Águas do Açude Gargalheiras abastecem outros reservatórios e ressuscitam rios

As águas que descem ao longo dos últimos dias pelas paredes do Açude Gargalheiras, cuja cascata forma o fenômeno do “véu de noiva”, formam um cenário convidativo para a contemplação do público. E desde a última quarta-feira (3), quem testemunha a “sangria” do quarto maior reservatório hídrico do Rio Grande do Norte, situado no município de Acari, no Seridó potiguar, também vê o renascer de um ilustre desconhecido: o Rio Acauã.

O afluente – um dos rios temporários que abastecem a bacia do Piranhas-Açu – teve o fluxo interrompido com a construção da barreira de concreto de 25 metros do açude, inaugurado em 1959, quando o paredão ligou as serras do Abreu e da Gargalheira. Desde então, as águas do Acauã só voltam a ganhar forma quando há o transbordamento do açude – cujo nome oficial é Marechal Dutra –, e percorrem por entre as veias singulares das serras do Seridó.

A torrente que vaza da gigantesca cachoeira de concreto armado, em seguida, corre até desaguar no rio Seridó. E assim, o caminho das águas também garante a manutenção de outros reservatórios. Segundo o Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (IGARN), órgão que atua no monitoramento hídrico potiguar, as águas do Gargalheiras municiam primeiramente a barragem Passagem das Traíras, na cidade de Jardim de Seridó. O reservatório segue em construção. A conclusão da barragem, que está com 95% de execução, deve ser finalizada ainda este ano.

Após isso, o fluxo deságua no rio Piranhas, que fica a montante da barragem de Oiticica — cuja construção deve ser finalizada ainda este ano —, nos municípios de Jucurutu, Jardim de Piranhas e São Fernando.

O destino é a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o maior reservatório hídrico do Rio Grande do Norte, que se estende pelo território dos municípios de Assu, Itajá e São Rafael. O percurso total é de mais de 170 quilômetros.

A sangria desta semana foi a 30ª de toda a história do Gargalheiras. O ponto de transbordamento foi verificado às 23h15 do dia 03. Ou seja, o reservatório ultrapassou a marca de 100% da capacidade. A última vez que isso ocorreu foi em 19 de maio de 2011.

O Gargalheiras abastece a cidade de Acari e complementa o abastecimento de Currais Novos. Até fevereiro, havia a possibilidade de colapso no fornecimento de água tratada das duas cidades em função do baixo volume armazenado nos dois reservatórios. Em pouco mais de 40 dias, o açude saiu de 1% de capacidade para atingir o esplendor na semana passada.

Com o reservatório Marechal Dutra cheio, a Companhia de Águas e Esgoto do Rio Grande do Norte (Caern) estima que o abastecimento de Acari está garantido por até quatro anos, mesmo que não haja recarga ao longo deste período.

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No RN, 59,3% dos prefeitos estão aptos à reeleição

Salvo algum impedimento no decorrer dos pedidos de registros de candidaturas na Justiça Eleitoral em agosto, levantamento da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) aponta que 59,3% dos 167 prefeitos atualmente no exercício do cargo têm direito à reeleição. Ou seja, 99 dos atuais gestores, caso saiam vitoriosos nas urnas em 6 de outubro, terão mais quatro anos de mandato a partir de 1º de janeiro de 2025. Outros 68 prefeitos que estão no segundo mandato, já foram eleitos em 2016 e reeleitos em 2020.

A menos de quatro meses das convenções partidárias, a acomodação política na reta final do prazo para filiações partidárias, encerrado no sábado (6), levou oito prefeitos que buscarão a reeleição, a trocarem de partidos: Cássio Fernandes (Riacho de Santana), deixou o PL pelo PP e Lidiane Marques (Tibau) migrou do PSDB para o União Brasil.

Já em Santa Maria, Raniere Câmara trocou o PP pelo PT, enquanto em Guamaré, Arthur Teixeira saiu do PSB para o PSDB, que também recebeu Renan Carvalho (Campo Redondo), que se desligou do PROS. Ainda trocaram de legendas a prefeita de Japi, Simone Silva (ex-PL), que ingressou no MDB e em Macaiba, Emidio Júnior desligou-se do PL e se filiou ao PP. Já em Baia Formosa, Camila Melo deixou o Republicanos pelo MDB.

