Gasto militar sob Lula tem mais investimento e menos despesa com pessoal

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os gastos militares brasileiros melhoraram de perfil nos dois primeiros anos do governo Lula (PT), mas as distorções que marcam as despesas do nevrálgico setor permanecem intocadas.

Na gestão do ministro José Mucio Monteiro, a pasta aumentou a taxa de investimento e viu cair o gasto com pessoal, algo raro na série histórica do setor. Não houve nenhuma revolução e é preciso avaliar o desempenho nos próximos anos, mas é uma novidade.

Em 2022, último sob Jair Bolsonaro (PL), o Brasil colocou 6,8% de seu orçamento de defesa em investimentos. No ano passado, foram 7,4%. Em valores corrigidos pela inflação, a rubrica passou de R$ 8,6 bilhões para R$ 9,2 bilhões.

O pagamento de ativos e inativos caiu de 80% para 78,2% do total, passando de R$ 101 bilhões para R$ 96,6 bilhões, basicamente um efeito da falta de reajuste à categoria. Já os servidores civis terão aumento neste ano, com impacto de R$ 17,9 bilhões na folha de pagamento.

Todos os dados são do sistema de acompanhamento da execução orçamentária federal do Senado, o Siga Brasil, e do Tesouro. Eles refletem não a previsão anual apenas, mas o que de fato foi gasto: valores autorizados pagos e os chamados restos a pagar, sobras de outros anos.

A melhora de perfil parece marginal, mas em contas públicas qualquer casa decimal pesa muito. Houve momentos anteriores de melhora de perfil, mas eles refletiam manobras orçamentárias.

Em 2019, por exemplo, o orçamento militar teve um incremento devido à capitalização de uma empresa para fabricar fragatas leves para a Marinha.

O drible para tirar do antigo teto de gastos o programa, feito em 2018 pelo governo Michel Temer (MDB), criou um quadro ilusório em que havia 73% de gasto de pessoal, 7,5% de investimento e 6,8%, da manobra. O governo Bolsonaro tentou ampliar a prática, mas não conseguiu.

Em todos esses exercícios fiscais, o restante da despesa é o chamado custeio, os demais gastos correntes. Em 2022 estavam em 13,2% do orçamento total; agora em 2024, subiram a 14,2%, ou R$ 17,6 bilhões. No total, o gasto com defesa caiu neste biênio, passando de R$ 126,8 bilhões para R$ 123,4 bilhões.

Apesar das relativas boas notícias, problemas da composição dos gastos no setor persistem. A despesa com pessoal segue num patamar inaudito em outros países. Inativos respondem por 60% dessa fatia, outra distorção.

As tentativas de lidar com a questão, como a reforma previdenciária dos militares de 2019 e o projeto que será analisado pelo Congresso neste semestre alterando parâmetros de aposentadoria dos fardados, não terão o condão de mudar o quadro geral -para isso, um modelo privilegiando soldados profissionais temporários seria uma alternativa de longo prazo.

O debate ocorre de forma truncada, com as queixas da Marinha acerca das novas regras previdenciárias quase levando à demissão de seu comandante. Mucio, que passou dois anos equilibrando as tensas relações entre a caserna e Lula, quis sair do governo, mas foi demovido por ora.

Sobre investimentos, o padrão brasileiro pode ter melhorado, mas está abaixo do considerado ideal pela régua da Otan, a aliança militar do Ocidente, que preconiza 20% do orçamento de defesa para equipamentos e programas.

Em 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia, apenas 8 dos então 28 membros do clube cumpriam isso. Com tudo o que ocorreu de lá para cá, em 2024 só 3 dos agora 32 integrantes da Otan não atingem a meta. A Polônia, em franco rearmamento, é a recordista, com 51%. Os EUA, a maior potência militar do planeta, marcam 30%.

Isso para não falar na meta total de gastos, estipulada desde 2006 em 2% do PIB de cada país pela Otan, que agora Donald Trump pressiona para chegar a irreais 5%. Ainda assim, se há dez anos só três países da aliança chegavam lá, agora são 23, cortesia de Vladimir Putin. O Brasil segue patinando em torno de 1%.

Há também questões ligadas às práticas políticas brasileiras. Como a Folha mostrou, o programa Calha Norte virou um depositário de emendas parlamentares de execução opaca para obras que estão longe de qualquer meta ligada à defesa nacional.

