Interino exalta legado de Carille e diz que Santos justificou título da Série B: 'Competimos'

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O técnico interino Leandro Zago teve o seu batismo à frente do time profissional neste domingo, na derrota do Santos para o Sport em jogo válido pela última rodada da Série B. Diante de tantos desfalques e do pouco tempo de preparar o Santos, ele exaltou o trabalho deixado pelo ex-treinador Fábio Carille.

"Tive três sessões de treino para preparar o jogo e tivemos muitos desfalques. O jogo tinha um valor para nós e outro par o nosso adversário. Vocês viram o ambiente do estádio. Mas gostei do que vi em campo. Competimos bem em alguns momentos. Isso porque peguei um time bem organizado pelo Fábio (Carille). Foi trabalho que cumpriu o seu objetivo (de levar o Santos de volta à Série A)", afirmou.

Chamado às pressas para ocupar a função após a saída do antecessor, Zago comentou como foi sua estratégia para comandar a equipe profissional. "Tenho 40, 50 dias de clube e a minha missão de mobilizar os jogadores. Eles foram muito profissionais e se dedicaram muito. Montei o Santos muito em função de como o Sport atua", comentou.

Terminada a Série B, o interino agora retorna à categoria de base do clube. Na entrevista, ele afirmou que o seu foco agora vai ser preparar o sub-20 para a disputa da Copa São Paulo de juniores.

"Eu sou funcionário do clube e agora volto a trabalhar com o sub-20. A partir de amanhã estou focado nesse processo de Copa São Paulo. Amanhã a equipe já treina e na terça-feira já estarei junto com os atletas. Eu sou do Sub-20", afirmou.

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Hezbollah lança mais de 250 foguetes contra Israel após ataque a Beirute


O Hezbollah disparou mais de 250 foguetes e outros projéteis contra Israel ontem, deixando vários feridos e causando sérios danos no norte e no centro do país. Os disparos ocorreram em resposta aos ataques israelenses em Beirute no dia anterior que deixaram ao menos 29 mortos. Alguns dos foguetes de ontem atingiram Tel-Aviv, no coração de Israel.

O grupo reportou o que chamou de operação complexa, com lançamento de ondas de mísseis e drones explosivos contra um alvo militar em Tel-Aviv, assim como uma série de mísseis contra a base da inteligência do Exército em Glilot, um bairro de Tel-Aviv.

Em um comunicado separado, a milícia apoiada pelo Irã acrescentou ter lançado um ataque aéreo utilizando drones explosivos contra uma base naval em Asdod, em um ataque incomum no sul de Israel desde o início da guerra. Os disparos estão entre os maiores que o Hezbollah realizou contra Israel desde que a milícia libanesa entrou no conflito no ano passado em solidariedade ao grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Também coincidiu com uma onda de novos esforços diplomáticos que buscam deter a intensificação dos combates no Líbano.

O Magen David Adom, um serviço de resgate de emergência israelense semelhante à Cruz Vermelha, disse que tratou pelo menos seis feridos. Também compartilhou imagens de carros engolfados por incêndios no centro de Israel.

ESCALADA NO LÍBANO

Mais de 65 pessoas ficaram feridas no ataque israelense de anteontem em Beirute. Três oficiais de defesa de Israel disseram que a ofensiva foi uma tentativa de matar um alto comandante militar do Hezbollah, Mohammad Haidar. Um dos oficiais, que pediu anonimato, disse que o alvo não foi atingido.

A troca de foguetes ocorreu quando o Exército israelense disse que atingiu o que descreveu como infraestrutura militante próxima da passagem de fronteira entre a Síria e o Líbano. Também ordenou a retirada de civis de cinco vilas no sul do Líbano e de dois prédios em Dahiya, ao sul de Beirute.

Separadamente, o Exército libanês disse ontem que um soldado foi morto e outros 18 ficaram feridos, alguns gravemente, em um ataque israelense a uma base militar em Amriyeh. As forças de defesa de Israel disseram que um posto do Exército libanês foi atingido durante “operações de combate ativas” contra o Hezbollah, resultando em ferimentos em soldados, e expressaram pesar.

