Governo cria grupo para enfrentar impacto das bets

O governo federal anunciou na segunda-feira, 10, a criação de um grupo de trabalho para tentar reduzir os danos à saúde mental da população causados por jogos e apostas online. A equipe, formada por representantes dos Ministérios da Saúde, Esporte, Fazenda e da Secretaria de Comunicação Social, terá prazo de 60 dias para sugerir ações de apoio a pessoas e comunidades afetadas pelas bets.

O grupo vai se reunir a cada 15 dias para propor ações de prevenção, redução de danos e assistência a pessoas com comportamento de jogo problemático. A equipe poderá ainda reexaminar ações administrativas e políticas públicas e formular sugestões de atuação regulatória.

Também são atribuições do grupo a criação de campanhas educativas para alertar sobre os riscos das apostas, programas de apoio à saúde mental e definição de parâmetros para orientação de operadores de apostas, entre outras iniciativas.

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Carne acumula inflação de 15,43% em 12 meses, a maior desde 2021

(FOLHAPRESS) - O churrasco ficou mais caro para o brasileiro. No acumulado de 12 meses, a inflação das carnes acelerou de 8,33% até outubro para 15,43% até novembro deste ano.

A variação mais recente é a maior desde outubro de 2021 (19,71%), segundo dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados nesta terça (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

As carnes apresentam alta no acumulado de 12 meses desde setembro deste ano. Antes, no mesmo recorte, os produtos vinham em uma trajetória de queda de preços no país, registrada de fevereiro de 2023 a agosto de 2024.

Considerando apenas o mês de novembro deste ano, a alta das carnes foi de 8,02%. Trata-se da maior variação mensal dos produtos desde dezembro de 2019 (18,06%).

Com a carestia, as carnes pressionaram a inflação do grupo alimentação e bebidas no mês passado (1,55%). O IBGE destacou os aumentos em cortes como alcatra (9,31%), chã de dentro (8,57%), contrafilé (7,83%) e costela (7,83%).

"A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto", disse André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE.

O economista André Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), também cita esses fatores como responsáveis pelo aumento dos preços.

Ele ainda lembra que o consumo das mercadorias costuma subir na reta final do ano, o que também pressiona a inflação. Em 2024, o desemprego em baixa reforça esse movimento, segundo Braz.
"Ela [carne] pode subir mais em dezembro, exatamente pela demanda de final de ano", diz.

Em relatório, a consultoria Datagro afirma que o avanço das cotações do boi gordo, que chegaram a flertar com máximas nominais históricas, tem impulsionado os preços da carne bovina no atacado e no varejo.

"O comportamento dos preços sugere que uma parcela considerável da alta da arroba bovina já foi absorvida pelos consumidores", diz a consultoria.

A Datagro também destaca que o ambiente de consumo aquecido favorece a compra das mercadorias, mesmo com os preços em alta.
"Ao analisar a fração da renda média comprometida pelo consumo per capita de carnes aos níveis atuais, percebe-se que ainda há espaço na renda do brasileiro médio para consumir carnes", diz.

"Contudo, também é possível inferir que estamos nos aproximando de um patamar máximo do quanto o consumidor está disposto a comprometer de sua renda para esse consumo, o que começa a induzir um movimento gradual de substituição da proteína bovina por alternativas de menor custo", acrescenta.

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Ainda não temos raio X completo da tributária do Senado, diz Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta terça-feira, 10, que a Casa ainda não tem um "raio X" completo do que foi proposto para a regulamentação da reforma tributária no Senado. Ele também afirmou que não poderia definir o dia que o texto poderá ser apreciado na Câmara, já que os senadores ainda precisam se debruçar sobre a matéria. O parecer do senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi apresentado ontem e pode ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira, 11.

Segundo Lira, as equipes da Câmara estão analisando o texto apresentado por Braga e ponderou que ainda não é possível saber como a proposta sairá do Senado, uma vez que ainda precisa passar pela CCJ e pelo plenário da Casa revisora.

