Shein aciona 'plano B' no Brasil para sofrer menos com dólar e 'taxa das blusinhas'

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(FOLHAPRESS) - A plataforma global especializada em moda Shein decidiu acionar o seu "plano B" no Brasil. A varejista chinesa, que em abril de 2023 -com apenas um ano de operações no país- havia anunciado o início da produção local para ir paulatinamente substituindo as roupas e acessórios importados, agora acelera a contratação de revendedores brasileiros para oferecerem produtos na sua plataforma.

Hoje a companhia tem 30 mil vendedores no país, o primeiro local no mundo em que passou a operar como marketplace (revenda de produtos de terceiros). "A meta é somar até o fim do ano entre 40 mil e 50 mil", afirmou o principal executivo da Shein no país, Felipe Feistler, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (12).

Essa modalidade responde por 60% da venda da Shein brasileira -os outros 40% são produtos que vêm da China ou são fabricados com exclusividade por confecções parceiras no Brasil. Os produtos dos chamados "sellers" podem ser nacionais ou importados, mas a maioria é nacional, justamente para manter o preço competitivo e fugir das flutuações do câmbio.

O plano da Shein, anunciado em abril de 2023, era chegar ao final de 2026 com a contratação de 2.000 confecções, que forneceriam produtos à empresa, com um investimento de R$ 750 milhões. O projeto consta de um termo de compromisso firmado com o governo brasileiro para a nacionalização dos produtos, uma vez que as varejistas brasileiras reclamavam de concorrência desleal da asiática.

Hoje, 22 meses depois do anúncio, percorrido metade do período previsto para a contratação das fábricas, apenas pouco mais de 300 estão operando como parceiras. "A cadeia do 1P é um pouco mais lenta. É preciso mudar toda a forma com que trabalha uma indústria", diz Feistler.

O executivo faz menção ao modelo de negócios sob demanda com que a Shein faz história na moda: a empresa encomenda inicialmente um lote de 100 a 200 peças para novos produtos; usa algoritmos para avaliar o interesse dos consumidores em tempo real; fornece retorno aos fornecedores, que precisam adaptar modelos, volumes e prazo de produção. Com isso, a varejista reduz sensivelmente estoques e o desperdício de matéria-prima, além de chegar rápido ao consumidor. É um modelo que exige agilidade na ponta fornecedora, que precisa adaptar o fluxo de trabalho à velocidade dos algoritmos.

Feistler disse que a companhia continua apostando no estoque próprio (sistema conhecido como "1P" no jargão do comércio eletrônico) e vai seguir contratando confecções. "Acho que é uma meta factível", disse o executivo, a respeito das 2.000 fábricas até o final de 2026 -uma delas é a Coteminas, do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes, que entrou em recuperação judicial em maio do ano passado.

"Mas o modelo 3P [dos revendedores] consegue trazer produtos que complementam e até ganham dos importados", disse Feistler. Eles pagam 16% de comissão à Shein para revender seus produtos, e a varejista chinesa fica responsável pelo manejo das mercadorias até a entrega para os clientes.

A empresa agora entra em uma nova fase de expansão, captando "sellers" em outros estados, a começar por Santa Catarina, um importante polo têxtil nacional. As cidades prioritárias são Blumenau, Brusque, Florianópolis, Itajaí e Joinville. Na sequência, deve cadastrar revendedores do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal, que poderão oferecer seus produtos na plataforma.

Hoje, a companhia trabalha com parceiros de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Para a empresa, interessa conquistar estado por estado. "Quanto mais adensada a logística, menor o custo", diz.

No Brasil, a Shein tem três centros de distribuição em Guarulhos, na Grande São Paulo, que somam 250 mil m².

Embora não tenham contratos de exclusividade com as plataformas, os pequenos revendedores preferem, em geral, trabalhar com um único parceiro de comércio eletrônico. "São muitas regras que variam de uma plataforma para outra e para que a gente consiga uma posição de destaque no ranqueamento", diz Thatiane Cruz, gerente de e-commerce da varejista de roupas infantis Miguxas e Miguxos Kids.

A empresa, que tem loja no Brás, em São Paulo, terceiriza a confecção das peças e concentra toda a sua venda online para o consumidor final na Shein. A sua operação de e-commerce é apenas para venda a partir de 10 peças. "Nós já faturamos cerca de R$ 2 milhões com eles [Shein] no ano passado e queremos dobrar a venda este ano", diz Thatiane.

