Haddad anuncia isenção de IR para renda até R$ 5 mil e corte de gastos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira, 27, um pacote de medidas econômicas que inclui cortes de gastos do Governo Federal e a isenção do Imposto de Renda para contribuintes com renda de até R$ 5 mil mensais. Em rede nacional, Haddad afirmou que as mudanças devem gerar uma economia de R$ 70 bilhões ao longo dos próximos dois anos.

Impacto econômico e reação do mercado

Um dos anúncios mais aguardados, a isenção do IR, movimentou o mercado financeiro, levando o dólar a atingir sua máxima histórica antes mesmo do pronunciamento oficial. No discurso, Haddad confirmou: "Honrando os compromissos do presidente Lula, com a aprovação da reforma da renda, uma parte importante da classe média, que ganha até R$ 5 mil por mês, não pagará mais Imposto de Renda."

O ministro assegurou que a medida será financeiramente sustentável. "Quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais, equilibrando a conta e sem aumentar os gastos do governo", explicou.

Outras medidas anunciadas

Entre as ações destacadas, Haddad mencionou:

Abono salarial corrigido pela inflação: Será assegurado para quem recebe até R$ 2.640, tornando-se permanente quando esse valor corresponder a um salário mínimo e meio.

Aumento sustentável do salário mínimo: O valor continuará subindo acima da inflação, dentro das diretrizes da nova regra fiscal.

Reformas nas pensões e reservas militares: Instituição de uma idade mínima para a reserva de militares e limitações nas transferências de pensões.

Mudanças nas emendas parlamentares: O crescimento das emendas será limitado pelas regras fiscais, e 50% dos recursos das comissões do Congresso serão direcionados obrigatoriamente para a saúde pública, fortalecendo o Sistema Único de Saúde (SUS).

Perspectivas e desafios

As medidas foram apresentadas como parte de um esforço para equilibrar as contas públicas e garantir sustentabilidade fiscal. Haddad destacou que o governo trabalha em parceria com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional para implementar as mudanças orçamentárias.

O pacote também reforça o compromisso do governo Lula com a valorização da renda e o fortalecimento de políticas sociais, enquanto busca ajustar as contas públicas para enfrentar os desafios econômicos do país.

Veja o que falou Haddad na íntegra:

Queridos brasileiros, queridas brasileiras, boa noite!

Nos últimos meses, trabalhamos intensamente para elaborar um conjunto de propostas que reafirmam nosso compromisso com um Brasil mais justo e eficiente. Este não é um esforço isolado do governo do presidente Lula, mas uma construção conjunta, que busca garantir avanços econômicos e sociais duradouros.

Hoje, temos sinais claros de que estamos no caminho certo. O Brasil não apenas recuperou o tempo e o espaço perdidos, mas voltou a ocupar seu lugar de destaque no mundo, entre as dez maiores economias. Agora, crescemos de forma consistente, com um PIB superior a 3% ao ano. O desemprego, que castigava nossa gente no período anterior, colocando milhões de famílias abaixo da linha de pobreza, hoje está entre os mais baixos da nossa história.

Mais famílias estão voltando a ter renda e trabalho dignos. Garantimos reajustes reais para o salário mínimo e aumentamos a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários. Programas como o Minha Casa, Minha Vida e Farmácia Popular ganharam um novo impulso. E novos programas como o Pé-de-Meia, o Desenrola e o Acredita chegaram para combater a evasão escolar, ajudar as pessoas a recuperarem o crédito e apoiar quem quer empreender.

O combate a privilégios e sonegação nos permitiu melhorar as contas públicas. Se no passado recente, a falta de justiça tributária manteve privilégios para os mais ricos, sem avanços na redistribuição de renda, agora arrecadamos de forma mais justa e eficiente. Cumprimos a lei e corrigimos distorções. Foi assim com a tributação de fundos em paraísos fiscais e fundos exclusivos dos super-ricos.

Mas sabemos que persistem grandes desafios. Diante do cenário externo, com conflitos armados e guerras comerciais, precisamos cuidar ainda mais da nossa casa. É por isso que estamos adotando as medidas necessárias para proteger a nossa economia. Com isso, garantiremos estabilidade e eficiência e asseguraremos que os avanços conquistados sejam protegidos e ampliados.

