Anistia a golpistas não é assunto dos brasileiros, diz Alcolumbre

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP), defendeu que o projeto de lei que prevê a anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado, em tramitação na Câmara dos Deputados, não é um assunto dos brasileiros.

“Isso não é um assunto que nós estamos debatendo. Quando a gente fala desse assunto em todo instante, a gente está dando, de novo, a oportunidade de nós ficarmos, na nossa sociedade, dividindo um assunto que não é um assunto dos brasileiros”, afirmou Alcolumbre.

Para o senador, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas deve ser estritamente jurídico, sem contaminar o ambiente político do parlamento.

“Ter a compreensão e a confiança que no Judiciário isso se tratará dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação brasileira e pelas leis, com imparcialidade, com cautela. Não é adequado transformar isso em procedimento político”, completou.

Após a denúncia da PGR, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional intensificaram a articulação para pautar o projeto de lei da Anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro depredaram as sedes dos poderes, em Brasília, exigindo um golpe militar no Brasil.

A denúncia da PGR afirma que houve uma trama golpista liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para permanecer no poder mesmo após a derrota nas urnas em 2022, incluindo planos para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os envolvidos negam as acusações e defendem que há perseguição política. Em nota, a defesa do ex-presidente informou ter ficado “estarrecida e indignada com a denúncia”. A nota afirma que Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”, disse o advogado Paulo Cunha Bueno.

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Lucro do Walmart cai para US$ 5,25 bilhões no 4º trimestre fiscal

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O Walmart teve lucro líquido de US$ 5,25 bilhões em seu quarto trimestre fiscal (encerrado em 31 de janeiro), uma queda de 4,37% em relação a igual período do ano passado, segundo balanço publicado nesta quinta-feira, 20. Com ajustes, o ganho por ação foi de US$ 0,66, levemente acima das expectativas de analistas consultados pela FactSet, de US$ 0,65.

Já a receita do Walmart teve expansão anual de 4,1% no trimestre, a US$ 180,6 bilhões, igualmente acima do consenso da FactSet, de US$ 180,1 bilhões.

Contudo, o varejista norte-americano espera lucro por ação ajustado de US$ 0,57 a US$ 0,58 no primeiro trimestre fiscal de 2026, abaixo do consenso da FactSet, de US$ 0,64.

No ano completo, a previsão é de lucro por ação entre US$ 2,50 a US$ 2,60, também abaixo dos US$ 2,77 antecipados pelo mercado. O Walmart prevê pressão contínua em seu amplo portfólio de produtos e de conversões cambiais.

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Rio Open e governo do RJ divulgam dados pessoais e telefone de João Fonseca, Alcaraz e outros tenistas

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(FOLHAPRESS) - A Secretaria Estadual de Esporte do Rio de Janeiro tornou públicos documentos produzidos pelo Rio Open de tênis contendo dados pessoais de jogadores profissionais de tênis.

Entre as informações estão imagens dos passaportes, endereço pessoal e número de celular/WhatsApp de estrelas mundiais que participaram do torneio em 2023, como Carlos Alcaraz e João Fonseca -sensação da edição deste ano.

Os dados estavam no ar desde outubro. Informada pela reportagem sobre a divulgação de informações pessoais de tenistas, a secretaria colocou o documento em sigilo. "Vale ressaltar que a Lei de Incentivo ao Esporte é um mecanismo que preza pela transparência em todos os seus processos", afirmou o órgão.

A IMM Esporte e Entretenimento, produtora do Rio Open, nega que havia vazamento. "A IMM cumpriu o previsto nas leis que regulamentam o tratamento de dados pessoais. No tocante a projetos incentivados, a IMM segue estritamente o previsto na legislação que regulamenta a utilização de verbas públicas quanto ao compartilhamento de informações com o governo do estado", afirmou a empresa.

A IMM capta recursos estaduais para o Rio Open e presta conta deles desde 2014, mas só os da prestação mais recente, de 2023, tiveram essas informações pessoais publicadas. Questionada sobre essa mudança, se limitou a dizer que "cumpriu o previsto nas leis que regulamentam o tratamento de dados pessoais e incentivo ao esporte".

