Operação conjunta do MPRN e da Receita Federal combate lavagem de dinheiro do PCC

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e a Receita Federal (RFB) deflagraram nesta quinta-feira (14) a operação Argento em quatro Estados brasileiros. O objetivo é combater a lavagem de dinheiro oriunda da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e do tráfico de entorpecentes. O grupo é suspeito de lavar dinheiro do tráfico de drogas com a abertura de empresas de fachada e postos de combustíveis, compra e venda de imóveis de luxo e até com a aquisição de cavalos de raça. O MPRN obteve a ordem judicial para o bloqueio de mais de R$ 2 bilhões da organização criminosa.

A operação Argento é desdobramento da operação Plata, realizada em fevereiro de 2023. A ação desta quinta teve o apoio da Polícia Militar. Foram cumpridos 7 mandados de prisão preventiva e outros 29 de busca e apreensão nas cidades potiguares de Natal, Caicó, Parnamirim e Nísia Floresta e ainda municípios de outros três Estados: na capital paulista e Campinas, em São Paulo; Vitória da Conquista e Urandi, na Bahia; e Trairão, no Pará. Um homem foragido da operação Plata foi preso nesta quinta, em Caicó.

Participaram da operação promotores de Justiça; servidores dos Ministérios Públicos do RN, de São Paulo, da Bahia e do Pará; auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil; policiais civis e militares. Foram apreendidos dinheiro, joias, aparelhos de telefonia celular e também computadores.

Segundo o que já foi apurado nas investigações, o cabeça do esquema de lavagem de dinheiro é Valdeci Alves dos Santos, que também é conhecido pelos apelidos de Pintado, Vermelho, Prateado, Colorido ou Tio. Valdeci era considerado como sendo um dos chefes do PCC nas ruas. Mesmo sendo interno do Sistema Penitenciário Federal desde abril de 2022, há indícios que ele manteve as atividades ilícitas do tráfico de entorpecentes e da lavagem de dinheiro através de novos elementos só agora identificados.

sses novos atores – parentes e comparsas de confiança dele – estão divididos em grupos, com diferentes responsabilidades na movimentação e ocultação dos recursos oriundos de crimes.

O dinheiro obtido com o tráfico de entorpecentes entra no sistema financeiro através de “laranjas” sem capacidade socioeconômica, grande parte dele em depósitos em espécie. A partir daí ocorre intensa movimentação financeira em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, desvinculada de qualquer atividade econômica, a fim de dificultar seu rastreio e afastar os recursos da atividade delitiva. Por fim, os valores chegam ao grupo responsável pela construção, reforma e comercialização de imóveis de luxo, abertura de empresas de fachada, construtoras, imobiliárias, postos de combustíveis, aquisição de cavalos de raça, entre outras atividades, completando assim o ciclo de lavagem de ativos.

O novo esquema de lavagem de dinheiro desbaratado na operação Argento apresenta funções específicas de seus membros, evidenciando uma organização criminosa claramente estruturada. Diante do que foi apurado, o MPRN já obteve a ordem judicial para o bloqueio de R$ 2,2 bilhões e a indisponibilidade de bens de 101 pessoas. Ao todo, antes de deflagrar a operação Argento, o MPRN analisou 468 contas bancárias nas quais foram movimentados R$ 1,6 bilhão entre 2014 e 2024.

A divisão de tarefas entre os membros da organização, que incluía familiares e terceiros utilizados como intermediários, reforça a estrutura ordenada do grupo em geral. Parte dos envolvidos é formada por pessoas de baixo perfil socioeconômico, que têm a missão de enviar grandes somas em espécie para pessoas ligadas a Valdeci. Outro núcleo tem a função de criar empresas de fachada destinadas à triangulação e à ocultação da origem e da propriedade dos valores, realizando a atividade de ocultação de recursos ilícitos. Um terceiro grupo é composto por amigos e parentes de Valdeci que auxiliaram na movimentação de valores por meio de suas contas bancárias e arregimentação de terceiros. E o quarto grupo, que é liderado por um italiano residente no Brasil, é responsável por operações imobiliárias e empresariais com os recursos dos demais grupos.