Em 2023, o Calha Norte, sempre um figurante, virou o terceiro programa mais fornido. Em 2024, ficou em quarto, com R$ 720 milhões gastos. Como são valores semelhantes aos gastos em 2023, mesmo retirando a ação da conta geral o perfil do gasto segue igual.

A situação é tão insólita que Lula anunciou, em agosto, que passaria o Calha Norte para o Ministério do Desenvolvimento Regional. A reportagem questionou a Defesa sobre o andamento disso e o que aconteceria com o buraco orç

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Entenda o ajuste que está sendo desenhado pelo governo para evitar aumento na tarifa de Itaipu

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O governo federal está desenhando uma solução para o impasse envolvendo a tarifa de Itaipu, depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu um prazo final para um desfecho para a questão, sob o risco de aumentar o valor pago por consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste pela energia da usina.

Se a iniciativa não prosperar, a tarifa de repasse do empreendimento pode ter uma alta de 6% do lado brasileiro, de acordo com cálculos da agência reguladora, o que levaria o Ministério de Minas e Energia (MME) a descumprir promessa feita de que a cobrança será mantida em US$ 17,66 por quilowatt ao mês (kW.mês) mesmo que o valor de US$ 19,28 kW.mês tenha sido acordado junto ao Paraguai para permanecer vigente até 2026.

A diferença tem sido paga por uma espécie de "cashback" que prevê o reembolso do valor pendente por meio de desconto no investimento feito no Brasil pela usina. O problema é esse montante não será suficiente para cobrir o déficit da conta de comercialização em 2024. O custo de cessão, que é a parcela extra paga pelos brasileiros pela energia da usina que não é usada pelos paraguaios, também precisará ser coberta.

Neste contexto, o governo quer evitar o aumento da tarifa para fazer frente a estes custos usando o "bônus Itaipu", que ocorre quando a conta de comercialização de energia da hidrelétrica tem saldo positivo. Hoje, a regra obriga o repasse desse bônus na forma de desconto aos consumidores brasileiros residenciais e rurais que tiveram consumo inferior a 350 quilowatts-hora (kWh). Este foi, inclusive, o responsável pela derrubada na inflação de janeiro.

De acordo com o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, essa estratégia será mantida e apenas parte do recurso que se converteria em futuros descontos será usada para compensar o montante que falta na tarifa de repasse. Segundo ele, o MME já enviou um decreto que autoriza o uso de parcela do montante total do bônus para validação da Casa Civil.

Ao Broadcast Energia, a Aneel esclareceu os R$ 1,5 bilhão considera uma disponibilidade de recursos que se dará ao longo de 2024 e está associada à recomposição de empréstimos realizados para distribuidoras nos anos de 2021 e 2022, e não incluem os R$ 1,3 bilhão, que já foram distribuídos em janeiro.

Alternativa possível

Para o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, do ponto de visto do consumidor, a medida é "neutra" já que, se prosperar, não alterará o valor pago nas contas de luz. Ele pondera que, se o governo quisesse diminuir a tarifa, poderia fazê-lo aumentando o cashback que está sendo feito via redução dos repasses para obras socioambientais feitas com o orçamento da usina, ainda que não tenham ligação direta com a hidrelétrica.

Ele lembra ainda que a tarifa de Itaipu deveria ter diminuído com a quitação do financiamento para a construção da usina, que ocorreu em 2023, o que não ocorreu. O valor usado nessas obras não é administrado, no caso do Brasil, "diretamente pelo governo brasileiro, sem passar por nenhum dos checks and balances dos recursos públicos", reforça.

Para Angela Gomes, diretora técnica da PSR, a redução das despesas discricionárias da usina é, de fato, uma das opções que poderiam ser consideradas e, do ponto de vista da forma, dependeria apenas de ajustes no orçamento do empreendimento. "Teria só que se fazer refletir no orçamento quanto que a parte brasileira tem para fazer investimento socioambiental e quanto seria esse cashback", avalia.

A especialista avalia ainda que Itaipu deverá continuar gerando "um pouco abaixo da média", o que pode levar o mesmo debate a ocorrer no ano que vem, já que o déficit está relacionado à geração da usina em 2024.

Impasse legal

De acordo com a Aneel, o cálculo da tarifa bônus e a regra de repasse têm como fundamento a Lei nº 10.438, de 2002, o Decreto nº 11.027, de 2022, além dos Procedimentos de Regulação Tarifária (Proret).

