Campos Neto exalta passagem de comando no Banco Central

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A opinião do futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, teve um peso maior nas decisões recentes do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a Taxa Selic. A revelação foi feita pelo atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, nesta quinta-feira (19), em Brasília, durante entrevista para falar sobre o relatório de inflação do quarto trimestre.

O Copom aumentou a Selic, na semana passada, em um ponto percentual, passando para 12,25% ao ano. Segundo Campos Neto, a decisão de aumentar o peso da opinião de Galípolo e dos novos diretores da instituição foi uma forma de garantir uma “transição suave” no comando da instituição.

“Essa foi a tônica das duas últimas reuniões. O peso deles foi sendo cada vez maior que o meu”, detalhou Campos Neto. “O que eu quero dizer é que o peso deles foi sendo cada vez maior que o meu, culminando na última reunião. Nós entendíamos que isso facilitava a passagem de bastão”, avaliou.

Amanhã (20), será, na prática, o último dia de Campos Neto à frente do BC, porque que a instituição entrará em recesso até o próximo ano. A partir de janeiro, Galípolo responderá pelo comando do banco. Presente na entrevista de hoje, o novo presidente disse que Campos Neto foi “generoso” durante o processo de transição.

Galípolo disse que atuou diretamente na decisão do BC de aumento da Taxa Selic e na sinalização de que vai manter o ritmo de aumento nas duas próximas reuniões. A ata da reunião do Copom, divulgada na terça-feira (17), apontou que o aumento recente na taxa de câmbio e a inflação corrente foram determinantes na decisão.

Também pesou a percepção negativa do mercado sobre o pacote, afetando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes de mercado, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio.

Galípolo disse que, com a decisão, o Banco Central deu uma sinalização clara de que vai caminhar para uma taxa de juros no patamar restritivo “pelo tempo que for necessário para atingir a meta [da inflação]”.

O novo presidente do BC praticamente descartou a possibilidade de o banco reverter o guidance de aumento na taxa Selic de um ponto percentual nas duas próximas reuniões. “A barra é alta para a gente fazer qualquer tipo de mudança no guidance”, esclareceu.

Questionado sobre a reação negativa do mercado ao pacote de corte de gastos do governo, Galípolo disse que não existe uma bala de prata para resolver os problemas das contas públicas.

Galípolo afirmou, ainda, que não cabe ao BC fazer nenhum tipo de orientação, comunicação ou sugestão ao governo sobre as medidas que devem ser tomadas para resolver a questão fiscal.

Questionado sobre a relação com Lula, Galípolo disse que falou com o presidente pela manhã, logo após ele ter passado por exames sendo liberado para retornar a Brasília. Opinou que Lula tem clareza sobre a necessidade do controle da inflação.

No relatório de inflação divulgado nesta quinta-feira, em Brasília, o BC admitiu oficialmente que a meta de inflação será descumprida este ano.

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Índia supera China como principal motor da expansão do consumo de petróleo, diz DoE

A Índia se tornou a principal fonte de crescimento no consumo global de petróleo em 2024, ultrapassando a China este ano, de acordo com o relatório de Perspectivas de Energias no Curto Prazo (Steo, na sigla em inglês) do Departamento de Energia dos Estados Unidos.

Divulgado nesta quinta-feira, o relatório apontou que ao longo de 2024 e 2025, a Índia responderá por 25% do crescimento total do consumo de petróleo globalmente. Impulsionado pela crescente demanda por combustíveis para transporte e de uso culinário doméstico, o consumo de combustíveis líquidos na Índia deve aumentar 220.000 barris por dia em 2024 e 330.000 barris por dia em 2025.

"Esse crescimento é o maior de qualquer país em nossa previsão para cada um dos anos", observou o relatório. Em relação à China, a expectativa é de um aumento do consumo de 90.000 b/d em 2024 e de 250.000 b/d em 2025.