CESSAR-FOGO

O Exército israelense vem intensificando as operações contra o Hezbollah no Líbano, em uma aparente tentativa de pressionar a milícia a chegar a um cessar-fogo. Os termos para um acordo parecem estar tomando forma, segundo várias autoridades. Com um certo grau de otimismo cauteloso, alerta-se que detalhes críticos em torno da implementação e execução precisavam ainda ser trabalhados e atritos poderiam sabotar qualquer acordo. (Com agências internacionais)

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Campanhas contrataram 1,2 milhão de pessoas nas eleições por R$ 1,9 bilhões

Cerca de 1,2 milhão de pessoas foram contratadas diretamente por campanhas eleitorais no Brasil este ano, segundo dados das prestações de contas enviadas pelos candidatos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até a última quarta-feira (20).

Não é possível falar em 1,2 milhão de postos de trabalho porque parte se refere a serviços específicos, como cessão de veículos ou locação de imóveis.

Mais da metade dos contratados (cerca de 669 mil), porém, atuou em atividades de militância e mobilização de rua, de acordo com os dados do TSE. Mas o número real de pessoas envolvidas em ação de campanha nas ruas é ainda maior, já que muitos deles foram incluídos nas prestações de contas de forma genérica, como “despesas com pessoal”.

Os contratos com pessoas físicas já informados à Justiça Eleitoral somam R$ 1,96 bilhão dos R$ 6,22 bilhões do total. A maior parte dos gastos foi feita com empresas.

Os dados mostram que a remuneração média para quem trabalhou em atividades de rua foi de R$ 1.020. O valor depende do local, tempo e função do trabalho.

Bruna Rocha da Silva, 38, coordenou, de agosto a outubro, 11 pessoas que atuaram na campanha do candidato a vereador Vinicius Cordeiro (Cidadania), em uma praça da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro.

A equipe, incluindo a própria Bruna, que recebeu R$ 1.600 mensais pelo trabalho, balançava bandeiras e entregava panfletos na entrada de uma estação de metrô: “Eu estou recebendo auxílio desemprego, mas não dá para tudo. Esse dinheiro extra veio em ótima hora”, afirmou ela.

Ela era vigilante em uma agência bancária até agosto. A empresa terceirizada perdeu o contrato com o banco e Bruna não foi remanejada. Moradora do morro do Salgueiro, soube da vaga temporária através da associação de moradores local.

“Fui perguntar se precisavam de pessoas para trabalhar no período da eleição e no mesmo dia havia uma reunião do candidato sobre como seria o trabalho. Consegui a vaga e virei coordenadora da equipe.”

Os números se referem apenas a contratações diretas feitas pelas próprias campanhas. As novas vagas criadas nas eleições, porém, atingem outros setores.

A indústria gráfica, principal destinatária dos recursos da campanha eleitoral, afirma ter ampliado o número de vagas temporárias para atender à demanda dos candidatos.

“Precisa empacotar, dobrar, separar. É um trabalho praticamente manual mais na linha final. A produção gráfica é toda automatizada”, disse ele.

O TSE impõe em toda eleição um limite de contratação de pessoal, para evitar que os repasses sejam usados para compra de votos. Para candidatos a prefeito, o cálculo é de 1% do eleitorado até o limite de 30 mil eleitores e, depois, uma contratação a cada mil eleitores acima deste teto. Para os que disputam uma vaga na Câmara Municipal, é a metade.

Em São Paulo, os candidatos a prefeito puderam contratar até 9.592 pessoas. Já os que tentavam uma cadeira como vereador, 4.796.

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Lewandowski pode renovar com o Barcelona e adiar chegada de Gyökeres

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Robert Lewandowski está otimista com a possibilidade de renovar seu contrato com o Barcelona, o que, caso se concretize, pode acabar inviabilizando a chegada de Viktor Gyökeres ao clube. A informação foi divulgada pelo jornal espanhol Sport.

