Após polêmica, Marinha anuncia concurso com 800 vagas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério da Defesa e o Comando da Marinha divulgaram o edital para um concurso público com 800 vagas de nível médio para as escolas de aprendizes-marinheiros.

A seleção é anunciada após polêmica do órgão com vídeo comemorativo em que compara a vida de marinheiro a de civis, dando a entender que civis têm mais privilégios.

As vagas são divididas entre femininas e masculinas, mas as mulheres ficam com a minoria. Do total, 96 são destinadas a elas, enquanto outras 704 são para homens. Ao todo, 160 vagas serão reservadas para candidatos negros.

Para participar, é necessário ter entre 18 e 21 anos e ter terminado ou estar em fase de conclusão do 3º ano do ensino médio. Outra exigência para a inscrição é a necessidade de não ter filhos ou dependentes e não ser casado (a).

A taxa de participação é de R$ 50. As inscrições devem ser feitas no site da marinha entre as 8h do dia 29 de fevereiro e 23h59 do dia 13 de fevereiro.

O início do curso está previsto para começar em 26 de janeiro de 2026. As provas objetivas serão aplicadas no dia 6 de abril.

O curso de formação de marinheiros acontecerá nas escolas de aprendizes-marinheiro sob regime de internato. Ele é inteiramente gratuito e tem duração de um ano letivo, realizado em um único período escolar de 48 semanas.

Segundo o edital, serão ministradas disciplinas do ensino básico e do ensino militar-naval. Durante o curso, além de serem proporcionados alimentação, uniforme, assistência médico-odontológica, psicológica, social e religiosa, uma bolsa-auxílio no valor total de R$ 1.303,90 também será paga.

Os candidatos que seguirem na carreira após a formação terão uma remuneração inicial de R$ 2.294,50.

As escolas se localizam em quatro cidades: Fortaleza (CE), Olinda (PE), Vila Velha (ES) e Florianópolis (SC). No momento da inscrição, os candidatos deverão indicar a localização de preferência.

É também no período de inscrições que os participantes deverão indicar a preferência de área profissional entre eletroeletrônica (296 vagas), apoio (290 vagas) e mecânica (214).

Aqueles que quiserem pedir isenção da taxa devem estar inscritos no CadÚnico e deverão imprimir, preencher, datar, assinar e entregar pessoalmente o requerimento de solicitação de isenção, cujo modelo estará disponibilizado na página do SSPM, na internet.

Os resultados sobre os pedidos de isenção serão disponibilizados no dia 6 de fevereiro.

A prova do concurso será objetiva e composta por 50 questões: 15 de português, 15 de matemática, 15 de ciências e cinco de inglês.

O exame ocorrerá em 20 cidades do país e os candidatos deverão passar por verificação de dados biográficos, inspeção de saúde, teste de aptidão física, avaliação psicológica e verificação de documentos.

  • Período de inscrições - 29 de janeiro a 13 de fevereiro
  • Período das solicitações de isenções, via postagem - 29 de janeiro a 3 de fevereiro
  • Divulgação das solicitações de Isenções - 6 de fevereiro
  • Data limite para pagamento da taxa de inscrição - 14 de fevereiro
  • Realização da prova escrita objetiva - 6 de abril
  • Divulgação dos gabaritos - 8 de abril
  • Divulgação do resultado da prova escrita objetiva - 15 de maio
  • Entrega de documentos para verificação de cocumentos - 26 de maio a 13 de junho
  • Teste de aptidão física de ingresso - 16 de junho a 23 de julho
  • Inspeção de saúde - 7 de julho a 15 de agosto
  • Avaliação Psicológica - 11 de agosto a 22 de agosto
  • Procedimento de heteroidentificação - 26 de agosto a 2 de setembro
  • Divulgação do resultado final - 5 de dezembro de 2025
  • Início do curso - 26 de janeiro de 2026
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Dólar sobe com exterior antes de payroll e de olho no cenário fiscal

O dólar opera na manhã desta sexta-feira, 6, alinhado com a valorização moderada da moeda norte-americana e dos rendimentos curtos e intermediários dos Treasuries. Os investidores buscam proteção antes da divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos de novembro, o payroll (10h30, de Brasília), que deve guiar as apostas de juros nos EUA.

