Tem gente que não se emenda: Homem é preso armado após dez dias livre da cadeia por tráfico.

Na tarde desta quarta-feira (02), durante patrulhamento na Vila de Ponta Negra, uma equipe do BPCHOQUE identificou um indivíduo monitorado por tornozeleira eletrônica em uma motocicleta com sinais de adulteração. Ao perceber a aproximação dos policiais para abordagem, ele tentou entrar em uma residência, mas foi interceptado pela equipe.

Durante a revista, foi encontrado com o suspeito um revólver calibre .38 com numeração raspada e duas munições. Sua companheira também tentou fugir, mas foi detida. No interior da residência, os policiais localizaram materiais para consumo de drogas e uma quantia em dinheiro fracionado.

Após consulta ao sistema, verificou-se que o suspeito havia sido preso anteriormente por tráfico de drogas no dia 21 de março deste ano, ou seja, há apenas 10 dias, e já estava envolvido em novos crimes.

Material encontrado:

  • Revólver .38 (numeração raspada);
  • Duas munições .38;
  • 3 maços fechados de seda;
  • 10 embalagens de seda avulsas;
  • Dois celulares;
  • R$315,00 em cédulas;
  • R$9,50 em moedas;
  • 1 Cartão Nubank;
  • Papéis com anotações de dinheiro;
  • Documentos pessoais e de terceiros.

Foi dada voz de prisão e o casal foi conduzido à Delegacia de Polícia para procedimentos cabíveis.

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Estrangeiros são a preferência da CBF para comandar Seleção Brasileira

Após a demissão de Dorival Júnior, quatro nomes são apontados como favoritos pela entidade como preferidos até o momento. Abel Ferreira, Carlo Ancelotti, Jorge Jesus e José Mourinho. A CBF trabalha com esses quatro nomes de estrangeiros para escolher o próximo treinador da seleção brasileira.

O interesse no italiano Carlos Ancelotti é antigo. Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, queria contratá-lo no ano passado, mas a negociação não avançou. O treinador tem contrato com o Real Madrid até o meio de 2026. Uma saída antes disso só teria chance de ocorrer após o time espanhol disputar o Mundial de Clubes deste ano, que termina em julho.

O Al-Hilal de Jorge Jesus disputa o Mundial de Clubes no meio do ano, assim como o Palmeiras de Abel Ferreira. Já José Mourinho, outro português, dirige o Fenerbahçe, da Turquia, fora da competição.

O Brasil tem seus próximos jogos em junho, contra Equador (fora) e o Paraguai (casa). A Seleção está em quarto lugar nas Eliminatórias, com 21 pontos. As seis primeiras avançam de forma direta para a Copa do Mundo de 2026. Se esperar algum treinador que irá participar do Mundial, a CBF teria de colocar alguém interinamente nestas partidas.

Dorival Júnior foi demitido da Seleção na última sexta-feira, três dias depois de o Brasil ter perdido por 4 a 1 para a Argentina. Ele foi o terceiro treinador do Brasil neste ciclo. Após a saída de Tite depois da Copa do Mundo de 2022, a seleção brasileira teve Ramon Menezes e Fernando Diniz interinamente em 2023 antes da contratação de Dorival, em janeiro de 2024.

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Preço do café dispara 17% em março e cesta básica acumula alta pelo terceiro mês seguido em Natal

preço do café torrado segue em alta em Natal. Segundo levantamento do Procon Municipal, em março o pacote de 250 g registrou um aumento de 17,84% no preço, tornando-se um dos principais responsáveis pelo encarecimento da cesta básica na capital potiguar.

Além do café, o feijão carioca (kg) também teve alta significativa de 1,97%, enquanto o óleo de soja (900 ml) subiu 0,82%. Esses produtos, da categoria de mercearia, seguem em alta desde o início do ano, impactando diretamente o orçamento das famílias.

De acordo com levantamento do Procon Natal, o preço médio da cesta básica na capital potiguar subiu 0,25% em março, chegando a R$ 450,69. No mês anterior, o valor médio era de R$ 449,59, um acréscimo de R$ 1,14. Comparado ao mesmo período do ano passado, o custo aumentou 4,71%, o que representa um acréscimo de R$ 21,25 para o consumidor.

