Trump anuncia tarifa de 100% sobre importações de produtos farmacêuticos

Os Estados Unidos imporão uma tarifa de 100% sobre as importações de produtos farmacêuticos de marca ou patenteados a partir de 1º de outubro, a menos que uma empresa farmacêutica esteja construindo uma fábrica nos EUA, disse o presidente Donald Trump nesta quinta-feira (25).

“Não haverá, portanto, nenhuma tarifa sobre esses produtos farmacêuticos se a construção já tiver começado”, disse Trump no Truth Social.

A Pharmaceutical Research and Manufacturers of America se opôs às novas tarifas sobre medicamentos, afirmando no início deste ano que 53% dos US$ 85,6 bilhões em ingredientes usados ​​em medicamentos consumidos nos Estados Unidos eram fabricados no próprio país, com o restante vindo da Europa e de outros aliados.

CNN

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Lei Magnitsky: Governo Trump impõe sanções à esposa e instituto vinculado a Alexandre de Moraes

O governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira (22) sanções contra a esposa e um instituto vinculado à família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky.

A decisão da administração republicana contra Viviane Barci de Moraes foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro americano nesta manhã. A medida surge meses após o próprio ministro ser sancionado com base no mesmo dispositivo legal.

O Departamento do Tesouro também impôs sanções ao Instituto de Estudos Jurídicos Lex, vinculado à família Moraes - Viviane e os filhos do casal são sócios.

Com a decisão, todos os bens da esposa do ministro que estão relacionados nos Estados Unidos são bloqueados. O visto de familiares de Moraes já estavam suspensos desde o anúncio de restrições contra o ministro em julho.

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Maduro manda carta pedindo diálogo a Trump enquanto crescem rumores de ação militar dos EUA na Venezuela

O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, mandou uma carta para o governo Trump para abrir um canal de conversação direta com os Estados Unidos.

A carta foi enviada dias após o primeiro ataque dos EUA a um barco do país sul-americano que, segundo Trump, transportava traficantes de drogas.

Na carta, vista pela agência Reuters, Maduro rejeitou as alegações dos EUA de que a Venezuela desempenhava um grande papel no tráfico de drogas, observando que apenas 5% das drogas produzidas na Colômbia são enviadas através da Venezuela

Segundo Maduro, diz a Reuters, 70% das drogas foram neutralizadas e destruídas pelas autoridades venezuelanas.

“Presidente, espero que juntos possamos derrotar as falsidades que têm manchado nosso relacionamento, que deve ser histórico e pacífico”, escreveu Maduro na carta.

“Essas e outras questões estarão sempre abertas para uma conversa direta e franca com seu enviado especial (Richard Grenell) para superar o ruído da mídia e as notícias falsas.”

Ele observou que Grenell ajudou a resolver rapidamente as alegações anteriores de que a Venezuela estava se recusando a aceitar migrantes de volta, acrescentando: “Até o momento, esse canal tem funcionado perfeitamente.”

Os voos de deportação duas vezes por semana que transportam migrantes ilegais de volta para a Venezuela continuaram ininterruptos apesar dos ataques dos EUA, disseram à Reuters fontes familiarizadas com o assunto.

A carta de Maduro foi datada de 6 de setembro, quatro dias após um ataque dos EUA a um navio que o governo Trump alegou, sem provas, estar transportando traficantes de drogas.

O ataque matou 11 pessoas que, segundo Trump, eram membros da gangue Tren de Aragua e estavam envolvidas com o tráfico.

A Casa Branca não fez comentários imediatos à agência Reuters.

No sábado (20), Trump redobrou sua campanha de pressão, alertando em uma postagem em sua plataforma Truth Social que a Venezuela deve aceitar o retorno de todos os prisioneiros que, segundo ele, a Venezuela forçou a ir para os EUA, ou então pagar um preço “incalculável”.

Na sexta-feira, Trump anunciou pelo menos o terceiro ataque contra supostas embarcações de drogas da Venezuela, em meio a um grande reforço militar dos EUA no sul do Caribe, que inclui sete navios de guerra, um submarino nuclear e caças F-35.

O ataque matou “três homens narcoterroristas a bordo da embarcação”, disse Trump, sem fornecer provas.

O governo venezuelano, que diz ter enviado dezenas de milhares de soldados para combater o tráfico de drogas e defender o país, disse que nenhuma das pessoas mortas no primeiro ataque pertencia a Tren de Aragua.