"Todas as alterações que vierem para melhorar, contribuir, esclarecer, tornar mais ágil, menos burocrático, menos questionado jurídico também, nós iremos acatar. Agora, a gente tem que ver primeiro o que é que o Senado faz, se aprova, como aprova, quando chega para que a gente tenha um calendário", disse Lira, observando que a intenção inicial seria votar o projeto nesta semana para que a próxima fosse dedicada a matérias orçamentárias e uma das propostas do pacote fiscal.

Contudo, se o texto da tributária chegar à Câmara na quinta-feira à noite, não haverá tempo para votar ainda na sexta-feira, apontou. "Aí será na próxima semana, sem problema nenhum", afirmou.

Para Lira, Braga fez várias alterações de técnica legislativa, mas também muitas modificações de mérito. "E depois que a gente tiver a compilação de todas essas mudanças, é que nós vamos poder exprimir se o texto da Câmara permanece, se o texto da Câmara muda, conversar com o senador Pacheco, com Braga, para que tenha também um sentimento do Senado com relação a essas possibilidades. Agora, nós não temos ainda o raio x completo, até porque esse projeto ainda passará por votação na CCJ e votação no plenário", disse Lira.

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Dólar cai com desaceleração da inflação e otimismo com tramitação do pacote fiscal

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar fechou em queda de 0,56%, cotado a R$ 6,047, nesta terça-feira (10), após duas sessões consecutivas de recordes históricos. Já a Bolsa encerrou com alta de 0,80%, aos 128.228 pontos, segundo dados da plataforma CMA.

Investidores avaliaram os dados de desaceleração da inflação e ficaram otimistas com relação à tramitação do pacote fiscal no Congresso, após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os presidentes da Câmara e do Senado nesta segunda (9).

Também esteve no radar do mercado o quadro de saúde do presidente Lula depois de passar por uma cirurgia para drenar uma hemorragia no crânio.

Na frente de dados, a atenção dos investidores esteve voltada para a divulgação de novos números sobre a inflação ao consumidor no país.

A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou a 0,39% em novembro, após alta de 0,56% em outubro, segundo divulgado nesta manhã pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em 12 meses, o IPCA teve avanço de 4,87%, ante 4,76% em outubro. O índice ficou acima do teto da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central) -de 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

"Os números de hoje definitivamente não oferecem nenhum refresco para o Banco Central, e devem reforçar a leitura de uma ação mais incisiva da autoridade monetária para estancar a deterioração do quadro inflacionário", pontuou em relatório.

Segundo analistas, apesar de ficar praticamente dentro do esperado, o resultado mostra um cenário de descontrole inflacionário no país, que já vinha sendo mostrado com a crescente desancoragem das expectativas de inflação do mercado.

Dessa forma, a consequência deve ser uma aceleração no ritmo de aperto monetário pelo Copom, que anuncia sua última decisão de juros do ano nesta quarta-feira (11).

"Esse dado do IPCA e a sua composição particularmente ruim devem reforçar as expectativas de que o Copom vai adotar uma postura mais rígida na decisão de amanhã", disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

"Embora o resultado cheio tenha ficado em linha com as expectativas do mercado, a composição da inflação do IPCA continua piorando, com diversas medidas de núcleo registrando inflação acumulada nos maiores valores em algum tempo", destacou o economista-chefe da Azimut Brasil WM, Gino Olivares.

Operadores colocam 76% de chance de uma alta de 1 ponto percentual na Selic, atualmente em 11,25%, na quarta-feira, contra 24% de probabilidade de um aumento de 0,75 ponto.

No contexto político, investidores estiveram atentos às negociações em Brasília sobre medidas fiscais anunciadas em novembro.

A notícia de que o presidente Lula se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pachego (PSD-MG), para resolver uma impasse sobre as emendas parlamentares, afastou os temores de que as medidas de contenção de gastos possam ficar travadas no Congresso até o próximo ano.

"O mercado reagiu bem à agilidade do Congresso em avançar em temas fiscais tão importantes depois que foram indicados os relatores para os textos sobre cortes de gastos", afirmou Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

Na última segunda, o ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), havia rejeitado um recurso da AGU (Advocacia-Geral da União) do governo do presidente Lula (PT) que pedia mudanças na decisão do tribunal sobre as emendas parlamentares.