A secretaria disse que "o compromisso da atual gestão é dar total transparência a todas as etapas dos processos, por isso, desde 2023, ficam disponíveis para consulta".

Os dados pessoais dos jogadores foram entregues pela IMM ao governo do Rio no relatório de cumprimento do objeto do projeto que recebeu R$ 13,8 milhões de incentivo fiscal do estado do Rio, doados pela Claro.

Um dos apêndices ao documento, acessado pela reportagem neste domingo (16), contém uma planilha com nome completo dos jogadores, seus números de passaportes, endereços e contatos telefônicos.

Esses dados foram informados pelos próprios atletas ao receberem suas premiações, pagas com verba da Lei de Incentivo. O usual é que, quando recibos do tipo são publicados em ferramentas de transparência, dados pessoais são tarjados.

Na documentação há, por exemplo, fotografia do passaporte de Carlos Alcaraz, espanhol hoje tido como grande estrela do circuito e dono de quatro troféus de Grand Slam aos 21 anos. Foram divulgados também seu número de WhatsApp e um endereço em Murcia, o mesmo onde hoje está instalada a sua academia.

Diretor-fundador da Data Privacy Brasil e especialista em LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), Bruno Bioni diz que não há interesse público na publicação.

"Um dos princípios da LGPD é que você tem que compartilhar um dado, ou publicar um dado, quando de fato há um interesse público e essa finalidade fica bem demonstrada. Nada agrega para fins de transparência, e portanto se mostra desnecessário, o compartilhamento de dados como telefone, endereço, e coisas do tipo", afirma.

Bioni afirma que uma publicação do tipo é especialmente preocupante quando dados pessoais sensíveis têm sido usados no Brasil para os mais diversos crimes.

"A gente está vivendo um momento muito sério no Brasil, um problema crônico, que é de fraude e roubos de identidade, principalmente desses tipos de dado, que permitem engenharia social para abrir contas", diz ele.

Os dados estavam acessíveis a quem buscava pelo nome de qualquer um dos atletas no sistema SEI até esta segunda-feira (17). De João Fonseca, por exemplo, foram publicados um número de telefone, seu passaporte e um endereço residencial em área nobre do Rio de Janeiro.

Fonseca recebeu US$ 17 mil (R$ 96 mil, na cotação atual) pela participação naquele torneio -que disputou como convidado.

A prestação de contas também traz dados particulares de outras pessoas impactas pelo projeto, como crianças que visitaram as instalações do torneio e boleiros.

No projeto deste ano, o Rio Open captou R$ 16,4 milhões.

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Salah supera Cristiano Ronaldo e se aproxima de recorde na Premier League

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Mohamed Salah segue em grande fase no Liverpool e atingiu mais um feito expressivo. No empate contra o Aston Villa, nesta quarta-feira, o atacante egípcio chegou a 39 participações diretas em gols na atual temporada da Premier League, ultrapassando o melhor registro de Cristiano Ronaldo na competição, que era de 37. Agora, Salah mira o recorde de Thierry Henry, que alcançou 44 contribuições ofensivas em uma única edição do campeonato inglês.

A marca histórica do francês ainda parece ao alcance do astro do Liverpool, já que restam 12 partidas para o fim da temporada. Caso mantenha seu ritmo, Salah tem grandes chances de se tornar o maior nome da história da Premier League no quesito participações em gols.

Até o momento, o atacante soma 29 gols e 20 assistências em todas as competições pelos Reds, reforçando sua importância na equipe comandada por Jürgen Klopp.

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Petrobras assina contrato com a britânica Centrica para compra de GNL

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A Petrobras informou, nesta quinta-feira, 20, que assinou um contrato de compra e venda de gás natural liquefeito (GNL) com a companhia britânica Centrica. Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o documento prevê a compra de 0,8 milhão de toneladas por ano de GNL pela brasileira durante 15 anos, a partir de 2027.

"O acordo representa um passo importante na estratégia da empresa, pois reduz a exposição aos preços spot, aumenta a competitividade e garante maior segurança de suprimento de gás natural ao Brasil", explica o documento.

