Padilha pode se tornar o ministro da Saúde com mais tempo no cargo desde a redemocratização

Ministro da Saúde

(FOLHAPRESS) - O ministro Alexandre Padilha, que assumirá o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade, pode se tornar a pessoa com mais tempo no cargo desde a redemocratização. Atualmente, ele ocupa a terceira posição no ranking de longevidade à frente da pasta, tendo exercido a função por 1.129 dias durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

À frente dele estão José Serra, da gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB), com 1.422 dias, e José Gomes Temporão, do segundo mandato de Lula (PT), com 1.386 dias. Primeira mulher a ocupar o cargo, Nísia aparece na sexta colocação, com 786 dias no posto completados nesta terça-feira (25).

No início da noite desta terça, a mudança no comando da Saúde foi anunciada oficialmente pelo Palácio do Planalto em uma curta nota, em que afirmou que Padilha tomará posse após o Carnaval. Como a Folha antecipou na semana passada, Lula já havia avisado a aliados que substituiria a ministra.

A gestão de Nísia tem sido alvo de queixas tanto de membros do Congresso como do Palácio do Planalto, além do próprio presidente, que cobra a criação de uma marca forte na área da saúde.

Como a Folha mostrou, há uma avaliação no Palácio do Planalto de que, num momento de queda de popularidade do presidente, o Ministério da Saúde tem potencial para apresentar e implementar políticas públicas de maior visibilidade, entre elas o Mais Acesso a Especialistas.

O programa promete reduzir filas e ampliar o acesso da população a exames e consultas especializadas nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. Auxiliares de Lula apostam que, sob nova direção, essa iniciativa pode ser uma vitrine e virar uma marca da gestão petista.

A ministra da Saúde intensificou sua agenda desde o final do ano passado para impulsionar o programa Mais Acesso a Especialistas e divulgar a estratégia de combate à dengue.

Nos últimos dois anos, sua gestão foi marcada por críticas, crises sanitárias e pela pressão do centrão para ampliar sua influência sobre o orçamento da pasta. Apesar desse cenário, Lula a defendeu publicamente, ressaltando seu perfil técnico ao assumir o cargo.

O Ministério da Saúde foi procurado para comentar, mas não respondeu até a conclusão deste texto.

Em 2023, ao iniciar sua gestão, a ministra destacou que aquele seria um ano de retomada, priorizando o resgate de programas emblemáticos das gestões petistas, como a retomada do Mais Médicos e do Farmácia Popular.

Durante seu mandato, também foram criadas a Secretaria de Saúde Digital e um departamento específico para imunizações. No entanto, este último enfrentou críticas recorrentes devido à falta de vacinas, incluindo a da Covid-19.

O desgaste político da ministra atingiu seu ápice no primeiro trimestre de 2024, diante da epidemia de dengue, da situação crítica dos hospitais federais do Rio de Janeiro e do embate com o Centrão por causa de emendas parlamentares.
A crise sanitária causada pela maior epidemia de dengue já registrada no país levou à incorporação da vacina contra a doença.

No início do ano, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já havia tornado públicas as queixas do Centrão sobre o ritmo de liberação de emendas e supostos privilégios concedidos pela Saúde a aliados do governo. Em resposta, o ministério afirmou que adota critérios técnicos.

Para amenizar as críticas políticas, inclusive as vindas de dentro do governo, a pasta promoveu mudanças no primeiro escalão, substituindo dois dos oito secretários, além de realizar trocas no gabinete e na equipe de comunicação da ministra.

Além de relançar programas da gestão anterior, como Farmácia Popular e Mais Médicos, e implementar iniciativas como a incorporação de novas vacinas e a criação do Programa Mais Especialistas, o Ministério da Saúde também aumentou o número de cirurgias realizadas através do Programa Nacional de Redução de Filas.

Houve melhorias na estrutura dos hospitais federais do Rio de Janeiro. Na área de imunização, o Brasil conseguiu ampliar a cobertura de 15 das 16 vacinas do calendário infantil, saindo da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas.

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Bolsonaro associa turma do STF a 'câmara de gás' e diz que pode morrer na prisão

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) sob a acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro (PL) disse nesta terça-feira (25) ver sua condenação como provável se considerar as condições atuais e que a primeira turma da corte, responsável pelo seu caso, é conhecida como "câmara de gás".

"Se você analisar uma turma com a outra, essa turma que eu estou, tem um apelido, né? Câmara de gás. Entrou ali...", disse em entrevista ao jornalista Leo Dias. Questionado sobre quem teria apelidado o grupo dessa forma, respondeu: "É o que a gente ouve falar por aí".

A denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Bolsonaro deverá ser julgada na Primeira Turma do STF, onde atua o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Ela é formada ainda pelos ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.

Os dois ministros indicados pelo ex-presidente em seu mandato, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, integram a Segunda Turma do Supremo.

Bolsonaro disse na entrevista que conversa atualmente com 4 dos 11 integrantes da corte.

Ele afirmou que, se for condenado por todos os crimes de que é acusado, com penas que podem somar mais de 40 anos, pode morrer na prisão.

Durante a entrevista, Bolsonaro voltou a se defender das acusações de tentativa de golpe de Estado e a minimizar sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Disse que seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, cuja colaboração premiada foi divulgada na última semana, "foi torturado" psicologicamente por Moraes em depoimentos. O ministro ameaçou decretar sua prisão, revogar a delação e seguir com investigações que atingiriam seus familiares, caso o militar não falasse a verdade.

"Na Lava Jato, um comportamento muito mais ameno do que esse serviu para anular a Lava Jato. [...] No meu caso tem dez vezes mais nulidades", argumentou. Questionado se estava defendendo Cid, o ex-presidente disse que não o atacaria e que se coloca no lugar dele.

"Cid era o muro das lamentações, todo mundo ligava para ele. [...] Acho que ele se empolgou com essa missão, tinha o excesso de iniciativa, queria resolver sem consultar. Mas foi de boa fé", declarou.

Bolsonaro minimizou os áudios extraídos de celulares de alguns dos acusados de participar da trama golpista. Em um deles, o general da reserva Mario Fernandes, ex-chefe dos chamados "kids pretos" do Exército, afirma que "o decreto é real e foi despachado ontem com o presidente" e pede "movimento".

"Tem algum áudio comigo?", perguntou. Ele então afirmou que "foram estudadas hipóteses de estado de sítio", mas que, se fosse realmente publicar decreto, teria que ter convocado conselhos, e não chegou nem nessa fase.

O ex-presidente foi acusado no último dia 19 pela PGR (Procuradoria-Geral da República) de praticar os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em uma organização criminosa.

Somadas, as penas máximas chegam a 43 anos de prisão, sem contar os agravantes, além da possibilidade de ele ficar inelegível por mais tempo do que os oito anos pelos quais foi condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2023.

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Gilmar elogia denúncia da PGR contra Bolsonaro e diz que delação de Cid está lastreada em fatos

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), elogiou os trabalhos da Polícia Federal e da da PGR (Procuradoria-Geral da República) no relatório e na denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 33 envolvidos pela trama golpista.

"É um relatório da Polícia Federal muito sólido, com uma farta documentação, se você olhar os filmetes, as reuniões, as pessoas tramando. Impressiona. O que tornou a denúncia também bastante concatenada. Um plano para matar o presidente, o vice-presidente, matar um ministro do Supremo, prender outros, fazer uma intervenção...", disse o decano da corte nesta terça-feira (25).

O ministro também afirmou que a delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid também tem materialidade e está respaldada pela investigação.

Bolsonaro foi denunciado na última terça-feira (18) pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sob acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado, após perder as eleições de 2022, para impedir a posse de Lula (PT).

Desde que firmou a delação, em setembro de 2023, Cid promoveu alguns episódios de vaivém em suas declarações.

Gilmar foi crítico recorrente das delações firmadas no âmbito da Operação Lava Jato. Em sessão em 2023, por exemplo, comparou a tortura os acordos firmados com suspeitos presos.

O advogado de Bolsonaro Celso Vilardi se reuniu com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, na segunda-feira (24), e reafirmou que a equipe de defesa deve pedir a anulação da delação premiada de Cid.

O magistrado também fez comentários a respeito de outra demanda da defesa do ex-presidente. O advogado quer que as análises da denúncia e eventual julgamento sejam feitas pelo plenário completo, e não pela Primeira Turma da corte, como indica que fará o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.

O colegiado maior é formado pelos 11 magistrados, enquanto as turmas têm cinco ministros cada. A expectativa até o momento é que o caso fique na turma integrada pelo relator e pelos ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.

Na quarta (26), Vilardi tem uma audiência marcada no gabinete de Moraes, quando também deve levar demandas da defesa do ex-presidente.

As defesas dos denunciados já questionaram a parcialidade do ministro Alexandre de Moraes para relatar o caso, dado que ele foi um dos principais alvos da trama, inclusive com o plano de assassinato contra ele.

Além disso, Celso Vilardi relatou a Barroso do pedido de impedimento dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin para atuar nos casos. Os dois foram indicados pelo presidente Lula ao Supremo.