A expectativa do mercado é de que indicador deve mostrar criação de 200 mil vagas, com forte recuperação após os 12 mil postos criados em outubro.

A confirmação de um número mais forte pode gerar dúvidas sobre redução de juros de 25 pontos-base em 18 de dezembro e esfriar o saldo total esperado para o ciclo de cortes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Na quinta-feira, o dólar caiu pelo terceiro dia seguido, a R$ 6,0097 no mercado à vista, após os sinais de que o pacote de gastos do governo vai ser apreciado com celeridade no Congresso. Mas as taxas de juros fecharam em alta em toda curva, em meio a revisões para cima da Selic.

O cenário fiscal interno segue no foco. A piora da percepção no mercado sobre a dinâmica da dívida pública derivada do aumento dos juros continua pesando, além da chance de desidratação do pacote de medidas no Congresso.

Parlamentares resistem a mexer no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, e o pacote corre risco de desidratação. Líderes da Câmara garantem que o pacote será aprovado ainda neste ano, mas há dúvidas sobre o tamanho final do ajuste, além do impasse envolvendo o pagamento de emendas parlamentares após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

A desaceleração do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu 1,18% em novembro, ante 1,54% em outubro, está ligada principalmente à redução no preço da tarifa de energia ao consumidor final e uma alta mais leve nos preços das commodities agrícolas, informou em nota o economista do FGV IBRE, Matheus Dias.

A caderneta de poupança teve saque líquido de R$ 2,931 bilhões em novembro, informou o Banco Central. Em outubro, as retiradas já haviam superado os depósitos em R$ 6,256 bilhões. O fluxo para a poupança é negativo em R$ 20,426 bilhões de janeiro a novembro deste ano. Mesmo assim, o saldo ficou em R$ 1,021 trilhão em novembro, uma alta frente ao R$ 1,019 trilhão de outubro. É o sexto mês consecutivo acima da marca de R$ 1 trilhão.

A Sabesp anunciará nesta sexta R$ 15 bilhões em investimentos, sobretudo para a universalização do saneamento, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Esse é o maior volume único de investimento anunciado pela Sabesp em sua história e faz parte do conjunto de mais de R$ 60 bilhões previstos até 2029.

Ainda na agenda desta sexta, a Universidade de Michigan divulga o índice de sentimento do consumidor de dezembro, com expectativas de inflação (12 horas). São esperados discursos da diretora do Fed Michelle Bowman (11h15); e dos presidentes regionais Austan Goolsbee, de Chicago, (12h30); Beth Hammack, de Cleveland (14h); Mary Daly, de São Francisco (15h).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da reunião da cúpula do Mercosul, em Montevidéu, no Uruguai, e pode ser assinado o acordo comercial com a União Europeia.

Às 9h31, o dólar à vista ganhava 0,18%, a R$ 6,0208. O dólar futuro para janeiro subia 0,42%, a R$ 6,0355.

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Mercosul e União Europeia firmam acordo comercial negociado há 25 anos

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Em coletiva de imprensa em Montevidéu, no Uruguai, os chefes de Estado do Mercosul e a representante da União Europeia (UE) anunciaram, nesta sexta-feira (6), que foi firmado o acordo de livre comércio para redução das tarifas de exportação entre os países que compõe esses mercados. As negociações se arrastavam há 25 anos.

Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente argentino, Javier Milei, do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, e do Paraguai, Santiago Peña, foi anunciado que as negociações foram concluídas para regras de livre comércio países que somam mais de 750 milhões de pessoas.

A presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, destacou que a medida marca o início de uma nova história. “Agora estou ansiosa para discutir isso com os países da UE. Este acordo funcionará para pessoas e empresas. Mais empregos. Mais escolhas. Prosperidade compartilhada”, destacou a representante europeia.