Segundo Fleister, se o revendedor oferece um preço competitivo na Shein, as pessoas que compravam importados passam a preferir o fornecedor local. "Isso explica o marketplace ter chegado a 60% da nossa venda total, depois que entrou em vigor a 'taxa das blusinhas'", afirma, referindo-se à taxação de compras internacionais de até US$ 50, que passou a vigorar em agosto de 2024.

De acordo com o executivo, a taxação impactou as vendas da Shein. "

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Unilever atende expectativas de lucro, mas projeta crescimento lento em 2025

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A Unilever atendeu expectativas de lucro e receita no quarto trimestre de 2024, mas decepcionou ao projetar crescimento lento do faturamento em 2025, devido ao cenário de demanda fraca global, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, 13. A multinacional anglo-holandesa revelou um plano de reestruturação, que inclui a listagem na Bolsa de Amsterdã do seu negócio de sorvetes desmembrado, encerrando meses de especulação sobre como a empresa lidaria com a separação da unidade.

Após a divulgação dos balanços e dos planos, a ação da Unilever caía 7,1% em Londres, onde tem sua listagem primária e é a quarta empresa de maior peso no índice FTSE 100, às 8h15 (de Brasília). Os papéis da empresa também cediam 6,8% em Amsterdã e o American Depositary Receipt (ADR) recuava 6,5% em Nova York.

A unidade de sorvetes - que inclui as marcas Ben & Jerry's, Magnum e Wall's - permanecerá sediada na capital holandesa e terá listagens secundárias no Reino Unido e nos EUA, disse a Unilever. A empresa também está visando economias de custos de 800 milhões de euros, o que inclui a eliminação de 7.500 empregos globalmente.

Esta unidade gerou um faturamento de 8,3 bilhões de euros em 2024, representando cerca de 14% do faturamento total do grupo. No ano passado, o faturamento da Unilever foi de 60,8 bilhões de euros, representando alta de 1,9% na comparação com 2023. As vendas subjacentes avançaram 4,2% no período, enquanto o lucro líquido teve queda anual de 10,8%, a 6,4 bilhões de euros.

A Unilever projeta um aumento de vendas subjacente em 2025 dentro de sua faixa típica de 3% a 5%, mas alertou que o crescimento do mercado no primeiro semestre provavelmente será moderado, antes de acelerar novamente. Segundo analistas consultados pelo The Wall Street Journal, os resultados vieram em linha com as expectativas, mas as projeções moderadas para o curto prazo decepcionaram por mostrar um ambiente difícil para consumo e investimentos que devem pressionar as margens de lucro.

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Receita da Nestlé recua 1,8% em 2024, mas supera estimativa

A Nestlé informou nesta quinta-feira (13) que a receita da companhia no acumulado de 2024 recuou 1,8% em comparação com o ano anterior, somando 91,35 bilhões de francos suíços (cerca de US$ 99,98 bilhões) ante 93 bilhões de francos suíços. Já o lucro líquido da companhia foi 2,9% menor, passando de 11,21 bilhões de francos suíços, ou 4,14 francos por ação, para 10,88 bilhões de francos suíços, ou 4,19 francos por ação. Em termos ajustados, o lucro por ação perdeu 0,8%, a 4,77 francos.

O lucro líquido ficou em linha com o estimado por analistas, em dados compilados pela empresa, que indicavam um valor de 10,89 bilhões de francos suíços. Já a receita ficou ligeiramente acima do esperado, de 91,02 bilhões de francos suíços. Na bolsa suíça, as ações da Nestlé subiam 6,02% por volta das 7h40 (de Brasília).

Em relatório, a Nestlé reportou seu menor crescimento orgânico anual nas vendas em mais de duas décadas, com a retração nos gastos do consumidor após uma inflação alta nos últimos anos. As vendas orgânicas subiram 2,2% no ano passado, o que indica forte desaceleração em comparação com o crescimento de 7,2% em 2023, apesar de estar em linha com o esperado por analistas, de 2,1%. Já o crescimento interno real (RIG) voltou a ficar positivo, em 0,8%. "Os preços aumentaram 1,5%, refletindo uma redução na inflação em quase todas as categorias após dois anos de altos custos de insumos e aumentos de preços", disse a empresa.

