Com mais de 1 milhão de casos, Brasil faz ‘Dia D’ de combate à dengue

Com mais de 1 milhão de casos de dengue no país nos primeiros meses do ano, o governo federal promove neste sábado, 2 de março, o Dia D do combate à doença em todo o país. Sob o tema “10 minutos contra a dengue”, a mobilização nacional será voltada para ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito.

— As ações são principalmente em relação ao controle dos pontos de mosquito, com visitas dos agentes de saúde às casas. Mas, também, atenção para os sinais de alerta, de orientação à população — explicou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) na última quarta-feira, 28.

A iniciativa é comandada pelo Ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias estaduais e municipais. Trindade pediu a participação de todos os estados na ação, inclusive daqueles que já tiveram um dia de mobilização estadual contra o mosquito:

— É um dia fundamental para essa unidade que construímos aqui. Então, é claro que muitos estados já fizeram, mas nenhum estado poderá estar fora desse esforço de mobilização (no dia 2).

Seis estados do país (AC, GO, MG, ES, RJ e SC) e o Distrito Federal declararam emergência em saúde pública por causa da dengue até o último dia 27, informou o ministério.


Publicidade

Brasil registra mais de 1 milhão de casos de dengue em 2024; mortes chegam a 214

O Brasil passou de 1 milhão de casos (prováveis e confirmados) de dengue em 2024. Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde desta quinta-feira (29), o país registrou 1.017.278 casos nas primeiras oito semanas deste ano. No mesmo período do ano passado, o Brasil tinha 207.475 casos.

Até o momento, 214 mortes foram confirmadas desde janeiro e 687 seguem em investigação. Em 2023, foram 149 óbitos entre as semanas 01 e 08.

Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), comenta que o início precoce de alta de casos, que ainda estão em ascensão, chamou atenção no comportamento da dengue neste ano.

“Nesse 1 milhão de casos nós temos uma imprevisibilidade da dengue. Tem anos que a temporada começa mais cedo e acalma mais cedo. Tem anos que a temporada vai num platô. Tem anos que você tem um pico muito grande, mas de curta duração”, analisa Kfouri.

O Distrito Federal é a região com o maior coeficiente de incidência no país, seguido por Minas Gerais, Acre, Espírito Santo e Paraná. Segundo o MS, 492 cidades já receberam os imunizantes contra a doença até o momento. E a faixa etária mais acometida é a de 30 a 39 anos, seguida por aqueles que têm entre 40 a 49 e 50 a 59. Mulheres são as mais infectadas pela dengue (55,4%).

Publicidade

Homens engordam mais que as mulheres depois do casamento, diz estudo

Um estudo publicado em 17/2 na revista científica Economics & Human Biology evidenciou o que muita gente já observa em casa: depois do casamento, os homens ganham mais peso que as mulheres.

A análise foi feita com dados da Pesquisa de Saúde e Nutrição da China, que realizou visitas domiciliares em 12 cidades de 1989 e 2015. Foram analisados dados de 12 mil homens e mulheres que responderam a pesquisas a cada três anos, em média. Alguns deles se casaram, outros não.

Todos os separados, viúvos e divorciados foram desconsiderados e só os solteiros e casados durante todo o período analisado foram levados em conta. Os pesquisadores compararam os dados de homens e mulheres de 18 a 45 anos para descartar o ganho de peso característico do envelhecimento. Os grupos foram divididos entre os que permaneceram solteiros e os que estiveram casados durante o período.

Nas mulheres casadas, o índice de massa corporal (IMC, a razão do peso pelo dobro da altura) subiu de 21,41, em média, no início do levantamento, para 22,45. Entre os homens, o aumento foi mais pronunciado: de 20,97 para 24,42 durante o período.

O ganho de massa mais expressivo se dá nos cinco primeiros anos após o casamento. A pesquisa identificou que, após o matrimônio, 5,4% dos homens entraram na categoria de sobrepeso enquanto 2,5% foram para a de obesidade.

Gráfico mostra a média de IMC em pessoas casadas e solteiras que participaram da pesquisa ao longo do tempo

O que leva ao aumento de peso?