Com a manutenção das regras e restrições, havia o risco dos parlamentares retaliarem o governo na pauta do corte de gastos.

A notícia foi mal recebida pelo mercado. O dólar renovou seu recorde histórico nominal e terminou o pregão desta segunda (9) com oscilação positiva de 0,09%, cotado a R$ 6,081.

O noticiário sobre a cirurgia feita por Lula para drenar um hematoma no crânio também foi monitorado. Mais cedo, os médicos que tratam o presidente afirmaram que ele está estável e com a função neurológica preservada. A previsão, "se tudo correr bem", é que Lula retorne a Brasília no início da próxima semana.

Na visão do gestor de renda variável Tiago Cunha, da Ace Capital, não há qualquer mudança sobre o cenário econômico atual pela condição de saúde do presidente Lula, uma vez que são decisões de governo e não pessoais, mesmo que obviamente o presidente participe.

"Especulações sobre as condições de saúde interferirem na decisão do presidente em concorrer à reeleição em 2026 me parecem extremamente prematuras", disse.

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Corte de NY marca para 15 de janeiro audiência para discutir plano de reestruturação da Gol

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A Corte de Falência de Nova York marcou para o dia 15 de janeiro a audiência que vai discutir o plano de reestruturação de dívida da Gol e a forma como será a votação dos credores, incluindo as cédulas.

No plano, de mais de 300 páginas, a companhia aérea prevê levantar US$ 1,85 bilhão em novos recursos após sair do Chapter 11, o instrumento nos Estados Unidos para empresas com problemas financeiros que a empresa entrou em janeiro deste ano.

Em um cronograma, que ainda pode sofrer alterações, a Corte de Falências estabelece que credores que tiverem objeções ao que será discutido na audiência do dia 15, precisam apresentá-las, por escrito, até o dia 8 de janeiro.

A votação do plano de reestruturação deve ser concluída até 25 de fevereiro. No dia 7 de março de 2025 está marcada uma audiência de confirmação do plano, de acordo com documentos da corte.

Do total de recursos que a Gol pretende levantar após sair do Chapter 11, até US$ 330 milhões seriam na forma de emissão de novas ações, que poderiam ser compradas por terceiros investidores. Na noite da segunda-feira, a Gol comunicou que iria enviar o plano para a corte americana.

Nos documentos que apresentam o plano de reestruturação, o Milbank, escritório de advocacia que representa a Gol na Corte de Falência de Nova York, conta que o objetivo da empresa aérea é reduzir significativamente seu endividamento. Ao final do terceiro trimestre, a Gol tinha dívida líquida total de R$ 27,6 bilhões.

A redução do endividamento se dará por conversão de capital ou extinção de até US$ 1,7 bilhão da dívida financiada pré-início do procedimento de Chapter 11 e até US$ 850 milhões de outras obrigações, segundo o documento.

O plano explica que a Abra, a controladora da Gol e maior credora com garantia, concordou em receber aproximadamente US$ 950 milhões, "e possivelmente mais", em novas ações dependendo da resolução de certas questões pendentes, bem como US$ 850 milhões em dívida reestruturada. Isso em troca da satisfação dos créditos decorrentes da dívida no valor de US$ 2,8 bilhões que a holding reivindica.

Dessa dívida reestruturada, US$ 250 milhões serão obrigatoriamente convertidos em novas ações da Gol, conforme estabelecido no Plano de Reestruturação, anunciado em 6 de novembro. Ele foi assinado pela Gol, sua principal credora garantida, Abra, e o comitê de credores quirografários designados no Chapter 11.

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País semeou 94,1% da área prevista de soja em 2024/25 e 72,2% a de milho verão, diz Conab

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São Paulo, 10 - A semeadura de soja da safra 2024/25 no Brasil atingia, até domingo, 94,1% da área prevista, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu boletim semanal de progresso de safra. Este número representa avanço de 4,1 pontos porcentuais em relação à semana anterior e de 4,2 pontos porcentuais na comparação com igual período da safra passada.