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STF retoma julgamento sobre incidência de imposto de herança na previdência privada

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta sexta-feira, 6, o julgamento que discute se o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) - o chamado imposto de herança - incide sobre o repasse dos valores de planos de previdência privada em razão da morte do titular. A análise é realizada no plenário virtual que começa a partir das 11h de hoje e vai até a próxima sexta-feira, 13. Até o momento, o placar está em 3 a 0 contra a incidência do imposto. O julgamento começou em agosto, mas foi suspenso por pedido de vista do ministro Gilmar Mendes.

O caso teve origem no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que julgou inconstitucional uma lei estadual que estabelece a incidência do imposto sobre dois tipos de plano de previdência privada, o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). O Tribunal entendeu que o VBGL seria uma espécie de seguro, sem caráter de herança. Já a tributação do PGBL foi considerada válida porque seria equivalente a uma aplicação financeira, segundo o TJRJ.

Para o relator, Dias Toffoli, tanto o PGBL quanto o VGBL têm caráter de seguro de vida e, por isso, não podem sofrer incidência do imposto de herança. Ele destacou que, nos dois casos, o segurado pode indicar livremente o beneficiário. "Não é necessário que esse seja herdeiro legal daquele", afirmou. Toffoli foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

"O PGBL cumpre sua função principal (cobertura por sobrevivência) quando o participante-assistido goza do benefício. De outro giro, se o titular do plano falece, sobressai do PGBL (tal como no VGBL) o caráter de seguro de vida, no qual há estipulação em favor de terceiro", argumentou Toffoli no voto.

O advogado Luis Inácio Adams, que representa a Confederação Nacional das Seguradoras (Cnseg), sustentou em manifestação à Corte que a incidência do imposto "representa um novo tributo sobre esse recurso, criando-se desestímulo à expansão do mercado de previdência complementar aberta". Ele também alega que a lei do Rio de Janeiro cria uma falta de isonomia, pois nem todos os Estados cobram o imposto.

Luiz Gustavo Bichara, advogado que falou pela Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenaseg), argumentou que os valores dos planos de previdência privada não pertencem aos herdeiros. "O direito decorrente dessa morte é transmitido ao beneficiário nos termos da apólice. É uma relação sem matriz sucessória, nitidamente contratual", afirmou.

"A herança é um conceito jurídico, nada mais é que patrimônio deixado pelo falecido. O VGBL e PGBL não se qualificam como herança, porque não compõem o patrimônio do falecido", complementou o advogado.

Para a procuradora Juliana Florentino de Moura, do Rio de Janeiro, a tributação é válida e não há motivos para conferir tratamento diferenciado entre o VGBL e o PGBL. "Ambos são planos de previdência complementar aberta e têm a finalidade de ser uma renda extra para o trabalhador quando da sua velhice, no futuro. A escolha por um ou outro é guiada muito mais por uma questão tributária do que pela natureza jurídica ou funcionamento desses planos para o titular", afirmou.

O tema também é discutido na regulamentação da reforma tributária. A versão final do texto aprovado na Câmara dos Deputados acaba com a cobrança do imposto de herança sobre os planos de previdência privada. A primeira versão previa a tributação, mas com diferenças entre o PGBL e VGBL. Enquanto no VGBL o Imposto de Renda incidiria apenas sobre os rendimentos, no PGBL, o imposto seria cobrado sobre o valor total a ser resgatado ou recebido sob a forma de renda.

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Latam vai ampliar em 17% o número de voos de 6 rotas internacionais do Brasil

A Latam vai aumentar em 17% o número de voos de seis rotas internacionais a partir de abril de 2025. A ampliação vai incrementar a oferta do Brasil para Chile, Peru e Espanha.

Segundo a companhia, a iniciativa reforça a conectividade dos brasileiros com o continente europeu e atende à alta demanda de passageiros para o destino.

Em abril, a Latam vai aumentar a operação Porto Alegre-Lima de três para quatro voos por semana e São Paulo/Guarulhos-Lima de 21 para 28 voos semanais.

A partir de julho, ampliará as rotas São Paulo/Guarulhos-Santiago de 70 para 73 voos por semana, Porto Alegre-Santiago de três para cinco voos semanais, Brasília-Santiago de três para sete voos por semana.