Já devolvemos ao trabalhador e à trabalhadora o ganho real no salário mínimo. Esse direito, esquecido pelo governo anterior, retornou com o presidente Lula. E com as novas regras propostas, o salário mínimo continuará subindo acima da inflação, de forma sustentável e dentro da nova regra fiscal.

Para garantir que as políticas públicas cheguem a

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Dois empregados morrem em acidente em terminal da Transpetro em Angra

Um acidente em um terminal da Transpetro, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, fez duas vítimas na manhã desta quarta-feira, 27. Outro trabalhador, que também estava no local, sofreu uma fratura em uma das pernas e uma luxação na clavícula, informou a empresa que é o braço de transportes da Petrobras.

Os dois trabalhadores, da Olicampo, prestavam serviço de manutenção na estação de tratamento de efluentes do terminal quando a plataforma desmoronou. "Os trabalhadores foram atendidos imediatamente pelas equipes médicas, mas infelizmente não resistiram", disse a Transpetro em nota. Já a terceira vítima estaria com estado de saúde estável.

De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (Fup), outros dois empregados também ficaram feridos. A entidade informou que com esse acidente, cinco pessoas perderam a vida no Sistema Petrobras em menos de dois meses.

"Em menos de dois meses, houve cinco mortes de trabalhadores na Petrobras. É urgente que a empresa apure as causas desses acidentes. Não é possível a pessoa sair de casa para trabalhar e não voltar", disse também em nota o coordenador-geral da Fup, Deyvid Bacelar.

A Federação recebeu a notícia minutos antes de iniciada uma reunião com a Petrobras sobre o Programa de Reconhecimento do Desempenho. "A reunião foi suspensa e a Fup cobrou a efetividade do Grupo de Trabalho emergencial sobre Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), acordado em reunião com a diretora da estatal, Clarice Coppetti, no dia 15 de outubro", destacou.

A Transpetro afirmou que está prestando todo apoio aos familiares das vítimas e que vai abrir uma comissão para apurar as causas do acidente.

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Haddad sofre derrota antes mesmo de anúncio oficial de pacote de corte de gastos

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ADRIANA FERNANDES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi derrotado na tentativa de evitar a mistura do pacote de corte de gastos com medidas para aumentar a arrecadação via tributação dos super-ricos. A taxação visa garantir o aumento da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5.000 por mês.

Haddad queria deixar o projeto de tributação para o ano que vem e explicitou isso publicamente em várias ocasiões, depois que a Folha de S.Paulo revelou em outubro que o governo tinha pronta uma proposta para criação de um imposto mínimo para taxar os milionários e financiar a desoneração do IR, que beneficia a classe média.

A decisão final de Lula foi tomada na reunião entre presidente e ministros na última segunda-feira (25), que contou com a participação do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Haddad e Galípolo argumentaram que era melhor não fazer junto o anúncio, mas prevaleceu a avaliação política da necessidade de mostrar que todos teriam que dar uma cota de sacrifício no ajuste.

Na reunião, Galípolo, que é o atual diretor de Política Monetária do BC, passou a "leitura" do BC sobre a necessidade das medidas de contenção de gastos, de acordo com participantes do encontro ouvidos pela reportagem.

Após a reunião com Lula, Haddad e Galípolo seguiram juntos para o Ministério da Fazenda, onde conversaram por cerca de 40 minutos.

Naquele momento, havia o temor na área econômica de uma forte reação negativa do mercado financeiro ao pacote por causa da inclusão da medida do lado de receitas num pacote anunciado para enfrentar o problema de alta das despesas -o que de fato aconteceu nesta quarta-feira (27).

A avaliação foi de que o pacote era "corajoso" para enfrentar o desequilíbrio fiscal com "justiça e correção das distorções e ineficiências", mas também havia a preocupação de como o mercado iria receber as medidas.

Haddad foi, então, aconselhado por auxiliares a gravar um pronunciamento à nação para explicar as medidas com a mensagem "Brasil mais forte, governo eficiente e país justo".