Por região, o crescimento orgânico foi impulsionado pelos mercados emergentes e pela Europa, que juntos mais do que compensaram a queda na América do Norte, afirmou a Nestlé. Nos mercados desenvolvidos, o crescimento orgânico foi de 1,2%, com preços e crescimento interno real (RIG) positivos. Nos mercados emergentes, o crescimento orgânico foi de 3,7%, liderado pelos preços com RIG positivo.

O café foi o produto que mais contribuiu com o crescimento orgânico, com alta de um dígito médio, apoiado pelas marcas Nescafé, Nespresso e Starbucks, disse a Nestlé. As vendas de confeitaria cresceram a uma taxa de um dígito médio, lideradas pelo KitKat, além de marcas locais. O segmento PetCare obteve crescimento de um dígito baixo, assim como o segmento de águas e nutrição infantil. Além disso, a Nestlé Health Science avançou a um dígito médio. Já o segmento de lácteos recuou, junto com o setor de culinária.

"Em um contexto macroeconômico desafiador e com um ambiente de consumo fraco, alcançamos um desempenho sólido em 2024, alinhado com nossa última orientação. O crescimento orgânico foi de 2,2%, com um retorno ao crescimento interno real positivo de 0,8%, e ambos se fortaleceram na segunda metade do ano", disse no comunicado o CEO da Nestlé, Laurent Freixe. Segundo ele, ainda, o fluxo de caixa livre melhorou para 10,7 bilhões francos suíços, e o Conselho propôs um aumento no dividendo para 3,05 francos suíços por ação.

Para o CEO, aumentar o investimento para impulsionar o crescimento é central. "Estamos criando o combustível para esses investimentos em crescimento por meio do nosso novo programa de economia de custos de 2,5 bilhões de francos para três anos. Estamos avançando bem e já garantimos mais de 300 milhões de francos dessas economias para 2025", afirmou.

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Governo Lula é alertado sobre possíveis medidas de Trump contra o etanol

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BRASÍLIA, DF, E MUNIQUE, ALEMANHA (FOLHAPRESS) - O etanol pode ser o próximo alvo de medidas comerciais adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo alerta dado por um representante brasileiro do setor sucroalcooleiro ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre políticas em discussão atualmente na Casa Branca.

O alerta, registrado pelo Itamaraty em um documento obtido pela Folha, foi feito por um diretor da Raízen, gigante brasileira do setor, à embaixada do Brasil em Washington.

Procurada, a Raízen disse que não comentaria o caso.

Se confirmada, a ofensiva dos EUA abrirá um novo capítulo na briga comercial com o Brasil no setor do etanol –disputa que se arrasta há anos.

Washington se queixa de que o Brasil impõe barreiras para a entrada do seu etanol (fabricado a partir do milho) no país, enquanto o equivalente brasileiro (à base de cana-de-açúcar) ingressa basicamente sem tarifas no mercado norte-americano.

O imposto de 18% praticado pelo Brasil afeta principalmente produtores do Meio-Oeste dos EUA, politicamente próximos a Trump. Aliados do republicano consideram o etanol um dos exemplos de práticas comerciais injustas das quais o presidente americano frequentemente se queixa publicamente.

Nos bastidores, membros do governo brasileiro rebatem o argumento e dizem que os casos dos dois países não são totalmente comparáveis. Eles citam, por exemplo, que os produtores nacionais são mais prejudicados por barreiras americanas ao açúcar –a abertura desse setor nos EUA é um pleito antigo do Brasil.

Argumentam também que aumentar a exposição ao etanol americano representa uma ameaça aos produtores instalados no Nordeste, fato que acrescenta grande sensibilidade política ao tema.

De acordo com integrantes do governo ouvidos pela Folha, ainda não há informação sobre qual poderia ser a linha de ação da administração Donald Trump em relação ao etanol: se eles aumentariam tarifas para a entrada de etanol brasileiro no país ou usariam outras medidas como forma de pressionar o Brasil.

A eventual imposição de tarifas afetaria o segundo principal mercado internacional do etanol brasileiro. As exportações do produto para os EUA somaram no ano passado US$ 181,8 milhões (cerca de R$ 1 bilhão), atrás apenas da Coreia do Sul.

Em 2024, houve um aumento de 13,3% nas exportações brasileiras no segmento complexo sucroalcooleiro, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária. O setor esteve entre os principais exportadores do agronegócio em termos de valor, com US$ 19,7 bilhões, respondendo por uma participação de 12% do total vendido ao exterior.

