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Lewandowski autoriza uso da Força Nacional para buscas de fugitivos em Mossoró
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou nesta segunda-feira (19), o uso da Força Nacional em Mossoró, onde foi registrada a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal. De acordo com a pasta, serão enviados 100 agentes e 20 viaturas para o local.
Na última quarta-feira, 14, Rogério Mendonça e Deibson Nascimento escaparam da penitenciária após passar por uma luminária da cela. Como o Estadão mostrou, os investigadores identificaram que os detentos utilizaram barras de ferro para alargar o buraco por onde passaram. Os criminosos utilizaram um pano na ponta do ferro, que foi obtido na própria cela, para abafar o barulho.
A autorização para utilização da Força Nacional atendeu a um pedido feito pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos. Atualmente, cerca de 500 agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e das polícias locais realizam buscas para prender os foragidos. Essa é a primeira vez na História que detentos fogem do sistema prisional federal.
Fontes que acompanham as investigações têm comparado a busca pelos criminosos à operação de recaptura de Lázaro Barbosa, que ficou foragido por cerca de 20 dias após cometer assassinatos no Distrito Federal. Na ocasião, Lázaro acabou sendo morto durante confronto com a polícia.
Os agentes que participam das buscas utilizam drones, aeronaves e equipamentos que medem a temperatura corporal. Investigadores acreditam que os foragidos estejam na região. Nos últimos dias, eles invadiram uma casa, fizeram uma família de refém e roubaram aparelhos celulares dos moradores.
No fim de semana, o ministro Ricardo Lewandowski esteve na cidade de Mossoró para acompanhar os trabalhos de busca. Na ocasião, ele afirmou que nenhuma hipótese foi descartada, mas que apenas a conclusão da investigação poderá indicar se houve conivência de agentes penitenciários com a fuga.
“Enquanto estamos apurando, as correções estão sendo feitas. As possíveis falhas já estão corrigidas, de maneira que o presídio de Mossoró voltou a ser absolutamente seguro e apto a custodiar os detentos que lá se encontram”, disse.
No domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que houve conivência de agentes do sistema prisional. Lula disse que os presos “só faltaram contratar uma escavadeira!” para concluir a fuga.
“Eu não quero acusar, mas, teoricamente, parece que teve conivência com alguém do sistema lá dentro”, afirmou durante coletiva de imprensa na Etiópia.
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Fala de Lula tem repercussão negativa nas redes sociais
A comparação feita por Lula entre a ação de Israel na Faixa de Gaza e o Holocausto foi o 3º assunto político mais comentado desde 2023, segundo a empresa de consultoria e pesquisa Quaest.
Lula afirmou, no domingo (18):
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.
Até o o meio-dia desta segunda-feira (19), o assunto já havia recebido 700 mil menções em Facebook, X (ex-Twitter), Instagram e Tik Tok, de acordo com o levantamento da Quaest.
O número só não é maior que o dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, com 2,2 milhões de menções, e a Operação Tempus Veritatis (hora da verdade), deflagrada em 8 de fevereiro de 2024, que investiga uma tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder, com 1,1 milhão.
90% das menções à fala de Lula foram negativas
Segundo o levantamento, 90% das menções sobre a fala de Lula foram negativas.
Isso não significa, porém, que 90% dos brasileiros são contrários à frase, diz Nunes. Para isso, seria necessário fazer uma pesquisa de opinião.
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Amorim, do Itamaraty paralelo, diz que “non grata é Israel”
Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, rebateu nesta segunda-feira, 19, a decisão de Israel de declarar Lula persona non grata no país até que o presidente brasileiro retire o que disse, referindo-se à comparação entre a ofensiva militar de Israel em Gaza e o Holocausto.
Ao blog da jornalista Andréia Sadi, no G1, o ex-chanceler afirmou que “non grata é Israel”.
“Isso é coisa absurda. Só aumenta o isolamento de Israel. Lula é procurado no mundo inteiro e no momento quem é [persona] non grata é Israel”, disse.
O Itamaraty, responsável formal pela política externa brasileira, ainda não se manifestou sobre o assunto. O Ministério das Relações Exteriores, comandado por Mauro Vieira, pretende aguardar a reunião do embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, com Israel para se manifestar sobre as declarações de Lula.
Lula não é bem-vindo em Israel
Em visita ao memorial do Holocausto, onde se reuniu com o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, o ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, disse nesta segunda, 19, que o presidente Lula não é bem-vindo em Israel.
“Não esqueceremos nem perdoaremos. É um ataque antissemita grave. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel – digam ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que o retire”, afirmou.