O material apreendido será analisado pelo MPRN com o objetivo de identificar o cometimento de outros crimes e o envolvimento de outras pessoas.

Plata
Deflagrada em 14 de fevereiro do ano passado, a operação Plata cumpriu sete mandados de prisão e outros 43 de busca e apreensão nos Estados do Rio Grande do Norte, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba, e ainda no Distrito Federal. As investigações que culminaram na deflagração da operação foram iniciadas em 2019, com o objetivo de apurar o tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, além do crime de lavagem de dinheiro. O esquema era liderado por Valdeci Alves dos Santos.

No Rio Grande do Norte, Valdeci tinha como braço-direito um irmão dele, Geraldo dos Santos Filho, também já condenado pela Justiça por tráfico de drogas. Pastor Júnior, como é conhecido, foi preso em 2019 no Estado de São Paulo fazendo uso de documento falso. Geraldo estava cumprindo a pena em regime semiaberto.

Em setembro passado, o MPRN obteve a condenação de sete pessoas na Operação Plata, deflagrada em fevereiro de 2023. Geraldo dos Santos Filho recebeu a maior condenação: 84 anos de reclusão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Valdeci Alves dos Santos recebeu pena de 17 anos, três meses e 20 dias de reclusão. Além dos irmãos, também foram condenados: Gilvan Juvenal da Silva (23 anos e oito meses de reclusão), Thais Cristina de Araújo Soares (19 anos de reclusão), Lucenildo Santos De Araújo (13 anos e seis meses de reclusão), Joaquim Neto dos Santos (12 anos e oito meses de reclusão), e Roberto dos Santos (13 anos de reclusão).

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Advogado é morto enquanto ia comprar açaí com o filho; crime foi encomendado pela esposa

A Polícia Civil de Sergipe prendeu nesta terça-feira (12) a cirurgiã plástica Daniele Barreto, suspeitas de envolvimento no assassinato do advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues, com quem foi casado há dez anos. O crime aconteceu no último dia 18 de outubro.

Investigação da Polícia de Sergipe aponta que a cirurgiã plástica Daniele Barreto foi a responsável por informar os assassinos do marido sobre o momento exato em que ele deixaria a residência. Para atrair o advogado José Lael Rodrigues à emboscada, Daniele sugeriu que ele fosse a uma lanchonete comprar açaí. Enquanto ele se dirigia ao local, dois homens em uma motocicleta o seguiram e realizaram os disparos. Conforme a polícia, Daniele teria planejado o crime com a colaboração de uma amiga e de sua secretária. As três mulheres foram indiciadas e presas nesta terça-feira (12).

A suspeita de envolvimento do crime organizado foi descartada após a polícia obter imagens de segurança dos arredores do prédio de José Lael, registradas horas antes do homicídio. O crime ocorreu em 18 de outubro, enquanto o advogado trafegava pelo Bairro Treze de Julho, em Aracaju.

Nas imagens, é possível ver um veículo Polo estacionado em frente à residência de José Lael. Minutos depois, ele sai para comprar o açaí junto com o filho, Guilherme Campos Bourbon Rodrigues, de 20 anos. Nesse momento, Daniele teria avisado sua amiga e secretária, que aguardavam no carro, e elas sinalizaram para os executores seguirem o advogado. A perseguição culminou no assassinato.

O crime aconteceu quando José Lael e o filho estavam voltando para casa. O jovem, que dirigia o veículo, foi atingido pelos tiros, mas conseguiu dirigir até o hospital, onde foi constatado que seu pai já estava morto.

Carro do crime alugado

De acordo com a investigação, o carro Polo usado no crime pela amiga e secretária de Daniele, que não tiveram a identidade revelada, foi alugado dias antes do crime. A polícia descobriu o envolvimento das duas mulheres após imagens de câmeras de segurança as gravarem recebendo os executores no veículo no mesmo dia do assassinato. Gravações mostram ainda ambas saindo do carro juntas.

Histórico conturbado do casal

A delegada responsável pelo caso apontou que o Daniele e José Lael tinham um histórico de relacionamento conturbado, com inúmeras tentativas de separação. O advogado desconfiava que a mulher mantinha uma relação extraconjugal e isso teria causado uma briga entre o casal no dia anterior ao crime, ocorrido no dia 18 de outubro.