O etanol brasileiro é vendido majoritariamente para a Califórnia por causa de regras de redução de emissões do estado.

A expectativa de que o etanol entrará na mira do governo Trump aumentou depois da audiência de confirmação no Senado, de Jamieson Greer, indicado como representante de Comércio dos EUA. A sabatina ocorreu em 6 de fevereiro.

Na ocasião, Greer disse que o etanol era um caso claro de injustiça comercial e disse que, se necessário, empregaria táticas como investigações comerciais para convencer o Brasil a se abrir para o etanol americano.

Entre as falas de destaque citadas em um resumo da sabatina feito por autoridades brasileiras, um membro do governo ressalta que o representante de Comércio dos EUA deve colocar a questão do setor do etanol no topo de sua lista de prioridades.

A primeira onda de tarifas impostas por Trump afetou os setores de aço e alumínio. Na última segunda (10), o presidente dos EUA elevou para 25% a cobrança sobre importações desses itens. Entre as justificativas, mencionou o aumento expressivo de compra de aço da China pelo Brasil.

Antes do anúncio oficial, o governo brasileiro elaborou um mapeamento dos setores que potencialmente seriam mais afetados pela guerra comercial deflagrada pelos americanos. A análise trazia medidas e instrumentos que o Brasil poderia mobilizar caso a caso, levando em consideração possíveis efeitos colaterais.

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Governo Lula é alertado sobre possíveis medidas de Trump contra o etanol

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BRASÍLIA, DF, E MUNIQUE, ALEMANHA (FOLHAPRESS) - O etanol pode ser o próximo alvo de medidas comerciais adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo alerta dado por um representante brasileiro do setor sucroalcooleiro ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre políticas em discussão atualmente na Casa Branca.

O alerta, registrado pelo Itamaraty em um documento obtido pela Folha, foi feito por um diretor da Raízen, gigante brasileira do setor, à embaixada do Brasil em Washington.

Se confirmada, a ofensiva dos EUA abrirá um novo capítulo na briga comercial com o Brasil no setor do etanol –disputa que se arrasta há anos.

Washington se queixa de que o Brasil impõe barreiras para a entrada do seu etanol (fabricado a partir do milho) no país, enquanto o equivalente brasileiro (à base de cana-de-açúcar) ingressa basicamente sem tarifas no mercado norte-americano.

O imposto de 18% praticado pelo Brasil afeta principalmente produtores do Meio-Oeste dos EUA, politicamente próximos a Trump. Aliados do republicano consideram o etanol um dos exemplos de práticas comerciais injustas das quais o presidente americano frequentemente se queixa publicamente.

Nos bastidores, membros do governo brasileiro rebatem o argumento e dizem que os casos dos dois países não são totalmente comparáveis. Eles citam, por exemplo, que os produtores nacionais são mais prejudicados por barreiras americanas ao açúcar –a abertura desse setor nos EUA é um pleito antigo do Brasil.

De acordo com integrantes do governo ouvidos pela Folha, ainda não há informação sobre qual poderia ser a linha de ação da administração Donald Trump em relação ao etanol: se eles aumentariam tarifas para a entrada de etanol brasileiro no país ou usariam outras medidas como forma de pressionar o Brasil.

A eventual imposição de tarifas afetaria o segundo principal mercado internacional do etanol brasileiro. As exportações do produto para os EUA somaram no ano passado US$ 181,8 milhões (cerca de R$ 1 bilhão), atrás apenas da Coreia do Sul.

Em 2024, houve um aumento de 13,3% nas exportações brasileiras no segmento complexo sucroalcooleiro, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária. O setor esteve entre os principais exportadores do agronegócio em termos de valor, com US$ 19,7 bilhões, respondendo por uma participação de 12% do total vendido ao exterior.

O etanol brasileiro é vendido majoritariamente para a Califórnia por causa de regras de redução de emissões do estado.

A expectativa de que o etanol entrará na mira do governo Trump aumentou depois da audiência de confirmação no Senado, de Jamieson Greer, indicado como representante de Comércio dos EUA. A sabatina ocorreu em 6 de fevereiro.

Na ocasião, Greer disse que o etanol era um caso claro de injustiça comercial e disse que, se necessário, empregaria táticas como investigações comerciais para convencer o Brasil a se abrir para o etanol americano.