O diretor esportivo do Barcelona, Deco, demonstrou interesse no atacante sueco, que atualmente joga pelo Sporting. No entanto, se Lewandowski permanecer por mais uma temporada no clube catalão, isso reduziria as chances de contratação de Gyökeres, adiando possíveis negociações futuras.

Vale destacar que o atacante polonês vive uma fase excepcional, com 20 gols marcados em apenas 18 partidas nesta temporada. O contrato atual de Lewandowski com o Barcelona vai até junho de 2024, mas a renovação poderia estender seu vínculo com o time até 2026 ou 2027.

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INSS inicia pagamento do 13º salário para mais de 2 milhões de pessoas

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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou a depositar, nesta segunda-feira (25), o 13º salário em parcela única para 2.016.620 beneficiários do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que obtiveram seus benefícios a partir de junho deste ano.

Quem recebe o abono?

O pagamento será destinado a aposentados, pensionistas, beneficiários de auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), auxílio-acidente, auxílio-reclusão e salário-maternidade. Os depósitos seguem o calendário da folha de novembro, com pagamentos realizados até 6 de dezembro. Para aqueles com benefícios com término programado antes de 31 de dezembro de 2024, o valor do abono será proporcional.

Quem não tem direito ao 13º do INSS?

Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência em situação de baixa renda, e aqueles que recebem Renda Mensal Vitalícia não têm direito ao 13º salário. O INSS também desmentiu rumores sobre um suposto pagamento de "14º salário" ou "folha extra", classificando essas informações como falsas.

A maioria já recebeu o 13º no primeiro semestre

Desde 2020, o INSS antecipa as parcelas do 13º para o primeiro semestre. Em 2024, mais de 30 milhões de aposentados e pensionistas já receberam o benefício em maio e junho.

Calendário de pagamentos

Os depósitos seguem o número final do cartão de benefício, desconsiderando o dígito verificador. No Rio Grande do Sul, devido ao estado de calamidade pública, os pagamentos seguem um cronograma especial.

Para quem recebe até um salário mínimo (R$ 1.412 em 2024):

Final 1: 25 de novembro
Final 2: 26 de novembro
Final 3: 27 de novembro
Final 4: 28 de novembro
Final 5: 29 de novembro
Final 6: 2 de dezembro
Final 7: 3 de dezembro
Final 8: 4 de dezembro
Final 9: 5 de dezembro
Final 0: 6 de dezembro

Para quem recebe acima de um salário mínimo:

Finais 1 e 6: 2 de dezembro
Finais 2 e 7: 3 de dezembro
Finais 3 e 8: 4 de dezembro
Finais 4 e 9: 5 de dezembro
Finais 5 e 0: 6 de dezembro
Número de beneficiários

O INSS vai pagar um total de 40.645.365 benefícios neste período. Desses, 34.306.589 são previdenciários e 6.338.776 são assistenciais. Entre os benefícios, 28.279.547 correspondem a valores de até um salário mínimo, enquanto 12.365.818 são de valores acima do piso nacional.

Como consultar o pagamento?

Beneficiários podem consultar o valor a ser recebido de três formas:

Os segurados devem manter seus dados atualizados para evitar fraudes e garantir o recebimento correto dos benefícios.

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Nordeste é cada vez mais decisivo para o PT em eleições municipais e Sudeste em queda

Fundado há quase 45 anos em um colégio católico de Higienópolis, em São Paulo, o PT foi migrando aos poucos: de um partido do Sudeste, tornou-se uma sigla com força concentrada no Nordeste. Além da mudança na geografia do voto em eleições presidenciais, as disputas municipais neste século evidenciam a transição.

O percentual de municípios nordestinos entre todos os conquistados pelos petistas aumentou em seis vezes de 2000, última eleição antes de o PT assumir a Presidência da República pela primeira vez, para 2024. O crescimento proporcional se deu ano a ano, sem nunca recuar.