A estratégia acabou vazando e prejudicando a comunicação das medidas. Logo cedo, já havia rumores nas mesas do mercado financeiro de que o pacote seria anunciado com a correção da faixa de isenção. Não houve coordenação de expectativas, admitem técnicos do Ministério da Fazenda.

O próprio ministro do Trabalho, Luiz Marinho, atropelou Haddad em entrevista e acabou antecipando que o pacote teria a tributação dos super-ricos -o que o ministro iria informar no pronunciamento.

Como a Folha de S.Paulo revelou, no início de novembro, a medida de taxar os super-ricos entrou na mesa de discussão do pacote como contrapartida a cortes que atinjam benefícios sociais. Colaboradores do presidente insistiram para que, entre as medidas anunciadas, também estivessem presentes as que alcançassem o chamado "andar de cima" da pirâmide de renda no Brasil.

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Haddad vai anunciar isenção de IR até R$ 5 mil no pacote fiscal

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O pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que será veiculado em rede nacional de TV pelo governo às 20h30 desta quarta-feira inclui o anúncio da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A medida é uma promessa de campanha reiterada diversas vezes pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é divulgá-la junto com o pacote fiscal para balancear o conteúdo impopular da contenção de despesas.

Apesar de a mensagem já ter sido gravada, integrantes da cúpula do governo afirmaram ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que ainda não há martelo batido sobre o IR.

Confirmada a isenção, ela poderia valer já em 2025 dependendo da votação no Congresso Nacional, segundo apurou a reportagem. Também será uma vitória da ala política. A equipe econômica era contra a medida.

Além da fala sobre o Imposto de Renda, a declaração de Haddad também deverá comunicar ponto a ponto quais são as medidas de ajuste fiscal. O pronunciamento fará do ministro da Fazenda a cara da contenção de despesas, em uma tentativa de minimizar o dano de imagem a Lula.

Interlocutores relataram ao Broadcast que no início das discussões sobre o pacote de contenção de despesas, houve conversas sobre medidas que poderiam amenizar o eventual impacto negativo das medidas. A isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil chegou a ser mencionada nesse contexto, mas a ideia havia sido abandonada. A retomada do tema nesta semana coincidiu com o fechamento do pacote de gastos e discussão sobre a apresentação das medidas ao Congresso antes de torná-las públicas.

Parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) queriam que o governo anunciasse a medida de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. O Ministério da Fazenda, no entanto, foi contra a proposta ao citar o impacto em torno de R$ 40 bilhões aos cofres públicos com a aprovação da medida.

Deputados ouvidos pela reportagem reiteram a necessidade de divulgar propostas que atinjam o "andar de cima", em referência à parcela mais rica da população, até como forma de evitar um desgaste da imagem do presidente e do partido. Isso porque as medidas em estudo pela equipe econômica preveem alterações nas regras de benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e nos valores do salário mínimo, pontos sensíveis para o eleitorado petista.

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Pacote de cortes de gastos abordará supersalários e grandes fortunas

O pacote de corte de gastos a ser anunciado nesta quarta-feira (27) pelo governo federal abordará supersalários no serviço público e imposto sobre grandes fortunas, disse há pouco o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Em entrevista coletiva para explicar a criação de 132,7 mil postos de trabalho em outubro, o ministro adiantou alguns pontos das medidas.

“Supersalários, imposto para super-ricos, vem tudo aí. Pacote completo”, disse Marinho. Perguntado se o pacote também envolve aumento de correção na tabela do Imposto de Renda, o ministro simplesmente disse: “Tudo”, sem entrar em detalhes.

Em relação ao seguro-desemprego, Marinho declarou que não haverá mudança de regra. Segundo o ministro, a ideia chegou a ser discutida no pacote, mas não avançou.

“Não há mudança de regra para o seguro-desemprego, por exemplo, mas vamos aguardar os detalhes. Se não eu vou furar o olho do colega [ministro da Fazenda, Fernando Haddad]. [O pacote] será muito diferente do que estava sendo desenhado até então”, disse. Em relação ao abono, Marinho nem confirmou nem negou alterações.

