Prévia do IPCA sobe e pressiona BC por juros

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O aumento dos preços de alimentos e passagens aéreas acelerou a prévia da inflação oficial no País em novembro e vai pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que pode intensificar o ritmo de alta da taxa básica de juros, segundo projeções do mercado.

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça, 26, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) passou de uma alta de 0,54%, em outubro, para 0,62% neste mês. O resultado ficou próximo das estimativas mais pessimistas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que previam uma inflação de 0,22% a 0,64%, com mediana de 0,49%.

A taxa acumulada pelo IPCA-15 em 12 meses acelerou pelo segundo mês consecutivo, subindo a 4,77% em novembro, superando a meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC), que é de 3% em 2024, com teto de tolerância até 4,5%.

Os dados de ontem colocam mais pressão sobre o BC na condução da política monetária, avaliou Luis Otávio Leal, economista-chefe da gestora de recursos G5 Partners, que elevou sua projeção tanto para o IPCA de novembro (de alta de 0,20% para 0,35%) quanto para o fechamento de 2024, de 4,6% para 4,7%.

"No Brasil, choques temporários se tornam permanentes e, por isso, acabam tendo de ser combatidos pela política monetária. Por enquanto, mantemos a nossa expectativa de que os juros fechem 2024 em 11,75% ao ano e cheguem a 13% ao ano em maio de 2025, mas ambas projeções têm um claro viés de alta", disse Leal, em nota.

Com a inflação pressionada, o C6 Bank também prevê que o Copom aumente a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual na reunião de dezembro, dos atuais 11,25% ao ano para 11,75% ao ano, com mais duas elevações de 0,25 ponto porcentual nos encontros de janeiro e de março de 2025. "Não descartamos, porém, o risco de o ajuste ser ainda mais elevado em função da piora das expectativas de inflação", ponderou a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, em comentário.

A XP Investimentos espera, por enquanto, uma inflação de 4,9% ao fim de 2024, seguida de alta de 4,7% em 2025. "Nossa projeção para a taxa Selic terminal (no fim do atual ciclo de alta) é de 13,25% em meados de 2025, mas a probabilidade de uma aceleração no ritmo do aperto, para 0,75 ponto porcentual, aumentou", escreveu Alexandre Maluf, em comentário a clientes.

Itens voláteis

Em novembro, itens considerados voláteis, como alimentos e tarifas aéreas, foram os principais "vilões" da prévia da inflação oficial. O custo das famílias com alimentação e bebidas subiu 1,34% neste mês, respondendo por quase metade (0,29 ponto porcentual) da taxa de 0,62% registrada pelo IPCA-15. Os produtos alimentícios aumentaram pelo terceiro mês seguido.

A alimentação no domicílio encareceu em 1,65% em novembro. Houve aumentos no óleo de soja (8,38%), tomate (8,15%) e carnes (7,54%). Por outro lado, as famílias pagaram menos pela cebola (-11,86%), ovo de galinha (-1,64%) e frutas (-0,46%). Já a alimentação fora do domicílio aumentou 0,57%: a refeição fora de casa subiu 0,38%, e o lanche avançou 0,78%.

Em transportes, as passagens aéreas encareceram 22,56% em novembro, maior pressão individual sobre a inflação (0,14 ponto porcentual). O ônibus urbano subiu 1,34%. Nos combustíveis, houve aumentos no gás veicular (1,06%) e na gasolina (0,07%), mas quedas no etanol (-0,33%) e no óleo diesel (-0,17%).

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Ouro fecha em leve alta em correção e com tensões geopolíticas

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O ouro futuro fechou em leve alta nesta terça-feira, 26, após despencar mais de 3% ontem em meio a relatos de que Israel e Hezbollah chegaram a acordo por um cessar-fogo. Hoje, o metal precioso enfrenta leve correção com as tensões ainda presentes no Oriente Médio e na Ucrânia.

O ouro para dezembro avançou 0,10%, a US$ 2621,30 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Apesar da negociação de um cessar-fogo no Líbano, Israel intensificou seus ataques contra o Hezbollah nesta manhã e o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, aprovou a continuação das operações ofensivas militares na fronteira norte.

O Julius Baer observa o cessar-fogo como uma desculpa para a venda por parte dos traders especulativos e de curto prazo no mercado futuro, uma vez que a geopolítica não estava no centro das atenções do ouro e da prata durante a recente corrida recorde. "Nossa visão de longo prazo continua positiva, pois ainda vemos a compra de ouro pelos bancos centrais como a força estrutural mais forte no mercado de ouro, principalmente por parte da China", acrescenta o banco suíço.