Entre as falas de destaque citadas em um resumo da sabatina feito por autoridades brasileiras, um membro do governo ressalta que o representante de Comércio dos EUA deve colocar a questão do setor do etanol no topo de sua lista de prioridades.

A primeira onda de tarifas impostas por Trump afetou os setores de aço e alumínio. Na última segunda (10), o presidente dos EUA elevou para 25% a cobrança sobre importações desses itens. Entre as justificativas, mencionou o aumento expressivo de compra de aço da China pelo Brasil.

Antes do anúncio oficial, o governo brasileiro elaborou um mapeamento dos setores que potencialmente seriam mais afetados pela guerra comercial deflagrada pelos americanos. A análise trazia medidas e instrumentos que o Brasil poderia mobilizar caso a caso, levando em consideração possíveis efeitos colaterais.

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TCU decide liberar pagamentos do programa Pé-de-Meia

O plenário do Tribunal de Contas de União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (12) liberar os pagamentos do programa Pé-de-Meia que estavam bloqueados. O programa é promovido pelo governo federal para estimular a permanência de estudantes do ensino médio na escola.

O tribunal também concedeu ao governo federal prazo de 120 dias para regularizar o programa e inserir os gastos no Orçamento de 2025, que ainda está em tramitação no Congresso.

O TCU aceitou um recurso do governo federal para liberar os repasses. Em janeiro deste ano, o ministro Augusto Nardes determinou o bloqueio de R$ 6 bilhões dos R$ 13 bilhões previstos para o programa em 2025. Em seguida, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a revisão da decisão.

Durante a sessão, Nardes manteve o entendimento de que os recursos devem estar no Orçamento da União e disse que a falta de previsão afronta os "princípios legais que regem as contas públicas". Contudo, o ministro reconheceu que o programa não pode continuar suspenso e prejudicar os beneficiários. O entendimento pela liberação foi seguido pelos demais ministros.

A legislação que criou o Pé-de-Meia estabelece que o programa seja financiado por meio do Fundo de Incentivo à Permanência no Ensino Médio (Fipem), gerido pela Caixa Econômica Federal. O fundo pode ser abastecido tanto com recursos do Orçamento do ano vigente como por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO) e do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc).

Na liminar proferida em janeiro, Nardes acatou ação do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU), que alegava que os valores utilizados para o crédito do programa estavam fora do Orçamento porque, ao não passarem pela conta única do Tesouro Nacional, os recursos dos fundos burlavam o limite de gastos do arcabouço fiscal, que restringe o crescimento dos gastos a 70% do crescimento real (acima da inflação) da receita no ano anterior.

Pé-de-meia

Lançado em novembro de 2023, o Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional voltado a estudantes matriculados no ensino médio público beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Ao comprovar matrícula e frequência, o estudante recebe o pagamento de incentivo mensal, no valor de R$ 200, dinheiro que pode ser sacado a qualquer momento.

No caso da educação de jovens e adultos, ao comprovar matrícula, o estudante recebe um incentivo de R$ 200, além de incentivo mensal de R$ 225 pela frequência, ambos disponíveis para saque.

O beneficiário do Pé-de-Meia ainda recebe R$ 1 mil ao final de cada ano concluído. O dinheiro só pode ser retirado da poupança após a formatura no ensino médio.

Considerando as parcelas de incentivo, os depósitos anuais e o adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os valores chegam a R$ 9,2 mil por aluno.

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Dólar fecha em queda com inflação dos EUA, Galípolo e Powell no radar

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar teve queda de 0,07% nesta quarta-feira (12) e encerrou o dia cotado a R$ 5,762, em mais um pregão de perdas para a moeda norte-americana.

A divisa chegou a ensaiar um movimento de alta ainda no começo da manhã e tocou a máxima de R$ 5,787 na esteira dos dados de inflação dos Estados Unidos, mas perdeu força e passou a oscilar entre os sinais ao longo de boa parte da sessão.

Já a Bolsa despencou 1,69%, aos 124.380 pontos, também afetada pela cena macroeconômica.
Falas do presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, e do presidente do

Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), Jerome Powell, também estiveram no radar dos investidores.

O foco esteve voltado aos dados do CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. A inflação aumentou mais do que o esperado em janeiro, a 0,5% na base mensal e 3% na anual. A projeção de economistas consultados pela Reuters era de 0,3% e 2,9%, respectivamente.