No mesmo mês, a rota São Paulo/Guarulhos-Madri também será ampliada, passando de nove para 11 voos semanais.

Atualmente, a Latam opera voos próprios do País para 90 aeroportos no exterior. Em 2024, inaugurou as rotas Brasília-Santiago, Curitiba-Lima, Fortaleza-Santiago e Recife-Santiago.

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Entenda o acordo negociado entre o Mercosul e a União Europeia

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Os países do Mercosul e a Comissão Europeia estão mais próximos de anunciar a conclusão das negociações para um tratado de livre comércio entre os dois blocos.
A expectativa de um desfecho positivo aumentou depois que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, desembarcou nesta quinta-feira (5) em Montevidéu, onde os líderes de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia realizam a cúpula semestral do Mercosul.

A presença de Von der Leyen é um forte indicativo de que os dois lados pretendem anunciar um entendimento.
Se confirmado, o fato marcará o fim de uma negociação que se arrasta há mais de duas décadas. Depois de vencidas as etapas de implementação, nas quais a oposição liderada pela França deve ressurgir, o tratado deve abarcar um mercado de 750 milhões de pessoas.

Ainda não há detalhes oficiais sobre o que foi renegociado. Segundo pessoas a par das conversas disseram à reportagem, não houve mudanças significativas nas cotas fixadas para produtos agrícolas entre sul-americanos e europeus. Se confirmado, isso significa que o Mercosul terá uma cota de 99 mil toneladas de carne bovina com tarifa reduzida para o mercado europeu, por exemplo.

Esses interlocutores disseram ainda que foi incluído um dispositivo de reequilíbrio, de caráter dissuasório, com o objetivo de desestimular as partes a adotarem medidas de caráter protecionista.
O Brasil é especialmente preocupado com esse ponto, por temer que a nova lei antidesmatamento da Europa, por exemplo, seja usada para dificultar a entrada de produtos brasileiros na UE.

Também deve constar um dispositivo que permite, em último caso, a chamada retaliação cruzada: ou seja, a imposição de tarifas poderá ocorrer em itens diferentes dos que foram supostamente prejudicados por uma medida protecionista.

Outro item que deve estar no tratado é a obrigação de que todos os signatários sejam também membros do Acordo de Paris -uma das razões que deve amarrar o ultraliberal Javier Milei ao compromisso climático.

O acordo é apoiado, em maior ou menor grau, por todos os países do Mercosul. O problema está na Europa, onde o texto rachou o eixo franco-alemão que serve como pilar da UE. Enquanto Alemanha, Espanha, Suécia e Portugal, entre outros, são entusiastas do tratado, há oposição ferrenha na França, que teme principalmente prejuízos para seus agricultores. Recentemente, a Polônia também apresentou objeções, e houve declarações contrárias do governo italiano.

Em 2019, o Ministério da Economia (hoje Fazenda) estimou que o acordo deve representar um incremento de US$ 87,5 bilhões (R$ 336 bilhões) em 15 anos para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, podendo chegar a US$ 125 bilhões (R$ 480 bilhões).

O Mercosul e a UE representam, somados, PIB de mais de US$ 20 trilhões e um mercado de 750 milhões de pessoas.

Em 2023, a UE exportou para os quatro membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) cerca de 55,7 bilhões de euros.

Na direção contrária, o Mercosul vendeu para a União Europeia 53,7 bilhões de euros.

Devem se beneficiar principalmente produtos agrícolas, peixes, crustáceos e carnes bovina, suína e de aves, entre outros setores.

Produtores de itens que o Brasil importa da UE, como vinhos, veículos, máquinas, produtos farmacêuticos e químicos, podem enfrentar maior competição.

Depois da conclusão das negociações, ele precisa ser analisado pelo Parlamento Europeu e pelos Legislativos dos países do Mercosul.

Deve também ser assinado pelos executivos dos países (no caso da UE, pela Comissão Europeia e por outros órgãos europeus).

Há ainda a possibilidade que a Comissão Europeia tente fatiar a implementação do acordo, para que ele entre em vigor mais rapidamente.