Outras mudanças de preços

A pesquisa constatou que a categoria de hortifrúti registrou uma redução de 3,04%, com quedas nos preços do tomate (-R$ 1,19/kg), da cebola (-R$ 2,75/kg) e do chuchu (-R$ 1,66/kg). Outras categorias, porém, tiveram aumento. O setor de açougue subiu 1,82%, enquanto os produtos de higiene e limpeza registraram alta de 3,07%.

Entre os 40 itens analisados, 21 apresentaram aumento em relação ao mês anterior, ou seja, 52,5% dos produtos ficaram mais caros. Este é o terceiro mês consecutivo de alta nos preços. Em janeiro, o preço médio da cesta era R$ 441,63, subindo para R$ 449,54 em fevereiro e, agora, R$ 450,69. No acumulado do trimestre, a elevação chega a 4,50%.

Setor

A pesquisa também comparou os preços entre diferentes tipos de estabelecimentos. Os hipermercados apresentaram os maiores preços, sendo 9,09% mais caros que os supermercados de bairro. Já os atacarejos mostraram uma variação ainda maior, de 15,36%, permitindo uma economia de até R$ 64,77 para quem pesquisa antes de comprar.

Regiões

Em relação às regiões de Natal, a zona norte apresentou o menor preço médio da cesta básica, R$ 443,62, seguida da zona oeste (R$ 443,69). Já nas zonas leste (R$ 446,28) e sul (R$ 465,13), os preços foram mais elevados.

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Governo Federal compra móveis escolares por preço 50% acima do mercado; custo total foi de R$ 3 bilhões


Uma compra de carteiras escolares pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) foi aprovada em 2024 por 50% a mais que o valor de mercado desses itens.

O custo ficou em R$ 3 bilhões, R$ 1 bilhão acima do que seria com os preços estimados pela CGU (Controladoria-Geral da União) em 2022 ao analisar o edital.

Um conjunto para mesa para professor que custava R$ 368,88 em 2022 (reajustado pela inflação, R$ 387,55) teve sua compra aprovada por até R$ 1.072, por exemplo, segundo os preços homologados pelo FNDE em um pregão no ano passado.

Foram registradas atas de preços, documentos que autorizam o governo federal ou outros órgãos a comprar das empresas vencedoras do pregão pelos valores registrados quando houver necessidade. Essas atas valem até setembro deste ano.

Com base nessas atas, já foram firmados 14 contratos por diferentes órgãos públicos no país, com valor total de R$ 21,9 milhões, permitindo compras até 2026. Apenas uma pequena parte da compra foi efetivada até agora, portanto.

Restrições questionadas

Segundo empresas que ficaram de fora do pregão eletrônico, o prazo dado pelo ministério para obter a documentação para participar do certame não foi suficiente, o que acabou restringindo a competitividade.

“No termo de referência do edital, há a exigência de laudos e documentos de itens lançados há pouco no mercado (…), não sendo possível o atendimento de tais exigências pela grande maioria dos fornecedores”, alegou a MC Indústria e Comércio de Móveis Ltda.

O FNDE pediu laudos e certificações que não são exigidas pelo Inmetro, para os quais esses fornecedores disseram não estar prontos. O fundo, porém, rejeitou esses recursos, argumentando que os laudos seriam necessários para garantir a qualidade.

“Exigir laudos e certificações de mobiliários escolares é crucial por várias razões”, disse o FNDE em resposta a um recurso. “Primeiro, garantem a segurança dos alunos, assegurando que os móveis atendem a normas que reduzem riscos de acidentes e lesões.”

“Segundo, a certificação garante a durabilidade dos produtos, fabricados com materiais de qualidade e processos adequados, resultando em móveis mais resistentes ao uso intenso. Além disso, a ergonomia é fundamental: móveis certificados proporcionam conforto e evitam problemas de saúde, como dores nas costas e problemas posturais.”

