Maioria das apostas no Brasil é de até R$ 20 por apostadores de 25 a 49 anos

Quase metade das apostas esportivas (47%) são de até R$ 20, enquanto transações entre R$ 100 e R$ 1.000 equivalem a 11% do volume e concentram mais de 42% do valor movimentado.

Já as operações em bets acima de R$ 1.000 respondem por somente 0,5% do total, representando quase 19% do montante aplicado

O levantamento inédito é da fintech Paag, com base nas transações processadas pela empresa no segundo trimestre de 2025, uma fatia de 30% do mercado.

Segundo o estudo, São Paulo segue como o maior mercado do país, com 23,5% do volume e 23% do valor transacionado.

Bahia e Sergipe apresentam a maior taxa per capita de transações, com mais de 19 mil apostas por 100 mil habitantes.

Em relação à faixa etária, apostadores entre 25 e 34 anos (30%) e 35 a 49 anos (39%) concentram 69% do volume total de apostas e 70% da quantia movimentada. Já o público entre 65 e 79 anos representa apenas 0,7% das operações.

Lauro Jardim – O Globo

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Nordeste lidera ranking de pontos de exploração sexual infantil, aponta levantamento

Dados atualizados do Projeto Mapear mostram que o número de pontos de exploração sexual infantil no país teve um aumento de 83% no biênio 2023-2024, com 17.687 locais, ante 9.653 no biênio 2021-2022. O Nordeste segue no topo do ranking nacional, com 6.532 pontos, seguido pela região Sudeste, com 5.041.

Realizado em parceria entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a fundação Childhood Brasil, o Mapear identifica locais vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais do país.

Para Bruna Bacelar, coordenadora-geral de Direitos Humanos da PRF, o aumento de pontos mapeados tem um lado positivo. “Quanto maior o número, significa que a PRF passou por ali. A expectativa é que esse número aumente a cada biênio”, afirma.

Os pontos são cadastrados pelos agentes da PRF por meio de um aplicativo com questões objetivas que caracterizam o local. A partir das respostas, o sistema classifica o lugar como crítico, de alto risco, médio risco ou baixo risco.

A classificação avalia características do estabelecimento como iluminação, fluxo de pessoas, se há venda de bebidas alcoólicas e outros itens. Entre os principais locais identificados estão postos de combustíveis (1.792), pontos de alimentação (1.344) e bares (1.230).

Total de pontos de exploração sexual (2023-2024)

  • Brasil: 17.687
  • Nordeste: 6.532
  • Sudeste: 5.041
  • Sul: 2.474
  • Centro-Oeste: 2.210
  • Norte: 1.430

Apesar do aumento de lugares mapeados (no levantamento anterior foram 3.107), o Nordeste viu cair o percentual de locais classificados como críticos ou de alto risco, justamente os que mais requerem a atenção da PRF, como explica Eva Cristina Dengler, superintendente de programas e relações empresariais da Childhood Brasil.

O número de locais críticos da região no levantamento anterior (176) representava 5,7% do total; agora, os 249 locais constituem 3,8%, abaixo da média nacional, de 4,6% —o Sudeste é o campeão em número absoluto, com 258 pontos críticos (5,1%).

Entre os lugares de alto risco, o Nordeste tem agora 759 pontos, ou 11,6% —no relatório anterior, eram 517 pontos, que representavam 16,6%. Novamente, a região Sudeste, com 765 locais notificados (15,2%), está numericamente à frente.

“Os pontos identificados como críticos e de alto risco passam a ser alvo de ações integradas de fiscalização, educação e, quando necessário, repressão. Nosso objetivo também é chegar a esses locais antes que os crimes aconteçam”, destaca Eva.

Segundo ela, o Projeto Mapear não apenas identifica os pontos vulneráveis, como compartilha os dados com as redes municipais, permitindo o planejamento de ações preventivas.

Para Eva, o aumento no número de pontos no Nordeste pode ser explicado pela extensa malha viária federal e litorânea que corta a região.

Além disso, muitas dessas estradas atravessam zonas turísticas e regiões economicamente estratégicas, observa João Mário de França, professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará (Caen/UFC).