O suprimento de GNL será entregue a partir do portfólio da Centrica, incluindo as plantas de liquefação Sabine Pass e Delfin LNG. Porém, o acordo está sujeito à tomada de decisão final de investimentos do projeto Delfin LNG, atualmente em desenvolvimento pela Delfin Midstream.

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STF julga o alcance da proibição ao nepotismo em cargos políticos

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O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta quarta-feira (19), a análise de um recurso que debate se a proibição do nepotismo deve incluir cargos políticos, como secretários municipais, estaduais e ministros de Estado.

A discussão gira em torno da legalidade da nomeação de cônjuges, companheiros e parentes de autoridades até o terceiro grau para funções no alto escalão do governo. A Corte proíbe, desde 2008, a contratação de parentes até 3º grau para cargos públicos.

O caso surgiu após o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) invalidar uma lei municipal de Tupã (SP) que autorizava esse tipo de indicação. No recurso apresentado, a defesa argumenta que tais nomeações não infringem a Súmula Vinculante 13, que impede o nepotismo.

Por se tratar de um julgamento com repercussão geral, a decisão do STF servirá como referência para casos semelhantes na Justiça. Até o momento, a Corte ainda não concluiu o julgamento.

Prefeito de Rio Branco nomeou esposa como chefe de gabinete

No início do mês, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), nomeou sua esposa, Kelen Rejane Nunes Bocalom, para ser chefe de gabinete na prefeitura. Kelen pode receber até R$ 28,5 mil no cargo.

A nomeação alega que o cargo é político e não administrativo, o que não se enquadraria na súmula do Supremo Tribunal Federal que trata da nomeação de parentes. O Ministério Público estadual apura o caso para verificar se pode ser enquadrado em caso de nepotismo.

Bocalom chegou a dizer à Coluna do Estadão que a funcionária - sua esposa - não será indemissível. "Se ver que não está dando conta, ela mesma entrega o trabalho". Bocalom argumentou que a mulher tem o currículo necessário ao cargo, por ter chefiado o departamento jurídico do Departamento Estadual de Água e Saneamento do Acre (Depasa) entre 2012 e 2021. "Ela dava os pareceres direitinho. Houve os maiores problemas nessa época e, graças a Deus, com ela não teve absolutamente nada", seguiu Tião Bocalom.

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Entenda as novas regras para cancelar plano de saúde por dívida

(FOLHAPRESS) - Neste mês, entraram em vigor as novas regras para o cancelamento de contratos de planos de saúde por inadimplência, determinadas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que se aplicam a todos os contratos assinados a partir de dezembro de 2024.

Com a mudança, o cancelamento só poderá ocorrer após o atraso de pelo menos duas mensalidades, consecutivas ou não. Anteriormente, o plano podia ser cancelado quando o beneficiário estivesse com pelo menos uma fatura vencida há mais de 60 dias, consecutivos ou não, dentro de um período de um ano.

O advogado e especialista em direito à saúde e sócio do Vilhena Silva Advogados, Caio Henrique Fernandes, afirma que as mudanças se aplicam a diferentes tipos de beneficiário, não existindo distinção entre planos individuais e familiares.

As alterações são regulamentadas pela resolução normativa nº 593/2023. Segundo o Procon-SP, as novas regras atendem uma antiga reivindicação, que busca evitar que consumidores tenham seus planos cancelados por falhas de comunicação.

Outra mudança implementada é a definição de que a exclusão do plano só poderá acontecer após dez dias de notificação, desde que o débito não tenha sido quitado. Também é responsabilidade da operadora comprovar que a notificação foi enviada ao consumidor.

Além disso, o cliente pode discordar do valor ou da cobrança das mensalidades não pagas. Nesses casos, a notificação poderá ser contestada sem que isso afete o prazo para o pagamento do débito.

