Governo autoriza concursos públicos para Enap e Fundação Palmares

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) autorizou a realização de dois novos concursos públicos, um para a Fundação Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e outro para a Fundação Cultural Palmares (FCP). As portarias de autorização, assinadas pela ministra Esther Dweck, foram publicadas nesta sexta-feira (27), no Diário Oficial da União (DOU).

Na Enap, serão oferecidas 15 vagas para técnicos em assuntos educacionais e o prazo para a publicação do edital de seleção é de até seis meses. Já na FCP, são 10 vagas para o cargo de pesquisador, com o objetivo de ampliar as ações de promoção e preservação da cultura afro-brasileira. O prazo de lançamento do edital desse concurso também é seis meses, a contar da publicação da portaria.

Tanto na Enap quanto na FCP, o provimento dos cargos dependerá da homologação do resultado final e da adequação orçamentária, informou o ministério.

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Endividamento das famílias cai a 47,9% em outubro, de 48% em setembro, afirma BC

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro passou de 48,0% em setembro para 47,9% em outubro, informou o Banco Central nesta sexta-feira, 27. O recorde histórico foi atingido em julho de 2022, com 49,9%. Descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento passou de 30,0% em setembro para 29,9% em outubro.

O programa Desenrola, encerrado em maio, promoveu a renegociação de R$ 53,07 bilhões em dívidas, ou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Ministério da Fazenda, ele levou a uma queda de 8,7% na inadimplência da população de baixa renda, público prioritário do programa. Das 15,06 milhões de pessoas atendidas, 5 milhões eram desse grupo e negociaram, somados, R$ 25,43 bilhões em débitos.

O comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) caiu de 26,4% em setembro (dado revisado) para 26,3% em outubro. Sem contar os empréstimos imobiliários, ele variou de 24,3% para 24,1% no período.

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Prévia da inflação oficial fecha ano em 4,71%

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, fechou o ano com uma taxa de 4,71%. O índice é semelhante ao registrado em 2023 (4,72%), ficando acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é 4,50%, diz IBGE.

O grupo alimentação e bebidas puxou a inflação neste ano, com uma alta de preços acumulada de 8% no período. Entre os produtos com maiores aumentos no ano estão óleos e gorduras (20,42%), carnes (19,48%), frutas (14,18%), bebidas (13,11%), leites e derivados (11,10%) e cereais, leguminosas e oleaginosas (10,04%).

Em seguida, aparecem os grupos de despesa saúde e cuidados pessoais (6,03%) e educação (6,82%). Os demais grupos apresentaram as seguintes taxas: despesas pessoais (5,12%), habitação (3,44%), comunicação (2,99%), transportes (2,32%), vestuário (2,25%) e artigos de residência (0,83%).

O IPCA-15 registrou taxa de 0,34% em dezembro deste ano, ficando abaixo da prévia do mês anterior (0,62%) e de dezembro do ano passado (0,40%). Dos nove grupos de despesas, cinco tiveram alta na prévia de dezembro deste ano.

Segundo IBGE, alimentação e bebidas apresentou o maior impacto no mês, com taxa de inflação de 1,47%, devido a itens como óleo de soja (9,21%), alcatra (9,02%), contrafilé (8,33%) e carne de porco (8,14%).

Outros grupos de despesa com altas importantes foram despesas pessoais (1,36%) e transportes (0,46%). O grupo habitação, com uma deflação (queda de preços) de 1,32%, ajudou a frear a prévia da inflação em dezembro, puxada pela energia elétrica residencial, cujo preço recuou 5,72%, devido ao retorno da vigência da bandeira tarifária verde no primeiro dia do mês.

O IPCA-15 trimestral, também conhecido como IPCA-E, registrou taxa de 1,51%, segundo o IBGE.

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Prazo para sacar o Abono Salarial termina nesta sexta

Tem direito ao benefício profissionais da iniciativa privada e servidores públicos cadastrados no Programa de Integração Social (PIS) ou Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) há pelo menos cinco anos, que tenham trabalhado durante pelo menos 30 dias no ano-base e recebido até dois salários mínimos por mês. Para receber, o empregador deve ter inserido corretamente as informações na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou no eSocial.