Em seu perfil nas redes sociais, a médica acumula mais de 145 mil seguidores.

A operação foi realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na capital, nos bairros Treze de Julho, São Conrado e Santa Maria.

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Operação “Na Rota” é deflagrada no RN contra organização criminosa de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Na manhã desta terça-feira (12), a Polícia Civil do Rio Grande do Norte realizou a operação “Na Rota”, cumprindo mandados judiciais contra membros de uma organização criminosa envolvida em tráfico interestadual de drogas, porte ilegal de armas de uso restrito e lavagem de dinheiro.

As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc), contaram com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Militar do RN, numa ação conjunta para enfraquecer o tráfico e a circulação de drogas no estado e em outras regiões do país.

Durante a operação, foram apreendidos celulares, armas e munições.

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Sete pessoas são presas por envolvimento em esquema de falso consórcio de veículos em Natal

Sete pessoas foram presas em flagrante por envolvimento em um esquema de falso consórcio de veículos na Zona Sul de Natal (RN). As prisões foram feitas durante a Operação Midas, deflagrada pela Delegacia Especializada de Falsificações e Defraudações da capital (DEFD) na quarta-feira (6) no bairro Lagoa Nova.

De acordo com a polícia, a investigação revelou que a empresa oferecia consórcios falsos de veículos, alegando que os automóveis já estavam contemplados. Quando as vítimas percebiam o golpe e buscavam reaver o dinheiro investido, eram informadas de que o consórcio ainda não havia sido contemplado e que o pagamento das demais parcelas era necessário para evitar multas contratuais. Estima-se que cerca de 50 pessoas foram lesadas pelo esquema.

No momento da prisão, três novos funcionários estavam se apresentando para o trabalho e relataram à polícia que haviam sido recentemente recrutados pela empresa, indicando uma alta rotatividade de pessoal para encobrir a fraude. Durante a operação, foi apreendido um manual de treinamento que instruíam os colaboradores a atrair vítimas com anúncios enganosos de veículos, utilizando imagens de carros obtidas em sites de outros estados.

Um dos suspeitos, que possuía antecedentes criminais, tentou fugir, mas foi rapidamente detido pela equipe policial. No total, 11 pessoas foram conduzidas à delegacia, das quais sete permanecem presas e à disposição da Justiça.

“Operação Midas”

O nome da operação faz referência ao personagem da mitologia grega, rei Midas, que transformava tudo o que tocava em ouro, representando a ganância e a busca incessante por riquezas. Essa simbologia reflete o caráter fraudulento e ganancioso das atividades de uma organização criminosa envolvida em estelionato, que visa obter vantagens financeiras por meios ilícitos.

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PF investiga vigilante suspeito de furto de aparelhos eletrônicos de depósito da Receita Federal em Natal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (6) a Operação Simulata Custodia, que investiga o crime de furto qualificado de itens eletrônicos do depósito de mercadorias apreendidas da Receita Federal em Natal. Pelo menos 45 aparelhos de telefonia celular de marcas diversas, avaliados em mais de R$ 50 mil.

Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão expedido pela 2ª. Vara da Justiça Federal na residência de um homem de 44 anos que trabalha como vigilante patrimonial e presta serviços de segurança para a Receita Federal na condição de empregado terceirizado.

Segundo a PF, a investigação determinou que o suspeito se aproveitou do fato de trabalhar no local onde a mercadoria apreendida era mantida em depósito, para retirar os objetos sem chamar atenção dos servidores públicos da Receita.

Ainda segundo a polícia, ao rastrear os aparelhos subtraídos os investigadores apuraram que ao menos um celular foi utilizado pela própria esposa do suspeito, que agia assim em colaboração com a prática do crime ao usar serviços de e-commerce para revender os itens subtraídos a terceiros.

Durante a investigação foi possível ainda identificar testemunhas que adquiriram de boa-fé os celulares, pois desconheciam sua origem ilícita e auxiliaram a PF a produzir importantes provas de autoria, suficientes para determinar o papel do casal na prática criminosa, além de demonstrar que parte dos valores das negociações foi direcionada para a conta do suspeito, que pessoalmente fazia a entrega dos bens.

