Lula pede que Anielle seja “uma puta militante” do PT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu nesta terça-feira (2.abr.2024) que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, “seja uma puta militante” do PT. Ela se filiou ao partido em ato realizado no Circo Voador, no bairro da Lapa, no Rio. É irmã da vereadora assassinada em 2018, Marielle Franco (Psol-RJ).

Durante seu discurso, Lula descartou que Anielle seja candidata durante as eleições municipais de 2024. Segundo o presidente, a ministra “pode construir uma perspectiva política muito importante no Estado do Rio de Janeiro”. Ela era um dos nomes cotados para ser vice na chapa com o atual prefeito Eduardo Paes (PSD).

“Eu não vou nem fazer mais exigências a você, o que importa é o seguinte: é que você seja uma puta de uma militante desse partido. Você vai ler o manifesto do PT. Você precisa ler o manifesto do PT, decorar o manifesto do PT para você saber o seguinte: esse povo, quando ele acredita, ele vai fundo”, disse o presidente.

O petista afirmou ainda que o partido passa por mudanças e que é preciso de uma nova geração preparada para enfrentar “adversário que conta 50 mentiras por dia” –uma referência indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Relator no TRE-PR vota contra cassação de Moro; julgamento será retomado na quarta (3)

O desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do processo que pede a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil), votou pela improcedência da ação.

Isso significa que ele entendeu que as acusações não procedem e que o cargo conquistado por Moro no senado deve ser mantido.

O segundo desembargador a votar, José Rodrigo Sade, pediu vista. Com isso, a continuidade da sessão ficou marcada para a quarta-feira (3).

As duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) que pedem a cassação do mandato de Sergio Moro começaram a ser julgadas às 14h desta segunda-feira (1º), no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em Curitiba.

Moro responde por abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022. Ele foi eleito com 1,9 milhão de votos. As ações contra ele possuem teor similar e serão julgadas em conjunto pela corte.

Além do relator, outros seis desembargadores irão votar.

Todos os membros da Corte votam, inclusive o presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, porque os processos envolvem possível perda de mandato. Em ações sem esse tipo de especificidade, o presidente só votaria em caso de empate.

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Com base frágil, governo Lula deixa de orientar bancada no Congresso em um terço das votações

Sem conseguir formar uma base confiável no Congresso, o governo abdicou de dar orientações de bancada a parlamentares aliados em quase um terço das votações realizadas nos plenários da Câmara e do Senado neste ano. A estratégia tem como objetivo tanto evitar se opor a parte dos aliados quanto a de não se comprometer com propostas consideradas polêmicas, deixando aberta a possibilidade de um veto presidencial posterior.

Levantamento do GLOBO mostra que as bancadas governistas foram liberadas a votar como quiseram em 11 das 42 votações nominais realizadas na Câmara neste ano, o que equivale a 26%. No ano passado, esse índice era menor. De 301 propostas analisadas, o governo deixou de orientar em 61 delas (20%).

Já no Senado, das cinco votações nominais no plenário da Casa neste ano, três não tiveram orientação. Foi o caso, por exemplo, do projeto que restringiu a chamada “saidinha” de presos em feriados. Apesar de a medida sofrer resistência de ministros, o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), desistiu de orientar o voto contrário para evitar uma derrota certa. A proposta foi aprovada pelo placar de 62 a 2.

— Eu não gosto da ideia de liberar, mas eu também não vou conflitar com todos os líderes que já encaminharam (voto a favor). Então o governo nesse caso vai liberar, e eu vou explicar ao governo o que aconteceu — disse Wagner na ocasião.



Prerrogativa de líderes

A orientação de voto faz parte do rito de votações nas duas Casas legislativas. Durante a análise do tema, cada líder partidário pode subir à tribuna para dizer como a sua bancada deverá votar em um projeto ou no item que está em discussão. O líder do governo e da oposição também têm a mesma prerrogativa. Nem sempre, contudo, são seguidos.

Aliados do governo argumentam que, com uma base tão heterogênea, formada por partidos que vão do PSOL ao União Brasil, seria impossível ao Palácio do Planalto conseguir uma unidade em projetos como o da “saidinha” de presos.

Responsável pela articulação política do Planalto no Congresso, o ministro da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, diz ser preciso escolher as brigas que o governo vai comprar, e a decisão de orientar ou não a votação é analisada caso a caso.

— Às vezes, você tem dentro dos próprios parlamentares que apoiam o governo posições divergentes. Em geral, quando o governo não faz uma orientação é porque (o projeto) não está no centro das suas prioridades. Nossa agenda prioritária está focada na questão econômica, na recriação das políticas sociais, na transição ecológica — afirmou Padilha ao GLOBO.

