Favela do Moinho é “quartel-general” do PCC no centro de SP, diz GAECO
O ex-presidente do Banco Central de 2019 a 2024, Roberto Campos Neto, 56 anos, fez uma dura crítica à matriz econômica e social do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Disse que a administração federal, de esquerda, tem “uma obsessão com igualdade e não com diminuição da pobreza. Como a igualdade não é um fenômeno natural, o governo se vende como necessário para corrigir este erro”.
Campos Neto terminou seu período de quarentena de 6 meses depois de sair do BC em 31 de dezembro de 2024 e assumiu em 1º de julho de 2025 os cargos de vice-chairman e chefe Global de Políticas Públicas do Nubank. Ele deu uma entrevista à jornalista Adriana Fernandes, publicada neste domingo (6), no jornal paulistano Folha de S.Paulo –do mesmo grupo empresarial dono do PagBank (o das maquininhas amarelas), principal negócio da empresa.
Para o ex-presidente do BC, a obsessão das esquerdas com promover a igualdade leva a um processo em que o “crescimento é feito com dívida e impostos nas empresas”. Isso “diminui o investimento privado e, por consequência, atrofia a capacidade de aumentar a oferta de bens e serviços no futuro. No fim, estimula a demanda de curto prazo com transferências de renda e paga a conta com investimento futuro”.
O resultado é que o país acaba tendo “um Estado maior, setor privado atrofiado, dívida insustentável, inflação estrutural mais alta, juros altos e baixa produtividade”. Para ele, “o jogo acaba quando a injeção pública de recursos faz mais mal do que bem e fica claro que todos vão terminar em uma situação pior”.
Formado em economia pela Universidade da Califórnia em 1993 e eleito 3 vezes presidente do ano de bancos centrais da América Latina e Caribe pela LatinFinance, Campos Neto também avalia como negativo que empresários virem alvo se fazem alguma observação crítica sobre programas sociais ineficientes.
“Às vezes, vejo um empresário que faz uma crítica ao Bolsa Família, aí ele apanha. Não quero falar de pessoas. Vários empresários falam a mesma coisa, que tem vários Estados no Brasil que têm mais gente que ganha Bolsa Família do que trabalhador de carteira assinada. Ninguém está estimulando que não tenha o programa. A grande pergunta [é]: será que o Bolsa Família está gerando informalidade? Existem evidências”, afirmou o presidente do BC. Em 2024, segundo levantamento do Poder360, havia 12 Estados no Brasil com mais Bolsa Família do que empregos via CLT.
Poder 360
A senadora Tereza Cristina (Progressistas-MS) comentou sobre a proposta do governo Lula de taxar as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letra de Crédito Imobiliário (LCI). Ela considera a medida como um ataque ao produtor rural.
“Agora querem taxar LCA e LCI do agro e do imobiliário. Mas quem faz essas aplicações não são ‘os ricos do andar de cima’”, afirmou a parlamentar.
Ela argumentou que os investimentos que fomentam o agro e o setor de imóveis são feitos por professoras, jornalistas, engenheiros agrônomos, donos de padaria ”que fazem uma poupança”.
Caso o imposto de 5% atinja as ”LCs”, haverá, na avaliação da senadora, ”menos recursos para o Plano Safra e casa própria no ano que vem”. Segundo ela, o efeito será alimentos mais caros na mesa do brasileiro.
Metrópoles
A dívida da Venezuela com o Brasil já ultrapassa R$ 10,3 bilhões e não há perspectiva de quitação. Só de juros desde quando o país passou a ser inadimplente, em 2018, são mais de R$ 2,7 bilhões.
Os números mais recentes são de dados oficiais do Ministério da Fazenda, até 28 de fevereiro de 2025 e correspondem aos valores já pagos pela União em indenizações a bancos financiadores e os juros de mora acumulados.