"Na China, a rápida expansão da propriedade de veículos elétricos, o uso crescente de gás natural liquefeito para transporte de mercadorias, uma população em declínio e a desaceleração do crescimento econômico limitam o crescimento do consumo de combustíveis para transporte", diz o relatório. A maior parte do crescimento na China é resultado do aumento do uso de petróleo para a fabricação de produtos petroquímicos.

Em relação ao consumo global de combustíveis líquidos, a expectativa é de um aumento de 900 mil barris por dia (b/d) em 2024. O DoE projeta ainda mais crescimento no ano que vem, com o consumo global de petróleo aumentando em 1,3 milhões de barris por dia.

Embora a previsão de crescimento da Índia em termos de porcentagem e volume exceda o da China, a população chinesa ainda consome significativamente mais petróleo. O consumo total de combustíveis líquidos na Índia foi de 5,3 milhões de b/d em 2023, enquanto a China consumiu mais que o triplo dessa quantidade, 16,4 milhões de b/d em 2023, com base em estimativas do STEO.

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Câmara aprova PEC de corte de gastos em 1º turno, com 344 votos

IDIANA TOMAZELLI E VICTORIA AZEVEDO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (19), em primeiro turno, o texto-base da PEC (proposta de emenda à Constituição) que integra o pacote de contenção de gastos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O placar foi de 344 a 154, uma margem larga em relação ao mínimo de 308 votos necessários para uma alteração constitucional. O texto ainda pode ser alterado por meio de destaques. Depois, há a votação em segundo turno.

A aprovação se deu apesar de preocupações de aliados governistas. Na manhã desta quinta, lideranças reconheciam que ainda não havia votos necessários para a aprovação. Momentos antes do anúncio do resultado, líderes partidários ainda admitiam o receio de que o quórum não fosse atingido.

Durante o processo de votação, foi possível ver o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), direto da Mesa Diretora disparando ligações -num indicativo de que houve uma operação para tentar garantir os votos necessários.

Desde quarta (17) havia o temor entre lideranças governistas e até mesmo do centrão de que o Executivo não teria o apoio necessário para garantir a aprovação da PEC do pacote. A votação precisou ser adiada diante do risco de derrota.

Diante desse cenário, Lira editou um ato da Mesa Diretora nesta quinta para permitir que deputados que estivessem fora de Brasília pudessem votar remotamente e avisou que quem não votasse teria desconto no salário (o chamado "efeito administrativo").

No começo da tarde, Lira se reuniu rapidamente com líderes partidários para colher a temperatura de quantos votos cada bancada conseguiria entregar. Segundo um participante do encontro, apesar do clima de insegurança, as lideranças prometeram entregar os votos necessários e mobilizar suas bancadas.

Apesar do avanço, a Câmara deu sinal verde a um texto desidratado. O governo Lula sofreu um revés na tentativa de impor um comando mais forte para extinguir brechas que permitem supersalários na administração pública.

O relator do texto na Câmara, deputado Moses Rodrigues (União Brasil-CE), enfraqueceu o dispositivo e manteve brechas para turbinar as remunerações. Ele previu que a regulamentação será feita por lei ordinária -que requer quórum menor e pode ser alvo fácil de flexibilizações. O instrumento também pode ser contornado por resoluções do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que têm status de lei ordinária.

No diagnóstico preliminar do Executivo, o texto mantém as válvulas de escape hoje usadas para turbinar salários com penduricalhos, especialmente no Judiciário.

Há ainda um artigo para criar uma disposição transitória. Enquanto a lei ordinária não for editada, as "parcelas de caráter indenizatório previstas na legislação" não serão computadas no teto remuneratório. Na avaliação de um integrante do governo, isso significa que, até a aprovação da lei, "fica tudo como está".

Desde o envio da PEC, integrantes do Judiciário deflagraram uma ofensiva no Congresso para enfraquecer as medidas. Eles pressionavam por uma regra transitória e pelo afrouxamento do texto para lei ordinária, justamente o que aconteceu.

