Estudante internada há mais de 4 meses com doença neurológica rara mobiliza hospital e escola para participar de colação de grau

Internada há quatro meses com uma doença neurológica crônica rara, Raylly Victoria Fernandes Freitas, de 18 anos, mobilizou a equipe do hospital e da escola onde estudava para conseguir realizar o sonho de participar da solenidade de sua colação de grau da sua turma, no último sábado (6).

A jovem foi diagnosticada com a rara Doença de Pompe aos seis anos de idade. Desde então, os desafios começaram. Ela perdeu a fala, iniciou tratamento intenso e, há cinco anos depende da cadeira de rodas para se locomover.

A doença, que provoca fraqueza muscular, progrediu em novembro do ano passado, quando ela foi internada no Hospital Universitário Onofre Lopes, ligado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com uma grave complicação respiratória.

No entanto, as limitações físicas não paralisaram os sonhos de Raylly. Um deles era o de concluir o Ensino Médio e o curso técnico em comércio no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).

Ela concluiu os trabalhos enviados pelos professores, mas não conseguiu participar das fotos com a turma, nem participar da segunda etapa do Enem. Com isso, temia também perder a colação de grau.

Porém, a equipe de neurologistas, enfermeiros e fisioterapeutas que acompanhavam Raylly no hospital se sensibilizou com o desejo dela e começou a viabilizar a ida da paciente para o evento de colação de grau, no último fim de semana.

Mesmo sem poder falar, a jovem respondeu, escrevendo pelo celular, o que a faz resistir aos desafios e conquistar o sonho de se formar:

“Muita coragem, força de vontade e, principalmente, muita fé em Deus”.
Segundo a equipe do hospital, embora necessite de equipamentos para respiração e alimentação, Raylly Victoria possui condições de alta hospitalar, mas aguarda judicialização para estruturação de Home Care (cuidado em domicílio).

Formatura
A formanda é vaidosa. Antes da festa, teve maquiagem e penteado. Desde que ficou sabendo que iria participar da formatura, Raylly ficou mais alegre. O médico Roger Cabral, que acompanha a paciente, disse que se surpreendeu com o quadro de evolução dela.

“Essa alegria, essa satisfação pessoal, também traz ajuda. Não só os remédios, mas ela sentir o apoio da equipe, essa alegria, ajuda na cura e no cuidado”, afirmou a superintendente do hospital, Eliane Pereira.
Uma ambulância com todos os equipamentos necessários e uma equipe multidisciplinar foi providenciada para acompanhar Raylly e mãe até o campus do IFRN na Zona Norte de Natal. A escola também preparou um espaço especial para atender às necessidades da aluna. A estudante foi recebida com aplausos ao chegar para a formatura.

“A gente sempre priorizou os sonhos dela. Esse dia representa o nome dela, Victoria”, disse a mãe da jovem, Rayanny Nayara Fernandes Silva.

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Mesmo com bloqueio de BR-304, procura por voo Natal-Mossoró não cresceu; veja preços

A população que busca se deslocar entre Natal e Mossoró está passando por dificuldades com o bloqueio da BR-304, após a queda de ponte no município de Lajes. A expectativa era de que ocorresse um aumento na procura pelo voo da Voepass, mas a Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte disse que ainda não foi sentida essa maior demanda. Em média, o trecho da viagem tem custo de R$ 321,00.

Segundo a Setur, o preço é o mesmo praticado antes do incidente que ocorreu na ponte de Lajes. Para ampliar a busca pelo voo, o Poder Público tem conversado com representantes da empresa e do trade turístico para ampliar a divulgação. “Todo voo quando começa, seja dentro do Rio Grande do Norte ou fora, quando a gente opera uma nova rota, nós fazemos um trabalho de divulgação desse voo”, disse Solange Portela, secretária de Turismo do Rio Grande do Norte.

A ideia, diz a secretária, é divulgar também os trechos Mossoró/Fortaleza, da Voepass, e Mossoró/Recife, que é operado pela Azul Companhias Aéreas. “Na reunião que nós tivemos com o pessoal de Mossoró foi percebido que nem o próprio mossoroense ainda não tinha conhecimento da conectividade por meio áereo, então estamos fazendo um esforço coletivo para divulgar mais essa opção de deslocamento”, pontuou.

Em média, o voo entre Mossoró e Natal tem duração de 40 minutos, enquanto as viagens de ônibus levavam quatro horas antes do acidente na ponte da BR-304. Com o bloqueio, dependendo do trânsito nas vias alternativas, o trajeto pode durar seis horas. O preço das passagens de ônibus, no entanto, têm preço médio de R$ 92,09.

A companhia aérea Voepass iniciou operação na capital do Oeste potiguar em janeiro deste ano. No voo inaugural, 30 passageiros ocuparam os assentos durante o trajeto que durou cerca de 43 minutos.

Comparação

A Voepass/Latam começou a atuar em Mossoró em janeiro deste ano e, inicialmente, era possível conseguir tarifas a R$ 97,35 no trecho entre Mossoró e Natal, enquanto que os valores para Fortaleza eram a partir de R$ 77,35.

Ao todo, são quatro voos semanais entre a capital potiguar e a segunda maior cidade do estado, com viagens aos domingos, segundas, quartas e sextas-feiras, às 11h. O avião utilizado é um ATR-72.


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Sangria do açude Gargalheiras deve aumentar volume da maior barragem do RN; entenda

A sangria do açude Gargalheiras é motivo de comemoração para moradores de Acari e da região do Seridó potiguar, mas também é expectativa de aumento do volume de água no maior reservatório do Rio Grande do Norte. Isso se deve pelo caminho das águas, que seguem para o rio Acauã, inicialmente, e tem como destino final a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, localizada entre os municípios de Assú, Itajá e São Rafael.

De acordo com o Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn), a sangria do Gargalheiras vai para o rio Acauã, que deságua no rio Seridó, acima do reservatório Passagem das Traíras, em Jardim do Seridó. Por ameaça de rompimento, o reservatório foi aberto no mês passado. De lá, as águas seguem pelo rio Piranhas a montante da barragem de Oiticica, em Jucurutu, tendo como destino final a barragem Armando Ribeiro Gonçalves.

A maior barragem do estado tem capacidade de armazenar 2,373 bilhões m³ de água. Conforme atualização do Igarn nesta quinta-feira (4), o manancial acumula atualmente mais de 1,6 bilhão m³ de água, o que corresponde a 67,49% da sua capacidade total. Este já é o maior volume de reservas hídricas do manancial desde 2012. A última sangria da Armando Ribeiro Gonçalves foi em 2011.

Ao todo, 12 reservatórios monitorados pelo Igarn, com mais de 5 milhões m³, já sangraram neste ano no Rio Grande do Norte: O açude Marechal Dutra (popularmente conhecido como Gargalheiras), em Acari; Mendubim, em Assu; Campo Grande, em São Paulo do Potengi; Pataxó, em Ipanguaçu; Dourado, em Currais Novos; Riacho da Cruz II, em Riacho da Cruz; Passagem, em Rodolfo Fernandes; Beldroega, em Paraú; Malhada Vermelha, em Severiano Melo; Encanto, em Encanto; Santa Cruz do Trairi, em Santa Cruz.

Além destes, a barragem Santa Cruz do Apodi acumula 421.728.050 m³, percentualmente, 70,32% da sua capacidade, total, que é de 599.712.000 m³. Este é o maior volume acumulado no manancial desde 2012.

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