BC: vazam dados do Pix de 11 milhões de pessoas; acesso a contas foi preservado

O Banco Central comunicou, nesta quarta-feira (23), que ocorreram acessos indevidos a dados vinculados a chaves Pix no Sisbajud (Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário), que é operado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O CNJ afirma que o incidente que ocorreu entre domingo (20) e segunda-feira (21) provocou o vazamento dos dados de 11.003.398 pessoas. Foram acessados dados como nome da pessoa, chave Pix, nome do banco, número da agência e número da conta.

As informações vazadas são cadastrais, do tipo que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras, segundo o BC, ressaltando não foram obtidos dados sensíveis e sob sigilo bancário, como senhas, movimentações financeiras ou saldos em contas.

Apesar de os dados vazados por si só não permitirem o acesso às contas nos bancos, o CNJ reforça que a exposição de dados cadastrais gera riscos e sublinha recomendações de segurança que os bancos já divulgam com frequência.

“O CNJ não se utiliza de qualquer meio de comunicação aos afetados, como mensagens, SMS, e-mail ou chamadas telefônicas”, pontua.

O órgão ainda vai disponibilizar um canal exclusivo para consulta ao cidadão, que será divulgado no site oficial do Conselho.

CNN

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Pecuaristas dos Estados Unidos elogiam tarifaço e querem banir carne do Brasil

Em meio às preocupações com as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, um setor aplaude com entusiasmo as iniciativas de Donald Trump. E vai além: defende a suspensão total da entrada dos produtos brasileiros nos Estados Unidos.

“A Associação Nacional de Pecuaristas dos Estados Unidos (NCBA) apoia firmemente o plano do presidente Trump de impor ao Brasil com uma tarifa de 50%”, cita a entidade.

A entidade que representa os pecuaristas americanos há mais de um século, desde 1898, informa que “há muitos anos defende a suspensão total da carne bovina brasileira importada”.

“Uma tarifa de 50% é um bom começo, mas precisamos suspender as importações de carne bovina do Brasil para que possamos conduzir uma auditoria completa”, citou a entidade.

A NCBA acusa produtores brasileiros de terem uma “abismal falta de responsabilidade em relação à saúde do gado e à segurança alimentar”.

Os pecuaristas americanos citam especificamente os casos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca.

“A falha do Brasil em reportar casos atípicos de EEB e seu histórico de febre aftosa são uma grande preocupação para os produtores de gado dos EUA”, citam os produtores americanos.

O governo brasileiro rebate a afirmação dos pecuaristas americanos.

O Ministério da Agricultura cita que o Brasil nunca teve um “caso clássico” do mal da vaca louca – aqueles em que a doença ocorre pela ingestão de alimentos contaminados, especialmente farinha de carne e ossos. Essa foi a origem do surto na Europa há algumas décadas.

No Brasil, há registro de seis casos atípicos da doença. A situação não interfere no status do país na Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Isso acontece porque os casos têm ocorrência espontânea, quando a infecção se dá pela mutação espontânea da proteína – normalmente pela idade avançada do animal, sem ter relação com a ingestão de alimentos contaminados.

“Assim, o Brasil mantém o reconhecimento pela OMSA como país de risco insignificante para a doença desde 2012”, cita o Ministério da Agricultura.

CNN Brasil

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IOF e tarifaço são “carga dupla” ao câmbio, dizem especialistas

A alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o tarifaço de Donald Trump contra o Brasil são dois fatores que geram uma “carga dupla” na economia brasileira, sobretudo no câmbio por conta das incertezas geradas pelo debate em torno dos dois mecanismos, segundo especialistas ouvidos pela CNN.

Mais do que as questões técnicas, o IOF e tarifaço tocam dimensões estruturais da previsibilidade jurídica, da estabilidade regulatória e da competitividade econômica do país, observa Andrea Feitosa, advogada tributarista sócia do Martorelli Advogados.

A consequência da imprevisibilidade gerada, segundo Roger Amarante, CFO da S8 Capital, é uma piora para os movimento econômicos feitos na prática.

“Os riscos jurídicos e institucionais se somam ao aumento dos custos operacionais, trazendo assim um desafio considerável em se operar no Brasil. Soma-se a isso a recente decisão do tarifaço imposto ao Brasil pelo presidente Donald Trump, o que traz um expressivo aumento nos custos de bens e serviços. Investir no Brasil se torna uma das decisões mais arriscadas e incertas no momento”, pondera Amarante.

“Se por um lado a decisão do ministro [Alexandre de Moraes] significou uma vitória política e econômica para o governo, por outro lado provavelmente significará uma derrota na atividade produtiva e fluxo financeiro na balança comercial. Cobertor curto da União.”