Nas eleições deste ano, 68% das 252 cidades vencidas por petistas ficam no Nordeste — incluindo a única capital, Fortaleza, com Evandro Leitão. O Sudeste, região mais rica e populosa do país, segue trajetória oposta. Representava 38,6% do total em 2000, a maior fatia entre todas as regiões. Caiu aos poucos até chegar ao patamar de 16% nas últimas duas votações municipais. O Sul também tinha mais de 30% dos municípios no início do século, mas despencou agora para meros 11,7%.

— Essa mudança nas prefeituras tem a ver com a nova composição social da base petista pós-2003, que se reflete na geografia do voto. O PT no poder conseguiu atender os trabalhadores de baixa renda, mas não os de renda média — aponta o historiador Lincoln Secco, professor da USP e autor do livro “História do PT”.

Com a diminuição considerável no volume de prefeituras do partido a partir de 2016, o que chegou a afetar também o Nordeste em números absolutos, a região tornou-se o único bastião que faz com que o PT não seja apagado do mapa municipal.

— Essa progressiva “nordestinização” está relacionada, obviamente, com o apoio na região derivado de políticas distributivas. Mas também com o fato de que o partido está sendo removido dos espaços nas outras regiões. O Nordeste é o que ainda sobra — observa o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda.

Com o efeito das políticas sociais, o PT se fincou como o preferido dos nordestinos também nas eleições presidenciais. A partir de 2006, todos os estados da região passaram a ser pintados de vermelho — o que não mudou nem em 2018, ano da vitória de Jair Bolsonaro.

Antes de Lula virar presidente pela primeira vez, o partido conseguiu pouco mais de 20 prefeituras no Nordeste, em 2000. O crescimento se deu oito anos depois, quando as políticas implementadas em um mandato e meio no Planalto já davam ao petista uma popularidade altíssima. Em 2008, foram 133 municípios conquistados.

O Sudeste, nos anos de ouro do lulismo e ainda em 2012, já com Dilma Rousseff na Presidência, seguiu como um espaço em que a sigla se criava, em paralelo à expansão para o Nordeste. Chegou a ganhar na maior cidade do país, São Paulo, com Fernando Haddad, além de superar a marca recorde de 200 municípios na região.

Tudo mudou, e não voltou até hoje a ser como era, em 2016. Com o PT mergulhado na crise impulsionada pelo impeachment de Dilma e o avanço da Lava-Jato, o número de prefeituras despencou de 667 para 252, e até o Nordeste registrou uma queda. A região, no entanto, continuou com mais de 100 prefeitos petistas, enquanto a legenda se apequenou nas demais partes do país — no Sudeste, o montante caiu em quatro vezes.

Ao analisar a mudança da base petista no país, Lincoln Secco reforça que o partido perdeu espaço entre brasileiros de renda média, e hoje, enfrenta dificuldades em atender aos anseios de moradores dos grandes centros urbanos. Essa constatação foi um dos principais recados das urnas ao PT no processo eleitoral deste ano, como destacaram diversos analistas desde então.

— Note que, mesmo nas capitais do Nordeste, o PT vai mal. Seu modelo se esgotou, e o partido se mantém por força inercial do passado, enquanto a extrema direita olha para o presente e conquista os trabalhadores de renda média, para quem o PT não tem nada a oferecer — afirma o historiador.

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Nova regra de emendas fortalece líderes de bancadas partidárias e acirra disputas

O projeto aprovado delega ao líder partidário indicar as chamadas emendas de comissão, estimadas em R$ 11,5 bilhões no ano que vem. Pelo formato, cada colegiado deverá chancelar a proposta, mas essa definição costuma ser feita por meio de acordo, com grande influência dos líderes.

O novo modelo para as emendas de comissão foi aprovado após críticas sobre a falta de transparência da modalidade. Como o dinheiro é enviado a prefeituras e estados em nome do colegiado, não é possível identificar os reais padrinhos dos recursos, que muitas vezes nem mesmo fazem parte do grupo. Especialistas afirmam que a mudança não atende aos critérios de transparência exigidos pelo STF.