Se não forem sacados, os recursos serão devolvidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), de acordo com as regras do programa. Mesmo que isso aconteça, ainda é possível recuperar o dinheiro, via Ministério do Trabalho e Emprego.

As informações individuais do trabalhador podem ser obtidas na Carteira de Trabalho Digital, no portal Gov.br; pela central de atendimento do MTE - telefone 158, com ligação gratuita das 7h às 22h, de segunda a sábado, exceto em feriados nacionais, e nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho.

O pagamento do Abono Salarial na Caixa é realizado, prioritariamente, por crédito em conta, quando o trabalhador possuir conta corrente, conta poupança ou conta digital; por crédito pelo aplicativo Caixa Tem, em conta poupança social digital, aberta automaticamente pela Caixa.

Para o trabalhador não correntista será realizado o pagamento em canais como agência, lotéricas, autoatendimento, Caixa Aqui e demais canais de pagamentos oferecidos pela Caixa.

Para quem recebe pelo Banco do Brasil, o pagamento do benefício será realizado prioritariamente como crédito em conta bancária; transferência via TED, PIX ou presencial nas agências de atendimento para trabalhadores não correntistas.

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Desemprego recua a 6,1% e renova mínima da série histórica

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A taxa de desemprego do Brasil atingiu 6,1% no trimestre até novembro, apontam dados divulgados nesta sexta (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador estava em 6,6% nos três meses até agosto, que servem de base de comparação.

Com o novo resultado, a taxa renovou a mínima da série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012. Até então, o menor patamar havia sido registrado no trimestre até outubro de 2024, quando a desocupação marcou 6,2%.

O mercado financeiro esperava taxa de 6,1% para o intervalo finalizado em novembro, conforme a mediana das projeções coletadas pela agência Bloomberg.

O número de desempregados no Brasil foi estimado pelo IBGE em 6,8 milhões no trimestre até o mês passado. O contingente era de 7,3 milhões até agosto.

A população desocupada reúne pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e que seguem à procura de oportunidades. Quem não está buscando vagas, mesmo sem ter emprego, não faz parte desse grupo nas estatísticas oficiais.

Segundo economistas, a redução do desemprego reflete, principalmente, o aquecimento da atividade econômica em meio a medidas de estímulo por parte do governo federal.

Um fator secundário que contribui para o resultado é o comportamento da taxa de participação. Esse indicador mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais que estão inseridas na força de trabalho como ocupadas (empregadas) ou desempregadas (à procura de oportunidades).

A taxa de participação até mostrou sinais de retomada nos últimos trimestres, mas continuou abaixo do patamar pré-pandemia. O quadro, segundo analistas, pode ser associado a questões como o envelhecimento da população.

O IBGE também já afirmou que é possível que jovens estudantes tenham se afastado do mercado de trabalho devido à melhoria do emprego e da renda dos responsáveis pelas famílias. Isso poderia ser positivo em caso de dedicação aos estudos.

A taxa de desemprego deve permanecer em 2025 em patamar considerado baixo para a série histórica no Brasil, mesmo com a desaceleração prevista para o PIB (Produto Interno Bruto), apontam economistas consultados pela Folha de S.Paulo em reportagem publicada nesta semana. Eles afirmam que a desocupação tende a fechar o quarto trimestre de 2025 ainda perto de 6%.

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Aposentadorias do INSS com reajuste serão pagas entre 27 de janeiro e 3 de fevereiro

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começam a receber seus benefícios com reajuste do ano que vem a partir do dia 27 de janeiro. Para quem ganha aposentadoria, pensão ou auxílio de até um salário mínimo -é o caso de 60% do total de beneficiários- os novos valores são pagos primeiro, com aumento acima da inflação, conforme a política de valorização do governo federal.

