Inflação fecha 2024 em 4,83% e estoura teto da meta

(FOLHAPRESS) - A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), fechou o acumulado de 2024 em 4,83%, segundo dados divulgados nesta sexta (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A alta veio após variação de 4,62% em 2023.

O resultado de 2024 confirma o estouro do teto da meta de inflação, definido em 4,5%. Assim, o novo presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, terá de escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O documento deve explicar os motivos que levaram ao descumprimento do alvo, que tinha centro de 3% e intervalo de tolerância de 1,5% (piso) a 4,5% (teto).

Galípolo será o autor da oitava carta desde a adoção do sistema de metas, em 1999 -o seu antecessor, Roberto Campos Neto, escreveu duas.

A variação de 4,83% veio praticamente em linha com a mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 4,84%, segundo a agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 4,7% a 4,91%.

Em 2023, o primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a inflação havia fechado abaixo do teto da meta, que era de 4,75%.
O resultado registrado à época (4,62%) veio após dois anos consecutivos de estouro do objetivo, em 2022 (5,79%) e 2021 (10,06%), durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

RESULTADO MENSAL

No recorte mensal, a inflação acelerou a 0,52% em dezembro de 2024, apontou o IBGE. A taxa havia sido de 0,39% em novembro.

Analistas do mercado esperavam IPCA de 0,53% para o último mês do ano passado, conforme a mediana de pesquisa da Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 0,42% a 0,6%.

CENÁRIOS DE 2024 E 2025

Em 2024, a inflação foi influenciada pela carestia dos alimentos, que vinham de trégua em 2023. Os preços ficaram mais altos em meio a problemas climáticos que reduziram a oferta de parte das mercadorias.

O dólar teria gerado impacto adicional. A moeda americana em elevação estimulou exportações de itens como carnes, provocando reflexos na oferta interna, segundo analistas.

Eles também citam a demanda aquecida com a melhora do mercado de trabalho como um dos fatores responsáveis pela pressão nos preços.

Em 2025, as previsões indicam que a inflação dos alimentos pode ficar menor com a ampliação esperada para a safra agrícola. O país, contudo, ainda deve enfrentar desafios no controle de diferentes preços.

Dólar alto, impacto do desemprego baixo na demanda por serviços, pressão na gasolina e reajustes já confirmados em tarifas do transporte público fazem parte dessa lista.

Para o IPCA de 2025, as projeções do mercado estão em 4,99%, conforme a mediana do boletim Focus mais recente, divulgado pelo BC na segunda (6).

MUDANÇA NA META

O centro da meta de inflação segue em 3% neste ano, com intervalo de tolerância de tolerância de 1,5% (piso) a 4,5% (teto).

Há, porém, uma mudança: o BC passa a perseguir o objetivo de forma contínua. Isso significa que o chamado ano-calendário, de janeiro a dezembro, será abandonado após 2024.

No modelo contínuo, a partir deste ano, a meta será considerada descumprida quando a variação do IPCA em 12 meses ficar por seis meses seguidos fora do intervalo de tolerância (1,5% a 4,5%). O índice está acima do teto desde outubro.

O sistema de metas funciona como âncora para a condução da política monetária do BC. Com o aumento das expectativas de inflação, a instituição passou a subir a taxa básica de juros, a Selic, que está em 12,25% ao ano.

A medida busca esfriar a demanda por bens e serviços e, assim, reduzir a pressão sobre os preços. Analistas esperam Selic de 15% ao final de 2025, de acordo com o Focus.

O possível efeito colateral do aperto monetário é a desaceleração da atividade econômica. Os juros elevados dificultam o consumo e os investimentos produtivos.

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Haddad desmente fake news criadas sobre taxação de Pix, compra de dólares e pets

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentiu na noite da quinta-feira, 9, um vídeo falso e manipulado que foi publicado nas redes sociais em que ele parece dizer que o plano do governo é "taxar tudo", incluindo "cachorrinhos de estimação". O ministro também desmentiu, em vídeo publicado no perfil do Ministério da Fazenda, a cobrança de impostos sobre o Pix.