O FNDE é um órgão vinculado ao Ministério da Educação, responsável pelas aquisições de materiais, equipamentos e obras nas escolas. É comandado por Fernanda Pacobahyba. Servidora de carreira do estado do Ceará, ela é próxima do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e foi secretária da Fazenda quando Camilo governou o estado.

No governo Jair Bolsonaro, o órgão foi entregue ao PP e enfrentou investigações sobre irregularidades em repasses para prefeituras.

Questionamento da CGU

O edital tinha sido alvo de questionamentos da CGU em 2022, ainda no governo Bolsonaro. O órgão de controle apontou um risco de sobrepreço de R$ 1,6 bilhão e pediu que o FNDE refizesse o edital e a pesquisa de preços.

Um dos problemas apontados pela CGU —a quantidade exagerada de móveis prevista, de 10 milhões de carteiras— foi corrigido, mas os preços do pregão, realizado em junho de 2024 e vencido por sete empresas, continuaram acima da média de mercado.

De acordo com o edital publicado pelo FNDE, a inflação em 2023 para móveis escolares pode ser estimada em por volta de 5%. Os preços aceitos pelo FNDE, porém, são até 176% maiores que as referências usadas pela CGU em 2022.

O pregão permite comprar 4,5 milhões de carteiras escolares de tamanhos variados, incluindo conjuntos para professores e alunos cadeirantes, num total de R$ 3 bilhões. Os preços estão R$ 1 bilhão acima do que a CGU havia estimado.

No edital do pregão, o FNDE listou 145 licitações realizadas pelo Brasil para comprar carteiras escolares entre 2022 e 2023. Na grande maioria desses certames, os preços ficaram abaixo daqueles aceitos pelo FNDE, mesmo considerando a inflação.

Procurado, o FNDE disse que “as certificações exigidas seguem normas de segurança e sustentabilidade, protegendo estudantes e assegurando responsabilidade ambiental”.

“Com ampla participação de fornecedores de diversas regiões, a licitação garante abrangência nacional e otimização logística, beneficiando milhares de municípios. O FNDE reafirma seu compromisso com a educação pública, garantindo padrões de qualidade que promovam conforto e dignidade aos estudantes”, afirmou o órgão ao UOL.

Cotação de preços

Segundo a CGU, um dos motivos das estimativas de preço infladas do primeiro edital foi a inclusão no cálculo de propostas de preços enviadas por firmas da Abime (Associação Brasileira das Indústrias de Móveis Escolares), que estavam acima do valor de mercado.

Empresas da associação sugeriram vender por R$ 786 um conjunto de carteira escolar que custava em média R$ 374,90, por exemplo.

A controladoria recomendou que as propostas fossem excluídas e que fosse considerada apenas a estimativa das compras realizadas no Comprasnet (hoje Compras.gov.br).

No pregão de 2024, o governo optou por usar estimativas de preço sigilosas. As empresas que conseguiram participar competiram entre si pelos melhores lances.

Os lotes foram divididos por região, considerando as diferenças de preço em cada local do Brasil, e uma empresa diferente venceu cada um deles.

Algumas das vencedoras pertencem à Abime e foram responsáveis pelas propostas de preço questionadas pela CGU. Procurada, a Abime disse que não tem conhecimento específico sobre o pregão e que, por isso, não tem condições de se manifestar.

As empresas que venceram o pregão são a Delta Produtos e Serviços, Incomel Indústria de Móveis, Indústria e Comércio Móveis Kutz, Maqmóveis Indústria e Comércio de Móveis, Milanflex Indústria e Comércio de Móveis, Movesco e Tecno 2000.

Apenas a Maqmóveis respondeu ao contato da reportagem. “A empresa considerou todas as normas de segurança obrigatórias para os produtos, bem como os requisitos específicos dos móveis e as particularidades tributárias e logísticas de cada estado e região”, disse a empresa.

“A Maqmóveis declara, ainda, que cumpriu integralmente a legislação vigente e os termos do edital, com preços compatíveis com os de mercado e inferiores aos de inúmeros outros licitantes, tendo vencido três lotes.”

