Botafogo será único brasileiro do Mundial tributado no Brasil


Botafogo será o único clube brasileiro a pagar tributos à Receita Federal sobre o prêmio recebido no Mundial de Clubes da FIFA 2025. A cobrança ocorre porque o clube é uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), modelo que prevê um regime tributário específico, com recolhimento unificado de tributos federais à alíquota de 5%.

Segundo a Receita Federal, apenas SAFs enquadradas nesse regime estão sujeitas ao pagamento concentrado de IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins e contribuição previdenciária.

No total, o clube carioca arrecadou US$ 26,7 milhões no torneio. O valor que servirá de base para a tributação no Brasil, contudo, será o montante líquido efetivamente recebido pelo clube — já descontadas eventuais taxas administrativas da FIFA e tributos retidos na fonte no exterior. Assim, a alíquota de 5% incide sobre o que for creditado na conta do clube após essas deduções.

A depender da forma de repasse, o clube também precisará declarar essa receita nos Estados Unidos e verificar a alíquota aplicável conforme as regras fiscais daquele país.

E os outros clubes?

Já Fluminense, Palmeiras e Flamengo seguem organizados como associações civis sem fins lucrativos. Por isso, não se submetem à mesma sistemática de tributação adotada para clubes-empresa.

Os demais clubes brasileiros obtiveram premiações superiores ao Botafogo: o Fluminense, semifinalista, arrecadou US$ 60,8 milhões; o Palmeiras, eliminado nas quartas de final, recebeu US$ 39,83 milhões; e o Flamengo, que caiu antes, levou US$ 27,7 milhões.

Todos os valores pagos pela FIFA estão sujeitos à retenção de imposto nos Estados Unidos, país-sede da competição.


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