Os crimes imputados aos investigados são de furto qualificado e receptação qualificada, cujas penas máximas em cada caso podem chegar a oito anos de reclusão e multa.

O nome da operação faz referência ao fato de o suspeito de furto qualificado ser vigilante patrimonial, que abandonou seus deveres de guarda do material para simular a custodia dos bens em depósito enquanto os subtraía.

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Homem que matou menina de 12 anos era vizinho da vítima: “Demonstrou frieza”, diz delegado

O assassino de Maria Fernanda da Silva Ramos, de 12 anos, que foi encontrada morta nesta segunda-feira (4) é um pedreiro de 35 anos e era vizinho da família da adolescente no bairro Golandim, em São Gonçalo do Amarante. O corpo de Maria Fernanda foi encontrado em uma mata em Extremoz. Após a prisão, foi o próprio suspeito que levou a polícia até o local.

O homem não possui um histórico criminal, mas a polícia está investigando se ele já cometeu outro crime da mesma natureza.

“O perfil é um próximo passo importante, até para saber se existe a possibilidade de ele já ter cometido algum crime da mesma natureza, porque ele demonstrou uma frieza e um conhecimento muito grande de se desfazer das provas”, explicou.

A menina teria sido espancada até a morte, segundo o diretor da Divisão Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Márcio Lemos. A informação será confirmada pela perícia.

Ainda segundo a polícia, atualmente o homem mora com a esposa em Macaíba e tem 5 filhos pequenos, sendo 4 meninas. Depois do crime, ele fugiu para casa de parentes no município de São José de Mipibu.

O suspeito de assassinar a adolescente irá responder por três crimes, sendo: estupro de vulnerável, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

De acordo com a delegado, as imagens mostram que aparentemente a menina estava esperando o homem, que a buscou por volta das 12h30 na Avenida Tomaz Landim.

“As 14h30, ele já retorna, então já tinha acontecido a questão da violação sexual e da ocultação de cadáver, o homicídio. Na versão dele, ele diz que houve um desentendimento, então a gente acredita que tenha sido o não consentimento dela, que evoluiu para um estupro, ela correu, tentou fugir e ele confirma que foi um espancamento”, disse.

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Caso Maria Fernanda: menina teria corrido do assassino antes de morrer, diz delegado

Alex Moreira da Silva, de 34 anos, suspeito de matar a menina Maria Fernanda, de 12 anos, vai responder pelos crimes de homicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver, de acordo com o delegado Márcio Lemos, diretor da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Ele afirmou que o homem confessou o assassinato e admitiu ter estuprado a vítima. O intervalo entre a criança ter entrado no carro dele e a consumação dos crimes foi de menos de duas horas. Ainda conforme o delegado, o suspeito disse que a vítima ainda chegou a correr na área de matagal, em tentativa de fuga.

Para além da versão do suspeito, o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) vai confirmar se houve conjunção carnal e qual a causa da morte. “A princípio, ele confessa que a espancou. Não há lesão aparente até então de arma branca ou arma de fogo, só a perícia vai poder designar se houve asfixia mecânica, esses detalhes”, disse o delegado Márcio Lemos.

Conforme relato do suspeito, o diretor da DHPP disse que ele pegou a garota por volta das 12h30, em São Gonçalo do Amarante, na última quinta-feira (31) e seguiu em direção à Lagoa de Pitangui, em Extremoz. Ele saiu do local por volta 14h30, já depois de ter matado a menina, e voltou para a oficina onde estava fazendo um serviço no carro.

“A Polícia Civil só tomou conhecimento do caso, através da família, na sexta-feira, por volta das 10h30. Às 11h nós já estávamos atuando, sem saber que não era um caso de desaparecimento, já era um caso de homicídio. Conseguimos lograr êxito em pouco tempo com essa força-tarefa, sem descansar, de forma ininterrupta. Isso possibilitou que no dia de ontem ainda conseguissemos lavrar o flagrante, porque não teve solução de continuidade”, afirmou o delegado Márcio Lemos, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (5).

Após ser detido, o homem esboçou relativo arrependimento, de acordo com o delegado, mudou algumas vezes a versão do crime e, por fim, contribuiu para localizar o carro e o corpo da vítima.