UOL – por Natália Portinari

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Ministros têm responsabilidade pela queda da popularidade de Lula, diz Sidônio

O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Sidônio Palmeira, declarou nesta quinta-feira (3) que todos os ministros têm responsabilidade pela queda da popularidade do governo. Disse, no entanto, que não se “isenta” da culpa, pois isso já “vem de algum período” anterior a sua gestão.

“Não tem nada de eu me isentar de impopularidade. Zero. Eu acho que a impopularidade tem responsabilidade de todos os ministros. Todas as áreas, a área política, gestão, comunicação, todo mundo”, afirmou a jornalistas, depois de evento de balanço dos 2 anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Pesquisa Genial/Quaest divulgada em 2 de abril mostra que a desaprovação ao trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu e chegou a 56%. É o pior índice desde o início do mandato do petista. É ainda a 1ª vez que a percentagem passa de 50%.

O levantamento foi realizado de 27 a 31 de março. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil. A margem de erro é de 2 p.p. (pontos percentuais), para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos. Eis a íntegra (PDF – 12 MB).

Segundo o chefe da Secom, seu papel à frente da comunicação do governo é informar. “Quanto à opinião da população sobre o governo, se acha isso, ou disso e daquilo, aí não é questão de a gente ficar definindo”, falou.

CAMPANHA DE 2026

Ainda em fala a jornalistas, Sidônio negou que o evento, que contou com a presença de vários ministros e líderes no Congresso, tenha tido um tom de campanha.“Eu acho que é uma leitura errada”, declarou.

Voltou várias vezes a falar que o papel do ato foi apenas para divulgar as ações do governo e mostrar à população o que são os serviços oferecidos pela gestão.

“Eu, como ministro, não penso em campanha política,não quero dizer isso.Eu penso no governo, objetivamente nisso”, declarou Sidônio.

Poder 360

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Falar sobre a morte com crianças é essencial para um luto saudável


A morte de um ente querido é um momento difícil para qualquer pessoa, mas pode ser especialmente desafiador para as crianças. Ainda em desenvolvimento emocional e cognitivo, elas podem ter dificuldades para compreender e expressar o luto. Oferecer o suporte adequado e abordar o tema com sensibilidade são passos fundamentais para ajudá-las a enfrentar essa experiência de maneira saudável.

Muitas vezes, na tentativa de protegê-las do sofrimento, os adultos evitam falar sobre o assunto, omitem informações ou recorrem a eufemismos que podem gerar confusão. No entanto, a forma como o luto é vivenciado pelos adultos influencia diretamente a maneira como a criança processa suas emoções e constrói sua compreensão sobre a morte.

A forma como cada criança encara a perda varia conforme sua idade. As mais novas, por exemplo, podem não compreender a irreversibilidade da morte, enquanto as mais velhas começam a ter consciência da finitude da vida. Por isso, é essencial abordar o tema com clareza e honestidade, evitando expressões como “virou uma estrela” ou “foi dormir para sempre”, que podem gerar interpretações errôneas.

A psicóloga especialista em luto, Alexsandra Sousa, que integra a equipe do cemitério, crematório e funerária Morada da Paz, reforça a importância de um diálogo aberto e franco com as crianças.
“Muitas vezes, imaginamos que o mundo infantil é marcado apenas pela leveza e pela ausência de sofrimento. Por isso, falar sobre a morte pode ser um desafio para as famílias, que tendem a afastar o tema do universo infantil. No entanto, quando observamos as crianças com atenção, percebemos que suas vidas, assim como as dos adultos, também incluem desafios, e elas inevitavelmente precisarão lidar com essa realidade em algum momento”, explica a psicóloga.

A valor do diálogo e da escuta

Abrir espaço para que a criança expresse seus sentimentos e dúvidas é fundamental. Os adultos devem acolher suas emoções, responder às perguntas com sinceridade e respeitar o tempo de cada uma para assimilar a perda. Evitar o assunto ou esconder a verdade pode dificultar esse processo e gerar insegurança.

