'Carta foi muito fraca', diz Lira sobre posicionamento do Carrefour

ANDRÉ BORGES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que a resposta dada pelo presidente mundial do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard, ao agronegócio brasileiro após boicote contra a empresa ficou abaixo do esperado.

"A carta ficou muito fraca, dado o estrago de imagem que produziu", disse Lira, em encontro realizado na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília.

O posicionamento do Carrefour ocorreu seis dias após o CEO publicar um comunicado nas redes sociais em que anunciava que as lojas francesas não comprariam mais carne vinda do Mercosul, diante do "risco de inundar o mercado francês com uma produção de carne que não respeita suas exigências e normas". A publicação provocou boicote de produtores brasileiros à empresa.

O presidente da Câmara confirmou que vai requerer urgência para votação do Projeto de Lei da Reciprocidade Ambiental, como está sendo chamado o PL 1406/2024, que tramita na Câmara. Lira disse que o Congresso vai dar a sua "resposta" ao executivo Alexandre Bompard.

Lira confirmou que o deputado Zé Vitor (PL-MG) será relator do PL 1406 na Câmara, e que este deve ser apensado, posteriormente, a outro projeto de lei que trata do assunto no Senado, o PL 2088/23, de autoria do senador Zequinha Marinho (PL-PA).

À reportagem, Zé Vitor disse que o caso terá sua urgência votada nos próximos dias e que o PL será votado pelo plenário ainda neste ano. "Será neste ano. Vamos trabalhar junto do Senado, de forma coordenada", comentou.

Com o projeto de lei, o Congresso pretende impor o mesmo nível de restrição ambiental que seu parceiro comercial imponha ao Brasil. Ainda não foi detalhado como isso ocorreria e que possíveis efeitos poderia ter, inclusive, sobre grandes parceiros comerciais do Brasil.

"Esse protecionismo é burro. A França não é um parceiro atraente para o Brasil, mas o estrago na imagem é enorme", disse Lira, em referência às declarações do presidente do Grupo Carrefour.

Arthur Lira chegou a citar a possibilidade de convocar o ministro do Itamaraty, Mauro Vieira, para dar informações detalhadas sobre as relações comerciais que o Brasil mantém com a França e os acordos entre os dois países.

"As respostas, a gente tem que dar no dia a dia, na preservação do produtor brasileiro. O Congresso vai dar a sua contribuição. Vamos enfrentar essa luta, sem arredar", disse Lira, mencionando, ainda, preocupação com a pressão que os produtores rurais devem sofrer em relação à COP30, que acontecerá no Brasil, em 2025.

Ex-ministra da Agricultura, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) também disparou críticas contra o grupo francês e disse que o pedido de desculpas feito ao ministério nesta terça-feira não é suficiente.

"Se o governo aceitou isso, nós não aceitamos. Foi um pedido tímido frente ao estrago que causou na imagem", disse a senadora à reportagem.

Durante o encontro na FPA, Tereza disse que a declaração de Alexandre Bompard foi "injusta, completamente descabida e infeliz".

"A resposta brasileira foi boa. Mas essa desculpa não pode ser recebida de bom grado. Ela é protocolar, não é uma desculpa de fato", afirmou. "A resposta é muito pequena em relação ao dano que causou as imagens dos produtos brasileiros. Fiz um requerimento, um convite para que o embaixador francês dê explicações."

Além do Carrefour, os parlamentares criticaram declarações já feitas pelas companhias francesas Danone e Tereos, sobre as relações comerciais com o Brasil.

Presidente da FPA, o deputado Pedro Lupion (PP-PR) disse que o presidente do Carrefour decidiu recorrer à "lacração para falar para os seus", desrespeitando os produtores brasileiros.

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Haddad avalia fazer pronunciamento à nação para justificar contenção de gastos

CATIA SEABRA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia fazer um pronunciamento à nação para justificar o pacote de contenção de gastos. A expectativa era que a mensagem fosse gravada ainda nesta terça-feira (26).