Gilmar Mendes disse que o Supremo não pode ser muito concessivo com pedidos de impedimento de integrantes por se tratar de um colegiado pequeno.

"Se nós formos muito concessivos nessa matéria, daqui a pouco falta gente para julgar. A gente julga todas as questões. Os ministros pagam Imposto de Renda. Então amanhã não pode julgar a matéria de Imposto de Renda, porque você supõe que sejam pessoas que têm interesse", afirmou.

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Lula decide substituir Nísia por Padilha no Ministério da Saúde

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta terça-feira (25) substituir a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que está no cargo desde janeiro de 2023. O substituto será o atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que já foi ministro da Saúde entre 2011 e 2014.

Em nota, o Palácio do Planalto disse que Lula comunicou a saída de Nísia em reunião na tarde desta terça-feira. A posse de Padilha está marcada para o dia 6 de março.

“O presidente agradeceu à ministra pelo trabalho e dedicação à frente do ministério”, diz a nota.

Padilha

Nascido em São Paulo (SP), em 14 de setembro de 1971, Alexandre Rocha Santos Padilha é médico infectologista formado pela Universidade de São Paulo (USP), com doutorado em Saúde Pública pela Universidade de Campinas (Unicamp). Também atua como professor universitário.

Deputado federal reeleito pelo PT de São Paulo, está licenciado do cargo para compor a equipe ministerial do presidente Lula. Também foi ministro nos governos Lula (2009-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014), tendo chefiado as pastas das Relações Institucionais e da Saúde, respectivamente. Ainda assumiu as mesmas pastas durante a gestão de Fernando Haddad (2015-2016) na Prefeitura de São Paulo.

Despedida

Pouco antes da formalização da troca no ministério, Nísia participou de cerimônia no Palácio do Planalto onde anunciou uma vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. Já em clima de despedida, ela foi a primeira a falar, pediu que os secretários da pasta ficassem de pé para serem aplaudidos por seu trabalho e foi ovacionada por servidores presentes no evento.

Em nota divulgada na última sexta-feira (21), Nísia avaliou que a pasta, sob o comando de Lula, vem cumprindo com o compromisso de reestruturar o SUS e de cuidar da saúde da população “com resultados concretos”, citando feitos como 100% dos medicamentos do programa Farmácia Popular com gratuidade e o aumento da cobertura vacinal no país após mais de seis anos de quedas consecutivas.

Antes de assumir a Saúde, em janeiro de 2023, Nísia Trindade ocupava o posto de presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde 2017.

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Governo de SP edita áudio de fala de Tarcísio e exclui trecho sobre denúncia de Bolsonaro

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A gestão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), editou o áudio de uma entrevista dele a jornalistas e deixou de fora a fala do mandatário em que classifica a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como "forçação de barra".

Procurada, a assessoria do governo ainda não se manifestou sobre o corte desse trecho da fala.

O conteúdo foi publicado no Soundcloud oficial do governo do estado, como é costume depois de eventos oficiais. Na manhã desta terça-feira (25), o mandatário esteve em evento de entrega de uma praça em Mogi das Cruzes (SP).

Questionado pela imprensa sobre a denúncia de Bolsonaro, Tarcísio afirmou que as provas colhidas pela Polícia Federal e reveladas pelo Fantástico, da TV Globo, não têm conexão.

Tarcísio afirmou que ainda ouviu os áudios obtidos pela PF e que "nada que é apresentado mostra uma conexão". As declarações foram dadas em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, onde o chefe do Executivo estadual participou da entrega de uma praça.

"Está se criando uma maneira de responsabilizar pessoas que não tem responsabilidade. A gente não pode partir para esse tipo de vulgarização, isso é perigoso, isso cabe para o inimigo público número 1 hoje, vai caber para o inimigo número 1 de amanhã", declarou o governador.

Nas últimas semanas, ao defender Bolsonaro, Tarcísio tem acumulado distorções e omissões sobre o golpismo do ex-presidente. O governador já disse, por exemplo, que o ex-presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado democrático de Direito.

Ao longo de seu mandato, Bolsonaro tentou minar a credibilidade do processo eleitoral, sem apresentar indícios de irregularidades, e insuflou apoiadores que pediam golpe. Ele também consultou chefes das Forças Armadas sobre a possibilidade de ações golpistas após a derrota eleitoral em 2022, segundo depoimento dos próprios.

O ex-presidente também proferiu seguidos ataques e ameaças contra o STF, numa aparente tentativa de minar o sistema de freios e contrapesos que limitavam seu poder. Além disso, recusou-se a reconhecer o resultado da eleição, mesmo sem haver indícios de irregularidades, e a passar a faixa para seu sucessor.