Por estar previsto em lei, as primeiras informações sobre o decreto para um uso distinto do bônus geraram dúvidas quanto à necessidade de alteração na legislação.

A advogada Laura Souza, do escritório Machado Meyer, no entanto, afirma que a lei prevê apenas que "parcela" do resultado da comercialização de energia de Itaipu será destinada ao bônus: "a lei não fala que é todo o resultado. E ela fala que é mediante regulamentação do Poder Executivo".

A jurista lembra ainda que o detalhamento é feito por decreto, de modo que um possível questionamento quanto à forma "não é uma tese que deve prosperar no Judiciário". (Colaborou Renan Monteiro)

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Palmeiras e São Paulo empatam sem gols em clássico de pouca emoção

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Palmeiras e São Paulo ficaram no 0 a 0 na noite deste domingo (16), no Allianz Parque, pela 10ª rodada do Campeonato Paulista, em partida de poucas chances e muitos erros de passes e finalizações.

O primeiro tempo foi morno, enquanto a segunda etapa foi mais movimentada, mas com pouca emoção. No entanto, nenhuma das equipes conseguiu aproveitar as chances para abrir o placar.

As equipes respeitaram um minuto de silêncio em homenagem ao meia Gabriel Popó, do XV de Jaú, que morreu após sofrer um mal súbito no alojamento da equipe, na manhã de hoje.

O Alviverde continua fora da zona de classificação do Grupo D, com 17 pontos, dois atrás da Ponte Preta, vice-líder.

Já o Tricolor Paulista lidera o Grupo C com 16 pontos, e está com a vaga garantida para a próxima etapa do Paulistão.

O próximo adversário do Palmeiras será o Botafogo-SP, no Allianz Parque. As equipes se enfrentam pela 11ª rodada do Paulistão, na quinta-feira (20), às 19h30 (de Brasília).

O Tricolor retorna ao Morumbis -após duas semanas- para enfrentar a Ponte Preta, na quarta-feira, às 21h35, também pelo estadual.

O primeiro tempo entre Palmeiras e São Paulo foi equilibrado, com pouca criatividade e muitos erros de ambos os lados. O Alviverde teve mais posse e ocupou melhor os espaços no campo de ataque, mas sofreu com a marcação forte dos visitantes. Inclusive, a equipe comandada por Abel Ferreira teve uma baixa logo nos primeiros minutos de partida, por uma dividida forte de Ruan em Maurício. O atacante levou a pior e foi substituído por Estêvão, que iniciou a partida no banco após apresentar quadro febril durante a semana por uma amidalite.

A segunda etapa foi mais animada, com boas chances para as equipes abrirem o placar, mas faltou efetividade. As mudanças promovidas pelos técnicos deixaram o jogo mais aberto e com mais movimentação. Lucas saiu do banco de reservas e, em menos de dois minutos no gramado, teve duas oportunidades para inaugurar o marcador, mas parou nas mãos de Weverton. O Palmeiras teve duas oportunidades claras, ambas com Flaco López, mas o atacante também desperdiçou.

Estêvão entra em campo com menos de 5 minutos. Maurício levou a pior após uma dividida com Ruan, que acertou o atacante do Palmeiras com um chute no ombro esquerdo. O jogador ficou caído por alguns minutos sentindo muitas dores, e o médico do Verdão fez o sinal de substituição. Estêvão, que começou a partida no banco após apresentar um quadro de amidalite, entrou no lugar do camisa 18.

Finalização de fora da área. Em boa jogada que começou no meio de campo, o São Paulo buscou espaço, Luciano recebeu de André Silva na intermediária e, com liberdade, arriscou bomba de longe. Weverton apenas acompanhou a finalização, que passou à esquerda do gol.

Primeiro chute certo saiu só no segundo tempo. No primeiro chute certo do Choque-Rei, Richard Ríos arriscou de longe, mas sem tanta força. Rafael se agachou para fazer a defesa, sem dar chance de rebote para o Palmeiras.

Assustou! Piquerez cruzou da ponta esquerda, Igor Vinícius desviou e chegou firme em Flaco López. Com Alan Franco atrasado na marcação, o centroavante cabeceou livre, para baixo, mas a bola pingou no gramado e passou raspando pelo travessão.