Aqueles que possuem contratos assinados até o dia 30 de novembro de 2024 deverão ser comunicados das seguintes maneiras:
- Carta com aviso de recebimento (AR);
- Pessoalmente, por um representante da operadora;
- Por publicação em edital;
- Por meios eletrônicos previamente definidos em norma de 2019.
Os que são contemplados pela nova norma poderão receber a notificação por:
- Email, com certificado digital ou confirmação de leitura;
- Mensagem de texto (SMS ou WhatsApp), mediante resposta do beneficiário;
- Ligação telefônica gravada, com validação de dados;
- Carta com AR, ou entrega por representante da operadora, com comprovante de recebimento.

Fernandes explica que, para os contratos assinados antes de dezembro de 2024, é caracterizada inadimplência quando o consumidor apresenta um registro de fatura vencida há mais de 60 dias, consecutivos ou não, nos últimos 12 meses.
Ainda que o pagamento da dívida seja realizado, os dias de mensalidade atrasada continuavam sendo contabilizados pelo plano de saúde. Com a nova norma, após a quitação das dívidas, os dias de pagamento em atraso deixam de ser contados como período de inadimplência.

Para que o cancelamento de contrato aconteça, é necessário que as operadoras comprovem o envio de notificação. Caso o cliente fique sem acesso ao plano, mas comprove que a notificação não foi realizada corretamente, Caio Fernandes diz que é possível exigir reparação ou indenização por danos materiais e morais causados pela suspensão indevida.

Caso a mensalidade não seja cobrada por erro da operadora, o período de débito também não será válido para a suspensão do plano.

Se o consumidor não fizer o pagamento do débito no prazo de dez dias regulamentado pela ANS, não será possível ter acesso ao plano novamente. Nesses casos, aqueles que desejarem retomar o acesso ao plano deverão procurar o Judiciário.

Caio Fernandes diz, no entanto, que é comum que o Judiciário entenda que se o consumidor sempre realizou o pagamento do plano de forma pontual e, em um ano específico, o acúmulo de faturas ocorrer por problemas financeiros, o cancelamento do contrato pode ser considerado uma medida desproporcional. Esse entendimento, contudo, não é determinado legalmente.

Fernandes explica que é possível seguir os seguintes passos:
- 1) É possível buscar a ANS por meio do espaço NIP (Notificação de Intermediação Preliminar). Neste canal, o consumidor poderá relatar problemas com operadoras.
- 2) Quando possível, procurar o sistema Judiciário por meio de uma ação judicial.
O Procon-SP e outros órgão de defesa do consumidor também podem ser procurados. Para evitar problemas no envio de notificações, a ANS recomenda que usuários mantenham seus dados atualizados.

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Fila do INSS encosta em 2 milhões e atinge maior patamar desde governo Bolsonaro

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(FOLHAPRESS) - A fila de espera por benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) voltou a subir na reta final de 2024 e encostou nos 2 milhões de requerimentos, o maior nível desde o início de 2020, no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Dados divulgados pelo MPS (Ministério da Previdência Social) mostram que o número de pedidos em análise chegou a 1,985 milhão em novembro do ano passado, período mais recente disponível. O relatório de dezembro deve ser publicado nos próximos dias, segundo a pasta.

O boletim com informações sobre requerimentos e novas concessões de benefícios costuma ser divulgado em até 45 dias após o fim do mês de referência. Até o início desta semana, porém, o último documento disponível ainda era de setembro de 2024.

Especialistas de fora do governo têm ficado incomodados com a demora na publicação dos documentos e questionam se há, por trás disso, alguma tentativa do Executivo de protelar o reconhecimento de uma situação de piora na fila.

O MPS informou à reportagem que o atraso na divulgação "se deveu a inconsistências em dados enviados pela Dataprev", mas não deu mais detalhes.

Procurada, a Dataprev não se manifestou até a publicação deste texto.

Embora represente uma fotografia do passado, a divulgação dos números ocorre em um momento de queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que elencou a redução da fila do INSS como uma de suas promessas de campanha.

Pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (14) mostra que a aprovação de Lula desabou em dois meses, de 35% para 24%, um patamar inédito para o petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde, passando de 34% para 41%. Acham o governo regular 32%, ante 29% em dezembro passado, quando o Datafolha havia feito sua mais recente pesquisa sobre o tema.