O valor do salário mínimo subirá dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.518 em 2025. Um aumento de R$ 106, o equivalente a 7,5%.

Já os beneficiários com renda mensal acima do piso recebem o primeiro benefício com reajuste a partir de 3 de fevereiro. O índice de aumento, porém, ainda não foi definido, segundo o instituto previdenciário. O percentual depende do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que será divulgado no início de 2025.

A data do depósito depende de qual é o final do número do benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço. Para quem ganha o salário mínimo, o calendário começa com benefício com final 1. Estima-se que, com a aprovação do novo arcabouço fiscal, que limita o ganho real do piso nacional, o salário mínimo deve chegar a R$ 1.518 em 2025.

Para os segurados que recebem acima do mínimo, o calendário inicia com os cartões de final 1 e 6. No dia seguinte, são pagos os finais 2 e 7, e assim por diante.

O segurado também pode conferir o pagamento do INSS em 2025 no aplicativo ou site Meu INSS, por meio do extrato de pagamento. No site oficial do INSS, neste link, também está publicado o calendário.

CONFIRA O CALENDÁRIO DE PAGAMENTOS DO INSS EM 2025

PRIMEIRO SEMESTRE

Para quem recebe um salário mínimo

Final do benefício - Jan/25 - Fev/25 - Mar/25 - Abr/25 - Mai/25 - Jun/25

1 - 27/jan - 24/fev - 25/mar - 24/abr - 26/mai - 24/jun
2 - 28/jan - 25/fev - 26/mar - 25/abr - 27/mai - 25/jun
3 - 29/jan - 26/fev - 27/mar - 28/abr - 28/mai - 26/jun
4 - 30/jan - 27/fev - 28/mar - 29/abr - 29/mai - 27/jun
5 - 31/jan - 28/fev - 31/mar - 30/abr - 30/mai - 30/jun
6 - 03/fev - 06/mar - 01/abr - 02/mai - 02/jun - 01/jul
7 - 04/fev - 07/mar - 02/abr - 05/mai - 03/jun - 02/jul
8 - 05/fev - 10/mar - 03/abr - 06/mai - 04/jun - 03/jul
9 - 06/fev - 11/mar - 04/abr - 07/mai - 05/jun - 04/jul
0 - 07/fev - 12/mar - 07/abr - 08/mai - 06/jun - 07/jul

Para quem recebe acima do salário mínimo

Final do benefício - Jan/24 - Fev/24 - Mar/24 - Abr/24 - Mai/24 - Jun/24

1 e 6 - 03/fev - 06/mar - 01/abr - 02/mai - 02/jun - 01/jul
2 e 7 - 04/fev - 07/mar - 02/abr - 05/mai - 03/jun - 02/jul
3 e 8 - 05/fev - 10/mar - 03/abr - 06/mai - 04/jun - 03/jul
4 e 9 - 06/fev - 11/mar - 04/abr - 07/mai - 05/jun - 04/jul
5 e 0 - 07/fev - 12/mar - 07/abr - 08/mai - 06/jun - 07/jul

SEGUNDO SEMESTRE

Para quem recebe o salário mínimo

Final do benefício - Jul/24 - Ago/24 - Set/24 - Out/24 - Nov/24 - Dez/24

1 - 25/jul - 25/ago - 24/set - 27/out - 24/nov - 22/dez
2 - 28/jul - 26/ago - 25/set - 28/out - 25/nov - 23/dez
3 - 29/jul - 27/ago - 26/set - 29/out - 26/nov - 26/dez
4 - 30/jul - 28/ago - 29/set - 30/out - 27/nov - 29/dez
5 - 31/jul - 29/ago - 30/set - 31/out - 28/nov - 30/dez
6 - 01/ago - 01/set - 01/out -

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Haddad reduz período de férias em janeiro

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alterou o período de férias que irá tirar em janeiro, reduzindo o tempo de afastamento. De acordo com publicação no Diário Oficial da União (DOU), o ministro estará de férias entre os dias 2 e 6 e entre os dias 10 e 21 de janeiro de 2025.