Apesar de negar a possibilidade de concorrer à Presidência em 2026, Tarcísio é visto por aliados como o melhor quadro da direita para disputar o Planalto, caso o ex-presidente continue inelegível.

Como mostrou a Folha, interlocutores dizem ter ouvido do próprio governador que ele aceita concorrer ao cargo, se esse for o desejo de Bolsonaro.

"Não tenho falado com ninguém, não sou candidato, não tenho interesse, e as pessoas próximas devem falar pelos seus próprios interesses. Não serei candidato", disse Tarcísio após a revelação de suas conversas reservadas.

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Tarcísio diz que denúncia da PGR contra Bolsonaro é 'forçação de barra' e 'revanchismo'

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) classificou a denúncia envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sob acusação de tramar um golpe de estado como "forçação de barra" e "revanchismo".

"Não faz sentido nenhum, é uma forçação de barra, o que você tem hoje é uma questão de revanchismo", disse.

Tarcísio afirmou que ainda ouviu os áudios obtidos pela PF (Polícia Federal) e que "nada que é apresentado mostra uma conexão". As declarações foram dadas em Mogi das Cruzes, na Grande SP, onde o chefe do Executivo estadual participava da entrega de uma praça.

Bolsonaro foi acusado pela PGR de praticar os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em uma organização criminosa.

Somadas, as penas máximas chegam a 43 anos de prisão, sem contar os agravantes, além da possibilidade de ele ficar inelegível por mais tempo do que os oito anos pelos quais foi condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

EVIDÊNCIAS

Nas 272 páginas da denúncia, há robusta evidência em relação aos episódios relacionados à chamada "minuta do golpe" e ao conjunto de ações e declarações de Bolsonaro e aliados contra as urnas eletrônicas -sem que houvesse indicativo mínimo de fraude.

No casos desses dois temas, documentos, atos públicos, ações concretas e depoimentos reduzem a margem para interpretações diversas.

Versões da "minuta do golpe", os documentos preparados para sacramentar a ruptura institucional e evitar a posse de Lula (PT), foram encontradas na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, na sala em que Bolsonaro usa no PL, seu partido, e em dispositivo eletrônico de Mauro Cid, ex-chefe da ajudância de ordens de Bolsonaro e delator da trama.

Além dos documentos, a delação de Cid e os depoimentos dos então comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Junior, apontam que essa minuta foi apresentada aos chefes das Forças Armadas, em busca de adesão, em ao menos duas reuniões -em 7 de dezembro de 2022, pelo próprio Bolsonaro, e em 14 de dezembro, pelo ministro da Defesa, o general da reserva Paulo Sérgio.

O próprio Bolsonaro admitiu em entrevistas mais recentes que chegaram a ser propostos e avaliados estados de defesa e de sítio, que em sua visão seriam instrumentos legítimos que, se fossem levados adiante, passariam pelo crivo de instituições como o Congresso e os conselhos da República e da Defesa.

Os instrumentos e conselhos, porém, estão previstos na legislação para serem acionados em casos excepcionalíssimos, como guerra ou grave convulsão social, situações que não se apresentavam no final de 2022.

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Raquel Lyra deve anunciar saída do PSDB e filiação ao PSD de Kassab

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(FOLHAPRESS) - A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, deverá anunciar ainda nesta terça-feira (25) sua filiação ao PSD. A mudança de partido marca o início de uma debandada no PSDB, legenda pela qual ela foi eleita em 2022.

A cerimônia de filiação de Raquel Lyra ao PSD está marcada para a noite do dia 10, no Recife, após o Carnaval. A governadora já teria informado a seus aliados sobre a decisão na noite de segunda-feira (24).

Atualmente, o PSDB tem três governadores: além de Raquel, em Pernambuco, são filiados à sigla Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, e Eduardo Riedel, em Mato Grosso do Sul. Os dois permanecem na legenda.

Raquel Lyra negocia uma ida para o PSD, de Gilberto Kassab, há algum tempo. Ela vai comandar o diretório da legenda em Pernambuco. O MDB também foi cogitado como destino, mas a governadora bateu o martelo pela filiação ao PSD.
Lideranças do PSDB estão se reunindo com dirigentes do MDB, do Podemos e do PSD para discutir uma união partidária.

A junção com o PSDB fará com que a bancada da agremiação com quem se aliar dê um salto, já que o partido tem 13 deputados federais e três senadores. O aumento terá reflexo também no fundo partidário, proporcional ao número de parlamentares de cada legenda.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, a polarização em Pernambuco entre a governadora e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), é marcada pela indefinição de alianças partidárias e políticas visando as eleições de 2026.