A fila do INSS já havia interrompido a trajetória de queda em julho de 2024, voltando a subir sob o governo Lula. Entre julho e setembro, na esteira da greve de servidores do órgão, a alta havia sido de 445 mil requerimentos à espera de análise.

Em outubro e novembro, o estoque de pedidos se avolumou ainda mais. Em dois meses, o aumento foi de 186,2 mil.

Diante desse quadro, o tempo médio de concessão líquido (que desconta o tempo de espera por documentos do segurado) também subiu. De 34 dias em julho (menor valor dos últimos dois anos), o dado já havia escalado para 39 dias em setembro e se manteve neste patamar em novembro.

Essa média não é homogênea. Em algumas regiões, o tempo é menor, e em outras, bem maior. No Nordeste, por exemplo, o tempo médio de concessão líquido é de 66 dias.

Além dos efeitos da greve, integrantes do governo atribuem o crescimento da fila ao aumento no número de requerimentos, que tem exigido maiores esforços do Executivo para regularizar a situação.

Em 2024, cerca de 1,4 milhão de novos pedidos entram nos sistemas do INSS ao mês, bem acima da média de 2023, que estava abaixo de um milhão. Houve meses em que os novos pedidos ultrapassaram a marca de 1,6 milhão.

O governo tem feito um mapeamento de segurados que ingressam com pedidos de mais de um benefício ao mesmo tempo, ou recorrem de requerimentos indeferidos ao mesmo tempo em que fazem um novo pedido inicial para a mesma modalidade.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o INSS vai rever regras operacionais e limitar a apresentação de requerimentos em algumas situações, numa tentativa de reverter essa escalada.

Segundo os dados de novembro, do total de pedidos, 1,6 milhão aguardam perícia médica ou análise administrativa do INSS. Outros 365,5 mil estão pendentes de algum documento a ser apresentado pelo segurado.

Na comparação com outubro, os pedidos que dependem de análise do órgão cresceram (eram 1,54 milhão), e os que aguardam informações do segurado caíram (eram 378,3 mil).

O governo Lula instituiu, em 2023, um bônus para servidores do INSS e peritos médicos federais para remunerar a análise extra de requerimentos -uma prática que também já havia sido adotada em gestões anteriores. Em novembro do ano passado, o presidente editou uma MP (medida provisória) para prorrogar o programa, mas a data foi fixada em 31 de dezembro de 2024.

O crescimento da fila do INSS é um fator de preocupação para o governo não só pela percepção da população, mas também pela possibilidade de isso se traduzir em mais despesas no futuro.

Em 2024, as despesas com a Previdência Social terminaram o ano com R$ 29,9 bilhões a mais que o estimado inicialmente pelo governo na aprovação da LOA (Lei Orçamentária Anual).

Já no BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, o incremento foi de R$ 7,6 bilhões, segundo dados do Tesouro Nacional.

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Moraes expõe delação que cita pressão de Bolsonaro sobre chefes das Forças

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou nesta quarta-feira, 19, o sigilo da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. A colaboração deu subsídios para a investigação que resultou na denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 33 - incluindo Cid - pela trama de um golpe de Estado após a derrota na eleição de 2022. O ex-presidente foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de liderar as articulações por uma ruptura institucional. A delação do ex-ajudante de ordens da Presidência reforça o papel atribuído a Bolsonaro de condutor do plano golpista e relata pressão do ex-mandatário sobre comandantes das Forças Armadas e outros militares de alta patente.

A colaboração premiada esteve sob ameaça real de rescisão em novembro de 2024. A Polícia Federal (PF) avaliava que Cid estava omitindo informações. Pressionado, o tenente-coronel prestou depoimento diretamente a Moraes. Ele ficou frente a frente com o ministro na sala de audiências do STF e foi questionado sobre "contradições" em oitivas anteriores.

Cid então relatou envolvimento de Bolsonaro no plano de golpe. Ele cravou que partiu do ex-presidente a ordem para os comandantes das Forças divulgarem uma nota conjunta autorizando a permanência de manifestantes nos acampamentos montados diante de quartéis. Os chefes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica condenaram no texto "eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos".