A comunicação clara é o melhor caminho. Alexsandra alerta que, ao falar sobre a morte, é essencial adequar a linguagem à idade da criança, evitando eufemismos que possam gerar medo ou confusão.

“É muito importante entender que a percepção da criança sobre a morte é diferente da do adulto. Estudos indicam que o conceito de finitude se desenvolve gradualmente, conforme o avanço cognitivo.

Criar um ambiente seguro para conversas sinceras sobre a morte, a
tristeza e os medos permite que a criança compreenda que não está sozinha nesse processo”, ressalta a especialista.

Assim como os adultos, as crianças têm o direito de vivenciar e expressar as emoções que acompanham a perda. Validar sentimentos como tristeza e saudade é essencial para um luto saudável.

“Elas percebem a ausência e sofrem com isso. Para que o luto seja ressignificado e superado de maneira saudável, ele precisa ser vivido e reconhecido. Por isso, é essencial explicar o ocorrido, acolher a dor e legitimar os sentimentos da criança”, afirma Alexsandra.

Durante o processo de luto, a criança pode apresentar momentos de confusão emocional, sentimentos de culpa ou até mesmo sinais de autopunição. “É fundamental que os adultos estejam atentos a essas manifestações e, se necessário, busquem ajuda especializada para oferecer suporte adequado”, alerta a psicóloga.

Turma do Vilinha: um apoio na jornada do luto infantil

Para facilitar o diálogo sobre a morte com as crianças e auxiliar pais e responsáveis, o Morada da Paz criou o projeto Turma do Vilinha. A iniciativa disponibiliza livros, cartilhas e jogos que abordam o tema de forma leve e didática, ajudando os pequenos a compreender o luto.

Todo o material está disponível gratuitamente no site www.turmadovilinha.com.br, servindo como um recurso valioso para famílias que buscam apoio nesse momento delicado.

Lidar com a morte é um desafio tanto para adultos quanto para crianças, mas faz parte da vida. Abordar o tema de maneira aberta e acolhedora ajuda os pequenos a expressarem suas emoções, entenderem o ciclo da vida e fortalecerem laços familiares. O luto, embora doloroso, também pode ser um momento de conexão e crescimento para toda a família.

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Dupla é presa por furto e abate de animais na Região Oeste


Policiais civis da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR) de Mossoró prenderam, na manhã desta quarta-feira (2), dois homens, um de 37 anos e outro de 29 anos, suspeitos da prática do crime de furto de abigeato, que é roubo e abate clandestino de animais, principalmente gado, em fazendas e no campo.

De acordo com a polícia, as diligências foram iniciadas após os policiais da DEFUR de Mossoró tomarem conhecimento dos fatos. Durante a ação, foram encontrados nas casas dos suspeitos pedaços do animal pendurados em ganchos e espalhados pelo chão em vasilhas e os instrumentos utilizados para o abate.

Os homens foram conduzidos à Delegacia para a realização dos procedimentos legais e, em seguida, encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça. 

A Polícia Civil solicita que a população continue enviando informações de forma anônima por meio do Disque Denúncia 181. 

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Mulher de Moraes foi contratada por Banco Master

O Banco Master, que negocia a venda para o Banco Regional de Brasília (BRB), tem como representante jurídico o escritório Barci de Moraes, no qual trabalham Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e seus dois filhos: Giuliana e Alexandre, registrou O Globo.

Segundo o jornal, Viviane representa a instituição financeira em poucas ações, embora a natureza delas não tenha sido revelada.

O valor dos honorários também foram mantidos em sigilo.

O balanço divulgado na terça-feira, 1º, mostrou que o Master, que tem 7,6 bilhões de reais em papéis com vencimento entre janeiro e junho de 2025, também possui em sua carteira 8,7 bilhões de reais em precatórios, títulos de dívida que frequentemente aparecem em discussões que chegam ao Supremo.

A instituição financeira também tem uma ação contra a União no Supremo, referente ao recolhimento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O caso está sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes, decano da Corte.

O nome de Viviane Barci de Moraes “não consta” nos autos do processo, diz o jornal.

O escritório Barci de Moraes tem 30 processos em andamento no STF.