Weverton na ponta dos dedos. Em ligação direta de Arboleda, Mayke tentou afastar, mas acabou desviando para trás de cabeça. Lucas dominou na ponta esquerda, em velocidade, rabiscou para dentro da área e chutou cruzado de canhota. Weverton se esticou todo e conseguiu desviar a bola com a ponta dos dedos.

Rafael espetacular. Aníbal Moreno driblou dois marcadores na ponta direita, Marcos Rocha apareceu no lance para cruzar de primeira, e Flaco subiu mais do que a defesa do Tricolor para cabecear firme, em direção ao chão. No reflexo, Rafael fez a defesa, e a bola passou por cima do travessão.

Lambança na zaga. Quase a defesa do São Paulo entregou o primeiro gol para o Palmeiras, aos 32 minutos da 2ª etapa. Marcos Rocha cobrou lateral direto para a área, a zaga tricolor errou o tempo de bola e não conseguiu cortar. Mesmo desequilibrado, Flavo López girou e chutou, mas Ruan bloqueou na hora certa.

FICHA TÉCNICA

Palmeiras 0 x 0 São Paulo
Campeonato Paulista - 10ª rodada
Data: 16/02/2025 (domingo)
Horário: 18h30 (de Brasília)
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza
Assistentes: Neuza Ines Back e Danilo Ricardo Simon Manis
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral
Público: 37.985
Renda: R$ 3.730.200,50
Amarelos: Enzo Díaz,

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Centrão descarta desembarque, mas pressiona Lula a acelerar reforma ministerial após pesquisa

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Lideranças do centrão descartam a possibilidade de desembarque do governo Lula (PT) por ora, mas ampliam a pressão para que o petista conclua a reforma ministerial após pesquisa Datafolha que mostrou queda acentuada na aprovação do presidente.

Especulações sobre uma ampla troca na Esplanada circulam desde o segundo semestre do ano passado. Com a crise de popularidade, esses integrantes de partidos que fazem parte da base de Lula no Congresso Nacional avaliam que está crescendo o risco de aliados perderem o interesse de assumirem ministérios.

A se concretizar, a situação representaria um clima de mal-estar absoluto com os parlamentares, e as pautas do governo dependem de uma base coesa para aprová-las.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14) mostrou que a aprovação de Lula desabou em dois meses, de 35% para 24%, chegando a um patamar inédito para o petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde, passando de 34% a 41%.

A visão de que é preciso urgência na reforma ministerial se dá ainda por dois motivos: os que são cotados para as trocas estão há meses sangrando, sem uma definição, o que acaba ampliando o desgaste com aliados; e há o prazo de desincompatibilização do cargo, em abril do ano que vem, o que daria cada vez menos tempo para um eventual novo ministro no posto.

Assim, um líder de partido aliado de Lula diz que o ideal é que realize a reforma até o Carnaval, enquanto o Congresso ainda está em banho-maria. Senão, começará o ano Legislativo com mal-estar na base.

Essas lideranças citam ainda que a reforma ministerial deve ser mais ampla do que o que vem sendo cogitada, porque Lula está politicamente fragilizado e precisaria mostrar uma mudança estrutural em seu governo.

A primeira mudança que integrantes do centrão defendem é no Palácio do Planalto, onde seria ainda mais simbólica ao acabar com um cordão petista no entorno de Lula. Atualmente, tanto a Casa Civil como a Secretaria-Geral e a Secretaria de Relações Institucionais são comandadas por correligionários: Rui Costa, Márcio Macêdo e Alexandre Padilha, respectivamente.

O nome do chefe da Casa Civil acaba surgindo com maior força diante das críticas à coordenação do governo, mas parlamentares admitem ser improvável que Lula troque Rui.

Diante disso, uma possibilidade aventada pelo centrão é colocar Padilha na Saúde, no lugar de Nísia Trindade, alvo do bloco político há tempos.

Nessa configuração, no lugar de Padilha nas Relações Institucionais ficaria um nome mais alinhado ao Congresso na pasta, como o de Isnaldo Bulhões (MDB-AL), aliado do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Em outra frente, lideranças do centrão defendem ainda trocas em outros ministérios em que há problemas de políticas sociais, no entendimento deles, como Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Agrário e Educação. Muitas destas pastas têm os maiores orçamentos da Esplanada e hoje estão sob o comando de petistas.