A PEC aprovada também muda o critério de concessão do abono salarial (espécie de 14º salário pago a parte dos trabalhadores com carteira assinada). O texto prevê que, para os trabalhadores que receberão o benefício em 2025, será elegível quem recebia o equivalente a dois salários mínimos do ano-base (neste caso, 2023). O valor equivalente seria o de R$ 2.640.

A partir de 2026, esse valor será corrigido pela inflação, até travar em patamar equivalente a 1,5 salário mínimo. A expectativa do governo é que isso ocorra após uma transição de dez anos. O governo projeta uma economia tímida no ano que vem, de apenas R$ 0,1 bilhão, mas o impacto acumulado até 2030 chegaria a R$ 18,1 bilhões.

Após a votação do texto-base, Lira costurou um acordo para tentar acelerar as demais votações. Ele acertou com os parlamentares a aprovação de um destaque do PL que buscava derrubar um artigo que tratava do BPC (Benefício de Prestação Continuada).

O texto autorizava descontar da renda familiar considerada no critério de acesso ao BPC apenas as parcelas expressamente previstas em lei, uma tentativa de fechar brechas exploradas principalmente em decisões judiciais para facilitar a concessão do benefício. O argumento de Lira para fechar o acordo é que essa mesma medida já consta no projeto de lei ordinária que trata de outras regras do BPC.

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BC vende US$ 3 bilhões à vista em novo leilão extra de dólares

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(FOLHAPRESS) - O Banco Central vendeu nesta quinta-feira (19) US$ 3 bilhões em leilão extraordinário de dólares no mercado à vista. Essa foi a oitava intervenção da autoridade monetária no câmbio em uma semana.

Segundo o BC, foram aceitas seis propostas (acolhidas entre 9h15 e 9h20), e o diferencial de corte do leilão referenciado à taxa Ptax foi de 0,000300. Calculada com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax é uma taxa de câmbio que serve de referência para a liquidação de contratos futuros.

O certame foi programado pelo BC no fim da tarde de quarta-feira (18), depois de o dólar ter fechado o dia cotado a R$ 6,267, novo recorde nominal para a moeda norte-americana. Nesta quinta, às 9h05, o dólar caía 0,23%, cotado a R$ 6,2537.

A disparada de 2,81% ocorreu em meio à tramitação do pacote fiscal no Congresso Nacional e à decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos).

Essa modalidade de leilão à vista funciona como uma injeção de dólares no mercado, como forma de atenuar disfuncionalidades nas negociações e, consequentemente, diminuir a cotação da moeda, seguindo a lei da oferta e demanda.

Na última semana, o BC atuou no mercado à vista de forma surpresa e também por meio do chamado leilão de linha, no qual os dólares são vendidos com compromisso de recompra. Ao todo, foram injetados US$ 15,7 bilhões no mercado de câmbio.

Tradicionalmente, o BC costuma fazer leilões extras no fim do ano, sobretudo em dezembro, período em que empresas com filiais no Brasil enviam recursos ao exterior. Além da questão sazonal, outros dois fatores podem estar influenciando o apetite pela moeda norte-americana na reta final de 2024.

Um deles é o crescimento maior do que o esperado da economia brasileira, outro é o temor com o imposto mínimo sobre milionários, anunciado pelo governo de Luiz Inácio da Silva (PT) para compensar a elevação para R$ 5.000 da faixa de isenção do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física).

A proposta é uma das principais fontes de desconforto para o mercado financeiro, justamente porque as mudanças foram anunciadas, mas os detalhes ainda não são conhecidos.