No curto prazo, o ouro continua sob pressão do dólar forte e dos rendimentos elevados do Tesouro dos EUA, diz Ruben Ferreira, da FlowCommunity. No entanto, a perspectiva de médio e longo prazo pode mudar se as tensões comerciais aumentarem, explica Ferreira. Segundo ele, as tarifas propostas por Donald Trump podem aumentar a incerteza do mercado, levando ao aumento da demanda por ativos porto seguro, como o ouro.

*Com informações da Dow Jones Newswire

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Haddad avalia fazer pronunciamento à nação para justificar contenção de gastos

CATIA SEABRA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia fazer um pronunciamento à nação para justificar o pacote de contenção de gastos. A expectativa era que a mensagem fosse gravada ainda nesta terça-feira (26).

Nela, o ministro defenderia a política econômica do governo, incluindo a adoção de medidas para frear o ritmo de crescimento das despesas. A ideia de um pronunciamento foi proposta por integrantes do Palácio do Planalto. A mensagem seria levada ao ar à noite, após anúncio das medidas, possivelmente na quinta-feira (28).

A expectativa é que o anúncio ocorra após reuniões do titular da Fazenda com líderes partidários da Câmara e do Senado, além dos presidentes das duas Casas. Essas reuniões aconteceriam até quinta-feira, quando o pacote seria anunciado.

Nesta segunda-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma longa reunião com Haddad e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão), além do secretário-executivo do Planejamento, Gustavo José de Guimarães e Souza –a titular, Simone Tebet, está em viagem particular a São Paulo.

Mas o cálculo do impacto das medidas de ajuste nas regras de Previdência dos militares depende ainda de negociações não concluídas para a reestruturação no sistema de promoções das carreiras das Forças Armadas.
A fixação de uma idade mínima de 55 anos para os militares entrarem na reserva, como é chamada a aposentadoria nas Forças Armadas, é uma das medidas.

O pacote deve ter um impacto de cerca de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões em 2025. Já em 2026, o alívio é calculado em R$ 40 bilhões.

No último dia 17, Haddad disse que o pacote já estava pronto, dependendo de ajustes com o Ministério da Defesa. O ministro Fernando Haddad disse que a economia com a mudança na Previdência dos militares será um pouco superior a R$ 2 bilhões ao ano.

Uma das principais medidas do pacote de corte de gastos deve ser a limitação do ganho real do salário mínimo, com o objetivo de alinhar a política de valorização às regras do arcabouço fiscal -cujo limite de despesas tem expansão real de 0,6% a 2,5% ao ano.

Pela regra atual, o salário mínimo teria ganho real de 2,9% em 2025, conforme o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Em 2026, a alta seria acima de 3%, considerando as projeções para o crescimento neste ano.

O governo Lula prevê incluir no pacote de contenção de gastos uma medida para assegurar a possibilidade de bloqueio das emendas parlamentares para cumprir o arcabouço fiscal. Isso seria feito em caso de alta nas despesas obrigatórias.

Ainda está em discussão se a possibilidade de bloqueio das emendas será enviada em um projeto individual ou se constará nas iniciativas legais que já estavam em preparação. Segundo o ministro Fernando Haddad (Fazenda), o pacote deve incluir uma PEC (proposta de emenda à Constituição) e um projeto de lei complementar.

O pacote também deve incluir outras ações. O governo pretende fortalecer as ferramentas antifraude nos benefícios sociais, com foco na Previdência Social e no BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

No cardápio de medidas, ainda há estudo para mudanças no abono salarial, espécie de 14º salário pago a trabalhadores com carteira assinada e que ganham até dois salários mínimos (hoje, equivalente a R$ 2.824).

Nesta segunda, Haddad afirmou que o vale-gás também constará entre as medidas, e a estratégia é aprovar uma nova versão do texto sobre o tema que já está no Congresso. A equipe econômica também incluiu a discussão sobre o projeto de lei que restringe os supersalários no setor público no pacote. O texto está em tramitação no Senado.

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Após pedido de desculpas do Carrefour, fornecedores começam a suspender boicote

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GUSTAVO GONÇALVES E DANIELE MADUREIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os frigoríficos começaram a suspender boicote ao Carrefour após a publicação de uma carta de retratação assinada pelo CEO global da rede, Alexandre Bompard. A Masterboi informou nesta terça-feira (26) que retomará imediatamente o fornecimento de carne ao Carrefour Brasil.