Mato Grosso já concluiu o plantio, além de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Entre os que ainda estão semeando a oleaginosa, Mato Grosso do Sul está com os trabalhos mais adiantados, com 99% da área concluída, seguido por Goiás, com 97%, e Tocantins, com 96%.

Quanto ao milho de primeira safra 2024/25, o País havia semeado 72,2% da área prevista até domingo, avanço de 7,1 pontos porcentuais em relação à semana anterior e de 6,3 pontos porcentuais em comparação com igual período da safra 2023/24. O Paraná já concluiu o plantio. Santa Catarina conta com 99% da área semeada; São Paulo, com 98%; Minas Gerais, com 95%, e Rio Grande do Sul com 87%.

O plantio de algodão também ganha ritmo no País, com 7,7% da área semeada, avanço de 5,6 pontos porcentuais em relação à semana anterior, mas atraso de 0,7 ponto porcentual ante igual período da safra 2023/24. A Bahia conta com a maior área trabalhada, 35%, seguida por Mato Grosso do Sul, com 15%, Goiás, com 12%, e Minas Gerais, com 11%. Mato Grosso, o maior produtor da fibra, tem 1% da área semeada até agora.

Já a semeadura do arroz conta com 72,2% da área trabalhada na safra 2024/25, avanço de 7,1 pontos porcentuais em comparação com a semana anterior e de 6,3 pontos porcentuais na comparação com 2022/23. O Paraná já encerrou os trabalhos desta safra. Santa Catarina conta com 99% da área plantada e o Rio Grande do Sul, com 87%.

Finalmente, a colheita de trigo no País alcança 98,9% da área plantada em 2024/25, avanço de 1,2 ponto porcentual em comparação com a semana anterior, mas leve atraso de 1 ponto porcentual em comparação com igual período da safra passada. A colheita ainda deve ser finalizada no Rio Grande do Sul, que tinha, até a segunda-feira, 98% da área trabalhada, e em Santa Catarina, com 95,1%. O restante dos Estados produtores já concluiu a colheita.

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País semeou 94,1% da área prevista de soja em 2024/25 e 72,2% a de milho verão, diz Conab

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São Paulo, 10 - A semeadura de soja da safra 2024/25 no Brasil atingia, até domingo, 94,1% da área prevista, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu boletim semanal de progresso de safra. Este número representa avanço de 4,1 pontos porcentuais em relação à semana anterior e de 4,2 pontos porcentuais na comparação com igual período da safra passada.

Mato Grosso já concluiu o plantio, além de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Entre os que ainda estão semeando a oleaginosa, Mato Grosso do Sul está com os trabalhos mais adiantados, com 99% da área concluída, seguido por Goiás, com 97%, e Tocantins, com 96%.

Quanto ao milho de primeira safra 2024/25, o País havia semeado 72,2% da área prevista até domingo, avanço de 7,1 pontos porcentuais em relação à semana anterior e de 6,3 pontos porcentuais em comparação com igual período da safra 2023/24. O Paraná já concluiu o plantio. Santa Catarina conta com 99% da área semeada; São Paulo, com 98%; Minas Gerais, com 95%, e Rio Grande do Sul com 87%.

O plantio de algodão também ganha ritmo no País, com 7,7% da área semeada, avanço de 5,6 pontos porcentuais em relação à semana anterior, mas atraso de 0,7 ponto porcentual ante igual período da safra 2023/24. A Bahia conta com a maior área trabalhada, 35%, seguida por Mato Grosso do Sul, com 15%, Goiás, com 12%, e Minas Gerais, com 11%. Mato Grosso, o maior produtor da fibra, tem 1% da área semeada até agora.

Já a semeadura do arroz conta com 72,2% da área trabalhada na safra 2024/25, avanço de 7,1 pontos porcentuais em comparação com a semana anterior e de 6,3 pontos porcentuais na comparação com 2022/23. O Paraná já encerrou os trabalhos desta safra. Santa Catarina conta com 99% da área plantada e o Rio Grande do Sul, com 87%.

