Garoto que assassinou toda família cogitou jogar cadáveres aos porcos


A cada dia que passa e as investigações sobre o triplo homicídio cometido por um garoto, de 14 anos, que matou toda a família se aprofundam, novos detalhes brutais surgem. Desta vez, os investigadores da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) descobriram que o casal de adolescentes teve conversas pelo Instagram e cogitaram jogar os corpos para porcos comerem.

A namorada do adolescente suspeito de matar os pais e o irmão em Itaperuna, no Rio de Janeiro, foi apreendida ontem em Água Boa (MT), a 630 km de Cuiabá. A menina de 15 anos teria instigado e participado a todo momento do crime. Ela foi apreendida mais de uma semana depois do crime, a pedido da PCERJ às autoridades policiais do Mato Grosso, onde ela mora.

Os dois debateram métodos para matar e descartar os corpos. O garoto confessou que cometeu o crime porque os pais não deixaram ele se encontrar com a adolescente, com quem teria um relacionamento. Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, da 143ª Delegacia de Polícia, os responsáveis também não permitiram que ela fosse à casa da família no Rio de Janeiro, o que fez com que o filho se sentisse contrariado.

Saiba mais detalhes sobre o caso

  • Triplo homicídio ocorreu em 21 de junho, mas corpos dos pais do adolescente – Inaila Teixeira, 37 anos, e Antônio Carlos Teixeira, 45 – e do irmão caçula dele, de 3 anos, só foram encontrados na última quarta-feira (25/6).
  • Após matar parentes a tiros, adolescente jogou corpos dentro de cisterna.
  • Antes de confessar crime, adolescente contou à avó que pais tinham desaparecido porque o filho mais novo do casal teria engolido cacos de vidro.
  • Com base nisso, houve registro de um boletim de ocorrência sobre o suposto desaparecimento da família.
  • Desconfiados, policiais civis fizeram buscas na casa da família e, em razão de um cheiro forte, encontraram os corpos na cisterna. O adolescente foi detido no mesmo dia.
  • Na delegacia, ele contou que atirou na cabeça de Inaila, Antônio Carlos e no pescoço do irmão – que matou para “poupar o menino da dor de perder os pais”.
  • Uma das linhas de investigação da polícia envolvia um namoro virtual do jovem com uma adolescente de 15 anos moradora de Mato Grosso, que ele conheceu em jogos on-line.
  • O casal manteve um relacionamento por cerca de seis anos.
  • O suspeito contou que os pais não aprovavam o namoro e que a jovem teria dado um ultimato: ele precisava ir até o MT para vê-la.
  • Os pais do adolescente, porém, teriam impedido a viagem, o que supostamente motivou o triplo assassinato.
  • Durante a perícia na casa da família, a polícia encontrou uma mochila pronta para viagem e com os celulares das vítimas guardados.
  • Uma segunda linha de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) envolve dinheiro, pois, após o crime, o jovem pesquisou como receber o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de uma pessoa falecida.
  • O pai dele teria direito a cerca de R$ 33 mil.
  • A namorada do adolescente prestou depoimento na quinta-feira (26/6), na Delegacia de Água Boa (MT), acompanhada da mãe. Ela foi apreendida na manhã desta terça-feira (1º/7).
  • À época da detenção do adolescente, ele contou que, após cometer os assassinatos, ligou para a namorada, que teria o induzido a ocultar os cadáveres, segundo o delegado que investiga o crime.
  • Além disso, o material analisado pelos investigadores demonstrou que a adolescente sabia do crime, com base em trocas de mensagens, inclusive, na data das mortes.
  • Em depoimento, ela negou a participação no triplo homicídio. Mas, para a polícia, a troca de mensagens revelou a participação efetiva dela.

O delegado acrescentou que a análise das conversas entre os dois mostrou uma “barbaridade” na forma como planejaram e executaram o crime. “Conseguimos mostrar a premeditação, os atos preparatórios, o planejamento em si e os atos executórios”, afirmou.

O delegado destacou que os adolescentes também conversaram sobre como não serem descobertos e que os diálogos incluíam mensagens sobre o distanciamento do casal.

Em uma delas, a adolescente chegou a dizer que o namorado deveria “ser homem” e ir visitá-la – algo interpretado pela polícia como chantagem emocional.

Em uma das conversas com ela, o jovem chegou a dizer que o pai deveria ser morto primeiro, pois poderia impedir a execução da mãe e do filho de 3 anos.

“Outra mensagem trata de como [os adolescentes] sumiriam com os corpos, sobre cães farejadores da polícia, picar os cadáveres, queimar ou até dar para porcos comerem, em uma demonstração de total desprezo pela vida dos parentes”, completou o delegado.

Ainda segundo Carlos Augusto, o casal de jovens discutiu a necessidade de esperar um momento em que o irmão caçula do adolescente estivesse distante, para que isso facilitasse o assassinato dos pais deles.

Os investigadores descobriram que o casal ainda cogitou matar a mãe da adolescente e a avó do jovem, mas desistiu do plano por temerem chamar muito a atenção.

Na Mira com Carlos Carone - Metrópoles 


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