O diretor da DHPP ainda alertou para o cuidado com a cobertura midiática do caso, sobretudo nas redes sociais. “Nós estávamos em silêncio porque toda aquela divulgação com a família atrapalhou muito. Inclusive, gerou riscos a outros, como o cidadão do veículo Strada vermelho. A gente expediu uma nota oficial da Polícia Civil afastando a responsabilidade dele, o que, a nível investigativo, não era nem interessante porque o verdadeiro autor poderia estar tranquilo achando que a gente estava procurando uma Strada. Tivemos que fazer essa retratação, infelizmente, prejudicando a investigação, porque tinha um setor da mídia explorando a situação. E aí, o rapaz começou a se desfazer de prova e gerou risco de vida ao outro cidadão, que foi abordado diversas vezes como suspeito”, afirmou o delegado.

Assassino conhecia a menina

O assassino conhecia a menina do bairro onde ela morava. Segundo o diretor da DHPP, ele morou numa rua paralela à da casa da vítima durante anos e ainda frequentava a região.

O delegado também confirmou que não houve troca de mensagens entre o criminoso e a vítima. A menina não tinha redes sociais. “O contato foi visual porque ele andava muito por lá. Ele tentava o aliciamento, com uma relação de confiança, até que ele conseguiu que ela aceitasse sair com ele naquele dia. Pegar uma carona. Esse consentimento não é válido, não existe namoro com uma criança”, detalhou Márcio Lemos.

De acordo com a investigação, o homem agiu sozinho. Após o crime, ele se desfez do celular e queimou o carro. Ele é casado, tem cinco filhos, trabalhava como pedreiro e não tinha nenhuma passagem pela polícia.

Segundo o delegado, o homem disse que o motivo para matar Maria Fernanda foi porque a menina não teria concordado com a “relação” e teria dito que iria denunciá-lo para uma facção criminosa.

A menina foi encontrada em uma área de matagal, em Extremoz, com metade do corpo enterrado. O homem foi preso em Arenã, distrito de São José do Mipibu. Um irmão dele ajudou a polícia para que o suspeito falasse a verdade sobre o caso.

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Polícia Civil encontra corpo de Maria Fernanda e prende suspeito


A Polícia Civil do Rio Grande do Norte encontrou, na tarde desta segunda-feira (04), o corpo da jovem Maria Fernanda, de 12 anos, desaparecida desde a última quinta-feira (31), quando estava indo para escola em São Gonçalo do Amarante. O suspeito do crime foi preso e confessou o crime.

Em nota oficial, a PCRN disse que o principal suspeito foi preso em uma operação das equipes de investigação e confessou o crime. “Seguimos empenhados em esclarecer todos os detalhes do caso e assegurar que a justiça seja realizada. Reiteramos nosso compromisso com a segurança pública e nossa solidariedade aos familiares neste momento de profunda dor”, disse a PCRN.

Maria Fernanda da Silva Ramos, 12 anos, desapareceu na tarde da última quinta-fera (31), quando estava indo para a Escola Municipal Genésio Cabral de Macêdo, localizada no bairro Golandim, por volta das 12h30. Desde então, a família não tinha tido mais notícias a respeito de Maria Fernanda.

No final de semana, a família da estudante chegou a promover um protesto cobrando informações e intensificação das investigações por parte das forças de segurança.

Confira nota da Polícia Civil na íntegra:

“A Polícia Civil do Rio Grande do Norte manifesta sua profunda solidariedade aos familiares e amigos de Maria Fernanda da Silva Ramos, de 12 anos, cujo corpo foi encontrado após intensas buscas realizadas pela equipe da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Maria Fernanda foi vista pela última vez ao sair de casa para a escola em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, na última quinta-feira (31).

Informamos que o principal suspeito foi preso na tarde desta segunda-feira (04) em uma operação das equipes de investigação e confessou o crime. Seguimos empenhados em esclarecer todos os detalhes do caso e assegurar que a justiça seja realizada. Reiteramos nosso compromisso com a segurança pública e nossa solidariedade aos familiares neste momento de profunda dor.

Novas informações serão divulgadas assim que possível”.



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