Nesse caso, a parte comercial poderia ser implementada a partir da aprovação no Parlamento Europeu, enquanto os capítulos políticos tomariam o caminho mais longo e precisariam esperar a luz verde dos Legislativos nacionais europeias.

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Acordo UE-Mercosul está quase pronto e deve sair nesta sexta, diz Uruguai

MONTEVIDÉU, URUGUAI E BERLIM, ALEMANHA (FOLHAPRESS) - O chanceler do Uruguai, Omar Paganini, afirmou na tarde desta quinta-feira (5) que o acordo com a União Europeia está praticamente pronto. "Faltam detalhes, amanhã devemos dar a boa notícia."

O ministro falava minutos após o fim de uma reunião da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, na sede do Executivo local.

Montevidéu sedia a cúpula de líderes do Mercosul, e a alemã chegou à capital na manhã desta quinta-feira após suspense sobre sua agenda. No começo da semana, porta-vozes da presidente disseram à reportagem que a viagem não estava na programação, e sua agenda tampouco mostrava outros compromissos para os dias da cúpula sul-americana

A presença da presidente da Comissão Europeia seria sinal inequívoco de que o tratado de livre comércio entre o bloco sul-americano e a União Europeia está prestes a sair do papel.

Von der Leyen é defensora do acordo, assim como Alemanha, Espanha, Portugal, Suécia e outros países do bloco. Opõem-se ao tratado a França, maior produtor agrícola da Europa, e países como Polônia, Áustria e Holanda, onde o veto é bandeira da direita e da extrema direita.

A grave crise política na França era levada em consideração, de acordo com analistas, e talvez por isso a presença da UE no Uruguai foi anunciada apenas após a queda do primeiro-ministro, Michel Barnier.

Indagada em entrevista coletiva sobre a questão, assessora da Comissão Europeia afirmou que "é normal a presidente fazer consulta a líderes, sobre os diversos assuntos", mas que ela não poderia confirmar se Von der Leyen havia conversado com o Palácio do Eliseu.

O governo francês sanou a dúvida em publicação no X. "O projeto de acordo entre a UE e o Mercosul é inaceitável tal como está" e isso foi repetido por Emmanuel Macron a Von der Leyen nesta quinta.

Jornalistas também questionaram a razão do mistério sobre a agenda da presidente, fato minimizado pela assessora.

À imprensa, o chanceler do Uruguai afirmou que o texto final do acordo poderá ser fechado nesta sexta, e os líderes poderão dar a decisão final. "Depois há um processo de revisão que leva tempo", seguiu Paganini à imprensa. O valor do acordo é econômico e também político, em um mundo cada vez mais fragmentado.", disse ele.

Mais cedo, o atual ponto de tensão no Mercosul, a Argentina de Javier Milei, se posicionou sobre o tema, mas diminuindo a importância do acordo e colocando uma espécie de moeda de troca.

O chanceler argentino, Gerardo Werthein, manifestou que apoia o acordo de livre-comércio do bloco com a UE, mas quer em troca uma maior flexibilização do grupo sul-americano.

"Para nós, esse acordo [com a UE] não é determinante, mas a Argentina privilegia o interesse de todos os sócios, ainda que isso contenha certas coisas que não nos contemplam", disse o chanceler argentino, em uma reunião fechada com seus pares.

"Por isso também queremos que olhem as necessidades argentinas, e por isso nos parece muito relevante uma maior flexibilidade na agenda externa para acordos", seguiu ele, que recém-assumiu o cargo após a saída da antiga chanceler, a economista Diana Mondino.

O governo Milei tem pleiteado abertura do bloco para que os países possam fazer acordos de livre-comércio por fora. Quando Donald Trump foi eleito nos Estados Unidos, Milei, seu admirador, disse que deseja buscar um acordo de livre-comércio com Washington.

"Na Argentina, precisamos importar mais, e importar em condições competitivas, o Mercosul não pode ser como um espartilho para países que, como nós, necessitam dar às pessoas uma saída para a pobreza. O mercado externo é fundamental."

A taxa de pobreza na Argentina se aproximou de 53% no início do governo Milei, que nos próximos dias completa um ano de gestão. Werthein afirmou que o governo tem avançado no combate à desigualdade social.