Para os pesquisadores, essa é mais uma evidencia de que quando alguém está satisfeito com o relacionamento, tem menos iniciativa de competir com os demais e, portanto, descuida da alimentação e dos exercícios físicos, a chamada “gordura feliz”.

“Os homens enfrentam um risco significativo de obesidade à medida que envelhecem. Por isso, depois do casamento, é importante que não se ‘deixem levar’, mantendo hábitos alimentares saudáveis ​​e praticando exercício físico regularmente”, afirma a socióloga Shiwen Quan, representante da Academia Chinesa de Ciências Sociais, principal autora do estudo, em comunicado à imprensa.

Publicidade

Programa nacional oferta absorventes gratuitos no RN; veja como conseguir

Absorventes gratuitos estão sendo distribuídos para pessoas em situação vulnerabilidade para distribuição em 142 cidades do Rio Grande do Norte desde o último mês de janeiro. O acesso ao item de higiene é feito via Farmácia Popular, que conta com 548 estabelecimentos habilitados no território potiguar. A iniciativa faz parte do Programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual do governo federal e visa acabar com as dificuldades trazidas pela pobreza menstrual. Nos últimos dias, foi lançada a cartilha “Programa Dignidade Menstrual – um ciclo de respeito” que está disponível no portal do Ministério da Saúde.

O material traz informações detalhadas sobre como funciona, o passo a passo para acessar o benefício, os pré-requisitos para participar, onde e quantos absorventes podem ser retirados. O guia também explica como baixar o aplicativo Meu Sus Digital, já que é necessário gerar uma autorização dentro do app, antes de se dirigir a uma das farmácias.

Confira a cartilha

A oferta de absorventes é direcionada a estudantes da rede pública de baixa renda, pessoas em situação de rua ou em vulnerabilidade extrema e a população recolhida em unidades do sistema prisional. O programa traz, ainda, estratégias para conscientização da população e qualificação técnica de agentes públicos, que têm sido desenvolvidas pelo ministério desde 2023, com a abordagem de temas como a menarca (primeira menstruação), prevenção de infecções, doenças e combate aos estigmas que envolvem esta condição.

Quem pode participar

Pessoas com idade entre 10 e 49 anos de idade e que estão inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. Além disso, é necessário estar em uma das seguintes situações:

Encontrar-se em situação de vulnerabilidade social extrema (renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa);
Ser estudante da rede pública de ensino e de baixa renda (meio salário mínimo);
Estar em situação de rua, sem limite de renda.

O que é necessário para retirar os absorventes

Apresentar a autorização emitida no aplicativo Meu SUS digital;
Levar documento de identidade com foto e CPF.
A quem recorrer em caso de dificuldades de acesso ao programa?

É possível obter ajuda na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Os profissionais da unidade poderão oferecer orientações e, caso necessário, imprimir a autorização do Programa Dignidade Menstrual para a pessoa interessada.

Além disso, outros canais podem ser usados para auxílio:

Disque Saúde 136;
Centros de Referência da Assistência Social – CRAS e CREAS;
Escolas da rede pública de ensino fundamental ou médio, tanto municipais, como estaduais e federais;
Centros POP, centros de acolhimento e Consultórios na Rua; e
Outros estabelecimentos públicos que atendam mulheres e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Confira o número de farmácias credenciadas por município AQUI


Publicidade
Publicidade

Suicídio cresce no Brasil em 11 anos; população indígena lidera índice

O Brasil teve mais de 147 mil suicídios entre 2011 e 2022, apontou um estudo feito por pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard (EUA) e do Cidacs/Fiocruz Bahia (Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz).

A pesquisa, publicada no periódico The Lancet no dia 15 de fevereiro, também mapeou casos de automutilação, quando a pessoa tenta amenizar o sofrimento psicológico por meio de ferimentos físicos e que, com o tempo, podem levar à tentativa de suicídio.

É a primeira vez que uma pesquisa organiza dados das duas ocorrências e de internações relacionadas a elas no Brasil. Esse mapeamento ajuda a planejar políticas de combate ao suicídio, um problema de saúde pública por aqui e no mundo.