O movimento dos prefeitos praticamente não alterou a correlação de forças entre os partidos, com predominância para o MDB, PSDB, PL e União Brasil, enquanto no bloco intermediário aparecem PP, PSD, Republicanos e PT.

Os partidos políticos com maior número de prefeitos que poderão oficializar candidaturas nas convenções partidárias entre 20 de julho e 5 de agosto, são o MDB, com 27 e PSDB, 15 e PL, 12, seguidos de União Brasil, 11; Progressistas e PSD oito e Republicanos, cinco.

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Brasil bate recorde com 1.116 mortes por dengue em 2024

O Brasil bateu o recorde histórico de mortes por dengue em 2024. Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizados nesta segunda-feira (08), o país registrou 1.116 mortes nas primeiras treze semanas deste ano, uma taxa inédita.

Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de óbitos ocorreu em 2023, com 1.094. Já o terceiro ano com maior número foi 2022 com 1.053.

“Infelizmente, a gente já sabia que atingiríamos esse número de mortes muito elevado e atingiríamos o recorde de mortes em relação aos anos anteriores. A gente tem uma epidemia, a maior epidemia de termos de proporções, de número de casos e de extensão de número de municípios e estados acometidos da história do país e isso certamente se traduziu em um número elevado de mortes”, diz Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

No mesmo período do ano passado, em 3 meses, o Brasil tinha 388 mortes. Além disso, até o momento, 2.963.994 casos foram registrados nas primeiras treze semanas deste ano, uma taxa inédita. Em 2023, foram 589.294 casos entre as semanas 01 e 13.

“Uma das coisas que a gente sempre coloca é que as mortes por dengue são mortes sempre evitáveis. São mortes que não deveriam acontecer porque o tratamento da dengue é um tratamento que basicamente significa usar hidratação no momento certo para que as complicações não ocorram na maior parte dos casos e infelizmente a gente não teve uma estrutura dessa em alguns estados, municípios para evitar um número elevado de mortes, e isso se refletiu nesse número que a gente está atingindo agora”, critica o especialista.

Em fevereiro, a a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que a estimativa do Ministério da Saúde é que o país registre, neste ano, 4,2 milhões de casos.

Apesar disso, nesta semana, o governo afirmou que a maioria dos estados brasileiros já superou o pico de casos de dengue.

Das 27 unidades da federação, oito estão em “tendência de queda consolidada” e 12 estão em “tendência de estabilidade”.

“Temos uma queda nos casos prováveis de dengue. Isso está se consolidando. É um pouco diferente a epidemia nos estados agora”, pontuou a secretária.
Ao todo, 11 unidades da federação decretaram emergência por causa da dengue: Acre, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Amapá, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Tipos de dengue no Brasil

A partir dos dados referentes a exames laboratoriais realizados para identificar a dengue, o ministério também mapeou quais são os sorotipos do vírus com maior circulação no país.

A dengue do sorotipo 1 é a mais presente no Brasil, sendo registrada em todos os estados. Na sequência, é observado o sorotipo 2, em 24 estados e no Distrito Federal.

Há a circulação simultânea dos quatro sorotipos de dengue no território nacional, mas somente Minas Gerais registrou, até o momento, a presença de todos os sorotipos atuando simultaneamente.

O vírus possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença.

Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.

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Homem suspeito de estuprar criança é preso na zona rural de Ceará-Mirim

Um homem, de 33 anos, suspeito de estuprar uma criança foi preso nesta segunda-feira (08) no distrito de Riachão, Zona Rural do município de Ceará-Mirim.

Ele foi detido por policias civis da Delegacia Especializada de Capturas e Polícia Interestadual (DECAP/POLINTER).

De acordo com as investigações, o homem é suspeito de ter praticado o crime de estupro de vulnerável contra uma criança do seu círculo familiar no ano passado. Desde então, o investigado estava foragido. O mandado de internação foi emitido pela 2ª Vara da Comarca de Ceará-Mirim.

O homem foi encaminhado para o sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.

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