A posição argentina faz brilhar os olhos de Luis Lacalle Pou, o presidente do Uruguai que pleiteou abertura para acordos em busca de um mercado comum com a China e viu forte oposição do Brasil.

Mas esta é a última cúpula do centro-direitista, e o aceno de Milei, alguém com quem Lacalle teve relação pragmática mas demonstra fortes discordâncias, não deve ter respaldo de Montevidéu.

"Depois de fechado o acordo [em 2019, quando o processo foi travado devido à agenda negacionista do governo Bolsonaro], a UE exigiu um termo adicional ambiental [a chamada side letter] sem consultar o Mercosul, o que gerou tensões e exigiu firmeza da nossa parte. Deu certo", disse também nesta quinta o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), um dos vice-presidentes do Parlamento do Mercosul.

Espera-se que o anúncio seja feito às 10h de Brasília desta sexta-feira. O documento é gestado há mais de duas décadas e criaria um mercado de 750 milhões de pessoas, responsável por um quinto do comércio global.

A ratificação do tratado em Bruxelas é o próximo capítulo complexo da novela. Envolveria

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Banco Central comunica vazamento de dados de 1,5 mil participantes de pesquisa

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Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, 5, o Banco Central (BC) comunicou o vazamento de dados de 1.500 pessoas que participaram da 2ª edição da pesquisa "O brasileiro e os hábitos de uso de meios de pagamento". A sondagem é realizada a cada quatro anos e seu resultado foi divulgado na quarta-feira, 4. Ela indicou que o Pix se tornou o meio de pagamento usado com maior frequência no Brasil, superando até o dinheiro em espécie.

Pelo que foi divulgado pela autoridade monetária, o erro foi da própria instituição. "Ao divulgar, em 29 de novembro de 2024, o resultado da pesquisa e os respectivos dados, o BC publicou também, acidentalmente, em virtude de um erro operacional, dados pessoais dos respondentes. A falha foi identificada pelo próprio BC no mesmo dia e a publicação imediatamente retirada da internet e substituída pelos dados corretos, sem qualquer informação pessoal", informou o órgão. Segundo o BC, as pessoas que tiveram os seus dados vazados serão notificadas por meio de carta.

O BC informou que foram expostos dados como nome, endereço, número de telefone, gênero, etnia, idade, escolaridade, estado civil, nível de renda, vínculo empregatício e ainda respostas a outras perguntas. "Não foram expostos dados como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. As informações obtidas não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras", diz o banco.

Alerta sobre fraudes

O banco pede que as pessoas fiquem alertas sobre eventuais tentativas de golpes, sobretudo se receberem chamadas telefônicas suspeitas. "Salientamos que as pessoas que participaram da pesquisa tomem cuidado caso sejam abordadas por meio de ligação de telefone, que mencione seus hábitos de uso de meios de pagamento ou qualquer outro dado informado durante a entrevista. É provável que a ligação seja uma tentativa de golpe", informa o órgão.

A nota emitida pelo órgão não especifica o que levou ao erro que causou o vazamento de dados e afirma que foram tomadas todas as providências exigidas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

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Leilão deverá comercializar 78 milhões de barris de petróleo em 2025

A Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA) estima comercializar 78 milhões de barris de petróleo da União no dia 25 junho do ano que vem na B3, em São Paulo, durante o 5º Leilão que comercializará a produção da União dos campos de Mero, Búzios, Sépia, Itapu e Norte de Carcará. A informação é do superintendente de Comercialização da empresa, Guilherme França.

O anúncio foi feito durante o Fórum Técnico PPSA, realizado, nesta quinta-feira (5), no Hotel Prodigy Santos Dumont, ao lado do terminal na região central do Rio.

O edital do 5º Leilão de Petróleo deve ser publicado em março de 2025. O Campo Mero é o que tem maior volume de cargas: 51,5 milhões de barris a serem comercializados em 12 meses. Na sequência é o de Norte de Carcará. “O campo tem início de produção agendado para 2025 e o leilão comercializará 12 milhões de barris da União em 18 meses. Os lotes Itapu (6,5 milhões) e de Sépia (4,5 milhões) também serão de 18 meses e de Búzios (3,5 milhões), de 12 meses”.