Ele destaca que a movimentação nesses trechos contribui para o surgimento de pequenos bares, pousadas e outros estabelecimentos que, em contextos de pouca fiscalização, se tornam ambientes vulneráveis. “Mesmo quando não há fatores de risco evidentes, esses pontos precisam ser monitorados.”

Ao contrário dos outros estados do Nordeste, Ceará (15%), Paraíba (8%) e Maranhão (6%) despontam com médias de pontos críticos acima da nacional. Nestes estados, o perfil das vítimas se repete: meninas, menores de idade e em vulnerabilidade social, com baixa escolaridade, vindas de periferias e áreas rurais em busca de condições melhores de vida.

Para a psicóloga Andréa Cordeiro, especializada nos direitos das crianças e adolescentes, um caminho para a melhora dos índices passa por ações em escolas municipais e estaduais. “Muitas escolas do Nordeste ainda não desenvolveram protocolos claros para identificar e reportar abusos e violência sexual”, diz.

Há também campanhas para conscientizar a população, como o Maio Laranja. A psicóloga relata que é comum que, no mês de campanha, o volume de denúncias aumente, mas apenas uma pequena parcela dos municípios continua a realizar ações de prevenção ao longo do ano.

  • Disque 191: responsável por fiscalizar as rodovias federais e receber denúncias de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes nas BRs. Ligação gratuita para todo o país
  • Disque 100: Número da Secretaria de Direitos Humanos que recebe denúncias e encaminha para os órgãos competentes de cada município. Ligação gratuita e anônima
  • Aplicativo Direitos Humanos BR: Plataforma digital do Disque 100 para receber denúncias e pedidos de informações sobre direitos humanos e família. Gratuito e disponível para Android e IOS

Folhapress

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Zelenski admite que pode ceder território para a Rússia pela primeira vez

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, afirmou neste domingo (17) que as negociações com a Rússia para o fim da guerra podem ter como base a linha de frente atual do conflito, a primeira vez que o líder ucraniano admite colocar na mesa parte de seu território.

“Precisamos de negociações reais, o que significa que podemos começar por onde está a linha de frente agora”, disse ele, após encontro com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas.

O líder ucraniano viajou à sede da União Europeia na tentativa de mobilizar apoio de aliados europeus, todos apartados da cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin na sexta-feira (15). Zeleski, Von der Leyen e outros líderes do continente viajam a Washington nesta segunda-feira (18) para se reunir com o americano.

A cúpula entre Putin e Trump terminou sem um improvável cessar-fogo, que havia sido colocado como condição por Trump para que Moscou não sofresse “consequências severas”. O republicano, no entanto, saiu do encontro emulando os termos do Kremlin para o fim do conflito, defendendo um acordo de paz permanente em vez de um cessar-fogo, algo que favorece a posição russa.

Trump também fala agora em troca de território para finalizar um pacto, termo que agrada ao Kremlin. Putin tem pouco mais de 400 km² sob seu controle em Sumi e Kharkiv, áreas que não fazem parte das quatro regiões que anexou ilegalmente e que reivindica —são elas Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson, além da Crimeia ocupada desde 2014 que já vê como sua e pouco é considerada em discussões sérias sobre o fim do conflito.

Cerca de 6.600 km² de Donetsk ainda estão sob controle ucraniano, embora tropas russas tenham ganhado terreno recentemente próximo a cidades relevantes no local, ameaçando as defesas de Kiev. A troca, portanto, pode se referir à entrega da totalidade de Donetsk aos russos pelo retorno da pequena área de Sumi e Kharkiv. Lugansk já está toda sob controle de Moscou, que pode aceitar recortar Zaporíjia e Kherson e congelar o território no desenho atual da linha de frente.

Neste domingo, apesar do recuo em sua posição até aqui intransigente quanto a ceder territórios, Zelenski reiterou que busca uma pausa no conflito antes de negociar um acordo permanente.

Os péssimos sinais vindos do encontro Putin-Trump para Kiev, apartado na prática da discussão sobre o fim da guerra, é também deplorado por europeus, temerosos das aspirações de Putin para o resto do continente. A reação à cúpula, porém, foi cautelosa e em tom propositivo, com os principais líderes buscando caminhos que contemplassem a nova realidade.