Nela, o ministro defenderia a política econômica do governo, incluindo a adoção de medidas para frear o ritmo de crescimento das despesas. A ideia de um pronunciamento foi proposta por integrantes do Palácio do Planalto. A mensagem seria levada ao ar à noite, após anúncio das medidas, possivelmente na quinta-feira (28).

A expectativa é que o anúncio ocorra após reuniões do titular da Fazenda com líderes partidários da Câmara e do Senado, além dos presidentes das duas Casas. Essas reuniões aconteceriam até quinta-feira, quando o pacote seria anunciado.

Nesta segunda-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma longa reunião com Haddad e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão), além do secretário-executivo do Planejamento, Gustavo José de Guimarães e Souza –a titular, Simone Tebet, está em viagem particular a São Paulo.

Mas o cálculo do impacto das medidas de ajuste nas regras de Previdência dos militares depende ainda de negociações não concluídas para a reestruturação no sistema de promoções das carreiras das Forças Armadas.
A fixação de uma idade mínima de 55 anos para os militares entrarem na reserva, como é chamada a aposentadoria nas Forças Armadas, é uma das medidas.

O pacote deve ter um impacto de cerca de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões em 2025. Já em 2026, o alívio é calculado em R$ 40 bilhões.

No último dia 17, Haddad disse que o pacote já estava pronto, dependendo de ajustes com o Ministério da Defesa. O ministro Fernando Haddad disse que a economia com a mudança na Previdência dos militares será um pouco superior a R$ 2 bilhões ao ano.

Uma das principais medidas do pacote de corte de gastos deve ser a limitação do ganho real do salário mínimo, com o objetivo de alinhar a política de valorização às regras do arcabouço fiscal -cujo limite de despesas tem expansão real de 0,6% a 2,5% ao ano.

Pela regra atual, o salário mínimo teria ganho real de 2,9% em 2025, conforme o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Em 2026, a alta seria acima de 3%, considerando as projeções para o crescimento neste ano.

O governo Lula prevê incluir no pacote de contenção de gastos uma medida para assegurar a possibilidade de bloqueio das emendas parlamentares para cumprir o arcabouço fiscal. Isso seria feito em caso de alta nas despesas obrigatórias.

Ainda está em discussão se a possibilidade de bloqueio das emendas será enviada em um projeto individual ou se constará nas iniciativas legais que já estavam em preparação. Segundo o ministro Fernando Haddad (Fazenda), o pacote deve incluir uma PEC (proposta de emenda à Constituição) e um projeto de lei complementar.

O pacote também deve incluir outras ações. O governo pretende fortalecer as ferramentas antifraude nos benefícios sociais, com foco na Previdência Social e no BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

No cardápio de medidas, ainda há estudo para mudanças no abono salarial, espécie de 14º salário pago a trabalhadores com carteira assinada e que ganham até dois salários mínimos (hoje, equivalente a R$ 2.824).

Nesta segunda, Haddad afirmou que o vale-gás também constará entre as medidas, e a estratégia é aprovar uma nova versão do texto sobre o tema que já está no Congresso. A equipe econômica também incluiu a discussão sobre o projeto de lei que restringe os supersalários no setor público no pacote. O texto está em tramitação no Senado.

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Moraes mantém delação de Mauro Cid sob sigilo

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morares decidiu nesta terça-feira (26) manter em sigilo o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Segundo o ministro, os depoimentos devem seguir em segredo de Justiça porque existem diligências em curso.

Na semana passada, Moraes decidiu manter a validade do acordo de delação premiada do ex-ajudante de ordens, que foi chamado para depor após ter negado em depoimento à Polícia Federal (PF) ter conhecimento do plano golpista para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.

Contudo, de acordo com as investigações da Operação Contragolpe, uma das reuniões da trama golpista foi realizada na casa do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022, e teve a participação de Mauro Cid.

Durante o depoimento, ex-ajudante de ordens prestou os esclarecimentos solicitados, e os benefícios da delação foram mantidos, entre eles, o direito de responder às acusações em liberdade.