Segundo Haddad, esses conteúdos são mentirosos e, às vezes, se misturam com algum fato verdadeiro para confundir a opinião pública.

"A única coisa verdadeira desse vídeo que está circulando é que, de fato, as empresas, os cassinos virtuais, chamadas bets, que são casas de apostas que lucram uma montanha de dinheiro, essas casas de apostas vão ter que pagar impostos devidos como qualquer outra empresa instalada no Brasil. Fora isso, é tudo falso", esclareceu Haddad, em vídeo publicado nas redes sociais.

O ministro disse que é mentira que o governo vá cobrar impostos sobre o Pix, sobre a compra de dólar ou sobre animais de estimação.

No vídeo manipulado que circula nas redes sociais, Haddad fala na criação de um imposto "do cachorrinho de estimação", de um imposto "pré-natal" para mulheres grávidas e de um imposto "das bets".

O conteúdo foi alterado com uso de inteligência artificial, como mostrou o Estadão Verifica.

Haddad reforçou que a disseminação de fake news traz uma série de inseguranças para a população.

"Pessoal, vamos prestar atenção, está circulando uma fake news, prejudica o debate público, prejudica a política, prejudica a democracia. Essas coisas estão circulando e nem sempre as pessoas têm tempo de checar as informações", afirmou ele. "Então, fica ligado, deixa a mentira de lado e vamos seguir com o Brasil para frente."

Receita Federal e Pix

Mais cedo, o Ministério da Fazenda já havia feito uma publicação rebatendo notícias que circulam nas redes sociais dizendo que o governo iria taxar o Pix.

"Não, a Receita Federal NÃO vai cobrar impostos sobre o Pix! O que está acontecendo é uma atualização do sistema de acompanhamento financeiro para incluir novos meios de pagamento, como o Pix", diz a pasta na publicação. "A Receita vai receber só valores globais das instituições financeiras, sem identificação individualizada de cada operação."

Em 1º de janeiro, entraram em vigor as novas regras da Receita Federal para a fiscalização de transferências financeiras.

A principal mudança foi a extensão do monitoramento de transações financeiras às transferências Pix que somam pelo menos R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.

Além das transações Pix, esses limites também valem para as operadoras de cartão de crédito e as instituições de pagamento, como bancos digitais e operadoras de carteiras virtuais.

Elas deverão notificar à Receita operações cuja soma mensal ultrapassa esse teto.

Os bancos tradicionais, as cooperativas de crédito e instituições que operam outras modalidades de transação já tinham de informar à Receita sobre esses valores.

O reforço na fiscalização de transferências via Pix e cartão de crédito não significa, porém, criação de impostos, esclareceu nesta semana a Receita Federal.

No comunicado, a Receita também explicou que o reforço na fiscalização não desrespeitará as leis que regulam os sigilos bancário e fiscal, sem identificar a natureza ou a origem das transações. "A medida visa a um melhor gerenciamento de riscos pela administração tributária, a partir da qual será possível oferecer melhores serviços à sociedade, em absoluto respeito às normas legais dos sigilos bancário e fiscal."

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Saiba quem pode pedir revisão do benefício do INSS em 2025

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(FOLHAPRESS) - Revisar um benefício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pode representar um aumento significativo na renda mensal do aposentado e o pagamento de atrasados (valores retroativos) de até cinco anos. É o momento de pedir a correção de um erro do instituto na hora de conceder o benefício ou a inclusão de direitos conquistados posteriormente, como em uma ação trabalhista.

Mas a lei estabelece um prazo para o segurado contestar seus direitos. São dez anos contados a partir da concessão. Em 2025, vence o prazo para quem se aposentou ou se tornou pensionista em 2015.

O prazo começa a contar a partir do primeiro dia do mês seguinte ao que o segurado recebeu o primeiro benefício. Por exemplo, quem começou a receber uma aposentadoria em janeiro de 2015, tem até o mês que vem para pedir uma revisão.