Von der Leyen, por exemplo, já havia se pronunciado antes de receber o ucraniano, afirmando que “garantias de segurança sólidas que protejam os interesses vitais de segurança da Ucrânia e da Europa são essenciais” e, por isso, que está trabalhando em “estreita colaboração com Zelenski e os EUA”.

Neste domingo em Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia afirmou que a Europa continuará “a apoiar o caminho da Ucrânia em relação à adesão à União Europeia”, adicionando que não poderia haver limitações às Forças Armadas de Kiev em eventual acordo de paz. Não falou em adesão à Otan, a aliança militar ocidental.

Um dos pontos em discussão seria implementar garantias de segurança à Ucrânia, semelhante ao que prevê o artigo 5 da carta fundadora da aliança, mas sem incluir Kiev no grupo, algo que é inadmissível para Putin.

A ideia da garantia alternativa foi ventilada pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, no sábado (16). Neste domingo, o enviado especial americano, Steve Witkoff, afirmou em entrevista à rede americana CNN que Putin concordou com a ideia do oferecimento de garantias de segurança dos EUA e da Europa nos moldes do artigo 5 da Otan a Kiev, sem a admissão dos ucranianos ao grupo.

O presidente ucraniano se reunirá com Trump nesta segunda (18), em Washington. A reunião foi agendada depois que o americano fez uma ligação com Zelenski para reportar sobre a cúpula com Putin. Na esteira do anúncio da reunião, outros líderes europeus também confirmaram presença na capital americana.

Folhapress

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Concurso 2.902 da Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 65 milhões

O sorteio do Concurso 2.902 da Mega-Sena foi realizado na noite desse sábado (16), em São Paulo, e não registrou nenhuma aposta vencedora. O prêmio acumulado para o próximo sorteio está estimado em R$ 65 milhões. 

As seis dezenas sorteadas foram: 08-21-22-42-45-48.

Foram registrados 70 acertos de cinco dezenas. Nesse caso, os donos das apostas ganhadoras levam R$ 40.125,94 para casa. Outras 4.919 apostas tiveram quatro acertos, com prêmio de R$ 941,23. 

O próximo sorteio ocorre na terça-feira (19). 

As apostas podem ser feitas nas lotéricas, no site ou no aplicativo Loterias Caixa, disponível para celulares iOS e Android. Pelos canais online, o pagamento pode ser feito via Pix, cartão de crédito ou débito em conta para clientes Caixa. As apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio.

Um jogo simples de seis dezenas custa R$ 6,00. Nesse caso, a probabilidade de ganhar informada pela Caixa é de 1 em 50.063.860. É possível pagar mais para apostar mais números num mesmo jogo. O limite máximo são 20 dezenas, no valor de R$ 232.560,00 cada aposta. Nesse caso, a probabilidade de ganhar é de 1 em 1.292. 


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Golpes digitais superam roubos como o delito mais comum no Brasil

Os golpes digitais superam os roubos como o delito mais comum no Brasil. Nos últimos 12 meses, mais de 30 milhões de brasileiros foram vítimas de crimes cibernéticos. Além disso, 46,4 milhões relataram ter recebido chamadas de falsas centrais bancárias, o que representa mais de 5,4 mil vítimas por hora, segundo pesquisa do Datafolha em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A advogada Regina Melo foi vítima duas vezes seguidas. “Vários clientes chamando, eu fiquei nervosa, desequilibrada, não sabia o que fazer. Parecia que eles estavam atuando. Quando eu estava atendendo, outro cliente ligou e disse: cuidado, está rolando um golpe”, contou.

Os criminosos tiveram acesso a dados dos processos em que Regina atuava e entraram em contato com clientes. “Isso me deixou sem chão, nunca tinha passado por isso. Fui à delegacia e não conseguia nem explicar direito. E ainda ouvi que eu era responsável pelo meu sistema”, relatou.

Segundo especialistas, a combinação de impunidade, retorno financeiro elevado e a migração do crime físico para o mundo virtual impulsiona o crescimento dos golpes digitais. “Para o criminoso é mais seguro e o retorno é maior. Além disso, a criatividade do brasileiro colabora”, disse Emilio Simoni, especialista em segurança digital.

Falsas centrais

A pesquisa também aponta que os prejuízos chegam a R$ 24,2 bilhões por ano. As chamadas falsas centrais especializadas em aplicar golpes estão espalhadas por todo o país e operam como verdadeiros escritórios do crime, cada vez mais especializados.