No ano passado, Cid assinou acordo de delação premiada com a PF e se comprometeu a revelar os fatos que tomou conhecimento durante o governo de Bolsonaro, como o caso das vendas de joias sauditas e da fraude nos cartões de vacina do ex-presidente.

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Bolsonaro tentou ser kid preto por 2 vezes: 'Fui deixado pra trás'

Em 2019, durante uma sessão solene na Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro expressou sua frustração por não ter sido aprovado no curso de comandos das Forças Armadas. O evento, realizado em 15 de junho em homenagem ao Comando de Operações Especiais (Copesp), foi marcado por declarações do então presidente sobre os desafios de sua carreira militar. Bolsonaro relatou ter falhado em duas tentativas nos exames preparatórios, mencionando que não foi excluído por limitações físicas, mas por outros critérios. "Tentei por duas vezes fazer o curso de comandos, mas nos exames preparatórios, que não foram os físicos, fui deixado para trás", revelou.

O curso de comandos é associado aos "kids pretos", conhecidos popularmente como "caveiras", a elite do Exército Brasileiro. O apelido se refere ao gorro preto usado durante missões, e o grupo é reconhecido por sua excelência em infiltração, resistência à tortura e operações de guerra irregular. Vinculado ao Copesp, os "caveiras" seguem o lema: "qualquer missão, em qualquer lugar, a qualquer hora e de qualquer maneira". Durante o discurso, Bolsonaro destacou o respeito e admiração que tem pelo grupo e a importância de sua atuação estratégica.

Bolsonaro também exaltou o papel do Copesp na defesa nacional. Segundo ele, além de executar missões de alta complexidade, a unidade tem um papel dissuasório crucial. "Melhor do que uma boa operação é ter meios pela dissuasão de que o inimigo não ouse nos afrontar", afirmou, enfatizando a capacidade do grupo de proteger o Brasil contra ameaças.

Curiosamente, os membros do Copesp, que Bolsonaro elogiou em 2019, estariam sob investigação em 2022 por suposto envolvimento em uma tentativa de golpe. O fato adiciona uma camada de complexidade ao reconhecimento que o ex-presidente expressou pela unidade, que ele descreveu como essencial para a segurança do país.

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Dorival fala em preocupação com número de estrangeiros no futebol brasileiro

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LIVIA CAMILLO E LUCAS MUSETTI PERAZOLLI
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O técnico Dorival Júnior está preocupado com o número de estrangeiros no futebol brasileiro.

Dorival contestou o limite de nove estrangeiros nos clubes do Brasil. O treinador entende que esse fator pode prejudicar a formação de talentos no próprio pais.

O técnico da seleção brasileira fez o alerta durante o CBF Summit, evento que ocorre em São Paulo. Ele se direcionou ao presidente Ednaldo Rodrigues ao tocar no assunto.

Dorival Júnior usou o exemplo da Itália, que aumentou o limite de estrangeiros e ficou fora das duas últimas Copas do Mundo. Ele entende que o Brasil precisa repensar essa condição.

"A Itália abriu para a comunidade europeia. 11 jogadores nos seus clubes. Equipes com 11 atletas e nenhum formado na Itália. Ficaram fora de duas copas. Não perceberam quanto foi prejudicial. Estamos com nove autorizados. Nove estrangeiros. É um detalhe para rediscutir esse processo. De 20 clubes da Série A, 12 centroavantes são estrangeiros. Vamos ter problemas daqui a um ou dois anos porque não teremos quem vender. Jovens saem prematuramente. Eles finalizam formação em clubes europeus. Pagaremos preço alto daqui a pouco", falou o treinador.

A liberação de nove "gringos" ocorreu após votação unânime dos clubes em conselho técnico no mês de março.

Dorival citou Ednaldo, mas o presidente não teria como diminuir o número de estrangeiros de forma unilateral. O treinador gostaria que a CBF propusesse um debate para frear essa abertura.