Marinho confirmou que o pacote a ser anunciado às 20h30, em cadeia de rádio e TV, pelo ministro Haddad será detalhado nesta quinta-feira (28) em entrevista coletiva. Há um mês, o governo tenta enviar medidas de corte de gastos obrigatórios que impeçam, até 2027, o estouro do limite das despesas do arcabouço fiscal. Em vigor desde o ano passado, o marco fiscal restringe o crescimento real (acima da inflação) das despesas do governo a 70% do crescimento real das receitas, limitado a 2,5% acima da inflação por ano.

Em outubro, Marinho chegou a anunciar que pediria demissão se o Ministério do Trabalho não fosse ouvido na elaboração do pacote. Nesta quarta-feira, o ministro disse ter mudado de opinião porque conseguiu botar as “impressões digitais” nas medidas.

“Eu disse [em outubro] que, se não fosse ouvido, eu pediria demissão. Mas fui envolvido. Participei do debate. Hoje Haddad fará o pronunciamento. Amanhã serão anunciados os detalhes. Lá tem as minhas digitais nos debates lá colocados”, declarou.

Na segunda-feira (25), Haddad confirmou que o pacote também trará medidas para reformar a previdência dos militares, reformular o Vale Gás e limitar os supersalários no funcionalismo público federal.

Na entrevista de hoje, Marinho disse que o pacote de corte de gastos é necessário para ajustar o ritmo de crescimento dos gastos ao das receitas. “A PEC [proposta de emenda à Constituição] da Transição resolveu um problema herdado do governo anterior e resolveu que a economia funcionasse por dois anos. Agora é preciso ajustar a velocidade de despesas com receitas. No ano passado, o Congresso não aprovou todo o desejado [pelo governo]”, declarou.

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Lojistas estão mais confiantes com vendas de fim de ano

Lojistas estão confiantes em relação às vendas neste fim de ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para ela, o otimismo em relação aos próximos meses está motivando comerciantes a investirem mais na contratação de funcionários temporários.

O cenário é medido pelo Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec). Em novembro, ele alcançou 113,5 pontos, o que representa um aumento de 1,4% em relação a outubro e um avanço de 2,9% na comparação com novembro de 2023.

Após cinco meses de queda, o Icec teve um aumento em outubro de 0,1%. Em novembro, registrou-se a segunda alta consecutiva do índice.

“Final de ano sempre é um momento de perspectiva elevada para esse empresário, em razão da Black Friday e o Natal, datas muito intensas de venda no varejo brasileiro”, diz o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

Os indicadores mostram que o aumento da confiança entre os empresários do comércio em novembro foi impulsionado especialmente por supermercados, farmácias e cosméticos, que apresentaram crescimento de 2,3%. Setores como vestuário, tecidos e calçados também acusaram avanço (1,2%), impulsionado pela alta demanda de fim de ano.

O segmento de bens duráveis foi o único a apresentar queda (-0,3%), segundo a CNC, por conta da vulnerabilidade desses produtos de maior valor em relação às taxas de juros elevadas no país.

Em relação à contratação de funcionários temporários, esse item alcançou 131,3 pontos, o maior nível desde dezembro de 2022. Supermercados, farmácias e lojas de cosméticos lideram as contratações para o fim de ano. Por outro lado, o segmento de bens duráveis deve reduzir as contratações nos próximos meses.

Ainda segundo a CNC, o destaque positivo do mês foi o aumento da confiança nas expectativas econômicas, que cresceu 4,4% em relação ao mês anterior, atingindo 134,4 pontos, o maior nível desde outubro de 2023.

Para a CNC, mesmo em um cenário econômico desafiador, com pressões inflacionárias e altas taxas de juros, o comércio demonstra sinais de recuperação.

O Icec é um indicador mensal apurado entre os tomadores de decisão das empresas de varejo para detectar as tendências das ações do setor do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente seis mil empresas de todas as capitais do país. O Icec avalia as condições atuais, as expectativas de curto prazo e as intenções de investimento dos negócios do comércio.

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Após 'caso Carrefour', Lula diz que franceses 'não apitam mais nada'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (27), que a assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE) pode ocorrer ainda este ano. Em meio ao boicote a produtos sul-americanos pelo Carrefour na França e a ataques de parlamentares do país europeu à carne bovina brasileira, Lula disse que os franceses “não apitam mais nada” e que o acordo deve ser assinado via Comissão Europeia.