Também nega as acusações de ligações entre autoridades venezuelanas de alto escalão e gangues de drogas.

Maduro alegou repetidamente que os EUA esperam tirá-lo do poder.

Trump negou nesta semana que esteja interessado em uma mudança de regime, mas Washington dobrou no mês passado a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões, acusando-o de ligações com o tráfico de drogas e grupos criminosos.

Maduro reiterou sua negação em sua carta a Trump.

“Este é o exemplo mais flagrante de desinformação contra nossa nação, com a intenção de justificar uma escalada para o conflito armado que infligiria danos catastróficos em todo o continente”, escreveu ele em sua carta a Trump.

G1

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Marco Rubio confirma que “haverá resposta” do governo Trump à condenação de Bolsonaro

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse que o país irá responder “na próxima semana ou algo assim” à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes contra a democracia. Em entrevista ao canal norte-americano Fox News, Rubio afirmou, ainda, que “o Estado de Direito está se desintegrando” após a decisão do STF.

“Temos esses juízes ativistas – um em particular – que não só perseguiu Bolsonaro, aliás, ele tentou – ele tentou realizar reivindicações extraterritoriais contra cidadãos americanos ou contra alguém que postasse online de dentro dos Estados Unidos, e até ameaçou ir ainda mais longe nesse sentido. Portanto, haverá uma resposta dos EUA a isso”, declarou o secretário.

Rubio, entretanto, voltou atrás de uma declaração dada pelo próprio governo Trump anteriormente, e acrescentou que o grande X da questão “não é apenas o julgamento”, mas sim, “mais um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial que tem tentado atingir empresas americanas e até mesmo pessoas que operam fora dos Estados Unidos.”A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito ampliou a tensão diplomática, política e econômica entre Estados Unidos e Brasil.

O secretário se manifestou sobre a condenação de Bolsonaro ainda na quinta (11/9), dia do veredito. Rubio, que foi o responsável pela suspenção do visto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e de outras autoridades, afirmou que o magistrado é “violador de direitos humanos” e segue realizando “perseguições políticas”. “Os Estados Unidos responderão adequadamente a essa caça às bruxas”, ameaçou o auxiliar de Trump.

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O ódio contra a direita: Charlie Kirk: o tiro que atingiu a todos nós

A morte de Charlie Kirk me atingiu de uma forma inesperada. Confesso: eu não o conhecia, ouvi seu nome pela primeira vez no vídeo brutal de seu assassinato. A cena me causou repulsa imediata: um homem, de peito aberto, em pleno debate de ideias, é covardemente assassinado. O ato em si, a frieza do ataque, já era chocante. No entanto, o que veio depois, a forma como a imprensa noticiou o fato, me chocou ainda mais profundamente.

Manchetes como “Influenciador radical de extrema direita é baleado” ou “Extremista envolvido na invasão do Capitólio baleado” inundaram as mídias. Era como se o “radical” e o “extremista” fossem a vítima — e não o autor do disparo. Mais curioso ainda: a palavra “assassinato” não apareceu nas reportagens.

Aos poucos, percebi o motivo dessa notícia me abalar tanto. Ao ver vídeos de Kirk com sua família, professando sua fé e defendendo suas ideias, entendi que o tiro nele, de certa forma, foi um tiro em todos nós. Somos todos Charlie Kirk. Se você defende ideias conservadoras, você é Charlie Kirk. Se você é cristão ou judeu, você é Charlie Kirk. Somos todos Charlie Kirk quando buscamos o diálogo com pessoas de espectros políticos diferentes, quando ousamos ir a universidades repletas de militantes de esquerda, debater ideias de forma honesta e respeitosa, com a convicção de que o debate livre e honesto é a base de uma sociedade saudável. Por mais moderadas que sejam nossas ideias e posições, para a grande mídia, somos todos “radicais de extrema direita” por defender a liberdade de expressão, por acreditar nos valores de Deus, pátria, família, vida e liberdade.

Eu sou Charlie Kirk quando cultivo amizades à direita, à esquerda e ao centro, conversando com todos, respeitando ideias das quais discordo. Porque acredito que o debate livre e honesto é o caminho para o progresso da sociedade. Por isso, sua morte me atingiu tão fundo. Charlie Kirk foi assassinado de forma covarde. Mas, de certa maneira, todos nós fomos baleados com ele. Para os progressistas de esquerda — que a mídia nunca chama de radicais — nós somos Charlie Kirk.

