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MEC divulga notas do Enem 2024 nesta segunda (13)
O MEC (Ministério da Educação) divulga nesta segunda-feira (13) as notas dos candidatos no Enem. Com o resultado, os participantes podem concorrer às vagas das principais universidades do país.
As notas serão disponibilizadas na página do participante e são acessadas com login e senha.
O edital não especifica o horário em que o resultado será liberado, mas, em geral, a divulgação ocorre no período da manhã.
Os candidatos terão acesso aos resultados das provas objetivas e da redação do Enem.
Com o resultado em mãos, os participantes podem disputar vagas em instituições públicas de ensino superior por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), obter bolsas de estudo pelo Prouni (Programa Universidade para Todos) ou financiamento pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) em cursos de faculdade particulares.
As inscrições para o Sisu 2025 começam já na sexta-feira (17) e seguem até 21 de janeiro. Nesse período, com a nota do Enem o candidato pode selecionar duas opções de curso para concorrer.
O Enem 2024 aconteceu nos dias 3 e 10 de novembro. No primeiro domingo, além das 45 questões de linguagens (40 de português e 5 de língua estrangeira) e 45 de ciências humanas, os candidatos fizeram também a redação, cujo tema foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.
O texto da redação é corrigido a partir de cinco competências, com valor de 200 pontos cada uma: o domínio do português, compreensão do tema e aplicação de conceitos, articulação de informações, coesão e proposta de intervenção.
Neste ano, o exame recebeu 4,32 milhões de inscrições —um aumento de 9,95% em relação à edição passada.
Cronograma do Sisu
- Inscrições: 17 a 21 de janeiro
- Resultados da 1° chamada: 26 de janeiro
- Matrículas: 27 a 31 de janeiro
- Manifestação de interesse na lista de espera: 26 a 31 de janeiro
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ABC sofre gol no fim e empata com o Laguna na estreia pelo Campeonato Potiguar 2025
O ABC ficou no empate com o Laguna na estreia das duas equipes no Campeonato Potiguar 2025, em partida realizado no Frasqueirão, na tarde deste domingo (12).
O time alvinegro abriu o placar com Madison no início do segundo tempo, mas o Laguna conseguiu empatar o jogo nos acréscimos, em gol marcado por Breno.
Outros resultados da primeira rodada:
Santa Cruz de Natal 0 x 2 Potiguar de Mossoró
América 5 x 0 Baraúnas
Globo 2 x 1 Força e Luz
Na segunda rodada o ABC vai enfrentar o Potiguar de Mossoró. A partida, que tem o time mossoroense como mandante, acontecerá na Arena das Dunas, na quarta-feira (15), às 20h.
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Paulinho Freire sanciona lei que isenta doadores de cabelo da taxa de inscrição em concursos públicos
Uma nova lei sancionada pelo prefeito Paulinho Freire (União) isenta do pagamento da taxa de inscrição em concursos públicos do Município de Natal as pessoas que comprovarem a doação de cabelo. A legislação foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial do Município (DOM) nesta sexta-feira (10).
Origem do projeto
O projeto é de autoria da ex-vereadora Júlia Arruda (PCdoB) e foi aprovado pela Câmara Municipal de Natal em dezembro de 2024. Na justificativa, a ex-parlamentar destacou que a isenção é uma forma de valorizar o gesto solidário dos doadores, que contribuem para melhorar a autoestima de pessoas afetadas pela queda de cabelo.
Segundo Júlia, a queda de cabelo pode ser causada por fatores genéticos, hormonais, autoimunes, estresse ou tratamentos como a quimioterapia. A doação de cabelo é essencial para a confecção de perucas, que ajudam a restaurar a autoestima e confiança de pessoas em situações sociais e profissionais.
Regras para isenção
A lei determina que a isenção da taxa é válida para doadores que comprovem a doação realizada nos 12 meses anteriores à publicação do edital do concurso público municipal. A comprovação deve ser feita com um documento emitido pela instituição responsável pela arrecadação ou procedimento de doação.