Parlamentares aliados reclamam que muitas medidas prometidas para a população não foram ainda entregues, como a isenção de imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. Em outra frente, admitem o desgaste trazido com os ataques da oposição ao Pix, sobretudo o vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

Entre a oposição, bolsonaristas aproveitaram a crise na aprovação do presidente para reforçar os chamados para manifestação por pedido de impeachment no dia 16 de março.

Até mesmo um senador de oposição admitiu que é remota essa possibilidade, mas que é preciso começar os chamamentos para ampliar a pressão.

Para os partidos do centrão, que comandam as duas Casas e têm a maioria dos cargos, essa possibilidade hoje não está no cenário. Uma liderança não governista desse campo político, por outro lado, diz que hoje levar adiante um processo seria difícil, mas que no passado era impossível.

Como mostrou a Folha, integrantes do próprio governo já esperavam aumento pela pressão da reforma ministerial como forma de abrir mais espaço para os partidos e criar uma blindagem ao governo.

Esta seria a fórmula para, politicamente, conseguir avançar pautas no Congresso importantes para o Executivo e não ter surpresas da oposição nas Casas.

Do ponto de vista de aprovação, um rearranjo na Esplanada não garantiria melhora imediata. Aliados de Lula dizem que é preciso mudar o que não está favorecendo, sobretudo, eleitorado trabalhador: reduzir o preço dos alimentos; adotar medidas com foco nos informais; e apresentar o projeto do IR (Imposto de Renda), promessa de campanha.

No governo, há avaliação é de que é preciso ainda melhorar o eixo da comunicação. Interlocutores do presidente citam como, por exemplo, a gratuidade de 100% dos medicamentos do Farmácia Popular, anunciado nesta semana, além de queda no dólar e menor taxa de desemprego da história. E isso precisa chegar na ponta.

No início do ano, Lula trocou a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), tirando o deputado Paulo P

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Italo Ferreira brilha na WSL Abu Dhabi, conquista título inédito e se torna número 1 do mundo

Abu Dhabi foi palco de mais um feito histórico no surfe mundial. Neste domingo (16), o potiguar Italo Ferreira venceu a segunda etapa do Circuito Mundial de Surfe (WSL), realizada em uma piscina de ondas nos Emirados Árabes Unidos, e assumiu a liderança do ranking da liga.

Na grande final, Italo enfrentou o indonésio Rio Waida e garantiu o título com um somatório expressivo de 17.27 pontos, fruto de duas performances espetaculares, com notas 8.67 e 8.60. O resultado reforça sua consistência na temporada e marca a primeira vitória de sua carreira em uma competição realizada em piscina artificial.

Com a conquista, o campeão olímpico e mundial não apenas adiciona mais um troféu à sua coleção, mas também assume o posto de número 1 do mundo, consolidando-se como um dos grandes nomes do surfe competitivo em 2025.

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ANÁLISE ‘O ANTAGONISTA’: O fim do governo Lula

Por Rodolfo Borges – O Antagonista

O governo Lula vem perdendo popularidade desde que começou, e chega agora, no início de seu terceiro ano, ao pior nível de aprovação em todas as pesquisas.

Nos números do instituto Datafolha, a aprovação de 24% é a pior dos três mandatos presidenciais do petista, mais baixa até do que os 28% registrados no ápice da crise do mensalão, em 2005.

No caso do primeiro grande escândalo de corrupção do PT, Lula conseguiu reverter o cenário e se reelegeu em 2006. Ficou daquela época a impressão de que a oposição vacilou ao não insistir no impeachment do presidente, o que permitiu que ele se recuperasse.

Outros tempos

Neste governo, tudo parece diferente. A estratégia de Lula de aquecer a economia por meio de intensos gastos públicos, que levou a taxa de desemprego a recorde de baixa, não se reverteu em gratidão da população, o que tinha ocorrido em seus dois primeiros mandatos.

A oposição agita mobilização para um impeachment, mas, apesar da baixa popularidade do presidente, não parece haver clima popular para interromper o governo antes do fim. Além do mais, a sensação é de que o governo já acabou — e 62% não o querem como candidato em 2026, segundo o Ipec.

Lula gastou mais do que devia nos dois primeiros anos de mandato e, mesmo assim, não satisfez nem seus próprios eleitores. Depois de o discurso de melhorar a comunicação não ter mostrado qualquer efeito no prestígio do presidente, as soluções que circulam são mais gasto público.