Originalmente, o ministro estaria de férias por um período maior, de 2 a 21 do próximo mês. Haddad também estará fora do trabalho entre os dias 11 e 20 de julho.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, Haddad pretende continuar o trabalho em janeiro mesmo de férias, despachando do gabinete do Ministério da Fazenda em São Paulo, sempre que necessário. De acordo com fontes, o ministro continuará debruçado sobre os desdobramentos do pacote fiscal e na análise de eventuais medidas adicionais sobre a contenção gastos para reforçar o arcabouço fiscal.

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Concessões de transporte somam investimentos de R$ 71 bi em dois anos de Lula

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega à metade do atual ciclo contabilizando 9 concessões de rodovias e 18 leilões de terminais portuários realizados entre 2023 e 2024.

Ao todo, conforme informações reunidas pela Folha, essas 27 concessões feitas pelo Ministério dos Transportes e pela pasta de Portos e Aeroportos somam investimentos diretos de R$ 71 bilhões em obras estruturantes.

A cifra não inclui valores atrelados à manutenção ou fiscalização, nem repactuações e otimizações de contratos antigos. Trata-se de concessões novas, ocorridas na área de infraestrutura logística.

No primeiro biênio do governo de Jair Bolsonaro (2019-2020), conforme dados oficiais divulgados à época, houve um número maior de leilões, com oferta de 36 ativos (rodovias, ferrovias, portos e aeroportos), mas atrelados a projetos de menor porte.

Reunidos, os leilões somaram R$ 34,1 bilhões em investimentos. Esses dados já consideram valores corrigidos pela inflação até novembro.

O volume alcançado nos dois anos iniciais do petista é mais que o dobro do que foi realizado em período equivalente na gestão Bolsonaro. Apesar disso, sob Lula, até o momento, houve poucos avanços nas áreas de aeroportos e ferrovias.

A guerra dos martelos no setor de infraestrutura contrapõe Lula ao governador de São Paulo e então ministro de Infraestrutura de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas. Citado como potencial presidenciável em 2026, ele ganhou notoriedade como bom gestor quando esteve à frente das concessões logísticas, que ficavam concentradas em sua pasta.

A maior parte das concessões realizadas pelo governo Lula ocorreu neste ano. Em 2024, foram sete leilões de rodovias. Somados a outros dois leilões de 2023, a gestão federal fez nove concessões de estradas, com um total de 4.300 km de extensão de rodovias repassado para a gestão privada. Nos quatro anos de gestão Bolsonaro, seis rodovias foram concedidas.

É no setor rodoviário que estão concentrados os grandes investimentos. Ao todo, as concessões de estradas feitas em 2023 e 2024 somam R$ 66 bilhões para serem usados em obras de duplicações, ampliações de faixas e construção de contornos, ao longo dos 30 anos dessas concessões.

Se considerado o montante previsto para manutenção e fiscalização dessas rodovias, são mais R$ 45 bilhões destinados a 4.300 km, ao longo do prazo de concessão.

"O ano de 2024 foi um dos melhores períodos dos últimos anos neste setor. São sete leilões de rodovias só neste ano, contra seis feitos nos quatro anos do governo anterior. E vamos seguir adiante com esse movimento em 2025, mirando, principalmente, as repactuações de contratos antigos e que acabaram em desequilíbrio financeiro", disse à Folha o ministro dos Transportes, Renan Filho.

Procurado, o governador Tarcísio não quis comentar o assunto. Em 2020, ele chegou a prever 44 leilões de portos, aeroportos e rodovias. A pandemia da Covid-19, porém, teve impacto direto nos planos e aquele ano acabou com apenas nove concessões.

No Ministério dos Portos e Aeroportos, foram feitas 18 concessões portuárias em 2023 e 2024, com R$ 4,9 bilhões de investimentos contratados. "Desde a lei dos portos, que é de 2013, até o ano de 2022, foram dez anos para realizar 45 leilões. Isso dá uma ideia da retomada do setor, além do que já estamos preparando para os dois anos seguintes. Vamos superar o que se fez em uma década e concluir 55 leilões portuários no governo Lula até 2026", afirma o ministro Silvio Costa Filho.