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AGU aciona Polícia Federal e CVM por fake news sobre falas de Galípolo

A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou ofícios à Polícia Federal e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedindo que sejam instaurados "procedimentos policial e administrativo", respectivamente, para investigar fake news publicadas em redes sociais com falsas falas do diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Em nota, a AGU informa que o pedido diz respeito a "possíveis crimes contra o mercado de capitais a partir da veiculação, em rede social, de desinformação".

A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) foi acionada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), após postagens no X - antigo Twitter - atribuirem falsas declarações a Galípolo.

"As postagens trazem posicionamentos desprovidos de qualquer fundamento, prontamente desmentidas pelo Banco Central, mas que ganharam repercussão significativa no mercado financeiro e em páginas e perfis especializados em análise econômica, fato que gerou impactos negativos na cotação do dólar", destacou a AGU.

Para o governo, a desinformação, "ao interferir diretamente na percepção do mercado", comprometeu a eficácia da política pública federal de estabilização cambial, evidenciando o elevado potencial lesivo de boatos neste contexto.

"Sabe-se que há relação direta entre a cotação de moeda estrangeira, notadamente o dólar, e os preços dos valores mobiliários negociados em bolsas de valores, tanto que a recente elevação do valor da moeda americana veio acompanhada de queda do montante de valores negociados no mercado de capitais", completa o documento.

Segundo a AGU, as condutas fraudulentas podem configurar crime contra o mercado de capitais (manipulação do mercado), conforme estabelecido no art. 27-C da Lei nº 6.385/1976, que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários.

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Oito em cada dez brasileiros desconfiam de bets e querem regulação do governo, diz pesquisa

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(FOLHAPRESS) - A maioria dos brasileiros quer regulação nos sites de apostas online, conhecidos como bets, de acordo com a pesquisa encomendada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e pela CNF (Confederação Nacional das Instituições Financeiras).

O resultado da pesquisa Radar Febraban Especial, antecipada à Folha de S.Paulo, aponta que a maior parte da população (59%) quer que o governo federal faça uma intervenção forte na regulamentação e fiscalização das bets. Outros 19% dos entrevistados defendem uma intervenção moderada.

O brasileiro joga, mas a confiança nos sites de apostas é baixa. Apenas 12% dos entrevistados responderam que confiam ou confiam muito. A ampla maioria (84%) diz não confiar ou confiar um pouco nas bets.

Para a pesquisa, o Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) ouviu 2.000 adultos de todas as regiões do país por meio de entrevistas telefônicas e complemento online. O levantamento, realizado entre os dias 15 e 23 de outubro, tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,45%.

Mais da metade dos entrevistados (57%) faz uma avaliação negativa dos sites de apostas no Brasil, considerando as plataformas ruins ou péssimas, enquanto 17% consideram ótimos e bons.

Numa escala de 0 a 10, 42% deram nota de no máximo 3, e 4% avaliaram as apostas online com nota 7 ou superior.

A pesquisa aponta que 40% dos entrevistados declararam que jogam ou têm alguém em casa que aposta nas bets. Outros 21% afirmam terem deixado de jogar. Entre as pessoas que admitem apostar, 45% afirmam que tiveram sua qualidade de vida ou da família afetada.

Entre os que jogam, 24% afirmam que apostam todos os dias; 18% uma vez por semana; 21% duas ou três vezes e 12% entre quatro e seis vezes por semana.

Entre os que jogam, 52% indicam ter um gasto mensal entre R$ 30 a R$ 500. Para 56% daqueles que apostam, o dinheiro gasto faz falta no orçamento mensal, e 53% temem perder o dinheiro e se endividar.

Os números mostraram que, para 41% dos entrevistados, o dinheiro separado para as apostas teve impacto em outros compromissos financeiros, como a compra de comida (37%) e pagamento de contas (36%).

O ganho com as apostas é limitado. A pesquisa aponta que 52% admitem que perdem mais do que ganham (44%) ou perdem (8%).

A oferta de bets é liberada no Brasil desde o fim de 2018, mas desde então segue sem regras e fiscalização. No ano passado, o processo de regulamentação foi iniciado pelo governo Lula.