Cofre sem fundo

O plano de isentar de Imposto de Renda quem recebe até 5 mil reais de salário segue de pé, apesar de o governo não ter garantia de uma contrapartida para abrir mão da receita de ao menos 50 bilhões de reais — a taxação de “super ricos” seria uma alternativa não garantida de compensação.

Também já se fala em facilitação de crédito e na distribuição gás gratuito para 22 milhões de famílias, e os governistas depositam esperanças na volta do Pé-de-Meia, programa de incentivo aos estudantes que o Tribunal de Contas da União (TCU) tinha bloqueado por estar fora do Orçamento.

Todas essas medidas teriam como efeito impulsionar a inflação, que o governo Lula diz querer combater para reduzir o preço dos alimentos, e, consequentemente, pressionar para cima a taxa básica de juros.

Melhores?

A situação é tão ruim que Lula teve de apelar ao único argumento que restou ao seu governo, e que foi o que levou a sua eleição em 2022: “Nós somos melhores que os outros para governar este país”.

Os petistas se escoram nas pesquisas de intenção de voto que indicariam o presidente como favorito para a sucessão de 2026. Mas os números de Lula não são tão bons assim, a eleição ainda está longe e a perspectiva é de ainda mais desgaste para o presidente — há uma recessão a caminho, e isso não se evita ou se mascara com contabilidade criativa.

A questão agora é se Lula chegará a 2026 em condição de se apresentar como candidato, sob o risco de não conseguir limpar sua biografia após ser preso — a verdadeira razão pela qual concorreu em 2022 — e ainda jogar o país na pior crise desde que empurrou Dilma Rousseff para governar o Brasil.

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Bolsonaristas surfam em queda de popularidade de Lula, mas veem 2025 difícil para ex-presidente

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BRUNO RIBEIRO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apesar da expectativa de que a pesquisa Datafolha desta sexta-feira (14) impulsione a manifestação bolsonarista marcada para 16 de março, auxiliares e aliados de Jair Bolsonaro (PL) avaliam que são baixas as chances de o movimento criar condições para um eventual impeachment de Lula (PT) e veem outras dificuldades para o ex-presidente neste ano.

A pesquisa mostrou uma queda de 11 pontos em dois meses no percentual de brasileiros que aprovam o governo Lula, de 35% para 24%. A reprovação também é recorde, passando de 34% a 41%.

Desde sexta-feira, quando o levantamento foi divulgado, Bolsonaro retomou os ataques ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e às urnas, um tipo de discurso que ele não fazia publicamente havia meses, mas que costuma ressoar entre seus apoiadores.

Paralelamente, as redes sociais da extrema direita intensificaram postagens convocando para o protesto do dia 16, amplificado por postagem de Elon Musk, dono do X e integrante do governo de Donald Trump nos Estados Unidos.

Na noite de sexta-feira (14), o bilionário compartilhou na rede social uma publicação que mencionava o ato.

Em entrevista ao canal de YouTube Brazil Talking News neste sábado (15), Bolsonaro disse que vai ao ato e mencionou a pauta do impeachment.

"Vai ser o quê? Anistia e as questões nacionais. Outros vão ser impeachment, outros vão ser outro assunto qualquer. Colabore, participe", disse.

Os gestos públicos de Bolsonaro nos últimos dias contrastam com a postura que ele vinha adotando até então, com acenos para reduzir tensões com outros agentes políticos e buscar uma solução negociada para sua inelegibilidade.

O ex-presidente havia apoiado a eleição do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que chegou a dizer que os atos do dia 8 de janeiro não foram um "golpe".

Bolsonaro também buscou se reaproximar de antigos desafetos, como Gilberto Kassab, presidente do PSD, cuja bancada poderia ser decisiva em uma votação sobre anistia.

No entanto, tanto bolsonaristas quanto políticos do centrão avaliam que uma possível denúncia de Bolsonaro ao STF (Supremo Tribunal Federal) sob acusação de participação na trama golpista no fim de seu mandato deve enfraquecer qualquer tentativa de discutir um projeto de anistia no Congresso.

A live do ex-presidente neste sábado foi interpretada por um aliado paulista como um sinal de que Bolsonaro aposta na mobilização popular para recuperar seus direitos políticos.

Para esse auxiliar, a impopularidade de Lula revelada pelo Datafolha, a expectativa de apoio de Trump (e de seu aliado Elon Musk) e o fechamento da janela para a anistia são três fatores que levam Bolsonaro a se voltar à agitação popular.