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Genocídio? Covid já matou 16.456 brasileiros desde início do atual governo Lula
Os números de infectados e mortos por covid-19 já não são divulgados diariamente pelo Ministério da Saúde desde fevereiro de 2023, mas a doença continua fazendo vítimas, ainda que 547 milhões de vacinas tenham sido aplicadas até dezembro de 2022. Desde o início do atual governo Lula (PT), em janeiro de 2023, até o dia 10 deste mês, o Brasil registrou 16.456 mortes por covid-19, segundo dados do Conass, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde. E não se fala em nova campanha de vacinação.
Ameaça permanece
A morte de paciente por covid em Brasília, quinta (15), fez lembrar, em plena epidemia de dengue, que o coronavírus ainda ameaça.
2,1 milhões de casos
O Conass também contabiliza mais de 2,1 milhões de casos confirmados de covid desde 2023 no Brasil. Foram 15 mil mortes só no ano passado.
Casos aumentam
Somente na última semana epidemiológica registrada pelo Conass são 33 mil novos casos e 164 óbitos relacionados ao coronavírus.
Letalidade maior
A taxa de letalidade em 2023 (0,8%) é maior que a registrada no ano de 2022 (0,5%), quando a campanha de vacinação foi concluída.
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Cerca de 500 policiais atuam na procura dos fugitivos do presídio federal de Mossoró
O ministro da Justiça Ricardo Lewandowski anunciou, na tarde deste domingo (18), um incremento da força policial que procura os dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró. Ao todo, cerca de 500 policiais atuam na operação de captura dos criminosos. Lewandowski disse ainda que o presídio voltou a ser “absolutamente seguro” após correções das “possíveis falhas”.
De acordo com o ministro, o efetivo policial que trabalha à procura dos fugitivos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento está divida em dois turnos (diurno e noturno), de modo que a operação não é paralisada em nenhum momento.
Lewandowski disse que investigações estão em andamento e evitou concluir, antecipadamente, que houve conivência de membros do sistema prisional para a fuga. O ministro anunciou melhorias para a segurança das unidades. Correções já foram feitas no presídio de Mossoró.
“As possíveis falhas já estão corrigidas, de tal maneira que o presídio de Mossoró voltou a ser um presídio absolutamente seguro e apto a custodiar os detentos que lá se encontram”, declarou o ministro da Justiça.
Representantes das polícias Federal e Rodoviária Federal afirmaram que as características do terreno são de difícil patrulhamento. A região de mata e as chuvas registradas nas últimas horas têm dificultado a operação de procura pelos fugitivos. As autoridades acreditam que a dupla ainda esteja nas imediações do presídio federal, dentro de um perímetro de 15 quilômetros.
O titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, afirmou que a fuga dos presos foi pontual e que não vai se repetir. “Não vamos dar mais chance, oportunidade alguma, com o nosso trabalho e com o trabalho dos policiais penais federais, para que uma situação dessa volte a se repetir”, frisou ele.
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Lewandowski vai a Mossoró acompanhar busca por fugitivos de presídio
O ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP) Ricardo Lewandowski irá na manhã deste domingo (18) para Mossoró (RN) acompanhar a operação de recaptura de dois fugitivos da Penitenciária Federal de segurança máxima localizada no município. A operação está sendo realizada pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Rio Grande do Norte, e pelas Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que congregam as policiais federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada.
O ministro sairá de Brasília às 7h e irá acompanhado do diretor-geral em exercício da Polícia Federal, Gustavo Souza. Lewandowski pretende se reunir com os chefes das equipes que estão à frente das buscas dos dois fugitivos. Ele se encontrará também com o titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, que está na cidade potiguar desde quarta-feira (14), data da fuga.
Os dois fugitivos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, foram os primeiros detentos a escapar de um presídio federal, considerado de segurança máxima. O sistema foi criado em 2006. Eles fugiram na última quarta-feira (14).
Os dois fizeram uma família refém na noite desta sexta-feira (16), roubaram celulares e comida. As informações foram confirmadas pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). De acordo com a pasta, o local fica a três quilômetros, aproximadamente, do presídio federal de Mossoró.
A operação para capturá-los mobiliza cerca de 300 agentes federais, drones e três helicópteros. A forma como ambos escaparam está sendo investigada. Um buraco foi encontrado em uma parede, e suspeita-se que eles tenham usado ferramentas destinadas a uma obra interna.
Inquéritos
Segundo o MJSP, há duas investigações em curso. Uma delas, de caráter administrativo, liderada pelo Senappen, apura as responsabilidades da fuga e pode levar a um processo administrativo. Também há um inquérito no âmbito da Polícia Federal para apurar eventuais responsabilidades de natureza criminal das pessoas que, eventualmente, facilitaram a fuga dos dois detentos da penitenciária.