Apenas sites que protocolaram pedido no Ministério da Justiça para atuar de forma legal podem funcionar atualmente no país. Mas a virada para o mercado totalmente legalizado e regulado tem início em janeiro de 2025.

A divulgação da pesquisa pela Febraban acontece no momento em que uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Senado Federal investiga a atuação das Bets no Brasil.

Nos últimos meses, a Febraban tem manifestado preocupação com as apostas online e o impacto na economia, sobretudo, no mercado de crédito e inadimplência. Após o Banco Central divulgar um estudo sobre as apostas, o presidente da entidade, Isaac Sidney, previu uma catástrofe com uma bolha de inadimplência se formando com a explosão das apostas esportivas no Brasil.

No estudo, o BC mostrou que beneficiários do Bolsa Família que fazem apostas esportivas online gastaram R$ 3 bilhões via Pix no mês de agosto -a instituição não detalhou a metodologia do levantamento e admitiu que pode haver falhas, como a Folha de S.Paulo mostrou.

A divulgação do estudo do BC amplificou o debate sobre o impacto das bets no Brasil num cenário de aumento das plataformas de apostas no Brasil.

"A pesquisa abre uma enorme lanterna sobre um problema que pode ser diminuído. É um ponto de partida fundamental para a discussão e o enfrentamento do problema, antes que haja um impacto ainda maior no endividamento e na desagregação das famílias", diz Marcelo Garcia, especialista em Gestão de Políticas Sociais e consultor da CNF.

Segundo ele, os dados permitem um aprofundamento do debate sobre o tema pelo governo e a sociedade para a implementação de uma estratégia de prevenção e limitação dentro de uma política de regulamentação que combata o vício.

Os resultados mostram que 56% dos entrevistados afirmam que o dinheiro gasto em apostas online faz falta no final do mês. Entre as famílias de renda mais baixa, o índice é ainda maior, indicando uma vulnerabilidade econômica mais intensa.

Simulações da Febraban apontam que a inadimplência entre os beneficiários do programa pode crescer até 14% devido às apostas eletrônicas. No cenário geral, a inadimplência bancária poderia subir até 27,1%, gerando um impacto no sistema financeiro nacional.

Fonte: Economia 18/12/2024 Notícias no Minuto

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Abono do PIS/Pasep 2025 começa a ser pago no dia 17

(FOLHAPRESS) - O calendário de pagamento do abono do PIS/Pasep proposto pelo governo federal foi aprovado pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) em reunião na tarde desta quarta-feira (18).

Conforme adiantado pela Folha de S.Paulo, os depósitos dos valores começam em 17 de fevereiro de 2025 e as retiradas podem ser feitas até 29 de dezembro do ano que vem. Clientes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil recebem direto na conta.

O benefício passará por alterações a partir do ano que vem, caso o pacote fiscal do governo do Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja aprovado como foi proposto pelo Ministério da Fazenda. Os impactos iniciais, no entanto, serão pequenos até a mudança total em 2035.

Têm direito ao PIS/Pasep em 2025 profissionais da iniciativa privada e servidores públicos que trabalharam formalmente por pelo menos 30 dias no ano-base do pagamento, que é 2023, ganhando até dois salários mínimos, o que dá R$ 2.640.

É preciso ainda estar inscrito há pelo menos cinco anos no PIS/Pasep e que o empregador tenha informado os dados corretos na Rais (Relação de Anual de Informações Sociais) até maio de 2024.

O PIS é pago pela Caixa a trabalhadores da iniciativa privada e o Pasep é depositado pelo Banco do Brasil a servidores públicos.

A partir de 2025, a ideia do governo é fazer com que o valor que dá direito ao abono seja corrigido apenas pela inflação e não pela regra do salário mínimo, que tem reajuste real. Com isso, o benefício será limitado a quem ganha até um salário mínimo e meio em 2035.