Contudo, outro auxiliar do ex-presidente vê dificuldades para o grupo expandir as manifestações para pautas que vão além dos pedidos de anistia e alcancem setores fora do chamado "bolsonarismo-raiz".

A avaliação é que o derretimento da popularidade de Lula está relacionado a uma frustração de expectativas da população, que esperava da gestão petista um aumento do poder de compra, mas tem convivido com a alta dos preços, uma pauta sem pontos de contato com temas ideológicos.

Como o governo já iniciou um "freio de arrumação" e começou a fazer mudanças, esse bolsonarista avalia que ainda há tempo para Lula reverter o cenário de impopularidade.

Além disso, sua leitura é que a baixa popularidade, por si só, não seria suficiente para criar condições que levassem a classe política a embarcar em um projeto de impeachment do atual presidente.

Segundo a coluna Painel, Bolsonaro e e aliados definiram como mote para os atos marcados para 16 de março "Fora Lula 2026, anistia já".

No caso dos Estados Unidos, já há um trabalho conjunto de bolsonaristas e trumpistas para fabricar escândalo envolvendo Lula e a administração de Joe Biden.

Neste sábado, em transmissão ao lado do filho Eduardo (deputado federal pelo PL de São Paulo), o ex-presidente acusou o TSE de ter recebido recursos do exterior para financiar uma campanha voltada a estimular jovens de 16 a 18 anos a tirarem o título de eleitor.

"Eles [TSE] fizeram uma campanha, aí sim, pode ter dinheiro de fora", disse Bolsonaro. Segundo ele, essa faixa etária tem mais eleitores de esquerda, e a campanha do tribunal teria favorecido Lula nas eleições.

As afirmações, sem qualquer evidência, ecoam alegações que vêm sendo divulgadas por bolsonaristas e trumpistas de que a agência americana Usaid financiou a vitória do petista no Brasil durante o governo Joe Biden.

O escândalo fabricado se tornou um exemplo eloquente da união da direita populista global sob o novo mandato de Trump.

Bolsonaro teve a inelegibilidade declarada pelo TSE pelo uso político do 7 de Setembro e por reunião no Palácio da Alvorada em que Bolsonaro divulgou ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral brasileiro

Política 15/02/2025 Notícias no Minuto
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Neymar compra nova mansão com vista para o mar em Santos; fotos

Imagem da mansão de Neymar em Santos

Neymar adquiriu uma mansão no Morro Santa Terezinha, área nobre de Santos, para facilitar sua rotina como jogador do Santos. Antes, o craque morava em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio de Janeiro, e utilizava um helicóptero particular para se deslocar até o centro de treinamento Rei Pelé. O imóvel, que possui vista para o mar, piscina com borda infinita e paredes de vidro com vista para a orla, foi projetado com uma decoração sofisticada, conforme imagens divulgadas pela arquiteta Rafaella Bittencourt.

O condomínio onde o jogador passará a residir é conhecido por sua exclusividade e já teve moradores ilustres, como Pelé. Mansões na região podem chegar a R$ 35 milhões. Neymar já possui propriedades no Guarujá e em Santos, mas optou pela nova residência devido à proximidade com o clube, tornando sua rotina mais prática.

Com a mudança, Neymar poderá economizar nos custos de transporte. Atualmente, ele gasta cerca de R$ 7 mil por dia apenas para abastecer a aeronave nos trajetos de ida e volta entre Mangaratiba e Santos. A aquisição da mansão elimina a necessidade dessas viagens diárias e reforça sua conexão com a cidade que marcou o início de sua carreira.

Fonte: Clique Aqui

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Corinthians reserva oscila e cede empate à Portuguesa em volta ao Pacaembu

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LIVIA CAMILLO
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O time reserva do Corinthians empatou com a Portuguesa por 2 a 2 neste sábado (15), na Mercado Livre Arena Pacaembu, pela 10ª rodada do Campeonato Paulista.

Jajá e Maceió marcaram os gols da Lusa, um em cada tempo. Matheus Bidu e Talles Magno balançaram as redes para os visitantes, ambos nos 45 minutos finais.

Esse foi o retorno do Corinthians ao Pacaembu após seis anos. O estádio passou por uma grande reforma após privatização.