As técnicas variam conforme o público. “Quando se trata de falsas centrais, o alvo costuma ser pessoas de meia-idade para cima. Já entre os mais jovens, o golpe mais comum envolve falsas vendas e falsos investimentos, algo mais rápido”, destacou o especialista.

A gerente de cozinha Krislley Santos só conseguiu reverter a situação com a ajuda do marido. “Eu mandei o link pra ele e ele falou: é golpe. Entrei em contato com o banco e tentei estornar, e deu certo.”

A orientação é clara: nunca fornecer dados pessoais por telefone, não acessar links de origem duvidosa e sempre confirmar com o banco a origem de ligações suspeitas. A melhor defesa continua sendo a informação e a prevenção.

SBT News

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Macron e outros líderes europeus vão acompanhar Zelenski na reunião com Trump

Emmanuel Macron, presidente da França; Friedrich Merz, chanceler da Alemanha; Mark Rutte, secretário-geral da OTAN; e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, vão acompanhar o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em seu encontro com o presidente Donald Trump, nesta segunda-feira, 18, na Casa Branca.

A decisão parece ser um esforço para evitar a repetição do encontro tenso que Zelenski enfrentou quando se reuniu com Trump no Salão Oval em fevereiro.

A presença dos líderes europeus ao lado de Zelenski, demonstrando o apoio da Europa à Ucrânia, pode ajudar a aliviar preocupações em Kiev e em outras capitais europeias de que o presidente ucraniano corra o risco de ser pressionado a aceitar um acordo de paz que Trump afirma querer intermediar com a Rússia.

Von der Leyen, chefe do braço executivo da União Europeia, publicou no X que “a pedido do presidente Zelenski, participarei da reunião com o presidente Trump e outros líderes europeus na Casa Branca amanhã”.

A viagem conjunta destacou a determinação dos líderes europeus em garantir que a Europa tenha voz na tentativa de Trump de promover a paz, após a cúpula realizada na sexta-feira entre o presidente dos EUA e o líder russo Vladimir Putin — da qual Zelenski não foi convidado a participar.

Estadão Conteúdo

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Jornalista Rudimar Ramon é ameaçado por filho de Prefeito de Canguaretama após denúncias

O jornalista Rudmar Ramon foi ameaçado de perseguição judicial para tentar intimidar e evitar as publicações feitas pelo jornalista.

As ameaças partiram do filho do Prefeito de Canguaretama, Luís Fernando, atual secretário de financas, filho do prefeito Leandro Varela, após as denúncias de ação de cassação das transferências PIX de caixa 2 na campanha e do jornalista ter divulgado o trator do PAC em terreno privado de forma irregular.

Conforme dito pelo jornalista, o profissional registrou um boletim de ocorrência contra as ameaças. O caso deverá ser investigado.

As denúncias

Conforme apurado por Rudimar Ramon, uma máquina do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vinculada ao Governo Federal, foi utilizada pela gestão municipal de Canguaretama para abrir vias em área privada, sem o devido licenciamento ambiental.

Segundo denúncias, a ação teria sido solicitada por supostos invasores que tiveram seus pleitos “atendidos” pelo filho do Prefeito Leandro Varela, Luiz Fernando, que ocupa a titularidade da secretaria de Finanças, – O que a execução de serviços rurais tem a ver com os pagamentos de um município eu também não sei, mas lá estava o Secretário… – que chegou a ser visto por populares “fiscalizando o serviço” irregular em flagrante desrespeito a uma ordem judicial liminar que proíbe qualquer intervenção no local.

As denúncias já foram registradas junto aos órgãos ambientais competentes, além do MPF, que agora acompanham o caso. Até o momento, a Prefeitura de Canguaretama não se pronunciou oficialmente sobre o uso irregular do equipamento.

A outra notícia consiste em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida contra o prefeito de Canguaretama, Leandro Varela, o vice-prefeito Erivan de Souza Lima e outras pessoas ligadas à gestão municipal. A acusação aponta a prática de abuso de poder econômico e arrecadação ilegal de recursos para a campanha eleitoral por meio de doações via Pix que não teriam sido declaradas à Justiça Eleitoral.