Na sexta-feira (20), a empresa havia suspendido as entregas, aderindo a um boicote desencadeado por declarações de Bompard sobre a carne do Mercosul. "Sim, a retratação basta. Com a carta publicada agora pelo CEO do Carrefour, se desculpando, a Masterboi está voltando a fornecer à rede hoje", afirmou o frigorífico.

A Folha procurou a Minerva, que também aderiu ao boicote, mas a empresa preferiu não se manifestar. JBS e Marfrig também foram contatadas, mas ainda não responderam.

O Carrefour, porém, informou que o cronograma de entregas de produtos de carnes bovinas da JBS foi retomado no Atacadão, operação de atacarejo do grupo no Brasil responsável por 70% do faturamento do conglomerado. Em fato relevante divulgado ao mercado, o vice-presidente de finanças e diretor de relações com investidores do grupo francês no país, Eric Alexandre Alencar, disse que a companhia espera a normalização do reabastecimento de tais produtos no decorrer dos próximos dias.

A crise teve início após o CEO do Carrefour global anunciar que deixaria de comercializar carne oriunda do Mercosul -bloco que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A decisão foi recebida como um ataque ao setor agropecuário brasileiro, provocando reações de 23 frigoríficos nacionais, que interromperam as entregas ao Carrefour Brasil. Segundo fontes próximas ao frigorífico, na sexta (22) houve ordem para que os caminhões da JBS que estivessem em rota para lojas ou centros de distribuição do Carrefour suspendessem as entregas.

A suspensão da Masterboi, que fornece entre 400 e 450 toneladas mensais de carne à rede, já tinha reflexos visíveis: produtos do frigorífico deixaram de ser encontrados em algumas unidades do Carrefour na cidade de São Paulo, segundo apuração da Folha. Clientes relataram dificuldade para encontrar cortes fornecidos pela empresa.

Em sua carta de desculpas, Bompard disse que suas declarações sobre o boicote à carne do Mercosul foram mal interpretadas. Ele reforçou que a intenção do Carrefour não era questionar a qualidade da carne brasileira, mas, sim, apoiar os agricultores franceses em meio a uma crise local. "Lamentamos muito que nossa comunicação tenha sido recebida como um questionamento à nossa parceria com a produção agropecuária brasileira ou como uma crítica a ela", disse.

A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) celebrou o pedido de desculpas de Bompard e o reconhecimento da qualidade da carne nacional. "A excelência do produto e do produtor brasileiro foi devidamente reconhecida, e esperamos que as operações da rede francesa sejam completamente restabelecidas", afirmou a entidade.

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Grupo Habitação sobe 0,22% em novembro ante alta de 1,72% em outubro no IPCA-15

Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 1,72% em outubro para um aumento de 0,22% em novembro, uma contribuição positiva de 0,03 ponto porcentual para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) deste mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa do IPCA-15 foi de 0,62% em novembro.

O item energia elétrica residencial arrefeceu de 5,29% em outubro para 0,13% este mês. O movimento foi puxado pela entrada em vigor da bandeira tarifária amarela em substituição à vermelha patamar 2, a partir de 1º de novembro.

Além disso, houve reajustes tarifários nos seguintes locais: alta de 4,97% em Goiânia a partir de 22 de outubro; redução de 2,98% em Brasília a partir de 22 de outubro; e redução de 2,88% em uma das concessionárias de São Paulo a partir de 23 de outubro.

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Receita autoriza dedução de juros de debêntures de infraestrutura na apuração de lucro e CSLL

A Receita Federal publicou instrução normativa que permite às empresas deduzirem os juros pagos ou incorridos em debêntures de infraestrutura da apuração do lucro líquido. Além disso, essas companhias poderão deduzir da apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) o equivalente a até 30% dos juros pagos em debêntures no exercício.

"A exclusão poderá ser considerada na apuração de eventual prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa da CSLL para fins de compensação em períodos subsequentes", completa o texto, publicado no Diário Oficial da União (DOU).

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Procon SP recebe mais de mil reclamações sobre Black Friday

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O Procon de São Paulo já recebeu 1.115 reclamações relacionadas às compras de Black Friday. Desde o último 30 de outubro, a entidade abriu um link específico em seu site para receber queixas dos consumidores sobre as promoções.

Os problemas mais citados são a não entrega ou demora na entrega (394 casos) de produtos; produto ou serviço entregue diferente do pedido, incompleto ou danificado (142); pedido cancelado após finalização da compra (128); produto ou serviço indisponível (105); e maquiagem de desconto (101).

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) elaborou dez recomendações para que os consumidores aumentem a segurança ao fazer compras na Black Friday. A entidade orienta que os compradores deem preferência a lojas conhecidas e verifiquem a reputação de páginas não conhecidas em sites de reclamações.