Para Fernando Vernalha, especialista em infraestrutura e sócio fundador do Vernalha Pereira Advogados, a ampliação das concessões tem sido a principal aposta do governo para impulsionar a agenda de investimentos em infraestrutura, dada a escassez cada vez maior de espaços fiscais para viabilizar o investimento público.

A conjuntura atual, porém, pode comprometer essa agenda, segundo o especialista. "A perspectiva de alta inflacionária, o cenário de aumento de juros e a instabilidade cambial podem tornar os projetos mais desafiadores para o investidor de longo prazo. Isso pode ter reflexos negativos no programa de concessões, apesar de sua resiliência nos últimos anos."

Se houve avanço nas concessões de rodovias e portos nos últimos dois anos, pouco se viu de concreto em relação a ferrovias e aeroportos. Nos dois primeiros anos da gestão petista, as transações se limitaram à renegociação de contratos antigos.

Dentro dos ministérios, a justificativa é de que esse período foi usado para a arrumação de acordos existentes e reestruturação de editais, para que os leilões sejam realizados a partir de 2025.

No Ministério dos Transportes, o leilão de novos trechos ferroviários ainda depende do desfecho de um acordo bilionário que está em andamento com a mineradora Vale. A empresa negocia a renovação de trechos onde já atua -a Estrada de Ferro Caraj

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Operários resgatados na BYD na Bahia devem voltar à China em janeiro

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RIO DE JANEIRO, RJ, E SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - Ao menos sete dos 163 operários resgatados de condições análogas à escravidão na fábrica da BYD (Build Your Dreams), em Camaçari (50 km de Salvador), têm retorno previsto para o dia 1º de janeiro. As passagens para a viagem de volta à China serão custeadas pela montadora de carros elétricos, que também deverá arcar com ajuda de custo no valor de US$ 120 dólares.

Todos os trabalhadores ficarão hospedados em hotéis da região de Camaçari até que sejam finalizadas as negociações para a rescisão dos contratos de trabalho.

As medidas foram definidas nesta quinta-feira (26) pela BYD e a empreiteira Jinjiang Construction Brazil, que fazia parte da obra da fábrica em Camaçari, durante uma audiência virtual conjunta entre o Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal e Ministério da Justiça e Segurança Pública.

As duas empresas também se comprometeram a apresentar ao MPT todos os documentos relativos aos trabalhadores resgatados e as informações detalhadas de onde estão alojados.

A empreiteira Jinjiang deverá ainda conduzir os operários à Polícia Federal para obtenção do RNM (Registro Nacional Migratório) e posteriormente à Receita Federal para emissão dos CPFs. A Defensoria Pública da União acompanha o trâmite.

De acordo com os órgãos, somente após a retirada dos documentos será possível fazer os pagamentos no Brasil dos valores relativos à rescisão dos contratos e às indenizações dos empregados.

Uma nova audiência foi agendada para dia 7 de janeiro para que seja apresentada uma proposta de termo de ajuste de conduta para avaliação das empresas investigadas.

A sessão desta quinta-feira foi realizada após a força-tarefa de órgãos federais afirmar ter identificado os 163 funcionários trabalhando em condições degradantes, com jornadas extenuantes e restrições à liberdade. Todos os operários foram ouvidos individualmente, disseram os órgãos. Eles eram funcionários da empresa Jinjiang Group, uma das empreiteiras contratadas para realizar a obra, conforme a força-tarefa.

O resultado parcial das inspeções foi apresentado na última segunda-feira (23) pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Defensoria Pública da União, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Federal e Polícia Federal. A força-tarefa determinou a interdição de alojamentos e trechos do canteiro de obras.

Também foi constatada superlotação nos alojamentos dos trabalhadores da empresa terceirizada Jinjiang, que não tinham colchões, nem condições adequadas de higiene.