O dado reforça a mensagem do Fed de que não há pressa em retomar o ciclo de afrouxamento da taxa de juros -e reduz as expectativas sobre o número de cortes. Operadores já precificam a possibilidade de apenas uma redução neste ano, e não duas, como anteriormente previsto pelo banco central dos EUA.

Powell, porém, fez um alerta sobre dar importância demais aos dados desta quarta. "A leitura do índice ficou acima de quase todas as previsões, mas eu gostaria de oferecerduas notas de cautela", disse, em uma audiência perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados.

"A primeira é que não nos empolgamos com uma ou duas leituras boas, e não nos estimulamos com uma ou duas leituras ruins. A segunda coisa é que temos como meta a inflação do índice PCE porque achamos que é simplesmente um indicador melhor da inflação. Portanto, é preciso saber a conversão do índice de preços ao consumidor para o índice PCE, e amanhã teremos mais dados sobre isso com o índice de preços ao produtor", argumentou.

Ele acrescentou que o Fed deverá manter a política monetária restritiva por enquanto. Na véspera, em audiência no Senado, evitou comentar sobre a política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, que tem inspirado cautela nos mercados globais.

Trump confirmou na segunda que irá impor tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio que chegam ao país. Ele também cancelou isenções e cotas para grandes fornecedores como Brasil, Canadá, México e outros países, em uma medida que pode aumentar o risco de uma guerra comercial em várias frentes.

O Brasil é o segundo maior fornecedor dos Estados Unidos na categoria. Segundo dados do governo americano, o país só perde para o Canadá em volume.

Uma autoridade da Casa Branca confirmou que a política entrará em vigor em 4 de março. Trump também tem repetido que anunciará reciprocidade tarifária nesta semana. A medida visa igualar as tarifas de importação dos Estados Unidos às cobradas pelos parceiros comerciais sobre produtos norte-americanos.

Trump não identificou quais países seriam afetados, mas sugeriu que seria um esforço amplo que também poderia ajudar a resolver os problemas orçamentários dos EUA.

O aumento substancial nas tarifas tem o potencial de encarecer o custo de vida dos norte-americanos, o que pode comprometer a briga do Fed contra a inflação e forçar a manutenção da taxa de juros em patamares elevados.

Quanto maiores os juros por lá, mais atrativos ficam os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, os chamados treasuries, o que fortalece o dólar globalmente.

"O saldo dessa medida deve ser uma pressão inflacionária no curto prazo nos Estados Unidos, visto que o aço e o alumínio são bastante utilizados em várias cadeias de produtos industriais, e de prejuízo na capacidade de crescimento econômico dos demais países exportadores", avalia Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

O desempenho do dólar globalmente, porém, põe a tese em xeque. Analistas apontam que a percepção dos mercados quanto às ameaças tarifárias tem mudado: agora são vistas muito mais como uma tática de negociação do que uma medida de médio ou longo prazo.

No Brasil, o movimento no câmbio é atribuído a uma correção do valor do dólar, que disparou no final do ano embalado pela crise da cena fiscal doméstica.

"Diante dos efeitos que juros mais altos nos Estados Unidos exercem sobre moedas emergentes, como o real, o recente desempenho da divisa brasileira indica continuidade de ajustes na cotação, após a forte desvalorização observada em dezembro", avalia André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online.

Internamente, destaque para os comentários de Gabriel Galípolo no Seminário sobre Política Monetária Brasileira, promovido pelo Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, no Rio de Janeiro.

Ele afirmou que cabe à autoridade monetária ter "parcim

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Correios divulgam classificação preliminar do concurso

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os candidatos do concurso dos Correios podem consultar a classificação preliminar para o cargo de analista no site do IBFC (Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação), banca responsável pela seleção.

A banca também disponibilizou a consulta aos resultados dos recursos da prova discursiva, além do resultado do procedimento de heteroidentificação e da avaliação de pessoas com deficiência (PcD).

Ao todo, o concurso dos Correios contou com mais de 1,7 milhão de inscritos para 3.099 vagas para o cargo de carteiro (agente) e 412 para o de analista.

Os candidatos não considerados pelos procedimentos de avaliação perderão o direito de concorrer a vagas reservadas para pessoas com deficiência e para pessoas pretas e perdas. Eles poderão continuar concorrendo às vagas de ampla concorrência.

