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AstraZeneca admite pela 1ª vez ‘efeitos colaterais raros’ da vacina contra covid
Pela primeira vez, a AstraZeneca admitiu à Justiça que sua vacina contra a covid pode causar “efeito secundário mortal”. O laboratório farmacêutico é alvo de ação coletiva movida por dezenas de famílias que culpam a companhia por supostos efeitos colaterais que podem ter provocado “danos à saúde ou até mesmo a morte” de pacientes vacinados. As informações são do jornal britânico Daily Mail.
Os advogados que representam os familiares acreditam que alguns deles podem receber indenização de até £ 20 milhões (R$ 128 milhões).
Apesar de contestar as alegações, a AstraZeneca, com sede em Cambridge, no Reino Unido, reconheceu em um documento legal apresentado em fevereiro ao Tribunal Superior que a sua vacina pode, “em casos muito raros”, causar Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (TTS)”.
A condição leva à formação de coágulos, o que provoca uma redução do número de plaquetas no sangue. As plaquetas ajudam o sangue a coagular. Uma vez que admitiu a reação, a AstraZeneca pode ter de indenizar cada caso, de acordo com o jornal inglês The Telegraph.
A notícia veio à tona poucos dias depois de a empresa informar que receita no primeiro trimestre de 2024 foi de £ 10 bilhões (R$ 641 bilhões), o que representa um aumento de 19%.
Quem pede indenização
De acordo com o Daily Mail, um dos pacientes que buscam indenização por lesões relacionadas à vacina da AstraZeneca é o engenheiro de TI Jamie Scott. Ele teria ficado com uma lesão cerebral permanente após receber a vacina, em abril de 2021. Ele é pai de dois filhos e não consegue trabalhar desde então.
Este é um dos 51 processos apresentados no Tribunal Superior e que buscam ressarcimento por danos. Advogados que representam vítimas e famílias estão processando a AstraZeneca sob a Lei de Proteção ao Consumidor de 1987.
Cerca de 50 milhões de doses da vacina AstraZeneca foram distribuídas no Reino Unido no total. Dados oficiais mostram que mais de 80 britânicos teriam morrido por complicações de coágulos sanguíneos possivelmente ligados à vacina da AstraZeneca, segundo a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido,
Como as autoridades de saúde não encomendaram mais doses, isso significa que a vacina foi praticamente retirada no Reino Unido.
A AstraZeneca diz que sua vacina é responsável por salvar cerca de 6 milhões de vidas em todo o mundo durante a pandemia de Covid.
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Governo Lula tenta invalidar no STF 12 leis sobre porte de armas
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já questionou no STF (Supremo Tribunal Federal) 12 leis de 8 Estados e de 1 município que facilitam o acesso ao porte de armas para CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores) e algumas profissões consideradas de risco.
A maioria (10) das ações foi apresentada pela AGU (Advocacia Geral da União) em dezembro de 2023. Em abril, o governo entrou com 2 novos pedidos para invalidar normas do Paraná e do Rio Grande do Sul.
A Corte já declarou a inconstitucionalidade de 3 leis e julga ao longo da semana que começa na 2ª feira (29.abr) uma norma municipal de Muriaé (MG), que facilita o acesso ao porte de armas para CACs por reconhecer a atividade como de risco. O relator, ministro Cristiano Zanin, votou pela inconstitucionalidade da lei. Ainda restam 10 votos. Os magistrados terão até 6 de maio para apresentarem os seus votos.
A lei analisada tem o mesmo teor de duas normas do Paraná e Mato Grosso do Sul invalidadas por unanimidade pela Corte em abril de 2024. A outra lei declarada inconstitucional é do Espírito Santo e estabelece o porte de armas de fogo para vigilantes e seguranças que trabalham em empresas públicas e privadas.
“RISCO À SOCIEDADE”
O argumento mais apresentado pela AGU nas peças encaminhadas ao STF é o “risco à sociedade” por maior exposição às armas de fogo. O governo declara que as normas “ampliam indevidamente” o acesso às armas e cria um “fator desarrazoado”.
“É preciso ponderar o acesso a armas de fogo com valores constitucionais como os de proteção à vida, à segurança e ao meio ambiente –conforme estabelecido pela jurisprudência do próprio STF”, afirma a Advocacia Geral da União.
A AGU diz que as leis que reconhecem risco para algumas atividades tentam suprimir a competência da PF (Polícia Federal) para averiguar a necessidade do porte. Também indica falta de prerrogativa dos Estados para legislar sobre o tema diante do fato que não há uma lei federal que permite aos Estados e ao Distrito Federal a possibilidade de legislar sobre o porte de arma de fogo.
Em todos os casos, há o pedido de medida cautelar para suspensão das leis questionadas, mas em nenhum caso o pedido foi atendido. Nos resultados que dão vitória para o governo, a Corte decidiu no mérito das ações –ou seja, decidiu definitivamente.
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Hipertensão arterial também atinge crianças
A hipertensão é uma doença silenciosa que, de acordo com o Ministério da Saúde, mata 300 mil pessoas no Brasil por ano. O problema atinge cerca de 32% dos brasileiros com mais de 18 anos, mas também pode chegar às crianças – principalmente, pelo aumento global da obesidade infantil. Tanto para adultos quanto para crianças, o compromisso é ampliar o número de diagnósticos precoces, rastrear fatores de risco, conscientizar os pacientes sobre hábitos saudáveis, e orientá-los a adotar um estilo de vida que tenha como base uma alimentação equilibrada.
