Presidente da CBF demite diretor que é amigo de Ronaldo por justa causa

Às véspera da eleição para o próximo mandatário da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o presidente Ednaldo Rodrigues demitiu o diretor de comunicação da entidade, Rodrigo Paiva, por justa causa.
Paiva é amigo do ex-jogador Ronaldo Fenômeno, que já anunciou o seu desejo de concorrer à presidência. Pelo estatuto, Rodrigues tem até abril do ano que vem para convocar a eleição.
Rodrigues ficou bastante incomodado pelo fato de Paiva estar acompanhando Ronaldo em alguns compromissos, cujo objetivo do ex-jogador é o de anunciar seu interesse na presidência da CBF.
Paiva estava de férias até o dia 8 de janeiro, mas já foi comunicado do seu desligamento por Rodrigues na quarta-feira (18). O presidente teria utilizado a justificativa de que Paiva cometeu assédio sexual contra uma funcionária da CBF.
Paiva nega que tenha cometido qualquer tipo de assédio.
Em agosto deste ano, o juiz Leonardo Almeida Cavalcanti, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, condenou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a indenizar em R$ 60 mil a ex-diretora Luísa Xavier Rosa, que acusa a entidade de assédio moral e sexual.
A ex-diretora afirma ainda que o assédio era de conhecimento e praticado por diversos integrantes da cúpula da entidade.
Rosa foi a primeira diretora mulher da história da entidade. Ela foi anunciada para o cargo com pompa pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em abril de 2022, como prova de seu compromisso com a diversidade.
No processo, diz ter sido desautorizada pelo presidente da CBF na contratação de empresas para obras e afirma que teve seus poderes esvaziados, o que a levou a um quadro de depressão.
Também relata episódios de assédio sexual e afirma que ouvia comentários misóginos e inconvenientes, como a contratação de prostitutas para servir os convidados da CBF em eventos–mas sem nomear os autores de tais comentários.
Rosa citou nominalmente nos autos Rodrigo Paiva, diretor de Comunicação, que a convidava para encontros não profissionais em bares e cafés no Leblon. Ele também se referia a ela como "anjo" e "linda".
O processo tramita em sigilo.
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