Penalidades
A lei estabelece penalidades para candidatos que apresentarem informações falsas para obter a isenção, incluindo:
- Cancelamento da inscrição ou exclusão do concurso antes da homologação do resultado;
- Retirada da lista de aprovados, caso a falsidade seja constatada após a homologação;
- Nulidade da nomeação, se a irregularidade for descoberta após o ato de nomeação.
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Verstappen elogia Pérez, mas elege Ricciardo como o seu melhor companheiro de equipe na F-1
Tetracampeão de Fórmula 1, Max Verstappen não ficou em cima do muro ao eleger Daniel Ricciardo como o melhor companheiro de equipe que teve na carreira. O holandês elogiou o mexicano Sérgio Pérez, mas exaltou o australiano, que se despediu da categoria em setembro após uma passagem sem brilho pela Red Bull Racing, atual Racing Bulls.
"Sem dúvida, Daniel Ricciardo. Pude aprender muito com ele. Absorvi muito conhecimento e incorporei em minhas experiências", afirmou ao jornal alemão Blick. Eles foram companheiros na Red Bull entre 2016 e 2018
Sergio Pérez também recebeu uma menção do holandês, muito por ter o ajudado a conquistar o seu primeiro título da categoria, em 2020, quando o mexicano conseguiu 'roubar' segundos preciosos em uma disputa com Lewis Hamilton, até então da Mercedes. Ele lamentou a saída de seu companheiro da Red Bull.
"É uma pena, porque formamos uma boa equipe durante quatro anos, e o Sergio sempre foi leal. Essa é uma qualidade que valorizo muito", completou Verstappen, que conquistou dois títulos do Mundial de Construtores ao lado do mexicano. Pérez foi substituído por Liam Lawson.
Além de Pérez e Ricciardo, Verstappen já teve companheiro de equipe: Alexander Albon, Pierre Gasly e Carlos Sainz, este chegou a ser cogitado na Red Bull, que optou por dar uma chance a Lawson em 2025.
Verstappen volta às pistas na pré-temporada, que será realizada entre os dias 26 e 28, no Bahrein. A temporada 2025 de F-1 começa oficialmente em março para o Grande Prêmio da Austrália. A corrida está prevista para o dia 16.
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Governo Lula aciona PF para investigar assassinatos de sem-terra em SP
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que a Polícia Federal (PF) investigue o ataque a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) que deixou ao menos dois mortos, ontem, 10, em Tremembé (SP), na região do Vale do Paraíba.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) encaminhou um ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, determinando a abertura de uma investigação criminal para apurar o caso. O Ministério da Justiça fundamentou o pedido de investigação no Art. 1º, inciso I, § 1º do Art. 144 da Constituição Federal, segundo o qual a PF poderá atuar em casos com repercussão interestadual ou internacional, especialmente quando relacionados a violações de direitos humanos. De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, a medida atende a um pedido do presidente Lula.
"Indo a Tremembé, a pedido do presidente @LulaOficial, para acompanhar as investigações do atentado que levou a óbito três agricultores do assentamento Olga Benário. No total foram oito atingidos. O presidente @LulaOficial determinou que a Polícia Federal também acompanhe as investigações", informou Teixeira, pelo "X". Mais cedo, o ministro informou, também pelas redes sociais, que comunicou o crime ao secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e solicitou providências para a prisão dos responsáveis pelo ataque.
O caso está sob investigação da Polícia Civil de Taubaté. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), depoimentos colhidos das vítimas apontam que os disparos foram feitos por suspeitos que chegaram ao local em carros e motos. Um homem foi abordado e autuado em flagrante por porte ilegal de arma. O caso foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido no plantão da Delegacia Seccional de Taubaté.
Embora o ministro fale em três mortos, o boletim mais recente da SSP-SP confirma duas vítimas fatais: dois homens, de 28 e 52 anos, além de seis pessoas, com idades entre 18 e 49 anos, feridas.
O MST afirmou, por meio de nota, que o ataque representa "mais uma face" dos conflitos fundiários no estado de São Paulo. "A ausência de políticas públicas efetivas por parte do governo paulista deixa os territórios de Reforma Agrária vulneráveis e as famílias assentadas, desprotegidas, reforçando um cenário de insegurança e violência."