Segundo a denúncia, durante a campanha teriam sido promovidos eventos de grande porte, com trios elétricos, paredões de som, fornecimento de combustível e outras estruturas, sem que esses gastos fossem registrados oficialmente na prestação de contas. O documento apresentado à Justiça Eleitoral indicaria valores muito inferiores ao que, segundo a coligação, foi efetivamente gasto.

Ainda conforme a acusação, o dinheiro teria sido enviado por eleitores para a conta de uma suposta empresa de fachada, utilizando uma chave Pix ligada ao operador financeiro da campanha, que atualmente ocupa o cargo de secretário no município. A ação sustenta que houve tentativa de ocultar a origem dos recursos, com participação de pessoas próximas ao candidato, integrantes de sua equipe de campanha e hoje ocupantes de funções estratégicas na administração municipal.

A coligação Unidos pelo Trabalho pede à Justiça Eleitoral a cassação dos mandatos do prefeito e do vice, além da declaração de inelegibilidade de todos os envolvidos por um período de oito anos. Também foi solicitada, em caráter liminar (pedido de urgência), a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos acusados, bem como busca e apreensão de documentos e aparelhos eletrônicos, para comprovar a suposta prática de caixa dois, termo usado para designar movimentação de recursos sem registro oficial, e a ocultação de despesas de campanha.

O processo tramita na 11ª Zona Eleitoral do Rio Grande do Norte, responsável por analisar as provas e decidir sobre a procedência ou não das acusações.


Fonte: Portal da 98 FM

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Valdemar da Costa Neto projeta crescimento do PL em 2026 e diz que Bolsonaro receberá a liberdade

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, esteve em Natal neste sábado (16) para participar do seminário da Região Metropolitana do projeto Rota 22, realizado na zona Sul da capital potiguar. Durante seu discurso, Valdemar projetou um crescimento expressivo da legenda nas eleições de 2026 e defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente cumpre prisão domiciliar.

Valdemar afirmou que o PL deve alcançar resultados históricos nas próximas eleições gerais. Segundo ele, a expectativa é conquistar maioria na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e, também, a Presidência da República.

“Nós vamos fazer maioria na Câmara, vamos fazer maioria no Senado Federal, Rogério, e vamos fazer o Presidente da República. Não tenho dúvida disso, temos tudo para isso”, declarou, em referência ao senador potiguar Rogério Marinho (PL-RN), líder da legenda no Estado.

O dirigente destacou ainda a possibilidade de crescimento da bancada parlamentar durante a próxima janela partidária, prevista para março de 2026. Ele disse acreditar que deputados e senadores devem migrar para o PL, ampliando a força política da sigla.

Em sua fala, Valdemar também comentou a situação judicial de Jair Bolsonaro. Segundo ele, o ex-presidente, mesmo em prisão domiciliar, conta com respaldo internacional e permanece como referência para a legenda. “Essa história vai mudar. Porque hoje, nós temos o Presidente dos Estados Unidos que se manifesta todo dia a favor do Jair Bolsonaro. Não estamos só com o Senado Federal, difícil a situação, eles têm maioria, mas nós vamos fazer maioria na próxima eleição”, afirmou.

O presidente do PL ainda exaltou a atuação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro à frente do PL Mulher, destacando a adesão feminina ao projeto político do partido. “Quando eu vejo aqui as mulheres que estão aqui e vejo a simpatia que vocês sentem pela Michele Bolsonaro, fico orgulhoso disso, de poder presidir o maior partido do Brasil”, disse.

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Rogério Marinho critica gestão de Fátima Bezerra e aponta “desgoverno” no RN durante encerramento do Rota 22

O senador Rogério Marinho (PL-RN), pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte, fez duras críticas à administração da governadora Fátima Bezerra (PT) neste sábado (16), durante o seminário que marcou o encerramento do projeto Rota 22, realizado na zona Sul de Natal.

Em seu discurso, Marinho afirmou que o Rio Grande do Norte enfrenta um cenário de “desgoverno”, citando problemas em áreas como educação, saúde, infraestrutura e gestão fiscal. “Fazer a crítica diante do descalabro, do desgoverno, da forma atabalhoada com que a gestão pública do estado do Rio Grande do Norte vem sendo conduzida é muito fácil. Qualquer cidadão sabe disso. Como estão as nossas estradas, como estão os nossos hospitais regionais, o tamanho da fila para cirurgias eletivas e o descaso com a educação pública”, disse.

