
Sem ser perguntada sobre Dudu, Leila Pereira decidiu fazer repetidas críticas ao jogador. O evento em que o Palmeiras apresentou a Sportingbet como sua nova patrocinadora nesta segunda-feira, foi a primeira oportunidade para a presidente falar o que queria - mas não podia até o ano passado - sobre o atacante, que deixou o clube em dezembro "pela porta dos fundos", segundo a dirigente.
Dudu não gostou, é claro, da declaração de Leila e a resposta foi imediata e sem decoro. "O caminhão estava pesado e mandaram eu sair pelas portas do fundos. Minha história foi gigante e sincera diferente da sua, sra Leila Pereira. Me esquece", respondeu ele, com xingamentos, em uma publicação no Instagram. "Vai tomar no c...". Não vai ter tréplica. Leila não usará, como fez o atleta, suas redes sociais para voltar a falar sobre o assunto.
O desentendimento público é novidade, mas os dois não se dão bem há algum tempo, desde junho do ano passado, quando o jogador pediu pra sair, acertou verbalmente com o Cruzeiro, mas recuou, pressionado por amigos e integrantes da organizada Mancha Alviverde.
O que poucos sabiam é que, passada a negociação frustrada, Dudu não deixou um dia de conversar com Alexandre Mattos, diretor de futebol do Cruzeiro, para acertar sua transferência ao clube que o revelou, o que aconteceu em dezembro do ano passado, depois de rescindir com o Palmeiras.
Leila resolveu falar o que pensa de Dudu nesta segunda e deixou claro que se incomodou com o "prejuízo de milhões" que Dudu deu ao clube ao sair de graça em dezembro e não em junho, quando o Palmeiras receberia R$ 20 milhões por sua venda.
Em uma década no Palmeiras, Dudu construiu uma idolatria incomum nos dias atuais e se tornou, para muitos torcedores, o maior jogador do time paulista neste século. Mas só defendeu o clube, ironicamente, graças à ajuda de Leila.
Em 2015, a equipe deu o famoso "chapéu" em Corinthians e São Paulo e comprou o jogador, muito valorizado à época. Dois anos depois, a empresa, patrocinadora por dez anos, investiu R$ 12,5 milhões para que o Palmeiras pudesse comprar 50% dos direitos econômicos do atacante.
Em 2020, quando o atacante decidiu ir jogar no Al Duhail, do Catar, o Palmeiras pegou cerca de R$ 7 milhões dos R$ 43 milhões que recebeu do time catari e repassou à Crefisa para reduzir o débito. A dívida com a empresa de Leila chegou a ser de quase R$ 200 milhões e hoje não existe mais. O clube conseguiu quitá-la no ano passado.
Leila revelou que, quando o jogador teve outras oportunidades de sair do Palmeiras, em 2018, o clube só conseguiu mantê-lo novamente com o auxílio da patrocinadora. Foi a Crefisa, diz ela, que pagou luvas para o atleta, que recusou proposta milionária do Shandong Luneng, da China, à época, teve aumento de salário e o contrato renovado. "Exigiu-se o valor para ele ficar no Palmeiras e a Crefisa pagou luvas para ele ficar. Nem sei que clube chinês que estava atrás dele", recordou-se Leila.
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