“Eu quero que o agronegócio continue crescendo e causando raiva num deputado francês que hoje achincalhou os produtos brasileiros. Porque nós vamos fazer o acordo do Mercosul, nem tanto pela questão de dinheiro, nós vamos fazer porque eu estou há 22 anos nisso e nós vamos fazer”, disse Lula sobre o acordo negociado desde 1999 e que precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor.

Em diversas ocasiões, o presidente brasileiro já criticou o protecionismo dos europeus, em especial da França, que sofre pressão dos seus produtores agrícolas.

“Se os franceses não quiserem o acordo, eles não apitam mais nada, quem apita é a Comissão Europeia. E a Ursula von der Leyen [presidente da Comissão Europeia] tem procuração para fazer o acordo e eu pretendo assinar esse acordo este ano ainda, tirar isso da minha pauta”, acrescentou o presidente durante sua participação no Encontro Nacional da Indústria, em Brasília.

Nesta terça-feira (26), a Assembleia Nacional da França rejeitou a celebração do acordo Mercosul-UE e os parlamentares levantaram dúvidas sobre a qualidade, rastreabilidade e padrões sanitários da carne brasileira.

Na semana que vem, dias 5 e 6 de dezembro, ocorre a Cúpula do Mercosul, em Montevidéu, no Uruguai, ocasião em que o tratado de livre comércio entre os dois blocos pode ser anunciado. Lula participará do encontro. O acordo cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras públicas, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.

Em seu discurso no Encontro Nacional da Indústria, Lula afirmou ainda que quer expandir o comércio do Brasil com outros países e explorar novas parcerias com mercados “ascendentes”. “[Quero] aproveitar o acordo estratégico que nós fizemos com a China, que é o mais importante acordo de acesso a novas tecnologias que esse país já fez, que vai da inteligência artificial à tecnologia espacial”, disse.

“Numa demonstração de que o Brasil não quer continuar sendo pequeno, a gente não quer continuar sendo um país de vias de desenvolvimento”, afirmou, convidando os industriais brasileiros a integrarem uma comitiva em busca de investimentos e parcerias na Índia.

*Com informações da Agência Brasil

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Lula diz que acordo Mercosul-UE será fechado mesmo sem apoio da França

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse querer fechar o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia ainda este ano e que a posição contrária da França não será determinante para inviabilizar a assinatura. "Se a França não quiser, eles não apitam mais nada", afirmou o presidente em evento com líderes do setor industrial.

Ele disse querer fechar o acordo ainda neste ano.

"Para superar essa pauta, que estou há 23 anos", afirmou Lula, durante a abertura do Encontro Nacional da Indústria (Enai).

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Alckmin: 'Devemos ter nos próximos dias ou nas próximas horas as medidas de ajuste fiscal'

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse na manhã desta quarta-feira, 27, que o pacote fiscal preparado pelo governo poderá ser divulgado nas próximas horas. Ele deu a declaração em discurso no Encontro Nacional da Indústria, em Brasília.

"Deveremos ter nos próximos dias, ou nas próximas horas, as medidas todas de ajuste fiscal", disse o político a uma plateia de empresários e representantes da indústria. "Há necessidade de se fazer um esforço grande na questão da área fiscal. E o Brasil vai cumprir rigorosamente esse arcabouço fiscal", assegurou Alckmin.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou as últimas semanas discutindo com seus principais ministros medidas para conter o avanço das despesas públicas.

O pacote foi fechado, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na segunda-feira.

Agora, o governo o apresentará à cúpula do Legislativo antes de divulgá-lo.

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Após 3 anos sem novos trainees, Magalu voltará a ter programa exclusivo para negros

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(FOLHAPRESS) - Depois de passar três anos sem abrir novos processos seletivos para programas de trainee, o Magalu planeja retomar as contratações de jovens profissionais. Assim como a empresa fez em 2020 e em 2021, serão selecionados apenas candidatos negros.