Finalmente, a colheita de trigo no País alcança 98,9% da área plantada em 2024/25, avanço de 1,2 ponto porcentual em comparação com a semana anterior, mas leve atraso de 1 ponto porcentual em comparação com igual período da safra passada. A colheita ainda deve ser finalizada no Rio Grande do Sul, que tinha, até a segunda-feira, 98% da área trabalhada, e em Santa Catarina, com 95,1%. O restante dos Estados produtores já concluiu a colheita.

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Inflação desacelera a 0,39% em novembro

(FOLHAPRESS) - A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou a 0,39% em novembro, segundo dados divulgados nesta terça (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A alta veio após variação de 0,56% em outubro.

O resultado de novembro ficou levemente acima da mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 0,38%, de acordo com a agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 0,24% a 0,43%.

No acumulado de 12 meses, a inflação acelerou a 4,87% até novembro, apontou o IBGE. A alta era de 4,76% até outubro.

O IPCA é referência para a meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central). Nos 12 meses de 2024, o centro do objetivo é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para menos (1,5%) ou para mais (4,5%).

As projeções do mercado financeiro, porém, indicam estouro do teto da meta de 4,5% até dezembro.

A mediana das previsões para este ano subiu de 4,71% para 4,84%, de acordo com a edição mais recente do boletim semanal Focus, publicada pelo BC na segunda (9), antes da divulgação do IPCA de novembro.

Nesta semana, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) volta a se reunir para definir o patamar da taxa básica de juros, a Selic, que está em 11,25% ao ano.

A perspectiva é de aumento de 0,75 ponto percentual na taxa, que chegaria a 12%, conforme os analistas consultados pelo Focus.

A reunião é a última do Copom em 2024. O encontro começa nesta terça e termina nesta quarta (11).

O aumento dos juros é a arma do BC para tentar conter a inflação e ancorar as expectativas para o IPCA.

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Senado quer apressar projeto que soma R$ 440 bi em subsídios e encarece conta de luz

(FOLHAPRESS) - Faltando duas semanas para o recesso, o Senado sinaliza que antes de ir para o descanso de final de ano quer aprovar o PL (Projeto de Lei) PL 576/21, mais conhecido como PL das eólicas offshore. O texto embute custos extras de R$ 440 bilhões em subsídios para os consumidores de energia pagarem até 2050. Segundo dados da consultoria PSR, especializada em energia, na média, serão R$ 17,5 bilhões por ano a mais na tarifa, provocando um aumento de 7,5% na conta de luz nesse período.

A pancada adicional está em um conjunto de jabutis -como são chamadas as medidas sem nenhuma relação com o texto legislativo original, que são inseridas aleatoriamente. O pacote favorece até carvão em pleno momento de combate ao aquecimento global.

Estimativa da Abrace, que reúne grandes consumidores, mostra que a conta de luz de uma família no Pará, por exemplo, vai subir de uma média mensal de R$ 216 por mês para R$ 232 -sem contar o reajuste anual da distribuidora, que vai se sobrepor ao aumento provocado pelo PL. Ou seja, anualmente, a conta de luz vai encostar em R$ 2.800 só para ajudar a pagar subsídios.

No Rio, a conta de luz média se estabelece acima dos R$ 200 por mês, indo a R$ 2.600 por ano. Em Minas Gerais, a tarifa média sobe de R$ 182 para R$ 197, quase R$ 2.400 por ano. Em São Paulo, em média, passa de R$ 153 para R$ 165, quase R$ 2.000 por ano de conta de luz.

Uma queda de braço segurou o PL na Comissão de Infraestrutura do Senado. Esta semana começa, porém, com uma sinalização incomum. O texto já está na pauta da votação no plenário de quarta-feira (11), sem pedido de urgência para furar a fila por lá. Ou seja, dá como certa a aprovação na comissão. O setor de energia entendeu o recado: a pressão política do lobby subiu o tom na reta final do ano.

Básicamente, o texto prorroga subsídios para alguns investidores de térmicas a gás e a carvão, mas também estende benefícios a energias renováveis que não precisam mais de ajuda financeira, como a minigeração de energia solar ou a prorrogação de benefícios dentro do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica).