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Sob pressão do PT, PSB vai avaliar Rafael para eleição

O presidente estadual do PSB e pré-candidato a prefeito de Natal, o ex-deputado federal Rafael Motta deverá ter uma definição do seu destino político depois de 11 de abril, quando haverá uma reunião da Comissão Executiva Nacional (CEN) do partido, em Brasília, para discussão de questões relativas às eleições municipais de 2024 e o quadro geral de candidaturas.

Mas em Natal, o ex-deputado Rafael Motta trava luta de bastidores com o PT nacional, que tenta junto ao presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, viabilizar apoio à pré-candidatura da deputada federal Natália Bonavides (PT).

“Soube através das entrevistas concedidas pela deputada Natália. Ainda não tivemos nenhuma conversa, mas a deputada sinalizou para a possibilidade de um diálogo”, ponderou Motta, que vinha adotando um tom mais agressivo em relação a sua postura de viabilizar uma chapa majoritária socialista em Natal.

“Estamos em um momento de anúncio e fortalecimento da pré-candidatura a prefeito, até o período das convenções teremos tempo suficiente para definição sobre nomes que possam ocupar o cargo de vice-prefeito (a) compondo o grupo”, disse ainda o ex-deputado, que, neste momento, “trabalha na montagem da nominata de vereadores. Vamos seguir um passo de cada vez”.

Motta adiantou que “o diálogo com o PSB nacional e com o presidente Carlos Siqueira é constante. De lá recebemos estímulo à nossa pré-candidatura a prefeito e orientação para articular com os partidos que compõe a base do governo federal”.

Segundo Motta, o PSB em Natal tem autonomia para dialogar com partidos – “nem há necessidade de liberação. Política é diálogo. Além disso, dialogar faz parte da nossa essência. É através do diálogo que vamos construir a Natal que queremos”.

“Estamos abertos aos partidos que se alinham ao projeto de Governo de Lula/Alckmin”, disse o ex-deputado, que ainda aguarda um possível apoio do prefeito Álvaro Dias: “O Republicanos é um dos partidos que compõe a base do governo e que o PSB está aberto ao diálogo”.
Rafael Motta tem dito que o presidente Carlos Siqueira vem estimulado a valorização dos quadros jovens do partido através de pré-candidaturas, como são os casos de Tabata Amaral, em São Paulo, e Duarte Jr, em São Luís, no Maranhão, e Cássia Andrade, em Belém: “Estamos em construção de um projeto com apoio do PSB e vamos seguir com ele”.

Motta já disse que Natália tem teto e muita rejeição

Anteriormente, o ex-deputado Rafael Motta havia direcionado criticas à pré-candidatura da deputada petista Natália Bonavides, como foi publicado em 5 de março, na TRIBUNA DO NORTE: “Apesar da Natália ter uma intenção de voto maior, ela meio que chegou em um teto. E o problema é que ela tem muita rejeição. Em um provável segundo turno, é arriscado haver uma derrota dependendo do adversário”.

A estocada mais recente de Motta ocorreu no começo da semana (terça, 26), em entrevista na 91 FM: “Política se faz através de aproximação, através de convencimento, através de parcerias. Fico até surpreso com essa forma que a pré-candidata Natália está adotando, se for o que está acontecendo realmente, de buscar uma pressão nacional para tentar emparedar o PSB local para obrigatoriamente votar por A, B ou C, ou deixar o projeto de Rafael Motta de lado, para apoiar o projeto tal. Não sou homem público de trabalhar dessa maneira, de ser emparedado. Gosto muito da deputada Natália, mas me surpreende se a personalidade dela estiver sendo dessa forma de imposição”.

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Incontrolável, Lula descumpre combinação para discursos; falas em eventos públicos têm incomodado seus assessores diretos

A espontaneidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em discursos feitos em eventos públicos tem incomodado seus assessores diretos. Por vezes, integrantes de sua equipe combinam uma estratégia de comunicação que acaba descumprida pelo chefe do Executivo. Nesses casos, as declarações, muitas vezes controversas, acabam chamando mais atenção do que o foco da agenda do governo.

Lula é tido como “incontrolável” e, mesmo quando foge do que foi acordado, dificilmente alguém tem espaço para dar uma bronca no chefe. Dos 38 ministros na Esplanada, apenas um deles tem ampla liberdade para chamar o presidente pelo nome –Luiz Marinho, que convive com Lula desde os tempos de sindicalismo em São Bernardo do Campo (SP).

Essa distância e falta de intimidade com o presidente acabam impedindo assessores de falar o que pensam a Lula. Por essa razão, a preocupação tem sido levada à mesa em conversas amenas e de forma cuidadosa.

O próprio presidente criticou publicamente a comunicação de seu governo. Só que ele atribui tudo a uma falha de estratégia da sua equipe, que acaba resultando numa avaria em sua popularidade.

