Polícia Militar apreende quase 500 gramas de drogas em Parnamirim

A Polícia Militar, por meio da ROCAM (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas), realizou uma apreensão de drogas nesta segunda-feira (02) no bairro Liberdade, em Parnamirim. A operação resultou na apreensão de aproximadamente 300g de maconha, 100g de crack, 85g de cocaína, além de lâminas, uma balança de precisão e uma quantia em dinheiro.

O material estava em posse de um homem na Rua da Abolição. Ao perceber a aproximação dos policiais, o suspeito conseguiu fugir, deixando os itens para trás.

A ação reforça a efetividade do trabalho da ROCAM no combate ao tráfico de drogas na região. Todo o material apreendido foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, que dará continuidade às investigações para identificar e prender o responsável.

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Grupos ligados ao PCC usaram lojas de carros, fazendas e e até igrejas para lavar dinheiro no RN

Empresas de fachada, lojas de carro, fazendas e abertura de igrejas evangélicas. Grupos ligados a maior facção criminosa do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC), encontraram diversos mecanismos para lavar dinheiro oriundo das ações criminosas no Rio Grande do Norte. Segundo investigações obtidas pela TRIBUNA do NORTE, os grupos utilizaram métodos conhecidos e em um dos casos, chegou a contratar um lavador de dinheiro profissional para cuidar do caixa do núcleo criminoso.

Ao todo, uma das denúncias aponta para tentativa de lavagem de pelo menos R$ 23 milhões. Em pelo menos duas investigações, coordenadas pela Polícia Civil e Ministério Público do RN, foram obtidos bloqueios judiciais de pelo menos R$ 14,7 milhões de grupos ligados ao PCC.

A realidade da lavagem de dinheiro do PCC e de grupos criminosos não é única no RN, sendo um fenômeno nacional. Recentemente, em uma agenda em Nova York o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem 1.100 postos de gasolina e começou a comprar usinas de etanol no Brasil. Combater o avanço de facções e da milícia no setor dos combustíveis é um dos principais problemas do setor.


Além destes casos, há pelo menos duas situações de suspeita de lavagem de dinheiro de grupos ligados ao PCC no Rio Grande do Norte. Segundo fontes ligadas às investigações e especialistas em segurança pública, a lavagem é uma forma de se dissimular o dinheiro e fazer com que os grupos expandam suas ações.


“A principal razão para a lavagem de dinheiro pelo PCC é ocultar a origem ilícita dos recursos financeiros. Ao fazer isso, o grupo tenta mascarar o verdadeiro caminho do dinheiro, fazendo com que ele pareça legítimo e dificultando a atuação das autoridades.

Outra motivação é evitar a perda de ativos: dinheiro com origem criminosa está sempre sob o risco de ser confiscado pelas forças de segurança, e lavá-lo é uma maneira de protegê-lo de ser apreendido”, explica o especialista em Segurança Pública e pesquisador de temáticas ligadas à criminalidade e sistema prisional do RN e do Brasil, Francisco Augusto Cruz.


Ainda segundo o especialista, que é professor do IFRN e UAB, o grupo paulista utiliza vários métodos para lavar dinheiro sendo o mais comum deles a estruturação, que consiste em dividir grandes somas de dinheiro em transações menores para evitar a detecção por autoridades financeiras. Empresas de fachada também são utilizadas, onde o grupo cria negócios que parecem legítimos para justificar a entrada de dinheiro ilícito.


“O sucesso do PCC na lavagem de dinheiro é facilitado por uma rede de contatos bem estabelecida, incluindo associados e colaboradores que ajudam a movimentar o dinheiro por diferentes canais. A corrupção também desempenha um papel crucial; funcionários públicos corrompidos podem fornecer proteção e facilitar a ocultação das atividades financeiras ilícitas do grupo”, acrescenta.