O aposentado ou pensionista vai precisar comprovar com documentos e cálculos que tem direito à correção e deve considerar consultar um especialista em direito previdenciário. Quando o pedido é feito, todo o processo de concessão do benefício será revisado. Se o INSS constatar que houve alguma falha no momento de calcular a aposentadoria ou pensão, pode tanto aumentar quanto diminuir o valor do benefício.

Recebeu o pagamento da primeira aposentadoria em - Último mês para pedir a revisão
Dezembro de 2014 - Janeiro de 2025
Janeiro de 2015 - Fevereiro de 2025
Fevereiro de 2015 - Março de 2025
Março de 2015 - Abril de 2025
Abril de 2015 - Maio de 2025
Maio de 2015 - Junho de 2025
Junho de 2015 - Julho de 2025
Julho de 2015 - Agosto de 2025
Agosto de 2015 - Setembro de 2025
Setembro de 2015 - Outubro de 2025
Outubro de 2015 - Novembro de 2025
Novembro de 2015 - Dezembro de 2025
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A correção deve ser pedida inicialmente no INSS, pelo telefone 135 ou no Meu INSS. É necessário ter um cadastro no Portal Gov.br para acessar a plataforma.

A Justiça pode ser acionada se necessário. Para ações judiciais de até 60 salários mínimos ou para processos abertos na Previdência Social, não há necessidade de advogado, mas é bom ter um defensor.

No Juizado Especial Federal, onde são abertos processos de até 60 salários, se o INSS recorrer, é preciso nomear um advogado em até dez dias. Na vara previdenciária comum, onde se propõe ações acima de 60 salários -chamadas de precatórios- é preciso ter advogado desde o início, para dar entrada no pedido.

É possível pedir uma revisão do benefício sempre que for para incluir tempo de contribuição e/ou salários na aposentadoria, como um tempo de CTPS não considerado, contracheques provando salários maiores, PPP para reconhecimento de tempo especial e reconhecimento de tempo rural.

As revisões do Buraco Negro -que atinge segurados que começaram a receber a sua aposentadoria entre 5 de outubro de 1988 e 5 de abril de 1991- e a do Teto -para benefícios concedidos entre 5 de abril de 1991 e 31 de dezembro de 2003 limitados pelo teto do INSS- não exigem o prazo de dez anos. Para ambas o Judiciário já reconheceu que há direito à correção, e o INSS fez o pagamento administrativamente. Quem julga ter direito mas não teve a correção pode fazer o pedido no INSS ou, caso não seja atendido, ir à Justiça.

Já quem trabalhava antes de o Plano Real entrar em vigor e contribuiu à Previdência Social em outras moedas além de reais antes de julho de 1994, perdeu o direito à revisão da vida toda. O Supremo Tribunal Federal decidiu que a tese que possibilitava a correção é inconstitucional, acabando com as chances de os aposentados entrarem na Justiça para aumentar a renda previdenciária.

Lucas Henrique P. Gomes, advogado especializado em direito previdenciário, afirma que uma das revisões possíveis é a da reafirmação da DER (data da entrada do requerimento) para quem pediu a aposentadoria e continuou trabalhando -e contribuindo- até ter o benefício concedido.

Segundo o especialista, é preciso avaliar se a melhor aposentadoria foi a concedida ou se, durante o processo administrativo de concessão, o segurado não conquistou direito a um benefício melhor.

Outra revisão é a da DIB (Data de Início do Benefício), para evitar que o segurado que preencheu os requisitos de aposentadoria, mas continuou trabalhando, não tenha o seu salário de aposentadoria prejudicado pelas contribuições feitas posteriormente.
Confira aqui outras revisões possíveis para aumentar a renda mensal.

O primeiro passo para identificar se algo não foi computado pelo INSS é olhar a carta de concessão do benefício. No documento consta a quantidade de tempo de contribuição, a relação de salários e a regra usada pelo instituto para o segurado.