VEJA O CALENDÁRIO DO ABONO DO PIS/PASEP 2025
Mês de nascimento - Data de pagamento
Janeiro - 17 de fevereiro
Fevereiro - 17 de março
Março e abril - 15 de abril
Maio e junho - 15 de maio
Julho e agosto - 16 de junho
Setembro e outubro - 15 de julho
Novembro e dezembro - 15 de agosto

COMO SABER SE VOU RECEBER O ABONO DO PIS EM 2025?
A consulta para saber se terá direito ao benefício é feita por meio do aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou no Portal Gov.br. É preciso ter senha do portal, utilizando o número do CPF, e fator de identificação de segurança como biometria. A consulta será liberada a partir de 5 de fevereiro de 2025.

COMO FAZER A CONSULTA AO PIS/PASEP

PELA INTERNET

Acesse o site https://servicos.mte.gov.br/spme-v2/#/login e clique em "Entrar com gov.br";
Faça login com seu CPF e senha cadastrados no Portal Gov.br. Caso não tenha cadastro, é possível fazê-lo neste site (https://www.gov.br/pt-br/servicos/criar-sua-conta-gov.br);
Em seguida, clique em "Abono Salarial";
Na próxima tela, aparecerá a informação se o trabalhador receberá ou não o benefício.

PELO APLICATIVO

No celular ou tablet, baixe o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, caso não o tenha;
Faça login com seu CPF e senha cadastrados no Portal Gov.br. Caso não tenha cadastro, é possível fazê-lo neste site (https://www.gov.br/pt-br/servicos/criar-sua-conta-gov.br);
Na tela inicial, clique em "Abono Salarial - Consultar". Caso a opção não apareça, clique no menu da parte de baixo da tela, depois, em "Benefícios e Abono Salarial";
Na próxima página, aparecerá a informação sobre os valores a receber.

QUAL É O VALOR DO ABONO SALARIAL DO PIS/PASEP?

O abono é pago conforme o número de meses trabalhados no ano-base e pode chegar a um salário mínimo, previsto para R$ 1.515 em 2025. Isso significa que o pagamento é de 1/12 sobre o mínimo. Quem trabalha formalmente por um mês recebe 1/12. Quem trabalha os 12 meses recebe o valor cheio.

Por exemplo: se o salário mínimo de 2025 ficar mesmo em R$ 1.515 após aprovação do Congresso, o valor para quem trabalhou um mês poderá ficar em R$ 126,25. No caso de quem trabalhou 12 meses no ano-base, é pago 100% do mínimo.

COMO É FEITO O PAGAMENTO DO PIS?

O pagamento do PIS (Programa de Integração Social) é feito pela Caixa Econômica Federal a trabalhadores da iniciativa privada que têm carteira assinada. O dinheiro é liberado automaticamente para quem é cliente do banco, conforme o mês de aniversário do trabalhador.

Os trabalhadores que possuem conta-corrente ou poupança na Caixa é que têm o crédito automático. Os demais beneficiários recebem na poupança social digital movimentada pelo Caixa Tem.
No Caixa Tem, é possível pagar contas, fazer transferências, pagar na maquininha e realizar compras com o cartão

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PEC altera regras do abono salarial e limita elegibilidade para 2025

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O relator da Proposta de Emenda à Constituição do pacote fiscal, deputado Moses Rodrigues (União-CE), divulgou nesta quarta-feira, 18, o parecer da proposta. A PEC traz alterações nas regras de concessão do abono salarial, benefício no valor de um salário mínimo hoje pago a trabalhadores que recebem no máximo dois mínimos mensais. O texto define que serão elegíveis à política quem ganha até duas vezes o salário mínimo do ano base para pagamento em 2025, corrigida, a partir de 2026, pela variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

A partir de 2026, conforme já divulgou a equipe econômica, esse valor será corrigido pela variação anual do INPC. A ideia é que a porta de entrada para o abono seja limitada, ao fim do período de transição, a quem ganha até um salário mínimo e meio, o que ocorreria em 2035, segundo a projeção da Fazenda.