No entanto, o valor pode ser muito superior. Estima-se que o passivo total gire entre US$ 1,7 bilhão e US$ 2,5 bilhões, ou o equivalente a quase R$ 12 bilhões na cotação atual (R$ 5,42 em 4 de julho).
O calote do país de Nicolás Maduro envolve operações de crédito para exportações brasileiras, muitas delas ligadas a obras de infraestrutura no país vizinho, como metrôs, estaleiros e siderúrgicas.
Os financiamentos foram cobertos pelo SCE (Seguro de Crédito à Exportação), lastreado no FGE (Fundo de Garantia à Exportação), mecanismo operado pela União para garantir o pagamento a exportadores brasileiros em casos de inadimplência dos países importadores.
“Todos os recursos foram desembolsados no Brasil, em reais, diretamente aos exportadores”, segundo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O banco ressalta que as prestações não quitadas pela Venezuela “já foram integralmente indenizadas pelo SCE” e que o saldo devedor foi transferido à União. A última indenização foi paga em junho de 2025.
A dívida da ditadura Venezuela com o Brasil, no entanto, continua crescendo. Só nos dois primeiros meses do ano, o estoque aumentou em R$ 960,78 milhões.
Segundo o Ministério da Fazenda, isso ocorre tanto pelo não pagamento de parcelas cobertas pelo seguro — restavam ainda quatro prestações a vencer até junho, ou seja, esse valor pode ser muito maior — quanto pela incidência de juros de mora, que continuarão a se acumular até a quitação.
A inadimplência da Venezuela com o Brasil teve início formal em 2018, e a dívida remonta a financiamentos contratados desde o início dos anos 2000.
Os valores foram destinados principalmente a operações de comércio exterior e infraestrutura, com apoio oficial do governo brasileiro.
Perdão por investimentos
Em junho deste ano, em uma viagem à França, o presidente Lula defendeu a troca de dívida “por desenvolvimento e emissão de [DES] Direitos Especiais de Saque” para mobilizar “recursos valiosos” a fim de proteger os oceanos.
O DES é um mecanismo criado e administrado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) desde 1969, com o intuito de fortalecer economias em tempos de crises.
É constituído de uma cesta de moedas fortes (como dólar, libra e euro). Não geram dívidas, mas seguem regras de pagamento estabelecidas pelo fundo.
No ano passado, Lula também defendeu a construção de um desenho multilateral para o perdão de dívidas de países em troca de investimentos em educação.
Em artigo publicado no jornal O Globo, o chefe do Executivo brasileiro e a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, defenderam “a conversão da dívida em investimentos na educação”.
Segundo os cálculos deles, em 2022, os custos da dívida de diversas nações são comparados ao orçamento anual para financiar o país. A ideia é fazer com que países de rendas mais baixas consigam sustentar a própria população.
CNN
O Governo do Rio Grande do Norte vai contratar uma entidade especializada para acompanhar, orientar e individualizar o cumprimento de pena de pessoas monitoradas por tornozeleira eletrônica. A medida é da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) e será formalizada por meio de chamamento público. O contrato previsto é de R$ 712 mil por dois anos.
A entidade selecionada atuará junto à Central de Monitoramento Eletrônico, em Natal, e em polos no interior do Estado. A previsão é que o processo seletivo seja concluído em setembro.
O objetivo, segundo a Seap, é garantir suporte para que os monitorados — cerca de 3.700 atualmente — cumpram as condições impostas pela Justiça, com foco na reintegração social. Serão atendidas pessoas em regime semiaberto, prisão domiciliar, medidas cautelares e medidas protetivas.
A equipe da entidade deve contar com dois assistentes sociais, dois psicólogos, dois bacharéis em Direito e um técnico administrativo. Eles irão monitorar o cumprimento das regras judiciais, identificar riscos de reincidência criminal e encaminhar os monitorados para programas sociais, educacionais e de qualificação profissional. Também será feito o mapeamento do perfil biopsicossocial e criminológico de cada pessoa, como prevê a Lei de Execução Penal.