O parlamentar criticou o desempenho do Estado nos indicadores de alfabetização e aprendizado, destacando que, apesar de ser governado por uma professora há quase sete anos, o RN ocupa as últimas posições do país.  “As crianças não conseguem fazer as quatro operações matemáticas, não sabem ler, não sabem escrever. Estão em estágio de analfabetismo ou analfabetismo funcional. Isso significa que, quando forem adultos, não conseguirão se integrar de forma produtiva na sociedade. Não é esse o Rio Grande do Norte que nós queremos”, declarou.

O Seminário Rota 22 da Região Metropolitana de Natal, projeto do Partido Liberal (PL), em parceria com o Instituto Álvaro Valle, ocorreu no Olimpo Recepções. Rogério Marinho ressaltou os péssimos indicadores do Rio Grande do Norte. "Isto não é narrativa. São dados do Centro de Liderançaa Pública (CLP). O RN é último lugar em solvência fsical, último em desenvolvimento sustentável, último no esino médio, é o que menos investe orçamentariamente. Nós estamos nas mãos de irresponsáveis. Este é o retrato do Rio Grande do Norte", disse Rogério Marinho.

Rogério Marinho também atacou a política fiscal do governo estadual, afirmando que o RN ocupa o último lugar no ranking de solvência fiscal, o que, segundo ele, compromete a capacidade de investimentos e de firmar convênios com municípios.  “Isso é muito sério, porque significa que o governo não tem capacidade própria para resolver problemas básicos de manutenção de estradas, melhoria de hospitais regionais e edificação de escolas”, afirmou.

O senador ainda afirmou que a atual gestão de travar o desenvolvimento econômico do estado ao dificultar o licenciamento de empreendimentos. “Os nossos órgãos de controle e de concessão são absolutamente inservíveis. Criam dificuldades para quem quer empreender e, por fim, vendem facilidades”, criticou.

Em tom mais duro, Marinho classificou a governadora como uma “péssima professora” e resumiu o governo petista como marcado por “muita propaganda, pouca gestão e muita corrupção”.


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Luciano Hang: “Tentam me destruir, porque não me calo”


Ativo nas redes sociais e um dos empresários mais atuantes do país, Luciano Hang é conhecido nacionalmente como fundador e proprietário da rede de lojas Havan. Com um estilo de comunicação direta e uma presença marcante, Hang se tornou uma figura pública bastante ativa no cenário político, especialmente nos últimos anos. Ele é frequentemente associado ao apoio a pautas conservadoras e ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nos últimos anos, Luciano Hang teve suas contas em redes sociais bloqueadas por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), no contexto de inquéritos que investigavam a disseminação de suposta desinformação e críticas às instituições. As medidas levantaram discussões sobre censura, abuso de autoridade e os limites da atuação do Judiciário.

Ultimamente, Hang tem se destacado por sua atuação em temas como segurança, urbanismo e empreendedorismo. Nesta entrevista exclusiva, ele comenta suas propostas para cidades mais limpas, seu embate com a justiça quanto à divulgação de furtos em lojas, os desafios do empreendedorismo no Brasil e os planos de expansão da Havan.

Entrelinhas: O senhor mantém um posicionamento firme nas redes. Já foi muito criticado, inclusive. Como lida com essas críticas, especialmente de setores mais à esquerda?

Luciano Hang: Eles dizem: “Por que não vai embora do Brasil?” Eu poderia, viu? Eu posso viver em qualquer lugar do mundo, sem trabalhar. Mas eu tenho responsabilidade com 25 mil colaboradores diretos. Em 2025, serão 200 lojas e 150 mil empregos, diretos e indiretos. Eu não vou abandonar esse pessoal.
Os críticos, que vivem defendendo bandido, deveriam procurar emprego, porque eu sigo firme aqui, investindo, trabalhando e defendendo um Brasil melhor.
E vou dizer mais: tem deputado do PSOL que já tentou fechar as portas da Havan. Tentam me destruir porque eu não me calo, porque falo a verdade. Eles estão sempre do lado do bandido, mas eu continuo trabalhando, investindo e não vou parar.