Enquanto a governadora vai tentar a reeleição, o prefeito do Recife é cotado para ser o nome da oposição na disputa pelo governo estadual.

Aliados avaliam que, se a eleição fosse hoje, não teriam dúvidas da candidatura, mas dizem que João Campos ainda tem mais de um ano pela frente e que, nesse período, o cenário pode mudar.

Um indício de que o prefeito pretende disputar a eleição estadual foi o fato de escolher o ex-chefe de gabinete e amigo pessoal Victor Marques (PC do B) como vice na sua chapa nas eleições de 2024.

O vice-prefeito eleito poderá assumir a prefeitura em caso de renúncia de João Campos em abril de 2026 para ser candidato ao governo.

Na esfera estadual, Raquel tem como prioridade para 2025 a entrega de obras e a tentativa de fortalecer o governo politicamente. A avaliação interna é a de que é preciso deslanchar neste ano, inclusive com ações concretas na região metropolitana do Recife, para se sobrepor à alta popularidade de Campos.

A gestão Raquel também aposta que o prefeito terá uma oposição mais contundente na Câmara Municipal, podendo gerar questionamentos sobre a qualidade da gestão municipal, mesmo após uma reeleição dele com 78% dos votos válidos.

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Dilma 'responde bem' a tratamento por inflamação em Xangai

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A ex-presidente Dilma Rousseff "responde bem" ao tratamento a que está submetida após ser internada em Xangai, na China, afirma uma nota à imprensa divulgada pela equipe da ex-presidente na madrugada desta terça-feira, 25.

Segundo o informe, o quadro médico de Dilma é uma neurite vestibular, um distúrbio causado por uma inflamação no nervo do equilíbrio. A alta da ex-presidente está prevista "para os próximos dias", sem previsão específica.

Dilma foi hospitalizada na sexta-feira, 21, após uma crise de pressão alta. A ex-presidente comanda o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como o "Banco dos Brics".

O Brics é um grupo de países formado, originalmente, por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em janeiro de 2024, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã foram admitidos como membros do bloco. O mandato de Dilma na instituição está previsto até 2030.

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Dino responde advogado de Bolsonaro e diz que STF dará direito a ampla defesa

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino disse que Jair Bolsonaro (PL) terá direito a ampla defesa e classificou como absolutamente normal o pedido dos advogados do ex-presidente para que ele não seja um dos ministros a julgar o processo sobre a trama golpista de 2022.

"Absolutamente normal que o advogado apresente o que ele desejar, e claro que o colegiado vai decidir. Não é uma decisão pessoal minha", afirmou.

O ministro foi questionado sobre a ação movida pelo advogado Celso Villardi, que representa o ex-presidente, pedindo que ele e Cristiano Zanin, indicados à corte pelo presidente Lula, não participem do julgamento.

Ambos integram a Primeira Turma do STF, que irá julgar a denúncia contra o ex-presidente.

"Eu não conheço essa petição, essa alegação. Agora, uma coisa eu afirmo: o Supremo é composto por 11 ministros, todos chegaram lá do mesmo modo, indicados por presidentes da República", disse antes de palestra para novos estudantes de direito na PUC-SP.

Como informou a coluna Mônica Bergamo, Vilardi se reuniu nesta segunda (25) com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e comunicou que vai apresentar uma petição para que Dino e Zanin os dois não participem do julgamento do ex-presidente.

Dino e Zanin foram indicados pelo presidente Lula (PT) no ano passado para integrar o STF. Mas a razão principal apontada pela defesa é a de que ambos moveram ações na Justiça contra Bolsonaro _Dino como parte, e Zanin como advogado.

Dino apresentou queixa-crime contra Bolsonaro em 2021, quando ainda era governador do Maranhão. Na época, o então presidente tinha dado uma entrevista à rádio Jovem Pan afirmando que Dino não queria ceder a Polícia Militar para "fazer uma segurança mais aberta minha" em uma visita que faria ao Estado.

"O Gabinete de Segurança Institucional resolveu, né, decidiu, ele decide, abortar essa minha ida para Balsas [no Maranhão]", disse então Bolsonaro. Dino afirmou que "além de indecorosas e manifestamente inverídicas, as manifestações propagadas em programa de rádio com amplitude nacional pelo querelado caracterizam crime de calúnia".

Cristiano Zanin assinou pelo menos quatro representações contra Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022, quando ele disputava a Presidência da República contra Lula: uma por fake news e três pedindo direito de resposta.

Na época, ele representava a Coligação Brasil da Esperança, que reunia os partidos que apoiavam a candidatura do petista.

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