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Setor naval fecha 2024 com investimentos de R$ 30 bilhões
A indústria naval e o setor portuário brasileiro encerraram 2024 com o melhor resultado em mais de uma década. O segmento fechou o último ano com R$ 30,8 bilhões aprovados para mais de 430 novos projetos, incluindo construção de embarcações, reparos, docagens, modernização de unidades, ampliação de estaleiros e novas infraestruturas portuárias, impulsionado pelos recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM),
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (foto), destacou que o governo federal tem retomado e priorizado projetos negligenciados pela gestão anterior. Segundo ele, o valor aprovado no último biênio foi duas vezes superior ao priorizado nos quatro anos do governo anterior.
Nos últimos dois anos, o total de projetos aprovados pelo FMM foi 70% maior que o número registrado entre 2019 e 2022, passando de 768 (em quatro anos) para 1.300 nos últimos dois anos.
Outro dado expressivo foi o valor destinado à realização de obras para expansão da indústria naval. De janeiro a dezembro de 2024, foram firmados contratos no valor de R$ 5,33 bilhões, o maior volume desde 2012. Esses recursos financiaram 548 novas obras, sendo a maior parte para a navegação interior (415), seguidas por apoio marítimo (94), apoio portuário (37) e cabotagem (2). Somados aos recursos aplicados em 2023, o governo destinou R$ 6,36 bilhões para novos empreendimentos, aumento de 326% em comparação ao período da gestão anterior (2019 a 2022).
De acordo com resolução do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM), as empresas que tiverem seus projetos priorizados estão habilitadas a contratar financiamento por meio dos agentes financeiros conveniados — Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco da Amazônia (Basa). Os recursos são liberados conforme o andamento dos projetos e suas fases de implantação. A primeira reunião do CDFMM está prevista para o dia 27 de março próximo.
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Mulheres reconstroem seu papel na infraestrutura e conquistam lideranças no setor
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, é o expoente máximo da diversidade de gênero na área de infraestrutura, e ela mesma conta que, por ser mulher, teve de demonstrar tenacidade até chegar lá.
Ela lembra que em 2002, por exemplo, o recém-indicado diretor para a Agência Nacional de Petróleo, Newton Monteiro, seu colega na estatal, a convidou para ser sua assessora. Um jornal publicou que Monteiro estava levando uma "colega" -assim, entre aspas.
"Metade da agência achava que eu tinha um caso com ele, a outra metade tinha certeza, porque eles não viam nenhuma outra razão para eu ter ido, a não ser, ter um caso. Eu acho isso absolutamente espetacular", contou à Folha.
"Decidi não tomar conhecimento, e essa postura sempre ajudou. Tive situações em que colegas chegavam para mim, olhavam e falavam: 'Magda, eu gosto muito de você, está tudo ótimo, mas eu não consigo te obedecer porque você é mulher'. E eu respondia: bom, esse problema não é meu, né? É seu."
É fato que o mercado de trabalho evoluiu nas últimas décadas e reações como essas são cada vez mais raras, mas não dá para ser ingênua: persistem. Mulheres ainda enfrentam resistência para avançar no setor de infraestrutura, muito identificado como lugar de homem.
Esse mercado concentra profissões em áreas associadas a trabalho braçal, jornada estafante ou arriscada, que já foram vetadas para elas no passado -óleo e gás, energia, mineração, saneamento e transporte (que inclui rodovia, ferrovia, hidrovia, porto e aeroporto).
Não existe um censo para contabilizar quantas são, mas dá para dimensionar o crescimento da participação pela recente organização delas. Existem muitos grupos de WhatsApp, confrarias de jantas ou de vinhos. O termômetro mais preciso é o surgimento de associações com a meta de valorizar a mão de obra feminina.
O movimento "Sim, elas existem", por exemplo, apresenta listas de profissionais para cargos públicos nas áreas de energia e mineração desde 2018. Foi criado por Agnes Costa e Renata Isfer, quando cursavam o programa "Mulheres e Poder: Liderança em um Novo Mundo", da Harvard Kennedy School of Government. Na época, ambas atuavam no Ministério de Minas e Energia.