Classificado antecipadamente, o Timão segue na liderança absoluta da tabela e do Grupo A, com 26 pontos.

A Portuguesa fica em segundo no Grupo B, com 10 pontos. O resultado é bom para o Santos, que pode entrar na zona de classificação da chave neste domingo (16), caso vença o Água Santa.

As equipes voltam a campo no meio de semana, mas por competições diferentes. O Timão visita a Universidad Central de Venezuela, em Caracas, pela pré-Libertadores, na próxima quarta-feira (19). Já a Lusa recebe o São Bernardo no Pacaembu, pela 11ª rodada do Paulistão, na quinta.

Como foi o jogo
O Corinthians quase não teve poderio ofensivo durante os primeiros 45 minutos, enquanto a Portuguesa criou as melhores oportunidades. A Lusa assustou em dois lances, inclusive com uma bola na trave, antes de abrir o placar com o Jajá, aos 38 minutos. A equipe alvinegra demorou para entrar no jogo e teve muita dificuldade na troca de passes.

Já na segunda etapa, o Timão retornou elétrico ao gramado, chegou a virar o palcar, mas cometeu erros defensivos e levou o empate. O Corinthians fez 1 a 1 antes dos 10 minutos, em boa jogada de Matheus Bidu. Talles Magno buscou o campo a todo momento e virou o placar de pênalti. No entanto, em nova bobeira da zaga, a equipe alvinegra sofreu o empate.

Gols e destaques
Donelli em cima do lance. Lucas Hipólito arriscou um chute rasteiro e cruzado da intermediária, com categoria. A bola passou por entre as pernas de dois adversários, assustando Donelli, que precisou se esticar todo para evitar o gol da Lusa.

No um contra um. Talles Magno recebeu lançamento na medida perto da meia-lua, gingou para cima do marcador e finalizou de perna esquerda por baixo. O goleiro defendeu em dois tempos.

Lusa assustou o Timão no contra-ataque. Talles fez bom lançamento para Renan Peixoto, que ganhou de Cacá na corrida pelo corredor direito. Peixoto finalizou rasteiro, no cantinho esquerdo, mas a bola foi para a linha de fundo. Donelli estava firme no lance.

Bola na trave! Jajá errou um domínio na intermediária, mas salvou o lance no toque seguinte, mandando de canhota uma finalização bem colocada. A bola subiu e explodiu na trave direita de Donelli, que sequer se mexeu.

Jajá abre o placar para a Portuguesa. A Lusa balançou a rede em bela jogada dentro da área do Corinthians. Talles cruzou da direita, Maceió ajeitou de peito para trás. Jajá apareceu para finalizar de canhota de fora da área no canto esquerdo de Donelli, que não alcançou.

De Talles para Romero. Talles abriu espaço pelo meio, entre dois marcadores, e enfiou para Romero na entrada da área. O camisa 11 dominou e ajeitou para bater no cantinho, mas colocou força demais no chute. A bola explodiu na placa de publicidade ao lado da trave direita de Rafael Santos.

Bidu deixa tudo igual no Pacaembu. Na volta do intervalo, o Timão estava elétrico e buscando o gol. Talles Magno recebeu de Igor Coronado entre as linhas de marcação da Portuguesa e deu ótimo passe em profundidade para o lado esquerdo da área. Com pouco ângulo, o lateral finalizou por baixo de Rafael Santos, que se posicionou mal, e empatou o jogo.

Talles vira para o Timão e dança. Talles Magno invadiu a área pela esquerda, pedala para cima do xará Talles, levou para o fundo e é derrubado por carrinho do lateral da Portuguesa. O atacante chamou a responsabilidade e cobrou o pênalti. Rafael Santos nem saiu na foto. A comemoração foi com a tradicional dancinha.

Maceió deixa tudo igual de novo. Talles arrancou em velocidade pela direita e cruzou rasteiro da entrada da área. Rildo não alcançou, Maceió recebeu pelo meio, finaliza de primeira e mandou no cantinho esquerdo para deixar tudo igual.

FICHA TÉCNICA

PORTUGUESA 2 x 2 CORINTHIANS

Data e horário: 15 de fevereiro, às 18h30 (de Brasília)
Competição: 10ª rodada do Campeonato Paulista
Local: Mercado Livre Arena Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitra: Daiane Muniz
Assistentes: Evandro de Melo Lima e Daniel Luis Marques
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral
Público

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