A Seap afirma que a contratação se baseia em uma metodologia já testada em projeto-piloto iniciado em novembro de 2023, com apoio da Secretaria Nacional de Políticas Penais.
A iniciativa, no entanto, é criticada pelo Sindicato dos Policiais Penais do RN (Sindppen-RN). A presidente da entidade, Vilma Batista, classificou a contratação como “desnecessária” e questionou a gestão da Seap.
“Não haveria necessidade de contratação temporária, tendo em vista o concurso público que está por vir. A Seap brinca com recurso público, brinca com a gestão”, afirmou Vilma.
Ela também mencionou um projeto de lei que será votado na Assembleia Legislativa e que prevê a criação de cargos efetivos para assistência aos presos.
A sindicalista ainda apontou falhas na gestão do sistema prisional, como mortes, fugas e ameaças de corte no fornecimento de água por falta de pagamento na Central Integrada de Gerenciamento Operacional do Sistema Penitenciário (Cigospen).
“Mostra a incapacidade, a inoperância da gestão. Quem vai sofrer é o Estado. É o dinheiro público que, mais uma vez, sai pelo ralo”, declarou Vilma Batista.
A Seap, por sua vez, afirmou que os cargos previstos no projeto de lei são destinados a outras funções e que o pagamento à Cigospen foi feito antes do corte no fornecimento de água.
Com informações do Agora RN
Um jovem, de 20 anos, está sendo procurado pelas autoridades após agredir a própria mãe e ameaçá-la com uma arma de fogo por causa da lentidão da internet na casa onde vivem. O caso ocorreu na terça-feira (1º/7), no bairro Saudade, na Região Leste de Belo Horizonte (MG).
À Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a vítima, de 40 anos, relatou que o filho começou a se irritar por conta da instabilidade da rede. Ele a culpou pela conexão ruim, passou a xingá-la e, em seguida, fez ameaças de morte.
Segundo a corporação, o suspeito saiu de casa e retornou minutos depois com um revólver. Ele teria apontado a arma para a mãe, segurado o pescoço dela, desferido uma coronhada no rosto da mulher e a jogado no chão.
As agressões só cessaram após a chegada do padrasto do suspeito, que interveio. Antes de fugir, o jovem ainda teria ameaçado: “Se chamar a polícia, eu vou pular aqui de madrugada e matar vocês dois”.
Com um corte na cabeça, a mulher foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste e, em seguida, encaminhada à Delegacia da Mulher. O suspeito, que já é conhecido na região por práticas criminosas, não havia sido localizado até a última atualização desta reportagem.
Metrópoles
O ex-prefeito de Lagoa de Pedras, Guilherme Affonso Melo Amâncio da Silva, foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de desviar R$ 161.012,64 destinados ao setor cultural do município. Os recursos seriam provenientes das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, criadas para apoiar profissionais da cultura e minimizar os impactos da pandemia de Covid-19. A denúncia foi formalizada pela atual gestão municipal, que identificou indícios de irregularidades na aplicação dos valores.
O caso levanta sérias preocupações sobre a gestão de verbas públicas destinadas à cultura, um setor essencial para a preservação da identidade local e o desenvolvimento social e econômico das comunidades. O desvio de recursos não só compromete a realização de projetos culturais importantes, como também afeta diretamente artistas, produtores e a população que se beneficiaria dessas iniciativas. Além disso, a prática configura crime grave, podendo resultar em penas de prisão, multas, perda de função pública e ressarcimento integral aos cofres públicos.
O Ministério Público Federal agora conduz a análise da denúncia e deve aprofundar as investigações para apurar os fatos. Caso sejam confirmadas as irregularidades, o ex-prefeito poderá responder por improbidade administrativa e por crimes contra a administração pública. O caso reforça a importância da fiscalização e da correta aplicação dos recursos públicos, especialmente em áreas estratégicas como a cultura, que desempenha um papel vital na preservação da história, na geração de empregos e na promoção da inclusão social.