Arte Corporal
O ministro da Justiça Ricardo Lewandowski anunciou, na tarde deste domingo (18), um incremento da força policial que procura os dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró. Ao todo, cerca de 500 policiais atuam na operação de captura dos criminosos. Lewandowski disse ainda que o presídio voltou a ser “absolutamente seguro” após correções das “possíveis falhas”.
De acordo com o ministro, o efetivo policial que trabalha à procura dos fugitivos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento está divida em dois turnos (diurno e noturno), de modo que a operação não é paralisada em nenhum momento.
Lewandowski disse que investigações estão em andamento e evitou concluir, antecipadamente, que houve conivência de membros do sistema prisional para a fuga. O ministro anunciou melhorias para a segurança das unidades. Correções já foram feitas no presídio de Mossoró.
“As possíveis falhas já estão corrigidas, de tal maneira que o presídio de Mossoró voltou a ser um presídio absolutamente seguro e apto a custodiar os detentos que lá se encontram”, declarou o ministro da Justiça.
Representantes das polícias Federal e Rodoviária Federal afirmaram que as características do terreno são de difícil patrulhamento. A região de mata e as chuvas registradas nas últimas horas têm dificultado a operação de procura pelos fugitivos. As autoridades acreditam que a dupla ainda esteja nas imediações do presídio federal, dentro de um perímetro de 15 quilômetros.
O titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, afirmou que a fuga dos presos foi pontual e que não vai se repetir. “Não vamos dar mais chance, oportunidade alguma, com o nosso trabalho e com o trabalho dos policiais penais federais, para que uma situação dessa volte a se repetir”, frisou ele.
Durante a coletiva de imprensa que encerrou sua viagem à África, Lula disse que o Exército israelense comete genocídio contra os palestinos e fez alusão à matança de judeus na Alemanha nazista de Adolf Hitler.
Dayan disse que as “vergonhosas palavras do presidente brasileiro Lula da Silva são uma escandalosa combinação de ódio e ignorância”.
“Segundo a definição do IHRA, organização que o próprio Brasil quer ser membro, essa é uma clara declaração antissemita”, disse o responsável pelo Museu.
Segundo ele, “a comparação de um país que luta contra uma organização terrorista, que massacrou mais de 1200 de seus cidadãos sem distinção alguma com as ações dos nazistas que exterminaram seis milhões de judeus, merece toda condenação”.
Ele afirmou ainda que “é triste que o líder de um país chegue a um ponto tão baixo de distorção extrema do Holocausto”.
Equipes da polícia que atuam nas buscas pelos dois fugitivos que escaparam do Presídio Federal em Mossoró, montaram cerco na comunidade Primavera, Zona Rural de Baraúna, no final da tarde deste sábado (18), após informações de que os foragidos tentaram invadir uma casa da região.
De acordo com informações do jornalismo da TCM, Deibson Cabral e Rogério da Silva teriam tentado invadir o local, mas foram recebidos com tiros pelo morador da residência que seria um agente de segurança aposentado. Policiais estão no local e montaram cerco para tentar prender os fugitivos.
No início da tarde de hoje, a polícia já havia encontrado rastros dos detentos na RN-015, na região do Juremal, também nas proximidades do município de Baraúna. A distâncias entre as duas comunidades é de quase 6km.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi às redes sociais para dizer que condena veementemente a declaração em que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, compara a ação militar israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto. Herzog disse que há uma “distorção imoral da história” e apela “a todos os líderes mundiais para que se juntem a mim na condenação inequívoca de tais ações”.
Lula deu a declaração na Etiópia antes de embarcar de volta para o Brasil. Horas depois, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu à fala do petista e disse que convocaria o embaixador brasileiro no país para uma reprimenda.
“Soldados israelenses estão lutando contra uma organização terrorista cruel que tem como objetivo declarado a aniquilação do Estado judeu e defende a supressão de outras religiões e comunidades”, disse. “Continua brutalmente a manter 134 bebês, mulheres e homens como reféns nas masmorras de Gaza”, afirmou o presidente de Israel.
Herzog cita que mesmo assim ainda existem lideranças políticas mundiais acusando o Estado-nação do povo judeu das “maldades dos feitos de Hitler”. “Ainda ontem, apresentei ao mundo, na Conferência de Segurança de Munique, um livro encontrado em Gaza elogiando e glorificando a ideologia de Hitler e o Holocausto.”
A declaração de Lula foi feita em entrevista coletiva neste domingo (18), depois da participação do presidente na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Adeba, capital da Etiópia. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, disse. O portal R7 informou que procurou o Palácio do Planalto e o Itamaraty, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.