A mudança, contudo, esquentou a disputa por quem deve assumir as vagas a partir do ano que vem. No PSD, por exemplo, hoje liderado pelo deputado Antonio Brito (BA), há um racha. De um lado estão parlamentares do Sul e do Sudeste, mais à direita, que querem eleger um representante do grupo. Do outro, os do Nordeste, mais próximos ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que também reivindicam o posto. Nos bastidores, integrantes do partido afirmam que a disposição do candidato a novo líder para dividir as emendas será crucial para definir a disputa.

No União Brasil, por sua vez, uma ala da bancada defende renovação e quer a vaga ocupada hoje por Elmar Nascimento (BA). O parlamentar, que não conseguiu se viabilizar como candidato à presidência da Câmara, ocupa o cargo desde 2022. Antes da fusão com o PSL que resultou na sigla atual, o DEM tinha como praxe a troca anual de suas lideranças, e antigos correligionários querem retomar essa alternância.

A nova diretriz para as verbas parlamentares, ainda a ser sancionada por Lula, pode impulsionar o nome de Danilo Forte (União-CE) como novo líder, segundo parlamentares da bancada. Forte foi quem primeiro sugeriu a criação de uma “emenda de liderança” quando relatou o orçamento do ano passado. O nome do deputado Mendonça Filho (União-PE), no entanto, também tem sido citado nas conversas, e poderá haver uma disputa entre os dois.

— É um modelo que fortalece as bancadas, dá mais poder institucional aos partidos para se ter mais coerência e unidade para a distribuição das emendas — afirma o líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB).

A troca na liderança também esquentou os bastidores do PL. Com a possível saída de Altineu Côrtes (RJ) do cargo para assumir a vice-presidência da Câmara, parlamentares têm se movimentado para ocupar o posto. Um deles é o deputado Sóstenes Cavalcante, também do Rio e ligado ao pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Já no PT, deputados afirmam que a escolha está pacificada no nome de Lindbergh Farias (RJ), e que não deve haver disputa. Uma ala do partido chegou a apresentar resistências ao parlamentar após críticas feitas por ele ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A objeção foi derrubada após o deputado fluminense prometer uma postura mais moderada ao assumir o cargo.

No PDT, ainda não ficou definido se haverá troca no cargo. Segundo integrantes da bancada, o atual líder, Afonso Motta (RS), tentará se manter no posto. Ele defende as mudanças nas regras das emendas de comissão e diz que o papel será “operacional”.

— O líder vai ter mais uma função de articulação, para que as emendas alcancem os deputados e os municípios e obras que indicarem — diz Motta.

A cientista política Graziella Testa, professora da Fundação Getulio Vargas (FGV), afirma que a concentração de poder nas mãos do líder pode ser favorável ao Executivo, que não precisa negociar caso a caso com parlamentares.

— A grande vantagem de isso ser feito pelo líder e não pelo relator ou de forma velada pelo presidente da Mesa Diretora é que essa centralização do processo decisório nas mãos dos líderes partidários torna mais azeitada a possibilidade de construção de coalizão pelo Executivo, que consegue fazer isso no atacado e não no varejo — afirma.

De acordo com o projeto aprovado, após a publicação da Lei Orçamentária Anual (LOA), que define como o dinheiro público será gasto no ano seguinte, cada comissão receberá propostas dos líderes partidários para a destinação das emendas. Pelo texto, os nomes escolhidos pela bancada deverão ouvir os demais parlamentares da sigla antes de apresentar as indicações.

A regra prevê ainda que essas indicações dos líderes partidários devem ser deliberadas pelas comissões em até 15 dias. Após a aprovação, os presidentes das comissões registrarão as emendas em atas, que serão publicadas e encaminhadas aos órgãos executores — ministérios, autarquias ou estatais — em até cinco dias.