A Febraban aconselha ainda acessar os sites de compra digitando o endereço no navegador, e desconfiar das promoções cujos preços sejam muito menores do que o valor real do produto.

“Tenha muito cuidado com e-mails de promoções que tenham links. Ao receber um e-mail não solicitado ou de um site no qual não esteja cadastrado para receber promoções, é importante verificar se realmente se trata de uma empresa idônea”, recomenda a entidade.

Outra orientação é dar preferência ao modelo de compra garantida, na qual a plataforma retém o valor da compra até a sinalização positiva do comprador.

“Em lojas de redes sociais, verifique se a página tem selo de autenticação, número de seguidores compatíveis e também comentários de outros compradores. Desconfie de páginas recém-criadas”.

A entidade ressalta que os consumidores façam a opção pelo pagamento das compras online com cartão virtual, e usar o serviço de avisos por SMS de transações feitas ou outros meios disponibilizados pelos bancos, que informam o valor realizado para cada transação, instantaneamente.

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Carne já começa a faltar em unidades do Carrefour em SP com boicote de frigoríficos

(FOLHAPRESS) - Consumidores do Carrefour em São Paulo relatam os primeiros reflexos do boicote promovido por frigoríficos brasileiros contra a varejista. Entre 60 clientes entrevistados em três unidades da rede nesta segunda-feira (25), 34 afirmaram já sentir falta de produtos específicos nas prateleiras.

O boicote começou na semana passada, após o Carrefour na França anunciar que deixará de comercializar carne originária do Mercosul, bloco econômico que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e que negocia há décadas um acordo comercial com a União Europeia.

Até o momento, 23 frigoríficos brasileiros aderiram à suspensão do fornecimento, incluindo gigantes como JBS, Marfrig e Masterboi. Segundo fontes do setor, o desabastecimento já afeta mais de 150 lojas do Carrefour no Brasil.

Em nota, o Carrefour Brasil lamentou a situação e reafirmou sua relação com o agronegócio nacional. "Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade", afirmou a empresa.

A rede também diz que já está trabalhando para mitigar os impactos do boicote. "Entendemos a importância deste setor para a economia e para a sociedade como um todo, e continuamos comprometidos com o fortalecimento dessa relação."

Questionado sobre a diferença de estoque entre as lojas, o Carrefour afirmou que "o abastecimento pode variar entre unidades, mas garantiu que todas mantêm produtos suficientes para atender os clientes".

Na unidade da avenida Ribeiro Lacerda, zona sul da capital paulista, os consumidores já percebem a diminuição na oferta de carnes. Na prateleira destinada aos produtos da Friboi, restavam apenas 12 peças.

O mecânico Mauro Oliveira, 53, que costuma comprar produtos da marca, precisou escolher outra por não encontrar o corte desejado.
"Eu sabia desse boicote pelas notícias, mas não imaginei que já estaria sentindo isso na prática", comentou. Ao perguntar ao açougueiro sobre o produto, foi informado de que haveria mais peças em outra geladeira, mas não encontrou o item.

Apesar do transtorno, Mauro apoia a ação dos frigoríficos. "Eles estão certos. É uma maneira de defender o Brasil."

O Carrefour Brasil é líder no varejo alimentar no país. A filial brasileira é a segunda maior operação do grupo francês no mundo, só perdendo para a França. O grupo já vinha desde a pandemia investindo na compra de produtos locais e regionais para abastecer as lojas, fortalecendo itens de marca própria.

"No Brasil o maior faturamento do grupo Carrefour vem do Atacadão, responsável por cerca de 70% das vendas totais. Em um atacarejo, as vendas de carnes não são tão representativas quanto em um supermercado", diz o consultor Alberto Serrentino, sócio da Varese Retail.

O maior fornecedor de carnes do grupo é a JBS, responsável sozinha por 80% do abastecimento das lojas do Carrefour, apurou a Folha junto a fontes próximas do frigorífico. Mas a JBS responde por 100% do abastecimento do Atacadão, a principal operação do grupo -o que torna o imbróglio do Carrefour com os frigoríficos brasileiros muito mais uma queda de braço entre o grupo francês e a JBS.

As declarações do CEO mundial do Carrefour, Alexandre Bompard, na última quarta-feira (20) teriam mexido com os ânimos da JBS, o maior produtor mundial de proteína animal, controlado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, dono de marcas como Swift, Friboi, Seara e Maturatta.