A retomada pode reaquecer um debate que ganhou força em setembro de 2020, quando o Magalu abriu as inscrições da seleção de trainees exclusiva para negros. Na época, as redes sociais levantaram uma enxurrada de ataques racistas.

A repercussão evidenciou as estatísticas da baixa participação de pessoas negras em cargos de comando de grandes empresas no Brasil e estimulou outras companhias a lançarem recrutamentos com o mesmo formato.

O freio na abertura de novas seleções de trainees aconteceu no cenário pós-pandemia, segundo Frederico Trajano, presidente do Magalu. Os dois programas da varejista exclusivos para negros foram lançados no auge do ciclo econômico positivo que beneficiou o setor, mas depois foi interrompido por retração da economia, dos resultados e alta de juros.

Dos 19 jovens que entraram no primeiro programa de trainees exclusivo para profissionais negros em 2020, 14 permaneceram na companhia, com promoções de salário e cargo, segundo Trajano.

Como acontece em todos os programas historicamente, uma parte dos trainees deixa a empresa porque recebe propostas no mercado ou por outro motivo. Trajano afirma que, neste caso, a saída de trainees foi mais baixa do que a média histórica de programas anteriores.

Passados quatro anos, a experiência comprovou que a atração de talentos negros não estava atingindo o seu objetivo antes do programa de 2020, avalia o empresário.

"Era mais uma questão de dar chance e dar oportunidade para pessoas que, às vezes, não se achavam pertencentes a um programa de trainee, que não achavam que tinham condição de fazer", afirma.

"Tem muita gente excepcional, de muito talento, de muita qualidade, mas simplesmente, nós não estávamos conseguindo atrair essas pessoas ou elas mesmas não estavam sentindo que o programa de trainee era para elas. Eu sabia que, uma vez que essa engrenagem funcionasse, as coisas iriam andar mais naturalmente. A gente sempre quis os talentos negros", diz Trajano.

Além de acelerar a carreira dentro da empresa, os ex-trainees investiram em outras atividades de capacitação neste período. Alguns permaneceram em suas áreas e outros mudaram. Eles avaliam que a rotatividade por diferentes setores da companhia e o trânsito nos ambientes da diretoria ajudaram a esclarecer as possibilidades de carreira e a abrir escolhas.

Cleison Xavier, um dos candidatos que ingressou na seleção de 2020, lidera hoje uma equipe de nove pessoas no Magalu na área de tecnologia. Ele concluiu o mestrado iniciado antes do programa de trainee e afirma que está na fase de redação de seu novo trabalho de conclusão de um MBA em engenharia de software na USP. Mas a partir do ano que vem,já tem programado um período de estudos em Portugal e outro nos Estados Unidos.

"Me inscrevi para participar de uma bolsa para um programa executivo no Instituto Universitário de Lisboa e acabei ganhando uma bolsa de 100%. E me inscrevi para uma outra vaga também do Laiob (Latin América Institute of Business), dessa vez em Ohio, sobre gestão de projetos, com bolsa de 50%", diz Xavier.

Kizzy Lima, que já trabalhava no Magalu em um posto de analista pleno, foi promovida a gerente de tesouraria.

"Antes do processo seletivo de 2020, eu não me via como uma profissional que teria a possibilidade de ser trainee. Eu sempre vi o trainee como alguém que precisava ser formado em universidades públicas, ter intercâmbio e várias experiências. Quando abriu o processo, eu tive muitos incentivadores dentro da empresa, pessoas que enxergavam em mim algo que eu ainda não conseguia ver. Então, agarrei com muita intensidade e foi transformador", diz.

Lima se prepara para, nas férias, embarcar para um intercâmbio de inglês em Toronto.

Para Allana Cordeiro, que galgou as posições de analista sênior, especialista e agora atua como coordenadora de modelo de gestão, um dos pontos altos do programa foi o contato mais próximo com a direção da empresa.

"Essa proximidade nos traz o desafio de ir atrás para aprender cada vez mais. E também traz uma segurança de que eu estou aqui porque tenho capacidade de acompanhar assuntos estratégicos e porque tenho capacidade e potencial de oferecer meus serviços, dar algum tipo de sugestão, crítica ou influenciar de alguma forma", diz Cordeiro.

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