões [de dólares] em tarifas e vamos ficar tão ricos que nem saberemos como gastar todo esse dinheiro", disse.

As medidas tarifárias aplicadas por Trump têm gerado incertezas no mercado, principalmente após a imposição de taxas a produtos do México, Canadá e China. O governo confirmou que as "tarifas recíprocas" entrarão em vigor a partir de 2 de abril.

O secretário do Comércio, Howard Lutnick, também reforçou a política protecionista do governo em entrevista à NBC, garantindo que "não haverá recessão nos EUA". Ele justificou as tarifas afirmando que elas são uma resposta direta às taxas impostas a produtos norte-americanos por outros países.

"As tarifas globais vão cair porque o presidente Trump disse: 'Vocês querem nos impor 100%? Nós vamos impor 100% a vocês'", declarou Lutnick.

Trump insiste que as tarifas são uma resposta a práticas desleais de comércio internacional. "Outros países estão roubando os Estados Unidos. Vamos atrair empregos, reabrir fábricas", afirmou o presidente em entrevista coletiva antes de desembarcar em Washington.

Impacto no setor automotivo e promessas futuras

O presidente mencionou especificamente o setor automotivo, que é altamente integrado entre os EUA, México e Canadá. Ele explicou que adiou temporariamente as tarifas sobre esse setor para "ajudar os fabricantes norte-americanos", mas alertou que elas podem ser reajustadas no futuro.

Em relação à política econômica adotada pelo governo, Trump rejeitou avaliações baseadas apenas no impacto no mercado financeiro e sugeriu um modelo mais estratégico, inspirado na China. "Se olharmos para a China, eles têm uma perspectiva de 100 anos. Nós trabalhamos por trimestres, e não se pode fazer isso dessa forma. É preciso fazer a coisa certa", concluiu.

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Trump diz que EUA já atraíram Honda e Toyota devido às tarifas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a economia está passando por um período de transição com as novas medidas implementadas na atual administração.

Em entrevista à Fox News, exibida neste domingo, 9, ele afirmou que as empresas estão respondendo às medidas tarifárias contra importações com anúncios para aumentar a fabricação no País.

"A Honda, a Toyota... todos estão vindo (para os EUA). Essa é a nossa mensagem: fabriquem aqui, pois não haverá tarifa", afirmou o presidente na entrevista.

Questionado sobre a razão pela qual os mercados acionários estão reagindo mal a algumas medidas anunciadas pelo governo até agora, o presidente afirmou que os efeitos devem ser sentidos no longo prazo.

"Tenho que construir um país forte, não dá para prestar atenção no mercado", afirmou Trump.

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Entenda novas regras para aumentar segurança no uso do PIX

Anunciadas na última quinta-feira (6) pelo Banco Central (BC), as novas medidas para elevar a segurança do Pix estão sendo alvo de fake news. Entre as mentiras difundidas, estão a de que quem deve impostos ou está com o nome sujo terá a chave bloqueada. Na verdade, as mudanças abrangem poucos usuários e buscam evitar golpes financeiros.

Segundo o próprio Banco Central, criador e administrador do sistema Pix, o principal objetivo da mudança é evitar que fraudadores insiram um nome diferente numa chave Pix do nome registrado na base de dados da Receita Federal. Essa situação, que ocorre por erro das instituições financeiras, tem sido usada por criminosos para dificultar o rastreamento.

A mudança, que entra em vigor em julho, afetará apenas 1% das chaves Pix cadastradas. Código identificador de uma conta, a chave Pix permite registrar a origem e a destinação no sistema de transferências instantâneas. Ela pode estar vinculada a um CPF, CNPJ, número de telefone, e-mail ou um código aleatório composto por letras e números.

Tire as principais dúvidas sobre as novas regras do Pix:

De quem foi a decisão? Da Receita Federal ou do Banco Central?

O reforço na segurança do Pix foi decidido pelo Banco Central, que criou e administra o sistema de transferências instantâneas.

Quem terá a chave excluída?

Entre as pessoas físicas, as chaves CPF na seguinte situação (1% do total):

• 4,5 milhões: grafia inconsistente

• 3,5 milhões: falecidos

• 30 mil: CPF suspenso (cadastro com informações incorretas ou incompletas)

• 20 mil: CPF cancelado (CPF suspenso há mais de cinco anos, com duplicidade de inscrição ou cancelado por decisão administrativa da Receita ou decisão judicial)

• 100: CPF nulo (com fraude ou erro grave no cadastro).

Entre as pessoas jurídicas, as chaves CNPJ na seguinte situação

• 984.981 com CNPJ inapto (empresa que não apresentou demonstração financeira e contábil por dois anos)

• 651.023 com CNPJ baixado (empresa oficialmente encerrada)

• 33.386 com CNPJ suspenso (empresa punida por descumprir obrigações legais)

• Banco Central não informou a quantidade de CNPJ nulos (sem validade)

Quando as chaves serão excluídas?