Segundo fontes próximas ao frigorífico, na sexta (22) houve ordem para que os caminhões da JBS que estivessem em rota para lojas ou centros de distribuição do Carrefour suspendessem as entregas.

O Carrefour tem intensificado a fiscalização sobre os frigoríficos brasileiros, o que levou inclusive à suspensão de 11 fornecedores este ano. No terceiro trimestre, a varejista ampliou o controle socioambiental para compras de carne bovina: antes restrito ao bioma amazônico, passou a controlar a origem da carne dos demais biomas brasileiros.

"Nossos fornecedores se comprometem a realizar a análise de geomonitoramento (checagem de conformidade por meio de imagens via satélite) de suas fazendas de fornecimento direto e, paralelamente, devem informar a origem da compra a partir do Cadastro Ambiental Rural (CAR) ao Grupo Carrefour Brasil, para que seja realizada uma dupla checagem de conformidade", disse o grupo, em relatório de resultados do terceiro trimestre deste ano.

"No trimestre, analisamos 22.615.555 hectares em 28.451 fazendas. Encerramos o trimestre com 18 frigoríficos fornecedores ativos e 11 bloqueados pelo não cumprimento do critério para compras do grupo."

CARNES REPRESENTAM ENTRE 6% E 12% DAS VENDAS DO GRUPO

De acordo com relatório do Goldman Sachs, as carnes representam entre 6% e 12% das vendas do Carrefour no Brasil. Nas estimativas do banco, o lucro líquido da rede varejista pode cair entre 0,54% e 1,

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Temer elogia pacote do governo e diz que Haddad é uma agradável surpresa

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O ex-presidente da República Michel Temer elogiou nesta segunda-feira, 25, durante conversas com jornalistas após participar de evento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o pacote de cortes de gastos que o governo Lula está prestes a anunciar.

"É um bom projeto, eu acho que você cortar gastos é uma coisa sempre útil. Tendo um teto para os gastos públicos, você reduz a dívida pública, e reduzindo a dívida pública, não paga juros. Quando você paga juros, não tem utilidade nenhuma. Diferentemente, se você reduz a dívida pública, diminui os juros e, portanto, tem vantagens para o País", disse Temer.

O ex-presidente avaliou também que a economia vai razoavelmente bem e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se revela como uma agradável surpresa. Mas ponderou que o governo Lula precisa sinalizar o que pretende fazer nos próximos dois anos restantes de gestão, para dar tranquilidade e segurança social.

"Eu acho que a economia vai indo razoavelmente bem, o Haddad nesse sentido é uma agradável surpresa, primeiro ponto; agora eu acho que, no geral, o que o povo deseja é saber o que um governo de quatro anos vai fazer ao longo do tempo, quais os gestos principais que vai praticar. Isso dá uma certa tranquilidade e uma certa segurança social, acharia útil se ainda viesse a ser feito", disse Temer.

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Mercado financeiro reduz para 4,63% expectativa de inflação para 2024

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As expectativas do mercado financeiro relacionadas à inflação estão mais otimistas do que há uma semana. De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (25), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – deve fechar o ano em 4,63%. Na semana passada, o mercado projetava uma inflação de 4,64% em 2024. Há quatro semanas, era esperada uma inflação de 4,55%.

Divulgado semanalmente pelo Banco Central, o Boletim Focus projeta um IPCA de 4,34% em 2025; e de 3,78% em 2026.

A estimativa para 2024 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua e, assim, o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para cumprir a meta de inflação, o Banco Central adota como principal instrumento a taxa básica de juros (Selic), definida, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), em 11,25%. O boletim mantém há 8 semanas a expectativa de que a Selic chegue a 11,75% ao final do ano.

Entre os fatores considerados pelo Copom para a definição da Selicestá a alta do dólar, que vem sendo observada nas últimas semanas; e o contexto internacional, que também registra alta inflacionária.

Diante desse cenário, o mercado projeta, pela sexta semana consecutiva, uma tendência de alta da moeda norte-americana. A expectativa é de que o dólar feche 2024 cotado a R$5,70. Há uma semana a previsão era de que, ao final de 2024, o dólar estaria cotado a R$ 5,60. Há quatro semanas, a expectativa do mercado financeiro estava em R$ 5,45.

Para os anos subsequentes (2025 e 2026), o mercado projeta cotações de R$ 5,55 e R$ 5,50, respectivamente.

Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país), o mercado se mostra mais otimista do que há uma semana, com uma expectativa de crescimento que passou de 3,10%, observada na semana passada, par 3,17%, segundo o boletim divulgado hoje. Há quatro semanas o mercado projetava um crescimento menor, de 3,08%.

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