Entre 2011 e 2022, o Brasil teve alta de 3,7% de suicídios (foram 147.698, no total) e 21,13% de autolesões (104.458 casos, no total). As informações são de três bancos de dados: Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação); internações por automutilação do SIH (Sistema de Informações Hospitalares) e dados de suicídio do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade).

Quais foram os principais resultados?

  • Suicídio é maior entre indígenas. A população lidera os índices de suicídio e autolesões, mas tem menos hospitalizações. Isso revela um vazio assistencial no socorro e no suporte em saúde mental.
  • Aumento entre jovens. Notificações de automutilação e hospitalizações foram maiores entre pessoas mais jovens (faixa etária de 10 a 24 anos), enquanto as taxas de suicídio foram maiores entre idosos e adultos. Mas esse último índice tem crescido entre jovens, acompanhando as taxas globais.

Publicidade
Publicidade

Câmara aprova projeto que obriga governos a divulgar posição de pacientes na fila de espera do SUS para procedimentos cirúrgicos

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (21) um projeto que obriga governos a divulgar, em portais na internet, a lista de pacientes em espera para procedimentos cirúrgicos eletivos no Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o projeto, as páginas deverão indicar a posição ocupada pelo paciente na fila e indicar a data de agendamento.

O texto, que já havia sido aprovado pelo Senado, retornará para nova rodada de votação dos senadores.

Relatório mais recente do Ministério da Saúde, divulgado em novembro de 2023, aponta que quase 1,1 milhão de pessoas estão na “fila do SUS” para cirurgias eletivas (não emergenciais) nos 26 estados e no Distrito Federal.

Os dados constam de um monitoramento do Programa Nacional de Redução das Filas (PNRF), lançado pelo governo no último ano para reduzir a espera no sistema de saúde.

Identificação por número
A proposta prevê que a “fila do SUS” deverá ser divulgada por tipo de cirurgia eletiva. Também deverá haver publicações das esperas para exames complementares.

A identificação do paciente ocorrerá por meio do número do Cartão Nacional de Saúde — ou documento de identificação equivalente — e pelo estabelecimento no qual o procedimento será realizado.

Todas as listas de espera terão de ser, segundo o texto, atualizadas a cada 15 dias. Um consolidado, com o número total de pacientes nas filas para cirurgias e para exames, deverá ser divulgado mensalmente, junto ao tempo de espera médio para os procedimentos.

Inicialmente, o texto aprovado pelos senadores estabelecia que a ausência de publicação e atualização da lista poderia responsabilizar gestores — estaduais e municipais — por improbidade administrativa.

Em seu parecer, o relator do projeto, deputado Ruy Carneiro (Podemos-PB), retirou a possibilidade. Segundo ele, a nova versão do texto foi construída após “amplo diálogo com diversos líderes partidários” da Casa.

A punição já havia sido retirada em outra oportunidade, durante discussão na Comissão de Trabalho da Câmara, em 2018. À época, o ex-deputado Indio da Costa (PSD-RJ), relator na ocasião, disse que a decisão foi tomada após um “acordo firmado” com o PT.

Ao defender a proposta no plenário da Casa, Carneiro afirmou que o texto vai mudar as práticas políticas voltadas à saúde e dar “maior transparência ao cidadão”.

Agendamento

Além de tornar obrigatória a divulgação das filas, o projeto aprovado pelos deputados também estabelece critérios para o agendamento dos procedimentos.

Publicidade

Médico alerta para aumento em casos de câncer de pênis no Brasil

No período compreendido entre 2012 a 2022, o Brasil registrou mais de 21 mil casos de câncer de pênis, conforme levantamento feito pelo Ministério da Saúde. Entre os anos de 2013 a 2023, mais de 6 mil amputações foram realizadas, enquanto de 2011 a 2021, mais de 4 mil mortes ocorreram devido à doença. No país, a ocorrência é mais comum nas regiões Norte e Nordeste, que representam 2% de todos os tipos de câncer que atingem os homens.