Segundo o BC, a exclusão está prevista a partir de julho.

Como se dará a exclusão?

As instituições financeiras e de pagamento deverão verificar o cadastro sempre que houver um procedimento relacionado a chaves Pix, como registro, mudança de informações, pedido de portabilidade ou reivindicação de posse. Caso seja constatada alguma das irregularidades acima, a chave deverá ser excluída.

Quem deve impostos terá chave excluída?

Não. O BC esclareceu que a inconformidade nossa dados cadastrais de CPF e de CNPJ não tem relação com o pagamento de tributos, apenas com a identificação cadastral do titular do registro na Receita Federal.

Quem está com o nome sujo deixará de fazer Pix?

Não. Esta é uma fake news que passou a ser espalhada nos últimos dias. As medidas só abrangem quem tem problemas cadastrais na Receita Federal.

O que mudará nas chaves aleatórias?

Pessoas e empresas que usam chaves aleatórias (combinação de letras e números) não poderão mais alterar informações vinculadas a essa chave. Agora, o usuário precisará excluir a chave aleatória e criar uma nova, com as informações atualizadas.

O que mudará nas chaves vinculadas a e-mails?

A partir de abril, a chave do tipo e-mail não poderá mais mudar de titular. Não será mais possível migrar a chave de um dono para outro.

Haverá mudanças nas chaves vinculadas a número de celular?

Não. As chaves do tipo celular poderão mudar de titular e de conta. Segundo o BC, a possibilidade de alteração foi mantida por causa da troca frequente de números de telefone, principalmente de donos de linhas pré-pagas.

Qual o principal objetivo das medidas?

Aumentar a segurança no Pix, ao inibir o uso de chaves com nomes diferentes da base de dados da Receita Federal, no caso do CPF e do CNPJ e impedir a transferência de chaves para terceiros, no caso de chaves aleatórias e de e-mails.

Haverá limite para devolução de qualquer valor dos dispositivos não cadastrados?

Desde novembro de 2024, caso uma conta transferisse para uma outra conta existente sem chave Pix criada, a devolução seria limitada a R$ 200. BC retornou a norma antiga e retirou o limite para esse tipo de transação.

É possível verificar se o CPF está em situação regular?

Sim. A consulta pode ser feita na página da Receita Federal, na aba “Comprovante de situação cadastral”.

É possível regularizar o CPF?

Sim, mas apenas por quem está com o CPF suspenso. A regularização pode ser feita na página da Receita Federal, preenchendo um formulário. A Agência Brasil publicou um pass

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Com alta da Selic, resultado de tesouraria deve cair e bancos buscam 'zero a zero'

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A alta dos juros deve pressionar os resultados das tesourarias dos bancos brasileiros este ano. Após terem buscado resultados em janelas abertas pela volatilidade do mercado no final do ano passado, as instituições terão de conciliar a alta dos custos de captação com uma carteira de crédito que não tem os juros reajustados na mesma velocidade.

Itaú Unibanco, Bradesco e o Santander Brasil sinalizam que os resultados de suas tesourarias devem ser menores que em 2024, embora não esperem uma repetição do biênio 2022-2023, em que os dois últimos perderam dinheiro com a disparada dos juros. "Não esperamos nada parecido com 2021 e 2022 porque o aumento esperado [da Selic] não é nada parecido", afirmou o presidente do Santander, Mario Leão, a analistas de mercado no começo do fevereiro.

As expectativas dos bancos são derivadas principalmente da perspectiva de alta da taxa Selic, que está em 13,25% ao ano e deve chegar a 14,25% em março. O mercado espera que os juros cheguem a 15% no final de 2025.

Este fator pressiona os custos de captação dos bancos, o que fica visível na chamada gestão de ativos e passivos (ALM, na sigla em inglês). Em outro componente dos resultados, a negociação de títulos no mercado, os bancos aproveitaram a volatilidade dos ativos brasileiros no final de 2024 para obter ganhos diante de janelas de oportunidade, mas é difícil prever o resultado que terão este ano.

"Temos uma visão muito mais clara do resultado a realizar das posições do balanço do banco. O que não temos efetivamente é a capacidade de projetar os resultados de negociações de mercado", afirmou o presidente do Itaú, Milton Maluhy, a analistas no começo do mês. "Temos tido resultados muito fortes e esperamos ter novamente pela volatilidade, mas a incerteza naturalmente aumentou."

O único na direção oposta é o Banco do Brasil, que afirma que a composição do balanço e as estratégias de negociação de ativos criam proteções. "Uma delas é a posição em títulos pós-fixados, que no contexto de alta de juros, contribui para proteger o balanço do banco contra eventual volatilidade na curva de juros", diz o gerente-geral da tesouraria do BB, Daniel Bogado. Em dezembro do ano passado, 82,6% dos títulos carregados pelo banco no balanço eram pós-fixados.