Segundo Cid, o ex-presidente "sempre dava esperanças que algo fosse acontecer para convencer as Forças Armadas a concretizarem o golpe".

Cid afirmou ainda que Bolsonaro pressionou o então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira - ex-comandante do Exército, também denunciado pela PGR -, para mudar um relatório em que a Força terrestre não identificou falhas nas urnas eletrônicas.

Na denúncia, a PGR afirma que os atos golpistas do 8 de Janeiro foram gestados nos acampamentos e que os militares das Forças Especiais do Exército, conhecidos como "kids pretos", direcionaram as manifestações. Foi também no depoimento a Moraes que Cid implicou Bolsonaro em um suposto monitoramento do ministro do Supremo. Segundo o tenente-coronel, o ex-presidente pediu a aliados que vigiassem Moraes às vésperas do Natal daquele ano.

Cid também complicou o general Walter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro e ex-candidato a vice-presidente na chapa derrotada em 2022 - também acusado formalmente pela PGR. Segundo ele, Braga Netto fazia a ponte com os manifestantes nos acampamentos golpistas. O general foi preso no dia 14 de dezembro passado, após o depoimento do tenente-coronel.

Os militares chegaram a pedir dinheiro ao PL, partido de Bolsonaro, para montar a "Operação Copa 2022" - conforme as investigações, a operação foi uma ação clandestina integrada ao plano maior, "Punhal Verde e Amarelo". O grupo, formado no aplicativo Signal e batizado de "Copa 2022," tinha como objetivo monitorar e assassinar Moraes.

Mauro Cid alegou que imprimiu o plano que detalhava a logística da operação para entregar a um dirigente do partido, "provavelmente tesoureiro ou ordenador de despesa". "O dirigente do PL disse ao colaborador que não poderia utilizar dinheiro do partido para esse tipo de operação."

Mauro Cid afirmou em sua delação que entregou ao ex-presidente US$ 86 mil (R$ 492 mil pelo câmbio de ontem) decorrentes da venda de joias recebidas como presentes enquanto chefe de Estado. O caso das joias foi revelado em março de 2023 pelo Estadão.

O montante corresponde a US$ 68 mil obtidos com a venda dos relógios Rolex e Patex Philippe a uma loja na Filadélfia e mais US$ 18 mil da venda de demais joias em um centro especializado de Miami, ambas cidades nos Estados Unidos. O valor foi fracionado e entregue em espécie a Bolsonaro em diferentes ocasiões, para evitar que "circulasse no sistema bancário", segundo Cid.

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Jovem zagueiro deixa o Benfica e acerta com o Coritiba

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O Coritiba está próximo de oficializar a contratação do zagueiro Tiago Coser, de 21 anos, que pertence ao Benfica, de Portugal. O jogador desembarcou em Curitiba nesta quarta-feira para realizar exames médicos e assinar contrato definitivo com o clube paranaense. A negociação gira em torno de 1,4 milhão de euros (aproximadamente R$ 8,4 milhões na época da transação).


 Revelado pela Chapecoense, Tiago Coser foi considerado uma das principais promessas do clube catarinense nos últimos anos. Em 2022, transferiu-se para o Benfica com contrato válido até 2026. Durante sua passagem pelo clube português, o zagueiro atuou nas equipes sub-19, sub-23 e B, mas não chegou a estrear pelo time principal.

Globo Esporte
 

Natural de Chapecó, Coser iniciou sua trajetória nas categorias de base da Chapecoense aos 9 anos. Em 2020, aos 16 anos, foi convocado para um período de treinos com a seleção brasileira sub-17. No ano seguinte, estreou como profissional pela Chapecoense, acumulando 12 partidas pelo clube. 

A chegada de Tiago Coser ao Coritiba visa reforçar o setor defensivo da equipe, que atualmente conta com os zagueiros Thalisson, Matías Fracchia e Rodrigo Moledo. Maicon e Bruno Melo estão em recuperação no departamento médico, o que aumenta a necessidade de opções para o técnico Mozart. 

A oficialização da contratação de Tiago Coser pelo Coritiba é esperada nas próximas horas, após a conclusão dos exames médicos e assinatura do contrato.

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