Recentemente, em 2021, o MP Estadual criou o Núcleo de Informações Patrimoniais (NIP), que tem como objetivo aprimorar as investigações de suspeitas de lavagem de dinheiro no Estado, incluindo ações do crime organizado armado. “Esse núcleo tem como inovação juntar o pessoal que trabalha com a execução das operações com a análise. Com o núcleo tentamos conjugar essa análise com atividades de campo”, explica fonte ligada as investigações. Ao todo, o NIP avaliou R$ 1,4 bilhão e obteve bloqueio de R$ 34 milhões de ações provenientes de lavagem de dinheiro.

Operações


Recentemente no Estado, duas grandes operações cumpriram mandados e ofereceram denúncia à Justiça por associação criminosa e lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
Segundo documentos e denúncias obtidas pela TN, os grupos se valem de empresas fantasma e de fachada, lojas de veículos automotivos, fazendas e até abertura de igrejas para lavar os lucros do tráfico de drogas.

É o caso da Operação Plata, deflagrada em fevereiro de 2023. Na época, a apuração era de lavagem de dinheiro de R$ 23 milhões provenientes do tráfico. A dissimulação era feita com aquisição e compra de imóveis, distribuição de numerário, fracionamento de depósitos não identificados e pagamentos de contas.


“Eles utilizavam CNPJs falsos, empresas de fachada e fantasma. A empresa fantasma é a que não existe de jeito nenhum e a de fachada é a que tem algo acontecendo, administração, placa, mas movimenta mais recursos do que deveria. Eles utilizavam igrejas, empresas fantasmas, fazendas e uso de pessoas interpostas. Um dos cidadãos preso até hoje recebia dinheiro em espécie e anotava num caderno à moda antiga”, cita um dos investigadores do MP.


Segundo as investigações, a maior parte das lavagens ocorria na compra de imóveis e apartamentos em Natal. Para tentar confundir os investigadores, os suspeitos transferiam os recursos recebidos pela venda dos imóveis para conta de terceiros, “alguns sem nenhuma relação aparente com estes”, cita.


O que levantou a suspeita da Polícia Civil foi a compra de um imóvel em Ponta Negra, em 2009, avaliado em R$ 500 mil, por um dos suspeitos posteriormente denunciado como verdadeiro lavador de dinheiro profissional (PML – Professional Money Launderer”. Na época, foi identificado que o homem declarava rendimentos na ordem de R$ 19 mil/ano e que “não possuía patrimônio a justificar a aquisição do imóvel, mas apenas uma pequena oficina de tecelagem no interior potiguar”, cita.


A oficina de tecelagem voltaria a ser utilizada pelo suspeito considerado “banco pessoal” do grupo numa técnica chamada “mescla”, em que os recursos financeiros de origem ilícita são misturados a recursos financeiros lícitos, numa tentativa de esconder a origem do dinheiro. A empresa de tecelagem declarou receitas no ano de 2011 no valor de cerca de R$ 22,9 mil, mas movimentou, entre recursos em espécie a crédito entre 2008 e 2021, no valor total de R$ 3,2 milhões e a débito no valor de R$ 4,7 milhões. A dissimulação era feita com aquisição e compra de imóveis, distribuição de numerário, fracionamento de depósitos não identificados e pagamentos de contas.


Chefiado por dois potiguares irmãos, um deles tido como um dos coordenadores do PCC no Brasil, um dos irmãos, que usava identidade falsa no RN e montando um personagem como pastor, chegou a abrir pelo menos sete igrejas em várias cidades do RN e em São Paulo. Os recursos provenientes do tráfico de drogas, segundo o MP, eram “lavados” no pagamento de contas cotidianas das igrejas, como conta de luz, por exemplo.


Outra maneira de lavar o dinheiro era repassá-lo a familiares dos suspeitos em espécie, segundo a investigação. Além disso, os repasses aconteciam por meio de complexas engrenagens pautadas, principalmente, na confusão patrimonial de familiares.