O Master foi um dos patrocinadores do I Fórum Jurídico Brasil de Ideias, realizado em abril de 2024, em Londres.

Na época, Moraes, Gilmar e Dias Toffoli participaram do evento.

Eles ficaram hospedados no luxuoso hotel The Peninsula, com diárias de pelo menos 6 mil reais.

“Moraes não esclareceu se já teve despesas, como passagens aéreas e hospedagem, pagas pelo Banco Master, nem se manifestou se há conflito ético em participar de eventos patrocinados pela mesma instituição que contratou a sua mulher”, diz O Globo.

Além do escritório da esposa de Moraes, o Master também já firmou contrato com Ricardo Lewandowski, ex-ministro do STF e atual ministro da Justiça e Segurança Pública de Lula.

O ministro de Lula integrou o conselho estratégico da instituição em 2023, logo após se aposentar da Suprema Corte.

O salário pago a Lewandowski, diz O Globo, era superior a 100 mil reais.

Outro “consultor estratégico” do banco é Guido Mantega, que atua na função desde 2024.

Segundo o jornal, o ex-ministro de Lula e Dilma levou Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, para um encontro com Lula no Palácio do Planalto.

A divulgação dos resultados ocorre em meio à intensa discussão sobre a recente aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), anunciada na sexta-feira, 28.

O valor da transação está estimado em 2 bilhões de reais.

A operação, aprovada por unanimidade pelo conselho de administração do BRB, prevê a aquisição de 49% das ações ordinárias (com direito a voto) do Master pelo BRB e de 100% das ações preferenciais (sem direito a voto).

“A Operação será precedida por uma reorganização societária do Banco Master, de modo que certos ativos e passivos não estratégicos, incluindo participações societárias em controladas, serão segregados do Banco Master”, disse o BRB ao anunciar a compra.

A revista Crusoé, na matéria “Cai o tráfico, fica a influência”, assinada por Felipe Moura Brasil em 14 de março de 2024, destrinchou elos familiares entre escritórios de advocacia e tribunais, reforçados nos últimos anos.

O caso mais famoso é o de Dias Toffoli, que, em dezembro de 2023, suspendeu multas de R$ 10,3 bilhões da J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que haviam contratado a advogada Roberta Rangel, esposa do ministro do STF. Toffoli alegou que “há, no mínimo, dúvida razoável sobre a voluntariedade dos irmãos” Batista ao firmar a leniência, quando, na verdade, Joesley, a fim de lavar sua imagem e evitar maiores prejuízos derivados do envolvimento em suborno, antecipou-se em 2017, decidiu virar colaborador sem estar preso, gravou conversa com o então presidente Michel Temer e assinou o acordo junto com Wesley, ambos confessando pagamentos de propina.

Quando o STF, em agosto de 2023, autorizou os próprios ministros e demais juízes a julgarem casos de clientes de escritório de cônjuge ou de parente, o Grupo Petrópolis, também investigado no âmbito da Operação Lava Jato, já havia contratado, em fevereiro e junho daquele ano, três advogados parentes de ministros do STF: Karine Nunes Marques, irmã de Kassio Nunes Marques; Viviane Barci de Moraes, mulher de Alexandre de Moraes; e Maria Carolina Feitosa, enteada de Gilmar.

As três passaram a atuar em caso contra a Imcopa, empresa de processamento de soja com a qual Walter Faria, dono do Petrópolis, tinha uma disputa societária. Meses depois, em março de 2024, o ministro Antônio Carlos Ferreira, do Superior Tribunal de Justiça, derrubou uma liminar da Justiça do Paraná e transferiu a posse da Imcopa para o grupo de Faria. Antônio Carlos, do “Centrão” do STJ, tem ótima relação com Kassio, com quem aparece sorridente em diversas fotos; tomou posse junto com Gilmar como ministro substituto do TSE em 13 de junho de 2023; e foi saudado por Moraes, na ocasião, como “um amigo que vem para somar ao Tribunal da Democracia”.