Para críticos da mudança, o texto segue sem resolver o que era o seu objetivo: dar mais transparência às indicações e identificar os reais padrinhos das destinações da verba. Para a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que votou contra as novas regras, o projeto institucionaliza a figura dos “laranjas” nas comissões, em que caciques da Câmara definem o destino dos recursos e usam o colegiado para esconder os reais padrinhos.

— Mais um capítulo da série do teatro do faz de conta, legitimando o eterno balcão de negócios dos líderes partidários e dos presidentes das Casas. É o mesmo orçamento secreto com nova roupagem — critica Ventura.

Autor do projeto, o deputado Rubens Pereira Junior (PT-MA) defende o modelo e afirma ser diferente da figura do relator do orçamento, que assinava as indicações do orçamento secreto para omitir o real padrinho da verba.

— Alguém precisa levar essa indicação para a comissão, e o colegiado ainda terá de votar — afirma o deputado.

Antes mesmo de ganhar mais poder pelo projeto das emendas, a liderança das bancadas já era uma função cobiçada pelo destaque que o parlamentar ganha ao assumir o posto. Pelo regimento da Câmara, o deputado que é líder pode se pronunciar a qualquer momento durante votações no plenário.

É o líder também quem inscreve os colegas de sigla para discursar nas tribunas, registra candidaturas do partido para concorrer a cargos na Mesa Diretora e os indica para compor comissões — e, no caso deste último, tem o poder de trocar os deputados do partido a qualquer momento.

Perguntas sobre as emendas de comissão

O que são? Essa modalidade é a única que não é de pagamento obrigatório pelo Executivo. É também a rubrica que herdou boa parte do montante que antes era destinado às emendas de relator, o chamadao orçamento secreto.

Como é feita? Atualmente as indicações são votadas pelas 30 comissões temáticas que funcionam no Congresso Nacional.

Quanto vale? No total, serão destinados R$ 11,5 bilhões para essa categoria no ano que vem, montante igual ao deste ano.

O que muda? Pelo projeto ainda a ser sancionado pelo presidente Lula, as sugestões de projetos a serem contemplados por essas emendas deverão ser feitas pelos deputados ao líder de cada partido na Câmara.

Como passará a ser feita? Os líderes apresentarão as sugestões a cada comissão. Os integrantes de cada comissão irão votar para aprovar ou não as sugestões apresentadas em até 15 dias.

Para onde irá o dinheiro? Ao menos metade das emendas de comissão deverão ser destinadas para ações e serviços de saúde.

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Empreiteira criada em 2022 no Piauí vira fenômeno bilionário no governo Lula

Criada em 2022 no Piauí, a Construtora Otima Ltda tornou-se um fenômeno no governo Lula. São 8,9 bilhões de reais em contratos com a gestão petista para manutenção de estradas, segundo dados oficiais da gestão petista.

A empreiteira fechou um pacote de obras com a Superintendência Regional do Dnit no estado que deixa as outras concorrentes muito distantes do seu faturamento na máquina federal.

A Otima atua em serviços de engenharia para manutenção — conservação e reparação — nas rodovias BR-343 e BR-226, nos trechos que cortam o Piauí.

Para se ter uma ideia, as outras construtoras com mais contratos no governo petista são LCM Construção e Comércio (265 milhões de reais em contratos), F. Gomes Construtora (204 milhões de reais) e Lucena Infraestrutura (185 milhões de reais).

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Mulheres de força: As lutadoras mais respeitadas de todos os tempos

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O wrestling profissional feminino existe há algumas décadas, mas foi só no início dos anos 2000 que ele realmente se estabeleceu. A World Wrestling Entertainment, ou WWE (anteriormente WWF), foi responsável por catapultar a luta livre feminina para os holofotes nos Estados Unidos e, consequentemente, em todo o mundo.

Desde a 'Attitude Era' no final dos anos 90 até o atual WWE Women's Championship e além, muitas atletas talentosas fizeram história no esporte. Nesta galeria, você conhecerá algumas delas. Clique e veja com seus próprios olhos.

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