Grupo tentou lavar R$ 6 milhões com loja

Em outra operação investigativa, a Omertà II, há a suspeita de que uma organização criminosa na cidade de João Dias, Alto Oeste potiguar, tentou lavar recursos utilizando uma loja de carros na tentativa de esconder os valores. A suspeita é de que pelo menos R$ 6 milhões num intervalo de dois anos foram creditados numa conta da concessionária, que só possuía um veículo registrado.

A empresa ficava na cidade de Água Nova, de 3.500 habitantes. Neste caso, os líderes do grupo, dois deles já mortos, não tinham vínculo de “batismo” com o PCC, mas tinham relações de negócios para o tráfico e distribuição de drogas.


O que chamou a atenção da Polícia Civil e do MPRN, nesse caso, é o fato de que a empresa de veículos automotivos só possuía um carro cadastrado junto ao sistema do Detran-RN e que os depósitos fracionados feitos na conta de um dos chefes do esquema somavam de R$ 6 milhões em apenas 2 anos. Para não chamar a atenção, os depósitos eram feitos de forma fracionada, entre R$ 2 mil e R$ 5 mil.


“Era uma empresa fantasma de venda de veículos. Quando fizemos a verificação, não tinha fachada, não tinha nada. Essa empresa movimentou muito dinheiro. Era um CNPJ usado para receber o dinheiro do tráfico. Eles vendiam drogas para o Estado todo e o dinheiro entrava por essa empresa”, disse uma das fontes ligadas às investigações do MPRN.


Outro fator que levantou as suspeitas dos investigadores foi o fato de que o dono do CNPJ da empresa, classificado pelo MP como “laranja”, era beneficiário de programas sociais do Governo Federal e ter um padrão de vida “muito aquém da movimentação bancária de sua empresa”. As movimentações bancárias nas contas de pessoa jurídica e pessoa física também chamaram a atenção.

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Taxista suspeito de envolvimento em assassinato do prefeito de João Dias foi investigado em operação sobre fuga de presos de Mossoró, diz Sesed

Um taxista preso suspeito de ajudar assassinos do prefeito Marcelo Oliveira (União Brasil) e do pai ele, Sandi Oliveira, no município de João Dias, na última terça-feira (27), foi um dos investigados na operação realizada pela Polícia Federal após a fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró em fevereiro deste ano – a primeira na história do sistema penitenciário federal.

A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio Grande do Norte nesta sexta-feira (30). O taxista foi preso horas após o assassinato do prefeito na zona rural de João Dias, junto com um outro homem, suspeito de ser um dos executores de Marcelo Oliveira. Uma arma de fogo foi apreendida no veículo.

Ainda segundo a polícia, outros dois suspeitos também estavam no carro do taxista e conseguiram fugir da polícia na ocasião, mas acabaram detidos posteriormente. Um foi preso na noite de quarta-feira (28) em Antônio Martins e outro na manhã de quinta (29) em uma van de transporte de passageiros, em uma estrada entre Pilões e Alexandria. e Oeste potiguar.

Nesta quinta-feira (29), o taxista e outros presos passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão em flagrante transformada em prisão preventiva.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o carro usado pelo taxista no dia do assassinato do prefeito foi o mesmo que ajudou um casal que teria prestado apoio comprando roupas para fugitivos Rogério Mendonça e Deibson Nascimento. O casal foi preso durante as operações de busca pelos fugitivos. Rogério e Deibson foram recapturados em abril, 50 dias após a fuga.

A secretaria, no entanto, não divulgou a identidade do preso.

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Homem é preso por se masturbar em frente a salão de beleza em Parnamirim


Um homem, de 41 anos, foi preso nesta sexta-feira (23) após se masturbar em frente a um salão de beleza no bairro Parque Industrial, na cidade de Parnamirim.

Ele foi detido por policiais civis da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM). A equipe policial teria tomado conhecimento de que um homem estava na calçada de um salão de beleza, olhando as vítimas que estavam no interior do imóvel. Na ocasião, o homem visualizava elas através da porta de vidro do estabelecimento exibindo o órgão genital e se masturbando.