A maioria desses casos poderia ter sido evitada com ações simples, como higiene adequada e vacinação contra o HPV, como alerta o médico Rafael Pauletti, urologista e presidente da Sociedade Brasileira de Urologia no Rio Grande do Norte (SBU-RN). “A gente vê que em países mais desenvolvidos com uma condição socioeconômica melhor, a incidência é baixíssima, 100 e 200 casos por ano. Aqui no Brasil a gente tem 2 mil casos ano, estatística nacional do INCA”, disse Rafael.

“O principal fator do câncer de pênis é a má higiene, aquele paciente que tem dificuldade de puxar a pele, de expor a cabeça e a glande, puxar completamente e limpar. O acúmulo crônico de sujeira, aquela inflamação crônica, o machucadinho que vai passando, e o cara nunca vai atrás. Porque é uma população bem mais sem instrução, com maior dificuldade de acesso a médico e não procura”, apontou.

Neste ano, a SBU, tanto a nível nacional quanto regional, está organizando uma campanha de conscientização acerca da doença. Em parceria com o Hospital Universitário e a Liga Contra o Câncer, será realizado, neste sábado (24), um mutirão de cirurgia de remoção de pele de adultos e adolescentes, prioritariamente aqueles que encontram-se na fila de cirurgia, com objetivo de reduzir as chances de desenvolvimento da doença nesse público. Assim como outros tipos, o câncer de pênis tem tratamento, que pode chegar inclusive à necessidade de remoção do órgão. Sobre a cura, Rafael enfatizou o diagnóstico precoce como o melhor caminho.

“Principalmente, o diagnóstico precoce. Se estiver no estágio bem inicial, retiramos somente a lesão. Se já estiver no estágio de câncer e a biópsia comprovou, mas em um estágio inicial, um ou o dois, podemos fazer a remoção parcial para que não seja feita a remoção completa do órgão, e ainda alcançar a cura. No estágio um, máximo estágio dois, a gente consegue que o paciente chegue à cura, ou no estágio ainda pré, ainda na displasia, e também se removermos a lesão, atingimos a cura. Estágio três e quatro é muito difícil, porque a doença já está se espalhando”, relatou o médico.

A concentração dos casos nas regiões Norte e Nordeste, segundo Rafael, está ligada ao índice de desenvolvimento socioeconômico, bem diferente comparado ao Sul e Sudeste. Além disso, a dificuldade de acesso a um médico especialista com as dificuldades de locomoção dessas pessoas. “População mais carente, índice de desenvolvimento reduzido, e acesso a médico. O SUS é universal, porém, a dificuldade de acesso é grande, principalmente no Nordeste, no Norte mais ainda, devido às distâncias”, afirmou.

De acordo com levantamento feito pela SBU informado por Rafael, estima-se que o Rio Grande do Norte tem em média em torno de 30 casos por ano, atendidos pela Liga do Câncer que dá vazão muito rápida para esses casos. “Não temos fila de espera para o tratamento do câncer, mas o que gostaríamos é que isso não acontecesse. Como a gente falou, quando o paciente chega no nível de procurar ajuda por si próprio, sem conhecimento, ele está em um estágio que a gente não consegue curar”, salientou.

Publicidade

Dengue: casos sobem mais de 300% em 2024. Pico ainda virá, diz Saúde


O Brasil ultrapassou a marca dos 680 mil casos de dengue, segundo mostram os dados mais recentes do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. O país registrou um total de 688.461 casos prováveis da doença nas sete primeiras semanas epidemiológicas do ano.

O número representa um aumento de 315% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o Brasil teve 165.839 casos. O índice pode ser ainda maior, uma vez que os dados do painel ainda devem sofrer atualizações, conforme chegam novas informações dos municípios.

Distrito Federal, Minas Gerais, Acre, Paraná, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro são as unidades da Federação com maior incidência da doença por 100 mil habitantes. Além dos milhares de casos, 122 pessoas perderam a vida por causa da dengue. Outros 456 óbitos estão sob investigação.

A situação é alarmante, já que a alta de casos acontece antes mesmo do período tradicional de pico da doença, entre março e abril. No ano passado, o país bateu os 688 mil casos apenas na 14ª semana epidemiológica, no início de abril.

Publicidade