Em nota, a BYD Auto do Brasil afirmou que não tolera desrespeito à lei brasileira e à dignidade humana e informou que decidiu encerrar imediatamente o contrato com a Jinjiang Construction Brazil.

A Jinjiang disse nesta quinta-feira (26) na rede social Weibo que a descrição de autoridades brasileiras de que seus funcionários eram submetidos a "condições análogas à escravidão" é inconsistente com os fatos e que há mal-entendidos na tradução.

A BYD lançou a pedra fundamental para construção da fábrica em outubro de 2023. A montadora chinesa assumiu o parque industrial que era da Ford, que atuou na Bahia entre 2001 e 2021. O complexo industrial será composto por três fábricas, com investimento previsto de R$ 5,5 bilhões e capacidade inicial de produção de 150 mil carros elétricos e híbridos por ano.

A investigação da força-tarefa apontou que operários estavam distribuídos em cinco alojamentos em Camaçari. Em apenas um deles, destinado a funcionários administrativos, não houve resgate de trabalhadores.

Em um dos alojamentos, os operários dormiam em camas sem colchões e não tinham armários para seus pertences, que ficavam misturados com materiais de alimentação. Havia apenas um banheiro para cada 31 trabalhadores, o que os forçava a acordar às 4h para se preparar para sair para trabalho às 5h30.

Além de insuficientes, segundo a investigação, os banheiros não eram separados por sexo e apresentavam condições precárias de higiene. Sem local apropriado para lavar roupas, os trabalhadores usavam os banheiros para esta finalidade.

Os operários também entraram no país de forma irregular, na avaliação dos auditores. Eles usavam vistos temporários de assistência técnica, voltados para trabalhadores especialistas. Ao menos 107 chineses tiveram seus passaportes retidos pela empresa e parte deles só podia sair dos alojamentos com autorização, segundo os auditores.

O procedimento de investigação foi instaurado pelo MPT a partir de uma denúncia anônima recebida no dia 30 de setembro. Uma inspeção foi realizada dia 11 de novembro na área onde a empresa está construindo sua linha de montagem.

Em nota divulgada na noite de segunda-feira, a BYD disse que vai garantir que todos os direitos dos funcionários da terceirizada sejam assegurados e determinou que os 163 trabalhadores sejam transferidos para hotéis da região.
A montadora chinesa afirmou ainda que já

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Salário mínimo subirá R$ 106 e novo valor passará a ser de R$ 1.518 a partir de 1º de janeiro

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O valor do salário mínimo subirá dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.518 em 2025. Um aumento de R$ 106, o equivalente a 7,5%.

Segundo integrantes do governo ouvidos pela Folha, o valor de R$ 1.518 é o previsto pela nova regra de correção do salário mínimo, aprovada pelo Congresso no pacote de contenção de gastos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Não há indicações de mudanças, de acordo com os técnicos.

Um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será publicado nos próximos dias no Diário Oficial da União com o novo valor, que passará a vigorar a partir de 1º de janeiro.

Se a antiga regra ainda estivesse valendo, o salário mínimo subiria para R$ 1.528 (sem arredondamentos para cima). Com a revisão da regra, haverá uma perda de R$ 10.

Pela lei anterior, os reajustes eram feitos com base na variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulada nos 12 meses encerrados em novembro, mais a variação do PIB de dois anos antes.

O limite ao ganho real do salário mínimo é o pilar central do pacote e representa um recuo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na política de valorização que seu próprio governo implementou.

A medida foi considerada uma vitória de Haddad no processo de ajuste fiscal e contenção do crescimento das despesas obrigatórias. Haddad obteve consenso no governo para a revisão da regra e a alteração passou sem dificuldades no Congresso.

O valor do mínimo é um indicador fundamental para elaborar o Orçamento, porque a maior parte das despesas obrigatórias, como aposentadoria, pensões, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e outros benefícios, está atrelada ao seu valor.

O governo prevê uma economia de R$ 15,3 bilhões como a revisão da política nos anos de 2025 e 2026.

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