Efeito no câmbio

Tanto o tarifaço como a decisão sobre o IOF mexem diretamente com o fluxo de moedas estrangeiras no país. Além disso, a incerteza em torno dos dois figuram entre os fatores que têm mexido com o investidor e o movimento do câmbio no país.

De um lado, o presidente Trump anunciou que irá aplicar, a partir do dia 1º de agosto, uma alíquota de 50% contra os importados brasileiros que entrarem em território norte-americano.

“Os impactos já estão sendo sentidos fortemente no setor agro exportador [aos EUA], como sucos de frutas, celulose e café e o setor de indústria de máquinas e equipamentos agrícolas e aeronaves. Nestas indústrias, o impacto é tão relevante que os empresários já estão discutindo demissões em massa e algumas empresas já pararam a sua linha de produção, o que pode ocasionar numa retração econômica em nosso [PIB] Produto Interno Bruto”, nota Guilherme Viveiros, assessor de investimentos da WFlow.

Do outro lado, o STF (Supremo Tribunal Federal) restaurou, por decisão de Moraes, a alta do IOF proposta pelo governo federal, que havia sido derrubada pelo Congresso Nacional. Serão tributadas com taxas mais elevadas as operações de:

  • Aportes em seguros de vida: passa a incidir IOF de 5% sobre aportes mensais superiores a R$ 300 mil em planos de seguro de vida com cobertura por sobrevivência. A partir de 2026, o imposto passa a incidir nos aportes que excederem R$ 600 mil, independente se foram depositados em uma ou várias instituições;
  • Cooperativas de crédito: operações de crédito com valor anual acima de R$ 100 milhões passam a ser tributadas como empresas comuns;
  • Crédito para empresas: IOF foi ajustado para 0,38% para empresas em geral, inclusive as enquadradas no Simples Nacional;
  • Cotas de FDICs: aquisição primária em Fundos de Investimento em Direito Creditório tem alíquota fixa de 0,38%;
  • Cartão de crédito e débito internacional: alíquota foi elevada de 3,38% para 3,5%;
  • Operações com câmbio e moeda em espécie: IOF fixado em 3,5%. Depois da repercussão, o governo esclareceu que remessas para investimento seguem com a alíquota antiga, de 1,1%;
  • Saída de recursos não especificada: operações financeiras não detalhadas que envolvam envio de recursos ao exterior também terão incidência de IOF de 3,5%.

“Há impacto não só nas operações internacionais (como o frete de importações), mas também nas nacionais. Até mesmo pegar dinheiro emprestado aqui no Brasil vai sair mais caro. Exemplo prático: se você fizer uma compra em um site internacional, o frete e o produto em si devem ficar mais caros por causa desses aumentos”, analisa Graziela Fortunato, professora da Escola de Negócios da PUC-Rio.

A alta do IOF foi proposta pelo governo como uma medida para assegurar a arrecadação prevista no orçamento, fator esse que alimenta o mau humor do mercado, segundo André Galhardo, economista-chefe da Análise Econômica.

“À medida que o governo consegue apoio em novas receitas, o entendimento geral é de que a iniciativa com vistas a resolver de forma estrutural a trajetória das despesas primárias será deixada de lado ou será tratada de uma forma mais amena do que, de fato, deveria ser. Então, isso acaba trazendo impacto no câmbio.”

Raissa Florence, diretora da Oz Câmbio, avalia que “estamos diante de gatilhos simultâneos que agravam a instabilidade da nossa economia”, acrescentando que os fenômenos significam “uma carga dupla no bolso do brasileiro”, tendo em vista que “o câmbio instável afeta o custo dos produtos”.

CNN

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Para 55% dos brasileiros, Lula provocou Trump ao criticá-lo no Brics, aponta pesquisa Quaest

A maioria dos brasileiros acredita que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao criticá-lo durante a Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro. É o que mostra pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16).

Segundo o levantamento, 55% dos entrevistados consideram que houve provocação por parte de Lula. Outros 31% discordam e 14% não souberam ou não quiseram responder.

A fala de Lula aconteceu durante o encerramento da Cúpula, em meio às ameaças de Trump de aumentar tarifas de países do grupo.

Em seu discurso, Lula afirmou que acha “muito equivocado e muito irresponsável um presidente ficar ameaçando os outros em redes digitais”.