Muitas revisões podem ser identificadas quando o tempo de contribuição que o segurado teria é maior do que o tempo que o INSS calculou ou quando

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Governo vetará tudo que afete meta fiscal no socorro a estados, diz Haddad

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse nesta quinta-feira (9) que o governo vai vetar trechos do projeto de socorro a estados que tenham impacto no resultado primário e, consequentemente, afetem o cumprimento da meta fiscal.

A proposta foi aprovada pelo Congresso e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem até a próxima segunda-feira (13) para vetá-lo ou sancioná-lo, integralmente ou com vetos parciais.

O governo vem fazendo reuniões com a presença de Lula para discutir o texto aprovado. O tema é delicado, já que a proposta foi patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) -Minas Gerais, estado pelo qual ele foi eleito, é um dos mais endividados.

"Tudo que tem impacto primário vai ser vetado. Era um acordo preliminar com o Congresso Nacional. O Congresso queria fazer a repactuação, foi uma iniciativa do próprio Congresso, mas o pressuposto da Fazenda era esse", disse Haddad, que não descartou a possibilidade de Lula "conversar com um ou outro parlamentar para tomar a decisão".

O ministro não detalhou quais dispositivos aprovados pelo Legislativo se encaixam na situação de veto, mas indicou a lógica perseguida pelos técnicos do governo.

A renegociação da dívida dos estados era uma bandeira de Pacheco, que defende a possibilidade de estados entregarem ativos (como empresas estatais) à União em troca do abatimento do estoque da dívida.

O Ministério da Fazenda chegou a lançar uma proposta alternativa, apelidada de "Juros por Educação", pela qual os estados teriam uma redução dos encargos da dívida em troca de mais investimentos no ensino técnico.

O modelo foi criticado por economistas, por prever aumento de gastos pelos estados. Ele acabou sendo reformulado para uma versão mais flexível durante a tramitação no Congresso.

"O Senado fez um projeto próprio, não era o projeto da Fazenda, e o presidente [Lula] está informado das diferenças", disse Haddad.

O ministro reconheceu que, mesmo que os dispositivos com impacto primário sejam vetados, a proposta tem impacto sobre as finanças estaduais e federais. Os estados terão espaço para ampliar gastos, mesmo sem novas fontes de arrecadação, e a União vai perder receitas financeiras, que ajudam na gestão da dívida pública. Ele não detalhou as estimativas do Ministério da Fazenda, mas disse que a pasta dará publicidade aos números.

Estimativa do economista Manoel Pires, coordenador do Centro de Política Fiscal e Orçamento Público do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), aponta um subsídio de R$ 48 bilhões anuais decorrente do projeto, podendo chegar a R$ 62 bilhões no primeiro ano. Isso reflete os encargos que a União deixará de receber dos estados após a renegociação.

A aprovação do chamado Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados) gera preocupação entre economistas, pois a redução do juro da dívida dos estados com a União piora a situação fiscal do governo federal e, ao mesmo tempo, cria disponibilidade adicional no caixa dos estados para incrementar gastos, a menos de dois anos da eleição de 2026.

Outro fator de risco é a expansão dos novos empréstimos. Como mostrou a Folha de S.Paulo, o governo Lula liberou R$ 51,2 bilhões em novos empréstimos a estados e municípios em 2024, segundo levantamento feito a partir de dados do Banco Central. O valor representa um aumento nominal de 18,1% em relação aos R$ 43,3 bilhões contratados em 2023 e consolida a guinada na política de financiamento aos governos regionais, movida principalmente por bancos públicos federais.

Questionado sobre os números e sobre eventual desaceleração das concessões de crédito, Haddad disse que o governo pode "rever esse tipo de distribuição de encargos".

"Eu avalio que nós vamos poder, em função da reforma tributária, em função da renegociação da dívida, rever esse tipo de distribuição de encargos, vamos dizer assim. Está sendo feita uma repactuação federativa de quem cuida do quê. A partir do momento em que nós vamos refazendo as contas sobre responsabilidade federativa, vai ter que haver uma redistribuição também do protagonismo de cada ente federado em relação às suas próprias finanças. É uma repactuação que vai ter implicações", disse o ministro.