Essa morte me atingiu fundo porque, aos olhos de muitos, a vítima não foi um homem, mas sim uma ideologia. A morte de Charlie Kirk não foi vista como uma tragédia humana, mas como um incidente político, quase como se o rótulo que lhe impuseram justificasse o ódio e a violência. E é aqui que reside o perigo: quando nos acostumamos a desumanizar o outro por suas crenças, estamos pavimentando o caminho para a violência.

E me pergunto: qual teria sido a manchete se a vítima fosse eu? Não é difícil prever, e deixo ao leitor a resposta. Influenciadores de esquerda que pregam “amor” fariam piadas, artistas dariam aquele sorriso maroto de satisfação, e o principal telejornal do país diria que “a violência política precisa acabar” — apenas para, logo em seguida, continuar a nos desumanizar. Minha família choraria minha ausência, enquanto abutres da mídia tentariam difamar minha memória, fingindo não ter responsabilidade no crescimento da violência contra conservadores, cristãos e judeus.

A verdade é clara: o que a mídia chama, de forma covarde, de “violência política” é, na realidade, a violência praticada por grupos progressistas contra conservadores, cristãos e judeus — sempre com o apoio da grande imprensa e de intelectuais engajados em nos rotular como “radicais de extrema direita”, “ultraconservadores” e termos semelhantes. Essa rotulagem não é inocente: serve para justificar, no presente, a narrativa que legitimará a violência contra nós no futuro.


Adolfo Sachsida - Gazeta do Povo

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Venezuela começa o treinamento de civis para “enfrentar” os EUA; veja como é

O regime da Venezuela iniciou neste sábado (13) o treinamento de milhares de civis em quartéis de todo o país, após convocação do ditador Nicolás Maduro. O chamado “Sábado da Milícia” reúne moradores que se alistaram em bases militares para receber instruções práticas de guerra em meio à escalada de tensões com os Estados Unidos.

“Estamos nos preparando para defender a pátria. Não somos um país guerreiro, somos um país de paz. Mas nos preparamos para a guerra, nos preparamos para o que vier”, disse Federico Rosales, morador de Caracas, enquanto aguardava na fila de inscrição, segundo o portal Resumen Latinoamericano.

De acordo com o Ministério da Defesa chavista, os "novos recrutas" participam de cursos básicos que incluem instruções de tiro em campo de treinamento, primeiros socorros em combate, navegação terrestre, marchas, operações em rios e técnicas de sobrevivência. Nos pátios dos quartéis, civis receberam armas para aprender disparos controlados, enquanto outros praticaram embarque em blindados e exercícios de deslocamento em grupo.



Imagens da TV estatal mostraram longas fileiras de homens e mulheres de diferentes idades aguardando instruções para aulas de tiro em um quartel de Caracas. Segundo a mídia venezuelana, no local, cerca de 4 mil pessoas receberam treinamento simultâneo.



O ministro da Defesa chavista, Vladimir Padrino López, declarou que o país vive “uma fase avançada de organização e treinamento dos milicianos” e que o objetivo é “elevar o preparo operacional de todo o território”. Ele ressaltou que o processo de mobilização se tornou permanente, após a convocação feita por Maduro nas últimas semanas.



Enquanto civis treinavam técnicas de guerra, Diosdado Cabello, ministro da Justiça e número 2 do chavismo, reforçou em discurso o tom de enfrentamento contra os EUA. Em exercícios realizados no estado Aragua, ele ameaçou os americanos com uma guerra de 100 anos, caso invadam a Venezuela.

“Que se preparem para uma guerra de 100 anos se colocarem um pé na Venezuela. Quem tentar agredir nosso país estará comprando uma guerra de 100 anos”, disse o chavista.

Os Estados Unidos enviaram para o Caribe, para águas próximas da Venezuela, navios de guerra e um submarino nuclear para, em tese, combater o narcotráfico que a Casa Branca afirma ser viabilizado por Maduro.

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Fala de Flávio Dino sobre Charlie Kirk irrita governo Trump

Um comentário do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre Charlie Kirk, durante julgamento do plano de golpe de Estado, provocou forte reação negativa no governo dos Estados Unidos. A apuração é da âncora da CNN Débora Bergamasco no CNN Arena.

Após a fala ser traduzida e enviada a autoridades do Departamento de Estado americano, uma delas teria reagido com a expressão “he’s crazy” (“ele é louco”). A fala do ministro fazia referência ao perdão concedido a aproximadamente 1.500 pessoas que invadiram o Capitólio, sugerindo que tal medida não teria resultado em pacificação.

