Brasil piorou em 8 de 11 categorias do relatório da fome da ONU



O governo Lula celebrou a saída do Brasil do Mapa da Fome, de acordo com relatório divulgado na última segunda-feira (28) pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Porém, entre os itens do relatório “Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo”, o país só melhorou em 3 (incluindo o dado que, segundo a ONU, tira o Brasil do Mapa da Fome), e piorou em 8 de 11 quesitos avaliados.

O Brasil melhorou em:

risco de subnutrição,

amamentação exclusiva (0 a 5 meses),

risco de anemia em mulheres (15 a 49 anos).

O Brasil piorou em:

risco de obesidade em maiores de 18 anos,

% de brasileiros que podem pagar por dieta saudável,

risco de insegurança alimentar grave,

risco de insegurança alimentar moderada ou grave,

risco da criança ter baixo peso ao nascer,

risco de baixo crescimento em crianças (até 5 anos),

risco de obesidade em crianças (até 5 anos) e

custo de dieta saudável.

MAPA DA FOME

Apesar de o relatório considerar que o Brasil deixou o Mapa da Fome –medida comemorada pelo governo Lula, o percentual da população sob risco de insegurança alimentar grave ou moderada subiu de 2014-2016 a 2022-2024.

Eis os dados:

  • insegurança alimentar grave – de 0,7% da população para 3,4%;
  • insegurança alimentar grave ou moderada – de 13,3% da população para 13,5%.


Houve uma piora significativa no risco de obesidade para:

  • crianças de até 5 anos – foi de 7,7% para 10,9% da população nesta faixa etária;
  • pessoas acima de 18 anos – foi de 19,1% para 28,1% da população nesta faixa etária.

Não há informações sobre as crianças e adolescentes de 6 a 17 anos.

Todos os indicadores relacionados a crianças com menos de 5 anos pioraram.

DIETA SAUDÁVEL

O relatório mostrou também que o custo diário (em dólares) de uma dieta saudável no Brasil foi de US$ 3,15 em 2017 para US$ 4,69 em 2024 –um aumento de 49%.

A FAO considera que uma dieta saudável deve incluir “grãos integrais, leguminosas, nozes e uma grande variedade de frutas e vegetais, podendo conter quantidades moderadas de ovos, laticínios, aves e peixes e pequenas quantidades de carne vermelha”.

O percentual da população brasileira que pode pagar por uma dieta saudável caiu de 27,1% em 2017 para 23,7% em 2024. Em números absolutos, 50,2 milhões são capazes de bancar uma dieta equilibrada.

Poder 360


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