“Têm outras coisas e outros fóruns para um presidente do país do tamanho dos Estados Unidos falar com outros países”, concluiu o presidente da República.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas presencialmente entre os dias 10 e 14 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

CNN

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Valor da cesta básica em Natal corresponde a quase metade do salário mínimo

O valor da cesta básica em Natal no mês de junho foi de R$ 636,95, o que representa cerca de 41,95% do salário mínimo nacional, atualmente fixado em R$ 1.518,00. Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Em Natal, um trabalhador que recebe o salário mínimo precisa dedicar 92 horas e 19 minutos de trabalho no mês de junho apenas para adquirir os produtos da cesta básica, o que equivale a quase 12 dias úteis, considerando uma jornada diária de 8 horas. Apesar de ser um dos menores tempos entre as capitais pesquisadas, o dado ainda revela um comprometimento significativo da renda mensal apenas com a alimentação básica.

No cenário nacional, o tempo médio exigido foi ainda maior: 107 horas e 10 minutos, segundo o Dieese, indicando que, em média, mais de 13 dias úteis de trabalho são necessários no Brasil para garantir o mínimo alimentar de uma pessoa.

De acordo com o levantamento, a capital potiguar registrou uma queda de 1,25% no preço da cesta entre maio e junho, ocupando a quinta posição entre as maiores reduções entre as 17 capitais pesquisadas. À frente de Natal, ficaram Aracaju (-3,84%), Belém (-2,39%), Goiânia (-1,90%) e São Paulo (-1,49%).

Entre os itens com maior variação, destaca-se o óleo de soja, com queda de 3,24% no mês, embora acumule alta de 18,17% em 12 meses. Já o açúcar teve retração expressiva de 11,42% no ano, influenciada pelo aumento da oferta e pela demanda enfraquecida. Por outro lado, produtos como café em pó, carne bovina e arroz seguem com tendência de alta de preços na maior parte das capitais.

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Juro alto eleva inadimplência de pequenas empresas, que buscam mais crédito para operar

Em meio à escalada dos juros no Brasil — a Taxa Selic está em 15% ao ano, o maior patamar em 19 anos —, a busca por crédito por micro, pequenas e médias empresas não para de crescer. Mas o aumento trouxe um efeito colateral: a inadimplência atingiu em maio o maior patamar da série do Banco Central (BC).

Em maio, segundo dados do BC, esses negócios somaram R$ 1,179 bilhão em empréstimos, aumento de 11,6% em 12 meses. É financiamento usado principalmente como capital de giro. Com dívidas a pagar a um custo cada vez mais alto a reboque da taxa de juros, essas empresas buscam recursos para manter a operação rodando.

Nesse cenário, a inadimplência está em alta, enquanto avança o número desses negócios em recuperação judicial — em abril, eles representaram perto de 90% dos pedidos de proteção apresentados ao Judiciário. A inflação ainda alta, que reduz o consumo, também dificulta as vendas.

“A procura maior por financiamento é reflexo da dificuldade das empresas nesse ambiente de juros elevados. Estão buscando mais crédito para complementar o faturamento menor, pois as vendas estão sendo comprometidas pelos juros, que afetam o crescimento econômico. E isso leva as empresas a uma maior necessidade de capital de giro”, avalia Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de Estudos e Pesquisas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

Com IOF, impacto seria maior

O aperto no caixa poderia ser maior, caso o decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tivesse entrado em vigor, já que o IOF incide toda vez que a empresa faz empréstimo para capital de giro ou antecipação de recebíveis. O tema será alvo de uma reunião de conciliação entre Executivo e Legislativo determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Qualquer aumento de imposto num ambiente já extremamente tributado encarece o crédito e pesa na capacidade das empresas de pagar dívidas”, diz Oliveira.

Ele destaca que, junto com a Selic, sobe o custo de crédito de todas as linhas, como as de capital de giro e desconto de duplicatas.

“Apesar do empréstimo estar mais caro, o crédito é a forma que o empreendedor de menor porte tem de manter a rotina financeira. Ele recorre ao crédito para ter capital de giro”, diz Camila Abdelmalack, economista da Serasa Experian.

A busca por crédito pelas empresas no país chegou a subir cerca de 13% em fevereiro ante igual mês de 2024, segundo a consultoria. Essa alta foi impulsionada pela procura vinda de MPEs. Em abril, a variação anual foi de 6,3%. Do total de empresas no país, diz a economista, mais de 90% são micro, pequenas e médias.

“Qualquer aumento de imposto num ambiente já extremamente tributado encarece o crédito e pesa na capacidade das empresas de pagar dívidas”, diz Oliveira.

Ele destaca que, junto com a Selic, sobe o custo de crédito de todas as linhas, como as de capital de giro e desconto de duplicatas.

“Apesar do empréstimo estar mais caro, o crédito é a forma que o empreendedor de menor porte tem de manter a rotina financeira. Ele recorre ao crédito para ter capital de giro”, diz Camila Abdelmalack, economista da Serasa Experian.