No aniversário de 44 anos do Partido dos Trabalhadores, realizado em Brasília em 20 de março, Lula confessou que muitas vezes não consegue se segurar. “Quando eu vejo um microfone, me dá coceira nos dentes”, disse ao subir ao palco. O petista relatou que havia combinado com a primeira-dama, Janja Lula da Silva, que não discursaria no evento.

Pesquisa do PoderDatadivulgada em 27 de março, mostrou que 47% dos brasileiros dizem “aprovar” o governo Lula e 45% declararam “desaprovar”. As taxas empatam na margem de erro do levantamento, de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Os percentuais oscilaram desfavoravelmente ao presidente quase de maneira contínua desde o início do mandato, há 15 meses. As curvas da pesquisa PoderData, o estudo sobre avaliação do governo realizado com maior frequência no Brasil, mostram com clareza a tendência.

No início do mandato, a distância entre quem aprovava para quem desaprovava o governo era de 13 pontos percentuais. Agora, só 2 pontos.

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Moraes nega pedido de devolução de passaporte para Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes indeferiu nessa quinta-feira (28) o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para a devolução de seu passaporte. Moraes se baseou em manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que vai no mesmo sentido.

De acordo com Gonet, “não se tem notícia de evento que torne superável a decisão que determinou a retenção do passaporte do requerente. A medida em questão se prende justamente a prevenir que o sujeito à providência saia do país, ante o perigo para o desenvolvimento das investigações criminais e eventual aplicação da lei penal. Os pressupostos da medida continuam justificados no caso.”

Em sua decisão, divulgada nesta sexta-feira (29), Moraes acrescenta, ainda, que “as diligências estão em curso, razão pela qual é absolutamente prematuro remover a restrição imposta ao investigado, conforme, anteriormente, por mim decidido em situações absolutamente análogas”.

O passaporte de Bolsonaro foi apreendido por determinação de Moraes no âmbito da operação Tempus Veritatis, que apura a existência de uma trama golpista no alto escalão do governo do ex-presidente.

Na última semana, Bolsonaro pediu a devolução do passaporte para viajar a Israel entre os dias 12 e 18 de maio. Ele afirma que recebeu convite oficial do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para visitar o país, em companhia de sua família.

Visita a embaixada
Na segunda-feira (25), o jornal The New York Times publicou que o ex-presidente permaneceu entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano hospedado na Embaixada da Hungria, em Brasília, poucos dias após ter tido o passaporte apreendido.

Pelas regras internacionais, a área da embaixada é inviolável pelas autoridades brasileiras. Dessa forma, Bolsonaro estaria imune ao eventual cumprimento de um mandado de prisão.

Bolsonaro é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que esteve na posse do ex-presidente em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou Budapeste, capital húngara, e foi recebido por Orbán. Além disso, ambos trocam constantes elogios públicos.

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No confronto direto, Michelle é quem mais tem chance numa disputa contra Lula

Se as eleições presidenciais fossem hoje (são apenas em 2026), o nome do centro e da centro-direita que aparece como o mais competitivo em uma disputa direta contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 78 anos, é a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL), 42 anos.

Ela nunca disputou uma eleição, mas foi testada em estudo de intenção de votos do Paraná Pesquisas e pontuou 43,4% contra 44,5% do petista. Essa pesquisa foi amplamente divulgada nas redes sociais pelo presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira, do Piauí. O partido encomendou o levantamento.

Michelle Bolsonaro hoje comanda o chamado PL Mulher e vem sendo apontada como possível sucessora de Jair Bolsonaro (PL) em uma disputa presidencial, visto que o marido por enquanto segue inabilitado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).


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Instituto Paraná Pesquisas: Bolsonaro À Frente De Lula, Com Michelle Empatada Tecnicamente


Nesta quarta-feira (27), o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, divulgou trechos de uma pesquisa encomendada ao instituto Paraná Pesquisas, indicando que o potencial eleitoral de Michelle Bolsonaro em um confronto direto com Lula não deve ser subestimado. Segundo os dados apresentados, atualmente o cenário aponta para um empate técnico entre os dois candidatos. 

Nos trechos revelados pelo senador, o ex-presidente Jair Bolsonaro surge com 41,7% das intenções de voto, superando o presidente Lula, que obtém 41,6%.

Além disso, há um empate técnico entre Lula e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, com Lula recebendo 44,5% das intenções de voto e Michelle ficando logo atrás, com 43,4%.

Outro dado apresentado por Ciro indica um empate técnico entre Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Lula soma 43,9% das intenções de voto, enquanto Tarcísio alcança 40,8%.

No X, antiga plataforma do Twitter, Ciro afirmou que irá publicar cenários levantados pelo Paraná Pesquisas a cada duas horas.

“E fica o aviso: as coisas não estão nada boas para o lado de lá”, declarou o senador.

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