"Nada contra a descentralização de recursos, desde que, com isso, as responsabilidades também sejam reconsideradas. Mas isso vai ser feito com calma, porque os efeitos são de médio e longo prazo", acrescentou.

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Sem aprovação de lei, tabela do IR fica congelada em 2025

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Sem a aprovação da reforma do Imposto de Renda (IR), que só deverá ser enviada ao Congresso após a votação do Orçamento de 2025, a tabela progressiva fica congelada neste ano. Quem ganha mais de R$ 2.824, pouco menos de dois salários mínimos, pagará o tributo.

No fim de novembro, o governo tinha anunciado a intenção de elevar a faixa de isenção para R$ 5 mil, na segunda fase da reforma tributária, que trata do IR. Em troca, o governo pretendia introduzir uma alíquota em torno de 10% sobre os rendimentos mensais acima de R$ 50 mil, que compensaria o impacto fiscal do aumento do limite de isenção.

Originalmente anunciada para tramitar junto do pacote de corte de gastos aprovado no fim de dezembro, a proposta ficou para este ano. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “inconsistências” nos modelos estatísticos da Receita levaram o Fisco a rever os cálculos. Caso o Congresso aprove o Orçamento em fevereiro, a proposta pode ser enviada no mesmo mês ou no início de março.

Correspondente ao piso da tabela progressiva, a faixa de isenção foi elevada pela última vez em fevereiro de 2024, de R$ 2.640 para R$ 2.824. As demais faixas de tributação permanecem sem mudanças desde 2015. O projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado ao Congresso em agosto, não prevê mudanças na tabela do Imposto de Renda.

Oficialmente, o limite máximo da alíquota zero está fixado em R$ 2.259,20. No entanto, para garantir a isenção para quem recebe até R$ 2.824, equivalente a dois salários mínimos, haverá um desconto simplificado de R$ 564,80 da renda sobre a qual deveria incidir o imposto. Esse desconto corresponde à diferença entre os dois valores: limite de isenção e dois salários mínimos.

A Receita Federal esclarece que esse desconto simplificado é opcional. Para quem tem direito a deduções maiores pela legislação atual, como dependentes, pensão alimentícia, gastos com educação e saúde, nada mudará.

Confira a tabela progressiva mensal do IRPF, já com o desconto aplicado ao salário

Até R$ 2.259,20

R$ 169,44

R$ 381,44

R$ 662,77

Acima de R$ 4.664,68

R$ 896

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Lula convoca reunião para discutir decisão da Meta e fala em 'soberania'

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vai se reunir nesta sexta-feira, 10, com seus ministros para discutir a decisão da Meta - dona do Facebook, do Instagram, do Threads e do WhatsApp - de encerrar a checagem de fatos em suas plataformas. De acordo com o presidente, o governo defende que cada país tenha sua soberania.

"Eu acho que é extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha a mesma responsabilidade de um cara que comete um crime na imprensa escrita", afirmou Lula a jornalistas na manhã da quinta-feira, 9. "É como se um cidadão pudesse ser punido porque faz uma coisa na vida real e pudesse não ser punido porque faz a mesma coisa na digital."

Inicialmente, o presidente havia dito que a reunião seria na quinta. A assessoria da Presidência da República, no entanto, informou que o encontro entre integrantes do governo para tratar sobre a decisão da Meta será nesta sexta-feira. Lula disse que o que quer, "na verdade, é que cada país tenha sua soberania resguardada".

E ressaltou: "Não pode um cidadão, dois cidadãos, três cidadãos acharem que podem ferir a soberania de uma nação."

Na última terça-feira, a Meta anunciou mudanças profundas em suas políticas de moderação de conteúdo.

Na prática, elas acabam com o programa de checagem de fatos da big tech, iniciativa adotada para reduzir a disseminação de desinformação nas redes sociais da empresa.

Agora, em vez de contar com organizações independentes de checagem de informações, a Meta dependerá dos próprios usuários para acrescentar correções às publicações que possam conter informações falsas ou enganosas.