O entendimento é que as medidas criam custos adicionais e desnecessários para o orçamento das famílias e o caixa das empresas, ajudando a elevar a inflação. Por isso, vem sendo fortemente combatido por 12 entidades que representam segmentos de geração e consumidores, entre elas a União pela Energia, que congrega 70 associações da indústria brasileira.

"Passamos o ano num trabalho permanente para mostrar aos senadores que essas medidas adicionais são uma insanidade", afirma Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente Nacional de Consumidores de Energia.

"O Brasil precisa da regulamentação para que, em cinco ou sete anos, empreendimentos de eólicas off shore possam estar entrando em operação, mas o PL precisa ser aprovado sem esses jabutis."

Nesta segunda (9), a entidade enviou carta aos senadores com novo alerta. Na quinta-feira (5), já havia remetido carta ao ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira pedindo mais empenho oficial da pasta pela retirada dos jabutis. Procurada pela reportagem para comentar, o ministério não se pronunciou até a publicação deste texto.

Outros segmentos do governo federal identificaram os risco do PL para a economia e atuam para retirar os artigos em que os jabutis estão alojados. A Secretaria de Relações Institucionais tentou demover os senadores. O Ministério da Fazenda publicou uma nota técnica recomentando que os artigos onde estão os jabutis sejam limados (leia abaixo o ponto a ponto).

"Nosso esforço é mostrar ao senadores que os prejuízos das medidas superam em muito qualquer eventual benefício, porque o PL prejudica a economia do Brasil -encarece não apenas a conta de luz, mas a cadeia de produção. A nota técnica da Fazenda deixa isso claro", afirma Paulo Pedrosa, presidente da Abrace, a entidade que reúne os grandes consumidores industriais de energia.

O esfoço contra o PL tem apoio de ambientalistas, preocupados com as emissões. Cálculos do Instituto Internacional Arayara, Instituto ClimaInfo e Iema (Instituto de Energia e Meio Ambiente), com dados da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), apontam que os projetos apoiados pelo PL vão elevar em 25% as emissões de gases de efeito estufa do setor elétrico brasileiro.

Redigido no Senado, o primeiro texto PL 576/21 sobre as eólicas no mar tinha foco. Tratava apenas do tema que dá nome à proposta. Na Câmara, recebeu a leva de jabutis no final de 2023, que encareciam o custo da energia. Havia a perspectiva que, na volta à Casa original, os jabutis cairiam –tanto que o projeto ficou o ano todo numa gaveta. Reapareceu apenas agora, nas últimas semanas do ano.

Em seu parecer, divulgado em 2 de dezembro, o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator do projeto, defendeu a permanência dos benefícios. Um pedido de vistas coletivo, porém, transfer

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Atritos marcam relação com Brasil no 1º ano de Milei, mas pragmatismo prevalece

(FOLHAPRESS) - As caras azedas dos presidentes Javier Milei e Lula (PT) durante encontro na cúpula do G20 no Rio de Janeiro e o eco de um discurso do argentino, quando ainda candidato, de que romperia relações com Brasília refletem somente um lado da relação Brasil-Argentina no primeiro ano do ultraliberal no poder.

Aos atritos se somou um trabalho de (muito) pragmatismo. Às margens das rusgas presidenciais, diplomatas dos dois lados trabalharam para manter os laços comerciais, e houve até espaço para colaboração, em um demonstrativo de que a realpolitik ainda dá as caras.

O Brasil é o principal parceiro comercial argentino, seguido por China, Estados Unidos e Chile. O país representa cerca de 17% das exportações argentinas, além de 24% das importações. Uma balança comercial, afinal, impossível de negligenciar, ainda que também ela tenha sentido os efeitos da nova administração da Casa Rosada.

Enquanto no ano passado as exportações do Brasil para a Argentina tiveram alta de 9% em relação ao ano anterior, neste ano, entre janeiro e novembro, houve recuo de 21,4%.