"O limite para elegibilidade do benefício de que trata o ? 3º não será inferior ao valor equivalente ao salário mínimo do período trabalhado, multiplicado pelo índice de 1,5 (um inteiro e cinco décimos)", diz o projeto.

O texto também veda a dedução da renda não prevista em lei para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O benefício é uma das medidas do governo federal para garantir apoio financeiro para pessoas de 65 anos ou mais ou com deficiência física, e que estejam em condições de vulnerabilidade social.

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Ibovespa cai 3,15%, aos 120,7 mil, na maior perda desde novembro de 2022

Em dia de confirmação, neste fim de tarde, de novo corte de juros pelo Federal Reserve, o Ibovespa se mantinha desconectado de Nova York desde cedo, assombrado ainda pela deterioração da perspectiva fiscal doméstica. Mas sinais observados na comunicação e nas projeções do Fed - com a indicação de apenas mais dois cortes na taxa de juros americanana e piora nas projeções do PCE (índice de inflação ao consumidor monitorado pelo BC dos EUA), bem como a decisão sem unanimidade - deterioraram o humor lá fora, carregando o Ibovespa para profundezas maiores. A comunicação também enseja a chance de abertura de uma janela para interrupção ou encurtamento do ciclo de cortes de juros na maior economia do globo - sinal reforçado durante a coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell.

Assim, o índice da B3, que caía 2,05% pouco antes da deliberação do BC americano, passou a ceder 3,40%, a 120.457,48 pontos, na mínima do dia renovada ao longo - e mesmo depois - dos comentários de Powell, então a caminho de sua maior perda desde 8 de setembro de 2021, no dia seguinte ao discurso do então presidente Jair Bolsonaro na avenida Paulista, na celebração da data nacional com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).

No fechamento de hoje, o Ibovespa ainda mostrava baixa de 3,15%, a 120.771,88 pontos, no menor nível desde 20 de junho (então aos 120,4 mil pontos). Foi também a maior perda diária em porcentual desde 10 de novembro de 2022 (-3,35%), quando o temor era de que o ex-ministro Guido Mantega viesse a participar da equipe de transição para Lula 3. Por sua vez, o dólar à vista, hoje a R$ 6,2707 na máxima pós-Powell, concluiu o dia a R$ 6,2657, em alta de 2,78%. Na semana, o Ibovespa cai 1,64% e, no mês, cede 3,90% - no ano, a queda chega agora a 10,00%. O giro financeiro foi muito reforçado, mesmo para um dia de vencimento de opções sobre o Ibovespa, como hoje, quando chegou a R$ 83,0 bilhões.

Na B3, todas as ações de maior liquidez operaram em terreno negativo neste meio de semana, e apenas três das 87 componentes da carteira conseguiram sustentar ganho no fechamento da sessão: Marfrig (+1,81%), MRV (+1,54%) e Santos Brasil (+0,54%). A corrente negativa foi puxada hoje pela realização de lucros em Automob (-30,00%), estreante que havia sido o destaque nos dois primeiros pregões da semana. CVC (-17,11%) e Azul (-11,58%) também figuraram entre as maiores perdedoras do dia, com a pressão vista no dólar ao longo da sessão. Entre as blue chips, Vale ON caiu 2,32% e Petrobras recuou 2,23% na ON e 2,58% na PN (mínima do dia no fechamento). Entre os grandes bancos, as perdas variaram entre 2,78% (BB ON) e 4,27% (Santander Unit) no encerramento.