Os policiais civis realizaram buscas e localizaram o suspeito nas proximidades. O homem foi conduzido até a delegacia, e posteriormente, foi encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.

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Criminoso de alta periculosidade rompe tornozeleira eletrônica e foge no RN

Considerado um criminosos de alta periculosidade com um extenso histórico criminal, Edielson Franscisco da Costa, conhecido como “Baratinha”, que passou para o regime semiaberto há cerca de duas semanas, conseguiu romper sua tornozeleira eletrônica e se encontra foragido.

Baratinha já foi condenado por participação em quadrilhas e também é conhecido por ameaçar policiais penais.

Segundo informações a última localização do criminoso teria sido perto de Goianinha, próximo da BR-101.

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Suspeito de sequestrar e torturar a namorada por duas horas é preso em Caicó

Policiais civis da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) de Caicó deram cumprimento a um mandado de prisão preventiva, expedido pelo Poder Judiciário, contra um homem de 20 anos, suspeito da prática do crime de tortura mediante sequestro em contexto de violência doméstica. A prisão foi efetuada nessa terça-feira (20).

De acordo com as investigações, o homem invadiu à casa da vítima, que era namorada e é mãe do filho dele, utilizando uma arma de fogo. Na ocasião, ele obrigou ela a entrar em um veículo e, na sequência, a levou para o local onde ela foi torturada por duas horas.

Foi constatado também que a possível motivação do crime havia sido por ciúmes. Após a realização de diligências, o local da tortura foi descoberto pela Polícia Civil, e na sequência, o suspeito se apresentou à delegacia e, em seguida, foi preso.

Após a realização dos procedimentos legais, ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.

A ação contou ainda com o apoio da Delegacia Regional (DR), da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR), ambas de Caicó, e da DEFUR Natal.

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Em menos de 24h, PF prende segunda espanhola com cocaína diluída em shampoo no Aeroporto de Natal

Um mulher de origem espanhola, de 25 anos, foi presa neste domingo (18) suspeita de tráfico internacional de drogas no Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, região metropolitana de Natal.

Com a mulher foram apreendidos recipientes que totalizaram 12,5 litros de shampoo e creme para cabelo contendo cocaína diluída, e que estavam escondidos em uma mala. A ação ocorreu durante uma fiscalização de rotina, sendo esta a segunda apreensão de drogas em circunstâncias semelhantes realizada pela PF no intervalo de menos de 24 horas e no mesmo local.

Segundo a Polícia Federal, o destino da droga seria a Europa. Após ser detida, a mulher foi levada à sede da PF, onde foi autuada em flagrante, vez que um exame preliminar da perícia constatou a presença de cocaína misturada aos produtos de higiene que ela conduzia.

Em seu depoimento, ela revelou que havia sido contratada por um desconhecido para transportar a droga do Peru para a Espanha, e que receberia 13 mil euros pelo serviço. Segundo a PF, a mulher afirmou que essa pessoa custeou suas passagens e hotéis, e que o pagamento seria feito na entrega da droga na Espanha.

Segundo a suspeita, a mala com a substância entorpecente foi entregue a ela na cidade de Piura, no Peru. Antes de chegar a Natal, onde se hospedou em um hotel em Ponta Negra, a mulher passou ainda por São Paulo (SP).

A mulher foi submetida a exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) e permanece sob custódia na Superintendência da PF, à disposição da Justiça.

Somente em 2024, a Polícia Federal já apreendeu aproximadamente 40 kg de cocaína e maconha no Aeroporto Aluízio Alves, o que resultou na prisão de sete pessoas envolvidas com o tráfico de drogas.

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Adolescente esfaqueia a mãe em Currais Novos e se entrega a polícia

Na noite deste domingo (18) uma adolescente de 13 anos esfaqueou sua mãe e, em seguida, se entregou à polícia em Currais Novos. A jovem alegou que agiu em legítima defesa após sofrer agressões físicas constantes da mãe.