A busca por crédito pelas empresas no país chegou a subir cerca de 13% em fevereiro ante igual mês de 2024, segundo a consultoria. Essa alta foi impulsionada pela procura vinda de MPEs. Em abril, a variação anual foi de 6,3%. Do total de empresas no país, diz a economista, mais de 90% são micro, pequenas e médias.

O Globo

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Trump promete tarifa de 10% para quem se alinhar às políticas dos Brics

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou neste domingo (6) que os países que se alinharem às “políticas antiamericanas” dos Brics pagarão uma tarifa adicional de 10%.

“Qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas dos BRICS pagará uma tarifa ADICIONAL de 10%. Não haverá exceções a esta política. Obrigado pela atenção!”, disse Trump em uma publicação no Truth Social.

Trump não esclareceu nem expandiu a referência às “políticas antiamericanas” em sua publicação.

Brics

Atualmente com onze membros oficiais, o grupo Brics — o qual o Brasil preside e sedia neste domingo (6) o início da cúpula anual, no Rio de Janeiro — também conta com outras dez nações parceiras.

Os países compartilham entre si relações financeiras e de cooperação institucional. Em conjunto, baseado em dados do Banco Mundial, o Brics conta com um PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 24,7 trilhões, além das maiores dimensões territoriais e populações.

O grupo original nasceu em 2009 e era composto por Brasil, Rússia, Índia e China. O nome inicial era BRIC, é uma referência às iniciais dos quatro países, culminado pelo economista inglês Jim O’Neil, em 2001.

O’Neil, que na época atuava como economista-chefe do Goldman Sachs, escreveu em relatório intitulado “Building Better Global Economic BRICs”, apontando os quatro iniciais como países emergentes com potencial de crescimento e investimento.

O “S” passou a compor oficialmente a classe em 2011, com a África do Sul (South Africa, em inglês). Nos últimos anos, os membros aumentaram.

Membros titulares

Dezesseis anos após a primeira cúpula do Brics, o agrupamento cresceu e hoje abarca onze países membros:

  • Brasil
  • Rússia
  • Índia
  • China
  • África do Sul
  • Arábia Saudita
  • Egito
  • Emirados Árabes Unidos
  • Etiópia
  • Indonésia
  • Irã

Apenas entre 2024 e 2025, seis novos imigrantes foram admitidos. A expansão segue a Declaração de Johanesburgo, feita em agosto de 2023. Ela também contemplava um convite a outros países, como a Argentina, que acabou recusando.

Em termos de comércio exterior, o Brics responde por 24% das trocas mundiais, aponta a COMEVIX (Balança Comercial e Estatísticas de Comércio Exterior).

Na outra ponta, no que diz respeito ao território, o grupo representa 48,5% da população do planeta, contando com os dois maiores países em nível demográfico: Índia e China.

CNN

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Rede atacadista oferece mais de 40 vagas de emprego no RN


Uma rede de mercados do tipo atacado anunciou a abertura de cerca de 40 vagas de trabalho nas lojas do Rio Grande do Norte.

Segundo a rede Assaí, todas as posições de trabalho são elegíveis a pessoas com deficiência e abrangem diferentes áreas operacionais.

Entre as principais oportunidades oferecidas estão vagas para o cargo de operador de loja e operador de caixa.

Interessados devem se inscrever diretamente no banco de talentos da região (aqui).

Para o cadastro, é necessário ter em mãos CPF, número de telefone, mais de 18 anos, ensino médio completo e contar com um endereço de e-mail atualizado.

O processo seletivo será realizado com etapas presenciais e online. A empresa anunciou que oferece remuneração e pacote de benefícios compatíveis com o mercado e possui, também, um plano estruturado de carreira, com investimentos constantes em capacitação e no desenvolvimento profissional de seus colaboradores.

A rede está presente no Rio Grande do Norte desde 2014 e conta com 5 lojas nas cidades de NatalSão Gonçalo do AmaranteParnamirim e Mossoró.

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Taxa sobre taxa. Brasileiros pagaram R$ 2 tri em impostos em 2025


O Impostômetro, painel eletrônico que registra a quantidade de tributos pagos em todo país, deve contabilizar, na tarde desta quinta-feira (3/7), que os brasileiros desembolsaram R$ 2 trilhões no pagamento de impostos neste ano.

O total representa um aumento de 11,1% em relação ao mesmo período de 2024, quando o painel marcava R$ 1,8 trilhão. No ano passado, essa marca só foi alcançada em 21 de julho.