Anteontem, na celebração em memória aos ataques golpistas às sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023, Lula afirmou que o governo brasileiro não vai tolerar fake news. Segundo o presidente, as desinformações colocam a vida de pessoas em risco e promovem ataques às instituições.

"Não seremos tolerantes com os discursos do ódio e as fake news que colocam em risco a vida de pessoas e (levam) à incitação à violência contra o estado de direito", disse o presidente da República.

Assim como Lula, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles Edson Fachin e Alexandre de Moraes, se manifestaram contra a decisão da Meta.

A nova política de moderação das redes sociais da big tech foi oficializada em português na quinta. A decisão só estava disponível em inglês. Partes do documento permitem que se faça no Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads - desde que de "forma satírica" - a livre associação de homossexuais e transgêneros a termos como "esquisito". Esse trecho aparece na versão brasileira também.

O Ministério Público Federal (MPF) informou, nesta quarta-feira, 8, que vai enviar um ofício à Meta para questionar as alterações na moderação de conteúdo. A cobrança ocorre dentro de um inquérito civil em andamento, desde 2021, sobre a responsabilidade de big techs no conteúdo publicado pelos seus usuários.

A Advocacia-Geral da União (AGU) também reagiu às mudanças anunciadas pela empresa.

O ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, afirmou que o Brasil possui mecanismos legais para lidar com desinformação e que o governo não permitirá que o ambiente online se torne um espaço desregulado.

A Meta traduziu para o português mais normas, como a que libera a defesa de superioridade de gênero ou religião em detrimento de outros e a alegação de doença mental ou anormalidade baseada em gênero.

Mais diretrizes que barravam publicações com linguagem excludente sobre imigração, homossexualidade e religião foram anuladas.

Ou seja, com as novas normas, serão tolerados ataques a pessoas ou grupos, por exemplo, "com afirmações de que eles têm ou espalham coronavírus".

Mark Zuckerberg, dono da Meta, defendeu a atualização: "É hora de voltarmos às nossas raízes em relação à liberdade de expressão."

O novo presidente de Assuntos Globais da empresa, Joel Kaplan, argumentou que a medida eliminará regras excessivamente restritivas sobre temas de "frequente debate político".

O fim da política de moderação é mais um passo de aproximação entre Zuckerberg e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

 

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Lula pode fazer reforma ministerial ainda em janeiro, diz Rui Costa

(FOLHAPRESS) - O ministro Rui Costa (Casa Civil) disse nesta quinta-feira (9) que a reforma ministerial pode ser feita até dia 21 de janeiro. A data marca a próxima reunião dos ministérios com o presidente Lula (PT).

"O presidente está focando em aperfeiçoar a gestão. Portanto, há indicativo do presidente que as mudanças que ocorrerem, quer fazer eventuais mudanças ainda neste mês, até para que quem entrar possa ter mais tempo de fazer alterações que presidente espera", disse.

"Teremos reunião de ministério dia 21 e eventualmente alterações, se presidente assim decidir, podem ser feitas antes dessa reunião ministerial", completou.

Para o chefe da Casa Civil, Lula ainda não bateu o martelo e está refletindo sobre mudanças. Ele tampouco citou pastas que podem entrar na reforma.

A declaração foi feita em entrevista à GloboNews. Rui Costa mencionou a troca na Secom (Secretaria de Comunicação Social), em que sai Paulo Pimenta e entra o marqueteiro Sidônio Palmeira, como diferente das eventuais trocas que devem ocorrer. Na pasta, diz, trata-se de uma mudança de rumo na área.

Ao tratar da reforma ministerial, Rui Costa respondia à pergunta sobre se reforma ocorreria depois das eleições da mesa no Congresso, a que ele negou. A Câmara elegerá o sucessor de Arthur Lira (PP-AL) no dia 3 de fevereiro, e o de de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Senado, no dia 1º.

Há uma expectativa desde o ano passado para novas trocas na Esplanada que contemplem mais partidos da base aliada, como forma de ampliar o apoio no Congresso. Além disso, também entra na conta de Lula troca no comando do PT e eleições municipais.