"Atualmente, observamos uma desinflação incompleta, o que sugere um ajuste mais gradual da taxa de juros pelo banco central americano do que projetado anteriormente. Além disso, no comunicado, o Comitê julga que os riscos às metas de emprego e inflação estão relativamente equilibrados", observa Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research. Ele acrescenta que, em relação às projeções atualizadas hoje pelo Fed, a de "taxa de juros passou de 3,4% a.a. para 3,9% a.a, indicando, possivelmente, apenas mais dois cortes de 0,25 p.p. no ano que vem", acrescenta o economista.

"De um lado, o Fomc comitê de política monetária do Fed não necessita acelerar os cortes porque não há sinais de hard landing pouso forçado para a economia. Por outro, o cenário inflacionário começa a dar alguns sinais amarelos", diz Sung.

No cenário doméstico, poucas mudanças, mesmo após a aprovação do pacote de cortes de gastos pela Câmara dos Deputados, na noite de ontem, diz Gabriel Meira, economista da Valor Investimentos. "O fiscal continua a preocupar muito e a aprovação do pacote na Câmara não foi o suficiente para acalmar os ânimos", como visto desde cedo, na abertura dos negócios. "Cenário para o início do governo Trump ainda é de dólar fortalecido, com entrada de recursos por lá contribuindo para enfraquecer, também, a situação do real por aqui."

Na entrevista posterior à decisão desta tarde sobre os juros americanos, Powell observou que, para que os juros continuem a ser cortados em 2025, será preciso que os integrantes do Fed vejam mais progresso com relação à inflação. "Com cortes já realizados, as taxas de juros estão perto de nível neutro aquele que não estimula nem restringe o ritmo de atividade econômica", apontou Powell. "Vemos incertezas elevadas sobre riscos de alta da inflação", disse também o presidente do Fed.

A perspectiva de redução de ritmo ou mesmo eventual interrupção do ciclo de cortes de juros pelo Fed vinha recentemente no radar do mercado, na medida em que eventual início "protecionista" do governo Trump, em janeiro, tende a resultar em pressões inflacionárias nos Estados Unidos

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Barcelona tenta proibir imóvel para turista sob risco de perda bilionária

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BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) - A Apartur (Associação de Apartamentos Turísticos de Barcelona) informou nesta terça-feira (17) que irá pedir uma indenização de 4,3 bilhões de euros (R$ 27,5 bilhões) caso ocorra a extinção das licenças dos imóveis de uso turístico na cidade espanhola.

Associação calcula um prejuízo de 4,3 bilhões de euros caso as licenças dos apartamentos turísticos sejam extintas. Ao jornal espanhol El Periódico, o presidente da Apartur disse que o valor inclui não só os lucros, mas também investimentos já realizados e a perda do valor do imóvel, além do fechamento de 5.000 postos de trabalho diretos.

Prefeitura anunciou que quer eliminar os apartamentos turísticos até 2028. A Generalidade da Catalunha assinou um decreto de lei em 2023 que regulamentou a área e exigiu que as licenças, antes perpétuas, fossem renovadas a cada cinco anos. Os 262 municípios catalães são afetados por essa legislação.

Decreto estabeleceu um limite de dez apartamentos turísticos a cada 100 habitantes. Em Barcelona, equivaleria a até 160 mil apartamentos, bem acima dos 7.200 imóveis existentes, segundo a Apartur. Mesmo assim, a cidade sinalizou que não pretende renovar essas licenças em 2028.

Grupos políticos de Barcelona acreditam que os apartamentos turísticos têm efeitos negativos no acesso à habitação. Apartur defende que os apartamentos turísticos legais representam apenas 1% do total de imóveis da cidade e que a extinção das licenças "não garante que eles serão transferidos para o mercado residencial".

"Não se trata de receber uma indenização, mas de fazer com que a Generalidade revise o decreto", afirmou o presidente da associação. Ele diz que o pedido se baseia no fato de que o decreto irá "expropriar" um direito adquirido. "Toda expropriação deve vir acompanhada de uma indenização", disse.

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