Aqueles que forem aprovados para o cargo de carteiro terão salário inicial de R$ 2.429,26 com um vale-alimentação/refeição de cerca de R$ 1.400, resultando em remuneração mensal de aproximadamente R$ 4.000.

Os que participaram da seleção de nível superior poderão ter um salário de R$ 6.872,48, mas a remuneração total chega a R$ 8.500 considerando o vale-alimentação/refeição.

As especialidades para os cargos de analista são:

- Advogado;
- Analista de sistemas;
- Arquiteto;
- Arquivista;
- Assistente social;
- Engenheiro.

As vagas serão distribuídas em todas as regiões do país, conforme o nível de escolaridade dos participantes.

Região - Vagas
Centro-Oeste - 446
Nordeste - 669
Norte - 240
Sudeste - 1.048
Sul - 696
Total - 3.099

Região - Vagas
Centro-Oeste - 199
Nordeste - 66
Norte - 41
Sudeste - 77
Sul - 29
Total - 412

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Decreto institui Desenrola Rural que ajudará 1,3 milhão de famílias

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o Decreto Nº 12.381 que estabelece o Programa de Regularização de Dívidas e Facilitação de Acesso ao Crédito Rural da Agricultura Familiar, o Desenrola Rural. O programa vai dar oportunidade a agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais, em situação de inadimplência, de liquidar e renegociar dívidas. Assim, os beneficiários poderão voltar a acessar o crédito rural e investir na produção de alimentos para todo o Brasil.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, explica que o Desenrola Rural tem o potencial de alcançar um milhão de agricultores e agricultoras familiares. “O Desenrola Rural vai permitir que essas famílias que não podem mais tomar o crédito agrícola possam tomá-lo, tendo em vista que eles repactuarão as dívidas. Uma parte já repactuou, mas tem score negativo, continuando sem acesso aos financiamentos, e isso também será solucionado”, assegura.

Por meio do programa, as instituições financeiras irão estabelecer condições facilitadas para liquidação e renegociação de dívidas em situação de inadimplência há mais de um ano dos agricultores familiares e das cooperativas da agricultura familiar. Com descontos escalonados que podem chegar a mais de 90% do valor, conforme o tipo da operação, e promover medidas para facilitar novos financiamentos, com a retirada das restrições financeiras e dos cadastros privados de crédito desses produtores. O acesso ao programa pode ser feito a partir do dia 24 de fevereiro de 2025.

Cerca de um milhão de beneficiários

O Desenrola Rural surgiu devido ao endividamento dos agricultores familiares, nos últimos dez anos, por adversidades como a pandemia de Covid-19, oscilações de mercado e eventos climáticos adversos. Esses fatores comprometeram a capacidade de pagamento e acesso a novos créditos.

Em levantamento realizado junto às instituições financeiras observou-se que, de um universo de 5,43 milhões de agricultores familiares, cerca 1,35 milhão possuem dívidas em atraso há mais de um ano, sendo que 230 mil estão inscritos na Dívida Ativa da União (DAU). Deste universo, 70% possuem restrições com os próprios bancos e 30% possuem restrições nos cadastros privados de crédito, por deverem contas de água, luz e telefone, em sua grande maioria. Daqueles agricultores familiares que possuem restrições financeiras, 69% têm dívidas de valores inferiores a R$ 10 mil. Já os que possuem restrições nos cadastros privados, 47% devem até R$ 1 mil. Ou seja, grande parte do público possui dívidas que correspondem a valores considerados de pequena monta, mas que representam um obstáculo para o acesso ao crédito e para a estruturação da atividade produtiva.

Objetivos do programa:

Oferecer condições para a liquidação e a renegociação de dívidas, em situação de inadimplência, de agricultores familiares;

Facilitar a recuperação da situação de adimplência dos agricultores familiares;

Ampliar o acesso às linhas de financiamento no âmbito do Pronaf;

Promover a sustentabilidade econômica e o fortalecimento das atividades produtivas da agricultura familiar;

Estimular a recuperação pela União de recursos inscritos na DAU e de recursos lançados a prejuízo dos Fundos Constitucionais de Financiamento e das instituições financeiras.

Como vai funcionar?

  • Se você estiver inscrito na Dívida Ativa da União, você poderá acessar, a partir do dia 24/02, o site do Regularize com seu CPF e selecionar “Consultar Dívida” para selecionar suas opções de pagamento.
  • Se sua dívida for do Pronaf, ou outras adquiridas junto aos bancos, é só procurar sua instituição financeira para regularizar sua situação.
  • Se sua dívida for de Crédito de Instalação, você pode ir direto ao Incra para quitar os débitos com desconto.