Desde o início de seu governo, Lula já demitiu seis ministros, contando com a mais recente troca na Secom, que será oficializada na próxima terça. Para agradar o Congresso, fez mudanças em três pastas: Esportes, Portos e Aeroportos e Turismo.

O União Brasil pediu a troca de Daniela Carneiro no Turismo por Celso Sabino, e o PP emplacou André Fufuca no lugar da atleta Ana Moser, na pasta dos Esportes. Lula ainda realocou Márcio França num novo ministério criado no ano passado, Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. O seu cargo em Portos e Aeroportos foi entregue a Silvio Costa Filho (Republicanos).

Além deles, o presidente demitiu o general Gonçalves Dias do GSI, após os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. E Silvio Almeida deixou o ministério dos Direitos Humanos sob acusações de assédio. Por fim, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski entrou no ministério da Justiça, quando Flávio Dino foi indicado para a corte.

A reforma ministerial agora ocorre em meio a um os momentos mais críticos na relação do Executivo com o Legislativo, com a crise das emendas parlamentares. A execução desses recurso foi fonte de discórdia dentro do governo Lula (PT) e alimentou um racha entre Câmara e Senado no penúltimo dia do ano.

A consequência do vaivém de ofícios, decisões e pareceres é que não houve liberação total das emendas que os parlamentares esperavam ver liberados ainda em 2024.

As emendas são uma forma pela qual deputados e senadores conseguem enviar dinheiro para obras e projetos em suas bases eleitorais e, com isso, ampliar seu capital político. A prioridade do Congresso tem sido atender seus redutos eleitorais, e não as localidades de maior demanda no país.

Esse tipo de recurso também tem sido alvo de várias suspeitas de corrupção. As decisões de Flávio Dino sobre o tema, no STF (Supremo Tribunal Federal), buscam aumentar a rastreabilidade e a transparência das emendas.

Ao ser questionado sobre o tema nesta quinta, Rui Costa criticou o volume de emendas parlamentares no Orçamento, que é recorde. Mas disse que, se cumprido acordo que foi feito com os presidentes da Câmara e do Senado, a "crise será superada rapidamente".

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Djokovic diz ter sido envenenado por meio da comida durante entrevero na Austrália

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Às vésperas do início de mais um Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam de tênis do ano tem voltado à tona a polêmica que envolveu Novak Djokovic antes da edição de 2022 do torneio. Naquele ano, em meio à pandemia de covid-19, o sérvio foi mantido sob confinamento durante alguns dias ao chegar à Austrália para a disputa da competição e acabou impedido de jogar e expulso do país por não ter sido vacinado.

Agora, em entrevista à revista GQ, Djokovic alegou que foi envenenado por meio da comida servida no hotel em que ficou confinado na época, em Melbourne. "Tive alguns problemas de saúde. E percebi que naquele hotel em Melbourne fui alimentado com uma comida que me envenenou."

"Fiz algumas descobertas quando voltei para a Sérvia. Eu nunca contei isso para ninguém publicamente, mas descobri que eu tinha um nível de metal pesado muito alto. Eu tinha chumbo, um nível muito alto de chumbo e mercúrio", relatou o tenista.

Djokovic diz ter ficado muito doente após aquele período, sendo atendido por uma equipe médica de emergência em casa. "Era como uma gripe, apenas uma simples gripe. Mas, dias depois, uma simples gripe me derrubou muito. Tive isso várias vezes e depois tive que fazer (testes) toxicológicos."

Contactado pela revista, o Departamento de Assuntos Internos da Austrália declarou que "por razões de privacidade, o Departamento não pode comentar casos individuais."

DJOKOVIC NÃO SE VACINOU CONTRA COVID: 'SOU UMA PESSOA SAUDÁVEL'

Questionado se recebeu a vacina contra covid depois de todo o entrevero, Djokovic não esconde que não foi vacinado. "Não, não. Porque não sinto que precisava. Sou uma pessoa saudável, cuido do meu corpo, cuido das minhas necessidades de saúde e sou atleta profissional. E por ser atleta profissional, estou extremamente atento ao que consumo, e faço exames regulares, exames de sangue, qualquer tipo de exame. Eu sei exatamente o que está acontecendo. Então não senti necessidade de fazer isso. Além disso, o que é importante afirmar é saber que não sou uma ameaça para ninguém. E eu não era. Porque eu tinha anticorpos."