A margem com mercado do banco público inclui ainda os resultados do Patagonia, banco argentino controlado pelo BB. Essa contribuição subiu em 2024 diante da desvalorização do peso, que elevou os resultados da tesouraria do próprio Patagonia. Este ano, o BB afirmou que a contribuição deve ser menor.

Componentes

O resultado das tesourarias aparece nos balanços na chamada margem com mercado. Grosso modo, a linha reúne os resultados de operações de negociação de títulos e valores mobiliários no mercado, e também com a gestão dos ativos e passivos dos balanços. A segunda frente tem o resultado mais previsível, e embora ele varie de banco para banco, em geral é menor quando os juros sobem.

A gestão de ativos e passivos tenta "casar" preços e prazos entre os depósitos e as carteiras de crédito dos bancos. Em geral, os depósitos têm prazo mais curto que os empréstimos, e remuneração atrelada ao CDI. Por outro lado, no crédito, carteiras relevantes destinadas a pessoas físicas têm juros pré-fixados, casos do crédito imobiliário, do financiamento de veículos e do consignado.

"Quando os juros sobem, os bancos têm de largada um aumento no custo de captação, que normalmente é pós-fixada", afirma Matheus Guimarães, analista da XP Investimentos. "Até o banco começar a originar crédito considerando a nova curva de juros, há um descasamento temporário."

Este foi o fator que fez com que Santander e Bradesco perdessem dinheiro na tesouraria entre 2022 e 2023, de acordo com profissionais de mercado. "O resultado de ALM, que passa pelo resultado com o mercado, tem muito a ver com a estratégia de hedge [proteção] de cada banco", diz o analista de instituições financeiras do Citi, Gustavo Schroden.

Estratégias distintas

Entre os quatro maiores bancos listados do País, o Itaú monta posições que protegem o balanço do impacto do câmbio sobre o capital dos bancos que controla na América Latina. O Bradesco não tem uma estratégia formal de hedge, enquanto o Santander passou a montar posições no ano passado.

O BB faz operações de hedge pontuais. Bogado, da tesouraria do banco, afirma que a divisão da carteira de crédito, equilibrada entre os segmentos de pessoa física, empresas e agronegócios, cria uma proteção natural contra a alta dos juros.

"As carteiras de pessoas físicas e agro são majoritariamente pré-fixadas, e possuem 'duration' [prazo] mais curto, ao tempo em que a carteira de pessoas jurídicas é pós-fixada, em sua maior parte", diz. O banco não informa o custo médio de captação, mas segundo Bogado, mais de 50% da captação comercial vem de recursos que não são remunerados pela Selic.

Fonte: Economia 08/03/2025 Notícias no Minuto

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Diretor de RI do Nubank Jorg Friedemann vai deixar cargo

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O diretor de relações com investidores do Nubank, Jorg Friedemann, está deixando o cargo. Ele está em fase de transição e, segundo fontes, deve assumir um posto de direção a ser anunciado em breve.

Friedemann estava no Nubank há dois anos, vindo do Citi, onde era chefe de análise justamente do setor financeiro. Também teve passagens por UBS e Bank of America.

O executivo chegou ao Nubank em 2022, meses após a estreia como empresa de capital aberto. Durante sua passagem, a comunicação com o mercado sofreu um ajuste significativo, para destacar as diferenças entre o modelo de negócio da fintech e os dos grandes bancos, que são acompanhados pelas mesmas equipes de análise.

O banco digital vai buscar um novo diretor de RI no mercado.

Procurado, o Nubank confirmou a saída de Friedemann do cargo.

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Haddad minimiza disputa com Gleisi e anuncia reunião marcada para a próxima semana

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 7, que tem uma reunião marcada para a semana que vem com Gleisi Hoffmann, que vai assumir o comando da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), pasta responsável pela articulação política do governo. Haddad minimizou divergências políticas com a deputada que ocupava a presidência do PT.

 

"Uma das primeiras coisas que ela fez quando foi indicada para assumir a Secretaria de Relações Institucionais foi me ligar [para dizer] 'estou aqui, vamos conversar'. Já marcamos para semana que vem. Na boa, cara. Tenho uma relação ótima com ela. E nossas divergências estão ali. Não tem problema nenhum", afirmou o ministro durante entrevista ao podcast Flow.

 

Após mencionar notícias de que a indicação de Gleisi enfraquece a sua posição no governo, Haddad fez elogios à futura ministra. Nesse ponto, citou a forma como Gleisi expõe de forma "frontal, clara e transparente" suas divergências no debate público, sem plantar notícias na imprensa.

 

"A Gleisi é uma pessoa muito transparente. Quando ela pensa diferente de você, ela não planta uma notícia no jornal. Ela fala contigo. Ela não liga para um jornalista que vai escrever 'fontes do PT', 'fontes do Palácio do Planalto', fontes não sei de onde", destacou o ministro. "A Gleisi põe no twitter dela o que ela pensa. Ela põe no jornal, numa entrevista o que ela pensa", acrescentou.

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