E não se esqueça! Se tiver alguma dificuldade, você também pode procurar os sindicatos, associações e entidades representativas para te ajudar.

E pronto! Você já poderá acessar um novo crédito para custear ou investir na sua produção!

Atenção! Se você estiver com o nome negativado por outras pequenas dívidas, como uma conta de água, luz ou telefone, ou ainda tenha realizado uma renegociação com o banco, e por isso tenha reduzido sua pontuação para novos financiamentos, não se preocupe! Mesmo assim o Desenrola Rural vai permitir que você também consiga acessar um novo crédito do Pronaf A e B!

Quem poderá acessar?

Todas as agricultoras e agricultores familiares, incluindo pescadores artesanais, povos e comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária e cooperativas da agricultura familiar que possuem dívidas do Pronaf e outras (cartões, empréstimos) nas instituições financeiras, do Crédito de Instalação e dívidas já inscritas na Dívida Ativa da União, como impostos e outros débitos federais, todas com inadimplência superior a 1 ano.

Economia 11/02/2025 Notícias no Minuto
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TRT-RJ abre concurso com salários de até R$ 17.018,67

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O edital do novo concurso público do TRT-RJ (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, do Rio de Janeiro) foi publicado pela FCC (Fundação Carlos Chagas), banca responsável pela seleção, para formar cadastro de reserva no órgão.

Todas as vagas exigem nível superior e os salários variam de R$ 9.052,51 a R$ 17.018,67. A jornada de trabalho dos aprovados será de 40 horas semanais.

As vagas se destinam aos cargos de analista e técnico judiciário. Para participar será necessário pagar uma taxa de R$ 110 para o primeiro cargo e de R$ 90 para o segundo.

O pagamento da taxa deverá ser feito até o dia 19 de fevereiro por meio de uma guia que será disponibilizada no próprio site da FCC. Aqueles que estão inscritos no CadÚnico ou que são doadores de medula óssea poderão pedir a isenção.

Segundo o edital, 20% das vagas do concurso serão destinadas para candidatos negros, 10% para pessoas com deficiência (PcD) e 3% serão destinadas a candidatos indígenas.

O analista judiciário do TRT tem remuneração inicial de R$ 14.852,66. Para os aprovados no cargo de oficial de justiça avaliador federal o valor é acrescido pelo GAE (Gratificação de Atividade Externa) de R$ 2.166,01, garantindo um salário inicial de R$ 17.018,67.

As especialidades disponíveis são: área judiciária, área judiciária para oficial de justiça avaliador federal, contabilidade, arquivologia, biblioteconomia, enfermagem do trabalho, engenharia civil, engenharia elétrica, engenharia mecânica, estatística, medicina, cardiologia, medicina do trabalho, psiquiatria, psicologia, serviço social e tecnologia da informação.

Também é necessário apresentar diploma de curso superior para ocupar a posição de técnico judiciário do TRT. A remuneração inicial é de R$ 9.052,5.
O valor é acrescido por R$ 1.320,16 de GAS (Gratificação de Atividade de Segurança) para o cargo de agente da polícia judicial.

São oferecidos cargos em quatro especialidades: administrativa, para o cargo de agente da polícia judicial, em enfermagem do trabalho e em tecnologia da informação.

Para o cargo de analista, serão aplicadas duas provas. A primeira delas será objetiva e composta por 30 questões de conhecimentos gerais. A segunda será discursiva e contará com a aplicação de um estudo de caso.

Os técnicos também deverão realizar duas provas: uma objetiva com 30 questões de conhecimentos gerais e uma discursiva composta por uma redação. Aqueles que desejam se tornar agentes da polícia judicial também deverão realizar uma prova prática de teste de aptidão física.

Todas as provas serão aplicadas no Rio de Janeiro, com previsão para o dia 25 de maio.

  • Atividade - Datas previstas
  • Período de inscrições (exclusivamente via internet) - 17 de fevereiro a 18 de março
  • Último dia para pagamento do valor da inscrição - 19 de março
  • Aplicação das provas objetivas e discursivas - 25 de maio
  • Aplicação do teste de aptidão física - 16 a 17 de agosto
Fonte: Clique Aqui

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