A bem da verdade, o comércio bilateral vem refluindo desde 2014, e alavancá-lo era um dos objetivos do governo Lula 3. O desafio é a contraparte argentina que, frente à crise econômica crônica, implementou um ajuste fiscal rígido com corte de gastos públicos.

Neste sentido o gás natural extraído da rica formação geológica conhecida como Vaca Muerta seria peça importante. Pese o mal-estar entre Lula e Milei, os dois países firmaram em novembro um há muito gestado memorando de entendimento para exportar o gás argentino para o Brasil.

Quando isso vai ocorrer é outra história. Há um desafio logístico: como exportar o gás? A capacidade exportadora argentina, em grande parte, depende da Bolívia, seu vizinho ao norte. O país andino tem toda uma estrutura de escoamento disponível para uso agora que viu suas próprias reservas do produto minguarem.

Mas além do alto preço, há o custo diplomático: Milei já acusou o presidente boliviano, Luis Arce, de tentar um autogolpe.

Ao sair de um encontro com Lula em Montevidéu na semana passada, Arce disse, questionado pela reportagem, que a "Bolívia está totalmente disposta a ajudar nessa tarefa". "A infraestrutura está pronta para ser utilizada, não vemos muito problema na relação política, são detalhes que faltam consensuar entre as petroleiras."

Haveria ainda outras duas opções para levar o gás. Uma, transformá-lo em gás natural liquefeito e levá-lo por barco. Outra, ampliar a rede de dutos argentina para fazer com que o produto chegasse até o sul do Brasil. Novamente, o empecilho: o governo, que interrompeu obras públicas, já sacramentou que não dará nenhum novo investimento estatal no projeto, de modo que ampliar a infraestrutura teria de ficar a cargo do apetite do setor privado. Nenhuma solução será rápida.

É no campo energético que veio outro demonstrativo de pragmatismo na relação bilateral. Em maio, um navio com gás da Petrobras desviou seu curso, atracou em um porto no rio Paraná e, depois de uma gestão célere entre os diplomatas dos dois países, mitigou uma crise no abastecimento de energia na Argentina.

De lá para cá, porém, um personagem central dessas tratativas saiu de cena. A economista Diana Mondino, ex-chanceler da Argentina, tinha relação próxima com o embaixador brasileiro no país, Julio Bitelli, uma escolha a dedo de Lula para o cargo por já ter ampla experiência na Argentina. Os dois se falavam por mensagem e estavam em rápido contato cada vez que um novo tema entre os países surgiam. Até que...

Por pressão da ala ideológica da Casa Rosada, comandada por Karina, irmã de Milei, Mondino foi retirada do cargo em outubro. Em seu lugar, assumiu Gerardo Werthein, ex-embaixador nos EUA. Ele disse ao chefe da delegação brasileira: "As relações com o Brasil seguem." Mas ali foi preciso recomeçar do zero todo um trabalho de articulação.

A saída de Mondino complicou consideravelmente a condução na agenda bilateral, segundo interlocutores de Brasília. O diálogo também refluiu -nas palavras de um diplomata, a agilidade na condução da agenda bilateral se complicou consideravelmente.

Talvez esteja na Venezuela um dos principais exemplos da mudança. Em outro exemplo de colaboração a despeito do atrito, coube ao Brasil cuidar dos interesses argentinos e do prédio da embaixada do país em Caracas após a equipe diplomática de Milei ser expulsa pelo ditador Nicolás Maduro.

Pese a discordância brasileira com a postura dos seis asilados políticos da oposição que ali vivem (eles seguem fazendo campanha política, a despeito de o asilo político prever o abandono das atividades do tipo), o Brasil segue a cargo do prédio em um momento no qual, novamente, a ditadura elevou a pressão.

Já há duas semanas agentes do regime cercam a embaixada argentina em Caracas. E neste período, porém, não há contato entre as equipes diplomáticas de Brasil e Argentina.

Milei já deixou correligionários com frio na barriga na Argentina ao ir ao Brasil para um evento conservador ao lado de Jair Bolsonaro (PL). Aliados temiam que, em território brasileiro, o presidente criticasse L

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