Economistas ouvidos pelo Metrópoles afirmam que o crescimento da arrecadação com impostos está relacionado ao avanço da atividade econômica, à melhora na fiscalização e à adoção de novas medidas por parte do governo federal.

Dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) indicam que o Impostômetro registrou, pela primeira vez, o valor de R$ 2 trilhões em impostos pagos 10 anos atrás, em 9 de dezembro de 2015.

Impostômetro

  • O Impostômetro é um painel eletrônico fixado na sede da Associação Comercial de São Paulo, no centro histórico da capital paulista. Em funcionamento desde 2005, o painel registra, em tempo real, o montante de tributos pagos.
  • Para computar a arrecadação tributária, o painel contabiliza todos os pagamentos feitos pelos brasileiros à União, estados e municípios em tributos como impostos, taxas, multas e contribuições.
  • Entre os tributos monitorados estão Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
  • A arrecadação de impostos é um mecanismo para financiar serviços essenciais à população, como, por exemplo, saúde, educação, moradia e segurança. Tal compromisso, inclusive, está previsto na Constituição Federal.

Metrópoles

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ARRECADAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL: Atinge R$ 1,2 trilhão até maio, recorde na série histórica


A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas acumula R$ 1,2 trilhão de janeiro a maio, em números corrigidos pela inflação. Os dados divulgados nesta quinta-feira (26/6) pela Receita Federal.

A publicação foi feita com meses de atraso em decorrência da greve dos auditores-fiscais da Receita Federal, que estão paralisados há mais de 130 dias. Os servidores pedem para ser contemplados nos reajustes salariais concedidos pelo governo federal.

Essa é a maior arrecadação para o período desde o início da série histórica, iniciada em 1995, ultrapassando a marca de 2024, quando recolheu R$ 1,1 trilhão. Maio também teve receita recorde ao arrecadar R$ 230 bilhões, corrigido pela inflação.

Sem a correção inflacionária, a arrecadação subiu 13,39% em maio e 9,32% no ano.

Confira a arrecadação em cada mês do ano:

  • Janeiro: R$ 301,2 bilhões (2,64%)
  • Fevereiro: R$ 202,4 bilhões (3,32%)
  • Março: R$ 209,7 bilhões (4,29%)
  • Abril: R$ 247,7 bilhões (2,56%)
  • Maio: R$ 230 bilhões (7,66%)

Destaques da arrecadação federal

No acumulado de 2025 (de janeiro a maio), a arrecadação chegou a R$ 1,2 trilhão — o que representa um acréscimo pela inflação de 3,95% em comparação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o Fisco, o desempenho da arrecadação observado de janeiro a maio:

  • Comportamento dos principais indicadores macroeconômicos;
  • Crescimento da arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Capital dos fundos exclusivos e offshores;
  • Melhora no desempenho da arrecadação da tributação do PIS/Pasep e Cofins, que somaram arrecadação de R$ 234 bilhões.
  • Alta na arrecadação do Imposto de Importação e do IPI vinculado à Importação, que totalizou arrecadação de R$ 51 bilhões. O resultado foi influenciado pelos crescimentos das taxas de câmbio e das alíquotas médias desses tributos;
  • Elevação da arrecadação da contribuição previdenciária — que atingiu R$ 287 bilhões no período — em razão do desempenho das empresas do Simples Nacional e da redução da desoneração da folha.

O resultado de maio representa um aumento real de 7,66% na comparação com o mesmo mês de 2024, quando a arrecadação somou R$ 213,7 bilhões (valor corrigido pela inflação).

Segundo a Receita, o acréscimo observado da arrecadação de maio se deve aos seguintes fatores:

  1. Comportamento dos principais indicadores macroeconômicos;
  2. Arrecadação de R$ 46,9 bilhões do PIS/Pasep e Cofins. Isso pode ser explicado pelo aumento no volume de vendas e serviços entre abril de 2024 e abril de 2025, bem como pelo desempenho positivo de atividades econômicas;
  3. Postergação de pagamentos de tributos, no Rio Grande do Sul, em razão de enchentes que afetaram a arrecadação de maio de 2024;
  4. Receita Previdenciária totalizou uma arrecadação de R$ 57,6 bilhões, com crescimento real de 5,86%, devido ao crescimento de 3,3% da massa salarial;
  5. Desempenho dos tributos do comércio exterior em função do crescimento das três alíquotas médias e do crescimento da taxa de câmbio; e
  6. Crescimento da arrecadação do IRRF Capital em razão da apreciação da Selic

(taxa básica de juros do país) que contribuiu por influenciar o desempenho da arrecadação dos fundos e títulos de renda fixa.

Metrópoles

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