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CBF divulga duas últimas rodadas do Brasileirão com jogos dos líderes no mesmo horário

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O campeão do Brasileirão de 2024 vai sair em uma quarta-feira ou em um domingo. A CBF divulgou nesta terça-feira as datas das duas últimas rodadas da competição com os quatro primeiros colocados jogando no mesmo dia e horário. Se a decisão vir de forma antecipada, o grito de campeão sairia 5 de dezembro, após os jogos das 21h30. Caso fique para a jornada final, todos embates começarão às 16 horas do domingo, dia 8.

A 37ª e penúltima rodada foi desmembrada em três dias, com Corinthians x Bahia abrindo a jornada na terça-feira, 3 de dezembro, às 20 horas, na Neo Química Arena. Os postulantes ao título jogam na quarta, 4, às 21h30. O Botafogo tem dura visita ao Internacional no Beira-Rio, enquanto o Palmeiras joga no Mineirão, diante do Cruzeiro. O Fortaleza também será visitante, diante do Atlético.GO.

A rodada ainda terá duas partidas na quinta-feira, em mais embates diretos na luta contra o rebaixamento, ambos às 20 horas. O Fluminense recebe o Cuiabá, às 20 horas, no Maracanã, enquanto o Red Bull Bragantino visita o Athletico-PR.

A última rodada do Brasileirão ocorre toda no dia 8 de dezembro - caso algum jogo não tenha disputa direta por nada, pode ser antecipado para o sábado, Mas, inicialmente, as 10 partidas finais foram agendadas para o domingo, com Flamengo e Botafogo jogando no Rio, o que pode causar problemas de segurança.

E as atenções estarão em Palmeiras x Fluminense, no Allianz Parque, além de Botafogo x São Paulo, no Engenhão, e Fortaleza x Internacional, no Castelão, hoje os quatro principais postulantes ao título.

CONFIRA AS DUAS ÚLTIMAS RODADAS DO BRASILEIRÃO:

37ª rodada

Terça-feira - 3/12

Corinthians x Bahia - Neo Química Arena - 20h

Quarta-feira - 4/12

Vasco x Atlético-MG - São Januário - 19h

Vitória x Grêmio - Barradão - 20h

São Paulo x Juventude - MorumBis - 20h

Criciúma x Flamengo - Heriberto Hülse - 20h

Internacional x Botafogo - Beira-Rio - 21h30

Cruzeiro x Palmeiras - Mineirão - 21h30

Atlético-GO x Fortaleza - Antônio Accioly - 21h30

Quinta-feira - 5/12

Fluminense x Cuiabá - Maracanã - 20h

Atlhetico-PR x Red Bull Bragantino - 20h

38ª rodada

Domingo - 8/12

16 horas

Grêmio x Corinthians - Arena do Grêmio

Atlético-MG x Athletico-PR - a definir

Bahia x Atlético-GO - Fonte Nova

Flamengo x Vitória - Maracanã

Botafogo x São Paulo - Engenhão

Palmeiras x Fluminense - Allianz Parque

Red Bull Bragantino x Criciúma

Fortaleza x Internacional - Castelão

Cuiabá x Vasco - Arena Pantanal

Juventude x Cruzeiro - Alfredo Jaconi

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Mascherano substitui Tata Martino no comando do Inter Miami de Messi: 'Um privilégio'

O que já era previsto se confirmou nesta terça-feira: o Inter Miami de Messi seguirá sob o comando de um técnico argentino. A equipe norte-americana oficializou a chegada de Javier Mascherano, que trocou a seleção argentina sub-20 pelo clube da Major League Soccer (MSL).

"O Inter Miami anuncia hoje que nomeou a lenda da Argentina e do FC Barcelona, Javier Mascherano, como seu treinador principal, assinando com ele um contrato até a temporada de 2027 da Major League Soccer (MLS). O argentino se junta após um período como treinador principal das seleções nacionais sub-20 e olímpica da Argentina, e assumirá as responsabilidades de treinador no Inter Miami após o recebimento de sua documentação de trabalho", anunciou o clube de Messi e Luiz Suárez.