"Eu não sou pró-vacina. Eu não sou antivacina. Sou pró-liberdade de escolher o que é certo para você e seu corpo. Então, quando alguém tira o meu direito de escolher o que devo tomar para o meu corpo, não acho que isso seja correto."

A chave principal do Aberto da Austrália começa no próximo sábado, 11 de janeiro, e terá a participação de quatro brasileiros: Bia Haddad entre as mulheres e João Fonseca, Thiago Wild e Thiago Monteiro entre os homens. Djokovic, que é o maior campeão do torneio e de Grand Slams da história, vai em busca da sua 11ª taça da competição australiana e do seu 25º Grand Slam.

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Jornal cita 'seca de gols' de Endrick e compara situação do atacante com a de Vitor Roque

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O jornal "Sport", da Espanha, destacou nesta quinta-feira, o momento difícil que Endrick tem enfrentado com a camisa do Real Madrid. O periódico analisou a situação do brasileiro, dizendo que ele vive uma "incrível seca de gols".

De acordo com o "Sport", Endrick "está sofrendo muito no processo de adaptação ao futebol europeu". O jornal compara a situação do jogador com a de outro brasileiro, Vitor Roque, que não conseguiu se firmar no Barcelona e acabou emprestado para o Real Bétis.

Desde que chegou ao Real Madrid, Endrick anotou apenas dois gols, sendo um no Campeonato Espanhol e o outro na Liga dos Campeões. Ele não balança as redes desde o dia 17 de setembro de 2024, em partida contra o Stuttgart, da Alemanha.

"Atualmente, ele é a última opção do ataque. Só acumula 248 minutos em competições oficiais em cinco meses, repartidos em 16 aparições, sendo apenas duas como titular", lembrou o jornal espanhol.

Na última segunda-feira, Endrick foi titular no confronto contra a Deportiva Minera, pela Copa do Rei. O time merengue goleou por 5 a 0, mas o ex-Palmeiras não brilhou na partida. "São três meses sem marcar, exatamente 113 dias de seca. O jovem sente a ansiedade, como foi comprovado contra a Deportiva Minera, quando ele passou em branco na goleada por 5 a 0. Ao invés dele, quem aproveitou os minutos foi Arda Güler, que marcou dois gols", disse o periódico.

O jornal também apontou a "seca" de Endrick na seleção brasileira, afirmando que o último gol pelo time nacional foi em junho, em amistoso contra o México. O veículo enfatiza que Endrick perdeu espaço na equipe do Brasil.

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Planalto quer desenterrar projeto de censura a pretexto de ‘combater fake news’

O governo Lula quer aproveitar a mudança da Meta nas plataformas de redes sociais, que vai alterar a política de checagem de fatos, reduzindo a influência das suspeitíssimas agências de checagem, para desenterrar o que chamam de “PL (projeto de lei) das Fake News”, mas conhecido na oposição como “PL da Censura”. O texto, votado no Senado, foi alterado na Câmara pelo relator, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que mexeu tanto no projeto que virou uma regulamentação das redes sociais.

Plano B

No governo, há a aposta de que o Ministério Público Federal (MPF) deve arroxar a Meta contra a mudança. O Planalto quer embarcar na onda.

Pra ontem!

Se não houver mudança na última hora, Lula se reúne hoje (10) com assessores no Planalto para tratar sobre o avanço do projeto.

Como estátua

Sem votos pela aprovação, a proposta parou na Câmara. O texto desagradou e Arthur Lira (PP-AL) mandou criar outro grupo de trabalho.

Sem pressa

Para andar, os partidos precisam indicar quem vai compor o grupo, mas a disposição da oposição, contrária ao texto, é menor do que zero.

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