Entrelinhas: Qual a sua visão geral do Brasil hoje, especialmente do ponto de vista do empreendedor?

Luciano Hang: Ser empresário no Brasil é ser herói. É todo dia acordar, enfrentar a burocracia, o imposto, a insegurança. Mas a gente não desiste. Seguimos acreditando que é possível mudar, melhorar. Eu acabei de sair de uma festa de “construtores de sucesso”.
Estamos sempre inovando: lojas mais modernas, mais bonitas, mais encantadoras. Vamos abrir novas unidades, estamos crescendo, mesmo com todos os desafios. A palavra é resiliência.

Entrelinhas: O senhor pode detalhar os planos de expansão da Havan e os obstáculos enfrentados para abrir lojas em diferentes estados?

Luciano Hang: O plano é claro: duzentas lojas até o ano que vem. Crescer com qualidade, inovação e presença nacional. Mas não é fácil. Cada cidade tem uma legislação diferente, uma burocracia diferente. Às vezes é o alvará, outras é o zoneamento, o licenciamento ambiental. Parece que tudo é feito pra dificultar. Mas a gente insiste, porque acredita no Brasil. Porque sabe que cada nova loja é emprego, é renda, é movimento na economia local.

Entrelinhas: Apesar da situação economia atual, o senhor ainda tem esperança no Brasil?

Luciano Hang: Sempre. Se eu não tivesse, já tinha ido embora. Mas eu acredito no povo brasileiro. Acredito que a gente pode, sim, virar esse jogo. Basta coragem, atitude e responsabilidade. E, principalmente, parar de passar a mão na cabeça de vagabundo e começar a valorizar quem trabalha de verdade.

Entrelinhas: Vídeos de furtos em lojas da Havan circularam nas redes. Qual foi o objetivo dessa divulgação? E como o senhor avalia a proibição judicial desses conteúdos?

Luciano Hang: Hoje, temos em média 30 arrombamentos por mês nas nossas 182 lojas. Isso vai para o preço. Quem paga? O trabalhador honesto, que acorda cedo. Não é o “coitadinho” que dizem ser vítima da sociedade.
Mesmo assim, a gente só publica os vídeos quando é reincidência. O sujeito rouba uma vez, a gente registra. Se ele volta e tenta roubar de novo, aí a gente expõe. Porque o bandido hoje não tem medo da polícia, nem da justiça. O meu gerente às vezes sai da delegacia depois do ladrão.
Mas ele tem medo da mulher, do vizinho, da mãe. Por isso mostramos. Usamos a tecnologia para coibir o crime. Lá na Ásia, você entra num corredor e tem 200 câmeras. Aqui, temos que ter coragem para usar o que temos.

Entrelinhas: O senhor tem falado bastante nas redes sobre pichação, limpeza urbana e moradores de rua. Por que decidiu abraçar essa pauta?

Luciano Hang: Este ano, eu resolvi energizar o tema da limpeza urbana. A pichação e o abandono das cidades me incomodam demais. Viajo o mundo desde 1988, já estive em Singapura, Japão, China. Sempre voltei com a sensação de que o Brasil pode ser muito mais. Só que andamos para trás: na educação, nos valores, nos costumes e na aparência das cidades.
Curitiba, por exemplo: eu alertei o prefeito lá em 2000. Disse: “Se não fizer nada agora, essa cidade vai estar toda pichada no futuro”. E olha como está hoje: pichada. Por quê? Porque o poder público se acostuma com o feio. Mas eu não me acostumo. Tenho descendência alemã e italiana. Gosto de limpeza, de organização.

Entrelinhas: Como o senhor tem atuado nessa área?

Luciano Hang: Fazendo vídeos, mobilizando as pessoas, mostrando a realidade. E isso tem dado resultado. Os posts em que falo de pichação e sujeira batem milhões de visualizações. A população quer uma cidade limpa. Quando a gente começa a falar, as pessoas começam a enxergar: veem o lixo, veem os muros rabiscados. Prefeitos já estão mudando leis por causa disso.
Eu fui pra São Miguel do Oeste e brinquei com o prefeito: “Quantas pichações vou ver aqui?” Ele disse: “Nenhuma.” E não vi mesmo. É isso que eu quero para o Brasil.


Mariana Braga - Gazeta do Povo

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