A repercussão negativa se deve, em grande parte, à relevância de Kirk no cenário político norte-americano. O comentarista era uma figura central no movimento MAGA (Make America Great Again), tendo papel fundamental na mobilização do eleitorado jovem e mantendo estreita relação com o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu círculo próximo.

O episódio aumenta as especulações sobre possíveis sanções contra Flávio Dino por parte do governo americano.

CNN Brasil

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Sociedades livres debatem ideias; sociedades em ruína matam pessoas

O assassinato de Charlie Kirk não é um episódio isolado. Tornou-se o estopim de um fenômeno mais amplo: a legitimação da violência contra o “outro”. Já não basta discordar, ridicularizar ou isolar o adversário. Agora, aplaude-se sua morte como se fosse um ato moralmente justificável.

O que está em curso é mais grave do que a simples polarização política. Trata-se de um processo de desumanização do inimigo. Quando se retira do outro a dignidade que lhe é intrínseca, torna-se aceitável eliminá-lo. Foi assim que regimes totalitários do século XX se consolidaram: judeus passaram a ser chamados de “pragas”, opositores políticos viraram “traidores”, religiosos foram reduzidos a “obstáculos ao progresso”. O passo seguinte foi a câmara de gás, o paredão ou o campo de trabalhos forçados.

Hoje, vemos um eco dessa lógica. Quando progressistas comemoram a morte de Kirk e dizem que “outros deveriam seguir o mesmo destino”, não estão apenas expressando raiva — estão legitimando a violência como resposta política. É como se o assassinato deixasse de ser crime para se tornar catarse: vingança travestida de justiça.

É nesse ponto que a fé entra em cena. Para os cristãos conservadores, Kirk se transforma em símbolo de martírio — não por ser perfeito ou santo, mas por tombar no meio da batalha cultural, pagando com a vida por sustentar convicções que confrontavam o establishment. A imagem é inevitável: as duas testemunhas do Apocalipse, mortas nas ruas e celebradas por aqueles que odiavam sua voz (Ap. 11:7-10). O mundo se alegra quando a Verdade é silenciada.

O risco é que esse mesmo mundo, que se orgulha de sua racionalidade secular, repita sem perceber a mais primitiva das lógicas religiosas: o sacrifício expiatório. Elimina-se o bode, o herege, o “nazista”, o “extremista”, para purificar a tribo. A cultura laicista, que se vangloria de ter libertado o homem dos dogmas, cai na armadilha de criar o seu próprio dogma absoluto: quem não concorda deve ser destruído.

Não é à toa que, em Boise, até mesmo uma vigília em memória de Kirk foi marcada por hostilidade, ameaças e violência. O espaço de luto — que deveria ser universal, já que a morte é a experiência mais comum a todos — foi contaminado pela lógica da guerra cultural. Ali se revelou a falência da convivência mínima. Se nem diante da morte conseguimos reconhecer a humanidade do outro, já não estamos em política, mas em barbárie.

Essa trajetória traz uma ironia cruel. O Estado moderno nasceu justamente da necessidade de conter a violência religiosa e política, criando um espaço público em que diferentes pudessem conviver. A laicidade, em sua forma madura, não significa neutralidade artificial, mas o reconhecimento de que fé e política só podem florescer com separação de esferas, liberdade de atuação, colaboração e igual consideração. Quando, porém, um grupo se arroga o direito de “limpar” o espaço público de vozes divergentes, rompe-se o pacto civilizatório.

Hoje foi Charlie Kirk. Amanhã pode ser qualquer um que ouse dizer que há apenas dois sexos, que a família tem valor objetivo, que a fé não é superstição, mas fundamento da dignidade humana. A desumanização não segue lógica racional; ela se alimenta do ódio e sempre encontra novas vítimas.

Por isso, este não é apenas um debate entre esquerda e direita, conservadores e progressistas. É um chamado à consciência civilizatória. Se aceitarmos que o assassinato de um adversário possa ser celebrado, estaremos assinando a sentença de morte da própria democracia. Afinal, a democracia não sobrevive onde a diferença é punida com bala, nem onde a vida humana é relativizada pelo rótulo que carrega.

Uma sociedade começa a morrer quando deixa de chorar a morte do outro e passa a celebrá-la.


Jean Marques Regina - Gazeta do Povo

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