Em julho daquele ano, um mês antes do libera-geral do STF, Crusoé também havia noticiado que o número de ações no Supremo sob a responsabilidade de esposas dos ministros da Corte subiria para 109 com a posse de Cristiano Zanin, o advogado pessoal indicado por Lula.

Em agosto de 2023, a ex-ministra do STJ Eliana Calmon disse ao Papo Antagonista:

“Existe uma divisão familiar. A mulher fica com o poder econômico nos escritórios de advocacia; e o marido, com o poder político dentro do Judiciário. Desta forma, eles ganham muito e têm o poder na mão. É realmente um acasalamento perfeito.”

Emplacar aliados em outros tribunais, além de órgãos de fiscalização e controle, como a Procuradoria-Geral da República, só aumenta o poder político desses maridos, ou parentes, dentro do Judiciário, como explicou Moura Brasil. A disputa nos bastidores é tão acirrada que incendiou a relação entre Gilmar e Kassio em 2022, quando o primeiro fazia campanha pela indicação do desafeto do segundo, Ney Bello, do TRF-1, para o STJ. O veto pessoal de Kassio ao antigo colega de Corte levou o então presidente Jair Bolsonaro a optar pelo favorito do ministro à vaga, Paulo Sérgio Domingues, também apoiado por Antônio Carlos Ferreira.

Flávio Jardim, cuja indicação para o TRF-1 em março de 2024 foi apoiada por Gilmar, é sócio do escritório de advocacia Sergio Bermudes, que também tem como sócia a advogada Guiomar Feitosa Mendes, mulher do ministro do STF. Com ajuda de Lula, portanto, Gilmar, que blindou o petista contra a Lava Jato, emplacou não só seu ex-sócio Paulo Gonet na PGR, mas o sócio da própria esposa no TRF-1, que atua em processos de 13 unidades da federação.

Em 2019, quando a Receita Federal atingiu as esposas de Toffoli e Gilmar, Moraes usou o inquérito das fake news para suspender a apuração e dois auditores fiscais.

O Antagonista

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PGR se posiciona contra prisão de Bolsonaro

O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, se manifestou nesta quarta-feira (2/4) contra a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pedida por dois advogados.

O pedido de parecer da PGR tinha sido solicitado em 18 de março pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, conforme noticiou o Metrópoles, na coluna Paulo Cappelli.

O despacho de Moraes foi feito no âmbito de uma notícia-crime na qual os dois advogados argumentavam que Bolsonaro teria tentado “obstruir a Justiça” ao convocar atos pró-anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro.

Os dois advogados também acusavam o ex-presidente da República de “incitar novos atos que comprometem a ordem pública e a estabilidade democrática bem como coação no curso do processo”.

Em seu parecer de quatro páginas, ao qual a coluna teve acesso, Gonet diz que os dois advogados não poderiam apresentar a notícia-crime diretamente ao STF, pois esse monopólio é do Ministério Público.

“Evidente, portanto, a ausência de capacidade postulatória dos noticiantes, uma vez que a opção pela representação criminal deve ser formulada perante a autoridade policial ou o Ministério Público, e não diretamente ao órgão judicial eventualmente responsável pelo julgamento do noticiado. Inegável, além disso, a flagrante ilegitimidade ativa dos requerentes para requerer medidas cautelares”, escreveu o chefe da PGR.

Gonet argumentou ainda que os relatos dos advogados “não contêm elementos informativos mínimos, que indiquem suficientemente a realidade de ilícito penal, justificadora da deflagração da pretendida investigação”.

“A concessão de anistia é matéria reservada à lei ordinária, de atribuição do Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República (art. 48, VIII, da Constituição), que extingue os efeitos penais, principais e secundários, do crime. A realização de manifestações pacíficas pela concessão do benefício não constitui ilícito penal, bem como não extrapola os limites da liberdade de expressão, que é consagrada constitucionalmente e balizada pelo binômio liberdade e responsabilidade”, afirmou Gonet.

O procurador finaliza o parecer dizendo que sua manifestação “é pelo não conhecimento dos requerimentos formulados” e pelo “consequente arquivamento dos autos”.

METROPÓLES 

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