A PPSA informou que os volumes representam estimativas atuais da parcela de petróleo da União em 2025 e 2026 nestes campos, mas que poderão ser revistos até a publicação do edital para uma projeção mais refinada.

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a comercialização do óleo é estratégica para a segurança energética e o desenvolvimento econômico do Brasil, gerando emprego e renda para a população. “Mesmo com todos esses esforços, ainda não é possível determinar quando alcançaremos o pico da demanda por petróleo, e por isso precisamos repor nossas reservas, garantindo segurança energética, que é tão relevante quanto a transição”, comentou o secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes, que representou o ministro Alexandre Silveira no evento.

No mesmo encontro, o superintendente da PPSA também adiantou que o 1º Leilão do Gás Natural da União está previsto para o quarto trimestre de 2025.

“Estamos neste momento analisando a contratação do Sistema Integrado de Escoamento (SIE) e do Sistema Integrado de Processamento (SIP), necessários para a realização do leilão. São contratos complexos e estamos avaliando inclusive, a possibilidade de assinar o contrato e fazer uma cessão de direitos no processamento. O que for mais atrativo para a União”, informou em texto divulgado pela empresa.

França prevê que a União disponha até 1,3 milhão de metros cúbicos de gás natural para ofertar ao mercado até 2027. Esse cálculo não considera o fator de rendimento das Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN), “o que significa que parcela desse gás será transformada em GLP e líquidos”.

Conforme a empresa, a produção se refere aos contratos de partilha de Búzios, Sapinhoá, Sépia e Atapu, além da participação da União com área não contratada nos acordos de individualização da produção de Tupi e Atapu.

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Fortuna dos bilionários no mundo cresce 121% em 10 anos, para US$ 14 trilhões

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A fortuna dos bilionários no mundo cresceu 121% nos últimos dez anos e o número de afortunados teve um incremento de 50%. Os dados são do Relatório Billionaire Ambitions do UBS Wealth Management (UBS WM), divulgado nesta quinta-feira, 5, globalmente.

Entre 2015 e 2024, a riqueza dos super-ricos aumentou de US$ 6,3 trilhões para US$ 14,0 trilhões, mostrando um crescimento muito acima do que o ganho de 73% do índice MSCI AC World de ações globais.

O número de bilionários passou de 1.757 em 2015 para 2.682 em 2024, pouco abaixo do pico de 2.686 em 2021, segundo o estudo. Todos os dados deste ano referem-se a abril.

Segundo o relatório, um dos segmentos que mais contribuiu para a expansão do "clube" dos super-ricos foi o ligado a tecnologia.

Os empreendedores do setor trouxeram um "crescimento mais rápido da riqueza do que qualquer outro setor, triplicando de US$ 788,9 bilhões em 2015 para US$ 2,4 trilhões em 2024".

O segundo setor de destaque em aumento da riqueza foi o industrial. Juntos, os bilionários desse segmento tinham US$ 480,4 bilhões em 2015. Em 2024, US$ 1,3 trilhão. O crescimento foi alavancado por investimentos estratégicos de países que buscavam fortalecer sua competitividade, apostando especialmente na chamada economia verde. As intervenções na política industrial também têm beneficiado empresas tecnologicamente avançadas, como as dos setores aeroespacial, de defesa e de veículos elétricos.

Por outro lado, o setor imobiliário ficou para trás. Os bilionários desse segmento acompanharam o desempenho geral até 2017, mas têm mostrado resultados inferiores desde então, devido a uma combinação de fatores, como a correção do mercado imobiliário na China, os impactos da pandemia de covid-19 em determinadas áreas do mercado imobiliário comercial e o aumento das taxas de juro nos EUA e na Europa a partir de 2022.

A China, inclusive, foi destaque entre 2015 e 2020. A riqueza dos bilionários mais do que dobrou nesse período, aumentando 137,6% de US$ 887,3 bilhões para US$ 2,1 trilhões. Desde então, entretanto, caiu 16% para US$ 1,8 trilhão.

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