"O curso exigia um projeto prático. A gente viu que não tinha nenhuma mulher em cargos importantes. Para justificar o injustificável, o discurso era que não achavam mulher na hora de promover. Resolvemos mostrar que tinha", conta Isfer. A dupla acionou colegas pedindo currículos e fez a seleção. Ao final, 193 nomes foram entregues ao governo de transição. Em 2022, a lista tinha 399 nomes.
Costa, que hoje é a única mulher na diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), explica que a lista busca corrigir uma distorção cultural. As mulheres em áreas técnicas são obcecadas por qualificação e fazem muitos cursos para evoluírem na carreira. Mas promoção e convites de trabalho dependem muito da rede de relacionamentos -e essa rede é mais organizada entre os homens.
"Minha mãe é professora, e fala que as meninas têm síndrome de boa aluna. São superestudiosas, dedicadas e, na escola, a nota boa vêm como consequência. Na carreira não", explica.
"Podemos demorar para entender isso. A questão da consciência de gênero é tipo óculos: só quando você veste começa a enxergar coisas que nem via antes."
O IWB, Infra Women Brazil é a maior das entidades. Como o próprio nome indica, reúne representantes de segmentos variados. Nasceu de um estranhamento na área de eventos -cinco mulheres que participavam de palestras do setor se perceberam sempre cercadas por uma centena de homens.
"Nos demos conta: não é possível que só a gente faça parte desses eventos. Tem que ter outras mulheres", lembra Isadora Cohen, que na época, 2019, era secretária executiva do Programa de Desestatização do estado de São Paulo, responsável inclusive pelas PPPs (Parcerias Público-Privadas).
"Começamos a chamar conhecidas da infraestrutura e lançamos a hashtag 'convidem elas', no Linkedin e no Instagram. A partir daí fomos acostando currículos de mulheres incríveis, que poderiam estar presentes em painéis, seminários, matérias de jornais, capa das revistas, empresas e governos." Reuniram mais 300 nomes. Cohen foi a primeira presidente quando o movimento se tornou uma entidade em 2020.
Hoje o IWB tem mais de 2.000 associadas. Mantém um programa de mentoria para orientar jovens profissionais. Trabalha para organizar dados e criar mecanismos para incentivar a participação feminina.
Um dos levantamentos contabilizou que as mulheres representam 12,7% dos integrantes de conselhos de administração das empresas de infraestrutura listadas em Bolsa no Brasil. O número é baixo, mas é quase um ponto percentual mais que a média geral.
A presidente do conselho da Sabesp, Karla Bertocco avalia que o processo de internacionalização e sofisticação financeira ajuda na diversidade da cúpula.
"No passado, infra era marcada por atuação dos governos, mas a crescente demanda de recursos privados contribui com a mudança do perfil", afirma.
"Cada vez mais,
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Fortaleza contrata Kuscevic, ex-Palmeiras, de forma definitiva e cede Bruno Melo ao Coritiba
O Fortaleza confirmou neste sábado a contratação definitiva do zagueiro Benjamim Kuscevic, ex-Palmeiras, até dezembro de 2028. O clube cearense adquiriu 50% dos direitos econômicos do atleta junto ao Coritiba, que recebeu o lateral Bruno Melo.
Kuscevic chegou ao Fortaleza em fevereiro após acordo de empréstimo com o time paranaense até o fim de 2024. Ele defendeu o clube cearense em 43 partidas e foi importante na boa campanha do clube no Brasileirão, que lhe rendeu uma vaga na Copa Libertadores.
"É com alegria que a gente celebra e comunica a renovação do Kuscevic, agora em seu contrato definitivo com o Fortaleza de quatro anos. É um atleta que chegou no começo do ano passado, não era unanimidade em avaliação geral externa, mas a gente sentia convicção e recuperou muito bem a sua carreira no Fortaleza. Ele importantíssimo nos nossos objetivos do ano, voltou a seleção chilena de forma permanente e, hoje, é um dos pilares da nossa defesa", disse o CEO, Marcelo Paz.
"Ele está com muita vontade de seguir nesse projeto para quatro anos de contrato e poder fazer história. O Kuscevic agora é do Fortaleza não mais por empréstimo, mas em definitivo, e todos nós estamos muito felizes em anunciar", completou Alex Santiago, diretor de futebol do Fortaleza.