Mascherano celebrou o acordo e promete muito empenho para repetir o sucesso do antecessor Gerardo 'Tata' Martino, que pediu demissão após dois títulos alegando problemas pessoais.

"Poder liderar um clube como o Inter Miami é uma honra para mim, e um privilégio que vou me esforçar para aproveitar ao máximo. Fui atraído pela ambição inegável da organização, e pela infraestrutura que ela tem para apoiá-la", comemorou Mascherano. "Estou ansioso para trabalhar com as pessoas do Inter Miami para ajudar o clube a atingir novos patamares, e dar aos fãs mais momentos inesquecíveis."

O ex-volante/zagueiro tem curta carreira como treinador. Mascherano começou na função justamente na seleção sub-20 da Argentina em dezembro de 2021. Mesmo iniciando sua jornada em um clube, ele chega aos Estados Unidos sob enorme respaldo e confiança.

"Este trabalho requer alguém com experiência para maximizar nossa coleção única de talentos, de nossas superestrelas globais, aos nossos jogadores em ascensão, aos nossos jovens internacionais e tudo o mais. Javier acumulou experiência inigualável em sua carreira, desde jogar nos maiores palcos do mundo até treinar no nível internacional juvenil", salientou Jorge Mas, gerente proprietário do Inter Miami.

"Ele tem a mistura de habilidades e experiência que estávamos procurando, e até teve experiência direta como treinador com Tomás Avilés, Facundo Farías, Federico Redondo e Benjamin Cremaschi. Acreditamos que Javier é uma adição importante ao nosso clube enquanto continuamos em nossa busca para estar entre a elite mundial, estabelecendo um novo padrão para o futebol na América do Norte", completou Mas.

O coproprietário David Beckham e o presidente de operações de futebol, Raúl Sanllehí, endossaram as palavras de Mas. "Ao longo de sua carreira como um dos melhores jogadores do mundo e como um técnico experiente, Javier sempre demonstrou o que o torna ótimo: determinação implacável com conhecimento, instintos e entendimento para apoiá-la. Estamos muito animados em recebê-lo para liderar nosso time", disse o ex-jogador inglês.

"À medida que continuamos a mirar alto como organização, estou animado para receber Javier e sua família em nossa equipe para que possamos construir este ambicioso projeto juntos", concluiu Raúl Sanllehí.

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Violência contra a mulher: 58% das vítimas no RN foram agredidas na frente dos filhos

A Justiça do Rio Grande do Norte registrou mais de 36,4 mil medidas protetivas a favor de mulheres vítimas de violência doméstica de janeiro de 2020 a agosto de 2024. Os dados são do projeto Marias – Radar da violência doméstica – que traça um perfil das vítimas e dos agressores.

De acordo com o painel, que é produzido com base em informações dos processos, mais de 8 mil mulheres, cerca de 58% das vítimas com formulários registrados no período relataram que sofreram atos de violência na frente dos filhos. 47% delas disseram que têm filhos com o agressor.

Cerca de 21% também relataram que vivam algum conflito em relação à guarda das crianças, visitas ou pagamento de pensão, no momento da agressão. Praticamente um quarto das vítimas disse que sofreu a violência durante gravidez ou no período de três meses após o parto.

Os tipos de violência sãos os mais diversos. Quando se trata de violência física, 22% das vítimas relataram que sofreram empurrão. Em segundo lugar vem tapa (17%), seguido de puxão de cabelo (14%,7), soco (14,6%) e chute (12,8%). Ainda há enforcamentos, pauladas, facadas e tiros, entre as violências registradas.

Os dados também mostram que a violência não tem classe social. Mais de 77% das mulheres vítimas da violência doméstica no estado não se consideram dependentes financeiramente dos agressores. Mais de 63% também informaram que não moram em bairro, comunidade ou área rural com risco de violência.