A adolescente foi apreendida e levada para a Delegacia de Polícia Civil em Caicó, onde prestará depoimento e será investigada. A mãe da jovem foi socorrida e encaminhada para um hospital da região, com seu estado de saúde considerado estável.

Além disso, o pai da adolescente foi preso em flagrante ao ser encontrado pela polícia, que atuava com um mandado de prisão em aberto contra ele por não pagamento de pensão alimentícia.

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Material ligado ao tráfico de drogas é apreendido no bairro Lagoa Azul

Na tarde deste domingo (18), policiais militares do 4º BPM, em colaboração com Alunos Soldados em estágio operacional, realizaram uma operação no Conjunto José Gramoré, no bairro Lagoa Azul, em Natal. Durante o patrulhamento, a equipe entrou em uma área de mata atrás de um instituto educacional e encontrou um acampamento clandestino.

Ao avistarem os policiais, os suspeitos fugiram, deixando para trás diversos itens relacionados ao tráfico de drogas. Entre os materiais apreendidos estavam 52 porções de substância semelhante à cocaína, quatro pedras de crack, R$ 399,00 em dinheiro e uma balança de precisão.

O material foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos necessários.

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Operação da Polícia Federal desarticula rede de lavagem de dinheiro no RN

A Polícia Federal, em coordenação com o Ministério Público Federal e apoio internacional do Ministério Público e da Guardia di Finanza de Palermo, Itália, deflagrou nesta terça-feira (13), a Operação Arancia, visando desarticular uma rede de lavagem de dinheiro operacionalizada pela máfia italiana no Rio Grande do Norte.

As investigações, que começaram em 2022, têm como alvo uma organização criminosa suspeita de lavar dinheiro para a máfia italiana Cosa Nostra no Rio Grande do Norte, onde se estima que os mafiosos atuem há quase uma década. As evidências coletadas até o momento indicam que a máfia italiana utilizou empresas fantasmas e laranjas para facilitar a movimentação e a ocultação de fundos ilícitos, provenientes de atividades criminosas internacionais. Estima-se que o esquema tenha investido não menos que 300 milhões de reais (cerca de 55 milhões de euros) no Brasil, utilizando esses recursos para adquirir propriedades e infiltrar-se no mercado imobiliário e financeiro brasileiro. Segundo as autoridades italianas, entretanto, o valor total dos ativos investidos podem superar 500 milhões de euros.

Durante a operação foi executado um mandado de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão, nos estados do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Piauí. Simultaneamente, a Direção Distrital Antimáfia de Palermo coordenou 21 buscas em várias regiões da Itália e na Suíça. Mais de 100 agentes financeiros italianos foram mobilizados, alguns deles encontram-se no Brasil, auxiliando o cumprimento dos mandados em Natal.

Os crimes investigados incluem associação mafiosa, extorsão, lavagem de dinheiro e transferência fraudulenta de valores, com agravante de apoio a famílias mafiosas. A Justiça Federal autorizou o sequestro de imóveis e o bloqueio de contas bancárias associadas aos suspeitos e às empresas fantasmas envolvidas. Essas ações visam garantir a reparação dos danos causados pelas atividades ilícitas e impedir a continuação das operações criminosas.

A operação contou com a colaboração internacional através da criação de uma Equipe de Conjunta de Investigação (ECI), em 2022, envolvendo a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e autoridades judiciais e policiais italianas, com apoio da Eurojust, agência da União Europeia que facilita investigações e processos judiciais envolvendo múltiplos países, auxiliando na troca de informações e na formação de equipes de investigação conjuntas.

O nome “Arancia”, que significa “laranja” em italiano, foi escolhido para a operação policial devido ao uso extensivo de “laranjas” — termo usado para designar pessoas ou empresas que emprestam seus nomes para ocultar os verdadeiros donos ou beneficiários de transações financeiras e ativos, mantendo assim a aparência de legalidade.

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