A puberdade é o período da vida em que a hipertensão pode se manifestar da forma mais precoce. Contudo, os indícios podem vir antes. A cardiologista pediátrica Mayra Moreira diz que a hipertensão arterial do tipo primária pode se manisfestar por volta dos seis anos de idade. “Ela é a hipertensão essencial, a causa mais comum. Já a secundária, resultado de cardiopatias congênitas e doenças renais, podem se manifestar desde o nascimento”.
No caso da hipertensão primária, segundo Mayra, os principais fatores de risco para a criança são: sobrepeso, obesidade, a falta da prática de atividade física associado ao tempo prolongado de tela, hábitos alimentares não saudáveis, e antecedentes familiares para hipertensão. “Mas não há dúvida que o principal fator é a obesidade”, enfatiza.
O diagnóstico de hipertensão em um criança deve despertar os mesmos cuidados que a um adulto, apesar de suas particularidades. “A criança apresenta peculiaridades do ponto de vista da gênese da hipertensão, diferentemente do adulto. Logo, o acompanhamento com o cardiologista pediátrico é essencial para estabelecer os cuidados específicos para cada criança”, afirma.
A questão dos sintomas nas crianças também se manifesta de forma peculiar. “A hipertensão na criança costuma ser assintomática, exceto pela pressão arterial elevada ao exame físico. Diante disso, a pressão arterial dever ser monitorada anualmente, a partir dos três anos de idade. Isso ressalta a importância da consulta com o cardiologista pediátrica para prevenção e monitoramento adequado da pressão arterial”, ressalta.
A cardiologista também alerta que medir a pressão da arterial da criança envolve aparelho específico para cada faixa etária. “Aferir a pressão da criança com aparelhos de adultos e digitais não é adequado e pode induzir ao erro diagnóstico”, diz. Mayra ressalta que a hipertensão arterial essencial na criança é um diagnóstico de exclusão.
“O cardiologista pediátrico precisa excluir outros diagnósticos para então determinar a gênese da hipertensão. O tratamento medicamentoso se restringe a alguns casos. Normalmente iniciamos o tratamento com orientações sobre o estilo de vida, dieta, peso corporal e exercícios físicos”, explica.
A endocrinologista Taísa Macedo ressalta que a obesidade ainda é o fator que torna a criança mais vulnerável ao desenvolvimento da hipertensão. “A obesidade é o maior fator de risco para o desenvolvimento de hipertensão na criança. Nas últimas décadas, estima-se que a taxa de diagnóstico de hipertensão arterial tenha dobrado. A pressão arterial de uma criança deve ser medida a partir de três anos de idade. A ocorrência maior é a partir da puberdade”, diz.
Raramente, atesta a endo-crinologista, a hipertensão arterial apresenta sintomas, mas quando ocorre, a criança pode se queixar de indisposição, mal estar geral, e dor de cabeça. Taísa afirma que quando ocorre o diagnóstico em menores de idade, os cuidados são essencialmente similares aos dos adultos. “São medidas de mudança de estilo de vida que valem para todos: alimentação saudável, atividade física, higiene do sono e redução de tempo de tela, as-sociado ao uso de medicamentos quando necessário”, explica.
A obesidade infantil é um problema de saúde pública global com graves consequências para a saúde e longevidade na vida adulta. Crianças obesas têm maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como hipertensão, infarto do miocárdio, AVC, além de diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, e doenças respiratórias como asma, apneia do sono, entre outras.
Pressão alta
Popularmente chamada de “pressão alta”, a hipertensão pode acometer pessoas em qualquer fase da vida, na adolescência inclusive. A hipertensão se caracteriza basicamente por um quadro persistente de elevação dos níveis da pressão arterial. Isso acontece quando a pressão do sangue no interior dos vasos, no caso das artérias, atinge valores considerados danosos à saúde. Por ser uma doença crônica, a hipertensão tem controle e tratamento, mas não tem cura.
Os especialistas afirmam que um a cada quatro brasileiros são diagnosticados com a doença. A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença que envolve uma série de alterações no corpo humano. Interfere no processo da doença aterosclerótica, que consiste no envelhecimento dos vasos, prejudicando o funcionamento de vários órgãos, como os rins, vasos cerebrais e cervicais, além do enfraquecimento do próprio coração.
Apesar de 90% dos casos serem hereditários, outros fatores também influenciam no surgimento da doença, como obesidade, estresse, consumo exagerado de sal, altos níveis de colesterol, e sedentarismo. Para ter uma boa qualidade de vida com o diagnóstico de hipertensão arterial é preciso cultivar hábitos saudáveis, realizar acompanhamento médico e utilizar corretamente a medicação.
Segundo o Ministério da Saúde, 32% da população adulta brasileira – o equivalente a 36 milhões de indivíduos – têm hipertensão. O mais grave é que somente 50% dessa população sabe que é hipertensa, e apenas metade realiza tratamento. A hipertensão pode aumentar o risco de infarto agudo do miocárdio, o AVC, e a longo prazo, o desenvolvimento de insuficiência cardíaca.
O cardiologista vai poder individualizar o que é melhor para cada paciente. Já o tratamento não me-dicamentoso é baseado em mudança de estilo de vida. O paciente deve iniciar uma atividade física de forma rotineira e perder peso. É importante manter o peso adequado e cuidar da alimentação.
Para lembrar e chamar a atenção para esse mal silencioso, a Organi-zação Mundial da Saúde (OMS) instituiu o 17 de maio, como o Dia Internacional de Prevenção e ao Combate da Hipertensão Arterial.