‘Sempre teremos Paris’, ironiza ministro do STF sobre perda de visto americano


Um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ironizou o anúncio feito por Marco Rubio, secretário de Estado do governo Donald Trump, de que Alexandre de Moraes e outros integrantes da Corte perderam seus vistos americanos.

Ao jornal Valor Econômico, um dos membros do STF – que o jornal não identificou quem seria – encaminhou uma imagem com os dizeres “sempre teremos Paris”, frase icônica que aparece no filme “Casablanca”, de 1942, dirigido por Michael Curtiz e estrelado por Humphrey Bogart, Ingrid Bergman e Paul Henreid.

O anúncio de que o governo dos EUA determinou a revogação dos vistos foi feito no mesmo dia em que Moraes ordenou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) use tornozeleira eletrônica.

A medida, segundo Rubio, se aplica a Moraes, a familiares do ministro e a aliados dele na Corte. O efeito é imediato, de acordo com a publicação feita em suas redes sociais.

Valor Econômico

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Lula convoca chanceler após Trump revogar vistos de ministros do STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para um encontro no Palácio da Alvorada neste sábado, após o anúncio do governo dos Estados Unidos sobre a revogação dos vistos de entrada de vários ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são de O Globo.

Segundo o jornal, durante a reunião, a principal pauta teria sido a preparação para a viagem de Lula ao Chile, onde participará de uma reunião de alto nível focada na proteção dos regimes democráticos. O presidente deve embarcar no domingo e retornar na segunda-feira,.

A medida, divulgada pelo secretário de Estado americano Marco Rubio, também atingiu familiares e aliados dos magistrados.

Rubio justificou a revogação dos vistos afirmando que o governo americano responsabiliza estrangeiros que, segundo ele, restringem a liberdade de expressão protegida nos Estados Unidos.

Em comunicado oficial, Lula manifestou sua discordância com a ação, qualificando-a como uma interferência injustificada e sem respaldo legal.

O presidente expressou apoio aos membros da Corte e destacou que pressões externas não abalarão o compromisso das instituições brasileiras com a defesa da democracia e da soberania nacional.

InfoMoney

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PESQUISA FUTURA: Lula é avaliado negativamente por 50,4% e positivamente por 26%

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é avaliado negativamente por 50,5% dos brasileiros, segundo pesquisa Futura divulgada nesta quinta-feira (17). Outros 26% manifestam uma percepção positiva do petista.

Pesquisas realizadas em junho apontavam Lula com uma avaliação negativa de 46,7% e 51%, em duas ocasiões. Já a avaliação positiva nos levantamentos do mês passado foi de 31,8% e 24,3%.

Tendo em vista a margem de erro do levantamento, de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, a avaliação negativa de Lula tem oscilado no intervalo.

Lula é avaliado mais negativamente por:

  • Homens (57,2%)
  • Pessoas entre 25 e 34 anos (56,1%)
  • Quem ganha mais de 20 salários mínimos (79,4%)
  • Evangélicos (64%)
  • E quem vive no Centro-Oeste (63,9%)

E mais positivamente por:

  • Mulheres (28,4%)
  • Pessoas com 60 anos ou mais (35,3%)
  • Quem ganha até um salário mínimo (31,9%)
  • Católicos (32,7%)
  • E quem vive no Nordeste (36,2%)

Nenhum grupo apresenta uma avaliação positiva que supere a negativa.

O cômputo da avaliação negativa junta quem avalia Lula como “ruim” ou “péssimo”. Já o da avaliação positiva, mescla “ótimo” ou “bom”.

O levantamento também constatou uma avaliação regular de 22,2%. Em junho, ela foi de 20,2% e 23,9%, nas duas pesquisas realizadas.

A pesquisa Futura ouviu 2.001 brasileiros aptos a votar (com 16 anos ou mais) por telefone entre 9 e 14 de julho. O nível de confiança do levantamento é de 95%.

CNN

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Presidente eleito do PT defende candidatura de Haddad

O ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva, recém-eleito presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), defendeu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), seja candidato ao governo de São Paulo ou ao Senado em 2026.

Citado pelo jornal Folha de S.Paulo, Edinho disse que a candidatura de Haddad, que já foi prefeito da capital paulista, é importante, pois o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai precisar de um palanque “muito” forte para se reeleger no ano que vem.

“Nenhum quadro pode se abster de cumprir missão partidária”, declarou Edinho. “Não sei para que Haddad tem de concorrer, mas vou defender que ele concorra. Penso que os melhores quadros têm de estar na disputa eleitoral de 2026”, disse.

Segundo Edinho, o PT errou ao ter classificado a política econômica de Haddad como “austericida”, quando a presidência do partido era ocupada por Gleisi Hoffmann, hoje ministra da Secretaria de Relações Institucionais.