Por outro lado, o painel mostra que mais de 65% dos agressores fazem uso abusivo de álcool ou outras drogas. Ainda de acordo com as vítimas, mais de 32% desses agressores tinham acesso a armas de fogo.

Na segunda-feira (25) foi celebrado o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher, que visa o combate a esse tipo de violência.

Segundo o TJ, os dados do painel Marias são extraídos automaticamente dos processos judiciais de Medida Protetiva no sistema PJE e processados para remover informações que possam identificar as partes envolvidas.

“A violência doméstica e familiar contra a mulher é uma triste realidade que persiste em nossa sociedade, violando seus direitos fundamentais e comprometendo sua segurança e bem-estar. Esta forma de violência se manifesta de maneiras diversas, incluindo agressões físicas, sexuais, psicológicas e até mesmo homicídios. Diante dessa alarmante problemática, torna-se crucial identificar os fatores de risco associados e desenvolver medidas de prevenção e proteção para assegurar a segurança e a dignidade das mulheres”, diz o Judiciário na abertura do painel

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Após pedido de desculpas do Carrefour, fornecedores começam a suspender boicote

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GUSTAVO GONÇALVES E DANIELE MADUREIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os frigoríficos começaram a suspender boicote ao Carrefour após a publicação de uma carta de retratação assinada pelo CEO global da rede, Alexandre Bompard. A Masterboi informou nesta terça-feira (26) que retomará imediatamente o fornecimento de carne ao Carrefour Brasil.

Na sexta-feira (20), a empresa havia suspendido as entregas, aderindo a um boicote desencadeado por declarações de Bompard sobre a carne do Mercosul. "Sim, a retratação basta. Com a carta publicada agora pelo CEO do Carrefour, se desculpando, a Masterboi está voltando a fornecer à rede hoje", afirmou o frigorífico.

A Folha procurou a Minerva, que também aderiu ao boicote, mas a empresa preferiu não se manifestar. JBS e Marfrig também foram contatadas, mas ainda não responderam.

O Carrefour, porém, informou que o cronograma de entregas de produtos de carnes bovinas da JBS foi retomado no Atacadão, operação de atacarejo do grupo no Brasil responsável por 70% do faturamento do conglomerado. Em fato relevante divulgado ao mercado, o vice-presidente de finanças e diretor de relações com investidores do grupo francês no país, Eric Alexandre Alencar, disse que a companhia espera a normalização do reabastecimento de tais produtos no decorrer dos próximos dias.

A crise teve início após o CEO do Carrefour global anunciar que deixaria de comercializar carne oriunda do Mercosul -bloco que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A decisão foi recebida como um ataque ao setor agropecuário brasileiro, provocando reações de 23 frigoríficos nacionais, que interromperam as entregas ao Carrefour Brasil. Segundo fontes próximas ao frigorífico, na sexta (22) houve ordem para que os caminhões da JBS que estivessem em rota para lojas ou centros de distribuição do Carrefour suspendessem as entregas.

A suspensão da Masterboi, que fornece entre 400 e 450 toneladas mensais de carne à rede, já tinha reflexos visíveis: produtos do frigorífico deixaram de ser encontrados em algumas unidades do Carrefour na cidade de São Paulo, segundo apuração da Folha. Clientes relataram dificuldade para encontrar cortes fornecidos pela empresa.

Em sua carta de desculpas, Bompard disse que suas declarações sobre o boicote à carne do Mercosul foram mal interpretadas. Ele reforçou que a intenção do Carrefour não era questionar a qualidade da carne brasileira, mas, sim, apoiar os agricultores franceses em meio a uma crise local. "Lamentamos muito que nossa comunicação tenha sido recebida como um questionamento à nossa parceria com a produção agropecuária brasileira ou como uma crítica a ela", disse.

A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) celebrou o pedido de desculpas de Bompard e o reconhecimento da qualidade da carne nacional. "A excelência do produto e do produtor brasileiro foi devidamente reconhecida, e esperamos que as operações da rede francesa sejam completamente restabelecidas", afirmou a entidade.

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