Já o ex-Corinthians Bruno Melo seguiu o caminho inverso do ex-palmeirense e se despediu do Fortaleza, rumo ao Coritiba, com 213 jogos, 29 gols e nove títulos conquistados. Ele é o lateral que mais balançou as redes na história do clube tricolor. "O Leão do Pici agradece todos os serviços prestados e deseja sucesso ao atleta nos seus próximos desafios", postou o clube nas redes sociais.
Kuscevic está com o elenco nos Estados Unidos para a pré-temporada, visando o Campeonato Cearense e a Copa do Nordeste. O clube fará um jogo-treino com o Miami FC e dois amistosos, frente o Miami United e o Chicago Fire.
A estreia do Fortaleza no Campeonato Cearense será no dia 25 de janeiro, às 16h30, diante do Horizonte, fora de casa, pela segunda rodada, já que o duelo diante do Cariri foi adiado.
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Lei aprovada em Mato Grosso quer converter Amazônia em Cerrado
Uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Mato Grosso quer converter florestas antes consideradas pertencentes à Amazônia em vegetação classificada como do Cerrado. Caso a medida seja sancionada pelo governador Mauro Mendes (União), o porcentual de reserva legal, ou seja, a área onde o desmate é proibido, cairá de 80% para 35%. O texto foi aprovado na quarta-feira, 8, por 15 votos a 8.
Na prática, segundo ambientalistas, a mudança deixará uma área maior suscetível ao desmatamento. Isso porque com a queda do porcentual de reserva legal, produtores rurais poderão expandir suas áreas agrícolas sobre a vegetação.
O projeto de lei complementar 18/2024 foi apresentado originalmente pelo Executivo, em maio do ano passado, para fazer um ajuste na escala de mapas utilizada como base pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente para operar o Cadastro Ambiental Rural (CAR). O projeto, no entanto, sofreu diversas alterações durante a tramitação, o que acabou desfigurando a proposta.
O texto aprovado, de autoria do deputado Nininho (PSD), traz uma nova redação para a lei que cria definições para áreas que seriam classificadas como floresta, pertencentes ao bioma Amazônia, e as que seriam enquadradas como Cerrado.
O dispositivo diz que serão definidas como "floresta" as áreas com predominância de vegetação "com as médias de alturas totais a partir de 20 metros, e que apresentem indivíduos com alturas máximas entre 30 (trinta) e 50 (cinquenta) metros". Já "as áreas com predominância de indivíduos com a média das alturas totais até 20 metros" serão classificadas como Cerrado.
O deputado Lúdio Cabral (PT) chegou a apresentar outro substitutivo para suprimir a redação e preservar a proposta original do Executivo, mas o texto não passou.
Milhões de hectares vulneráveis
Um estudo feito pelo Observatório Socioambiental de Mato Grosso afirma que a mudança permitiria o desmatamento de 5,2 milhões de hectares. Em nota, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) cita o levantamento e classifica como "retrocesso" a aprovação da lei na assembleia. Segundo o Ipam, a perda de florestas acentua as mudanças climáticas.
"Estudos científicos já demonstraram que não é mais necessário derrubar nenhuma árvore para ter mais produtividade no campo. Em muitos casos, os ganhos podem dobrar ou até triplicar apenas restaurando áreas degradadas ou reutilizando pastos abandonados", afirma no comunicado o diretor-executivo do Ipam, André Guimarães.
Após a repercussão negativa da lei, o deputado Nininho afirmou em nota publicada em seu site que a legislação proposta atende as exigências feitas pelo Supremo Tribunal Federal para identificação de biomas.
"O projeto não aumenta nem incentiva o desmatamento no Estado. Estamos adequando o que já foi decidido pelo STF e adotando dados mais precisos do IBGE, em conformidade com o projeto original enviado pelo próprio Governo do Estado", argumentou no comunicado.
Procurado pela reportagem neste sábado, 11, o deputado não se manifestou sobre o tema. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso também não se posicionou até o momento. O espaço permanece à disposição.
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