“Isso foi um erro, é um erro e é um equívoco […] O governo do presidente Lula será forte, será vitorioso se o ministro da Fazenda for forte e for vitorioso. E nós temos muito espaço para conversar. Então prefiro que a gente trate as divergências internamente”, declarou. Edinho, no entanto, afirmou que Gleisi foi a maior dirigente da história do PT.

Edinho foi questionado sobre as disputas dentro da esplanada de Lula, o chamado “fogo amigo”. Ele disse: “Quando é fogo, não é amigo, né? A gente tem de pacificar. O governo do presidente Lula não é um juntado de projetos pessoais, é um projeto para o Brasil. Os ministérios têm de estar submetidos a esse projeto nacional liderado pelo presidente”.

O presidente eleito do PT declarou que os ministros não podem pagar a conta pela infidelidade dos partidos da base aliada no Congresso. Para Edinho, “o presidencialismo de coalizão ruiu” e Lula é o governante capaz de liderar o restabelecimento do sistema.

Poder 360

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MPRN deflagra operação para desarticular esquema de desvio de recursos públicos em Santana do Matos

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta quinta-feira (17) a operação Parceria. A ação investiga um esquema de desvio de recursos públicos e crimes contra a administração pública, supostamente operado por ex-agentes públicos do município, empresários e empresas contratadas pela referida Prefeitura.

A investigação aponta que empresas eram formalmente contratadas para realizar obras públicas, como a construção de uma passagem molhada e a pavimentação de uma estrada que dá acesso à Serra do Cajueiro, mas na prática não executavam os serviços. Segundo o apurado, um ex-secretário municipal de Obras atuava como o verdadeiro executor das obras, gerenciando trabalhadores e efetuando pagamentos em espécie, com dinheiro repassado pelas próprias empresas que venciam as licitações.

Como resultado das medidas cautelares solicitadas pelo MPRN, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 900 mil das contas bancárias dos investigados e de suas empresas. Foi ordenado, ainda, o sequestro de bens móveis e imóveis dos envolvidos para garantir o futuro ressarcimento dos danos causados aos cofres do município de Santana do Matos.

O MPRN iniciou a apuração após receber denúncias de que obras no município estavam sendo realizadas pela própria estrutura da Prefeitura, embora houvesse contratos firmados com empresas privadas para os mesmos fins. A investigação busca coibir a prática delituosa e proteger o patrimônio público, que estaria sendo lesado por meio de um esquema que utilizava contratos de fachada para desviar verbas públicas em benefício particular.

O esquema também envolveria pessoas ligados por laços familiares e profissionais aos ex-agentes públicos, com empresa fornecedora de material de construção e que mantinha transações financeiras suspeitas com os principais investigados.

Perícias técnicas realizadas a pedido do MPRN constataram irregularidades nas obras, como execução sem projeto adequado, ausência de fiscalização técnica e indícios de superfaturamento na compra de materiais. Um dos relatórios aponta que uma das obras foi executada de forma tão simplificada que seria insuficiente para atender às necessidades da comunidade, o que reforça a suspeita de desperdício de dinheiro público. Para aprofundar as investigações, a Justiça acatou o pedido do MPRN e expediu mandados de busca e apreensão.

A operação Parceria contou com o apoio da Polícia Militar. As diligências foram cumpridas nas residências dos investigados e nas sedes das empresas envolvidas em Santana do Matos, Angicos, Natal e Tenente Laurentino, com o objetivo de colher provas como documentos, computadores e telefones celulares que serão analisados pelo MPRN. A ação teve a participação de 10 promotores de Justiça, 23 servidores do MPRN e 44 policiais militares.

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“Desmoralização do Congresso brasileiro”, diz vice da Câmara sobre IOF

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ), disse nesta quarta-feira (16/7) que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de manter, com ajustes, o decreto do governo que reajustou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é uma “desmoralização do Congresso brasileiro”.

Altineu deu a declaração enquanto presidia a sessão do plenário da Câmara no lugar do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

“Nunca tive postura agressiva e nem terei a nenhuma decisão do STF, mas, como 1º vice-presidente, é uma desmoralização do Congresso brasileiro. […] Quando estiver presidindo a Câmara, não posso aceitar que o povo brasileiro tenha uma decisão, uma falta de respeito ao Congresso Nacional. Nós precisamos tomar atitudes não contra o STF, mas para defender as prerrogativas do Congresso”, declarou.

O vice da Câmara concluiu a fala afirmando que a decisão de Moraes é “lamentável”.

A decisão de Moraes sobre o IOF

Moraes determinou que o decreto do governo tem validade, com exceção do trecho que trata da tributação de operações do risco sacado, revogado pelo ministro. Essa parte do texto já vinha sendo alvo de negociação entre governo e Congresso, e tinha revogação prevista, conforme mencionado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nessa terça (15/7).

O risco sacado é um adiantamento que os bancos concedem a empresários, e que têm essas grandes companhias como garantidoras da operação. A tributação dessa modalidade gerou uma reação negativa do mercado financeiro e do Congresso Nacional.

Metrópoles

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