CBF não pensa em desconvocar Neymar e aguarda atualizações do Santos

Neymar

SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A CBF não pensa em desconvocar Neymar neste momento. Neymar, a princípio, deve se apresentar à seleção brasileira na próxima segunda-feira (17).

A equipe do técnico Dorival Júnior enfrentará Colômbia e Argentina, nos dias 20 e 25, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

A CBF mantém contato frequente com o Santos e espera ter Neymar já no primeiro treinamento em Brasília. O astro só será desconvocado se os exames apontarem um problema muscular maior.

Neymar sente dores na coxa esquerda, mas os exames não apontaram uma lesão considerável. O camisa 10 tem feito tratamento em dois períodos.

O meia-atacante ficou fora da semifinal contra o Corinthians, tratou durante a folga na segunda e na terça e volta a treinar nesta quarta-feira (12). Ele tratou pela manhã em casa e vai ao CT Rei Pelé à tarde.

A ideia da seleção é receber Neymar e fazer novas avaliações para entender se ele pode treinar e jogar normalmente. O próprio atleta entende que estará pronto a tempo.

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Projeto que permite retaliação comercial ganha impulso no Congresso após tarifas de Trump

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Uma versão turbinada do projeto de lei que cria mecanismos de retaliação contra países ou blocos econômicos que imponham barreiras comerciais ao Brasil deve avançar no Congresso Nacional nas próximas semanas.

Uma nova versão do chamado PL da reciprocidade foi apresentada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS), e amplia bastante seu escopo, antes limitado a aspectos ambientais.

O texto passa agora a permitir retaliações comerciais em geral. O texto ganhou apoio da bancada ruralista, o principal grupo do Congresso atualmente, e a expectativa é que a proposta volte a caminhar ainda neste mês.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda trabalha com outras alternativas. Uma pessoa a par das discussões disse à reportagem, sob reserva, que ainda não está descartada a ideia de editar uma MP (medida provisória) sobre o assunto.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o Brasil carece de um arcabouço legal para responder a barreiras econômicas impostas por outros países ou blocos.

O tema ganhou urgência adicional diante da guerra comercial promovida pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nesta quarta (12) entraram em vigor tarifas de 25% impostas pelos EUA sobre aço e alumínio, que afetam a venda de produtos brasileiros.

Neste contexto, o Brasil foi em busca de criar instrumentos para conseguir responder com celeridade a essas barreiras.

No Congresso, a bancada ruralista passou a impulsionar o projeto da reciprocidade. O grupo se reuniu nesta semana para dar prioridade ao avanço da proposta, que deve avançar com celeridade.

Atualmente o texto está na Comissão de Meio Ambiente do Senado e ainda precisaria passar pela de Assuntos Econômicos, na qual poderia ser aprovado de forma terminativa, o que permite que o texto seguisse diretamente para a Câmara dos Deputados.

A proposta é vista com bons olhos pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), que preside o grupo econômico e já se posicionou publicamente a favor de medidas de reciprocidade comerciais firmes.

Tereza Cristina também já se reuniu com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para alinhar sua tramitação.

A expectativa dos parlamentares é que avance no próximo mês no Senado e depois, em mais um mês na Câmara.

A bancada ruralista acredita ter o apoio do presidente desta Casa, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que já afirmou publicamente que dará andamento às propostas do grupo -do qual, inclusive, é integrante.

Segundo Tereza Cristina, o texto deve estar pronto para ir à sanção de Lula (PT) em um mês e meio.

Originalmente, o texto de Zequinha Marinho (Podemos-PA) tratava de questões ambientais e era uma forma de responder às restrições impostas pela União Europeia a produtos brasileiros. Com a guerra comercial de Trump, o grupo decidiu usar a proposta como base, mas ampliar seu alcance.

"Hoje estamos vendo que os Estados Unidos podem sobretaxar alguns produtos brasileiros, estamos vendo o que está acontecendo no mundo, então a lei se torna mais necessária ainda", afirma Tereza Cristina.

"Nós abrimos esse escopo, para a parte tarifária, comercial, social e a trabalhista", diz.

O texto determina que a Camex (Câmara de Comércio Exterior) pode suspender concessões comerciais, investimentos ou até acordos relativos a propriedades intelectuais caso o Brasil seja alvo de determinações de outros países ou blocos que impactam negativamente sua competitividade internacional ou sua produção.

O projeto cita três hipóteses às quais o órgão pode responder: aplicação ou ameaça de medidas comerciais que interfiram na soberania nacional brasileira, medidas que violem acordos comerciais vigentes ou exigências ambientais que sejam mais rígidas que as atuais leis brasileiras.

Dentre as retaliações que o Brasil pode aplicar estão medidas incidentes sobre importações (como taxação) e suspensão de acordos comerciais ou concessão de direitos de propriedade intelectual.

"O Conselho Estratégico da Camex (CEC) está autorizado a adotar contramedidas na forma de restrição às importações de bens e serviços ou medidas de suspensão de concessões comerciais, de investimento e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual e de outras obrigações previstas em qualquer acordo comercial do país", diz trecho do projeto.

A proposta determina que a Camex deve avaliar caso a caso, e que o Ministério de Relações Exteriores pode conduzir consultas públicas para embasar suas respostas. Também prevê que as retaliações devem ser proporcionais ao impacto da medida inicial.

"A situação que o projeto pretende responder está mais no âmbito da política de defesa comercial do que propriamente na esfera ambiental", justifica Tereza Cristina em seu relatório.

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Ronaldo desiste de candidatura à presidência da CBF

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-jogador Ronaldo Nazário anunciou que desistiu da candidatura à presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

A decisão vem após dificuldades encontradas por ele para obter apoio dos presidentes das federações estaduais, alguns deles próximos ao atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Em publicação nas redes sociais, Ronaldo disse que "se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião."

A intenção de se candidatar ao cargo havia sido oficializada pelo ex-atleta no fim do ano passado. Na ocasião, ele criticou a gestão atual da CBF e afirmou que lutaria para recuperar o respeito do futebol brasileiro. Companheiros de clubes e da seleção brasileira como Romário e Kaká chegaram a elogiar o anúncio de Ronaldo.

Na publicação desta quarta-feira (12), o ex-atacante disse que os primeiros passos à frente da confederação "seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados."

Em seu primeiro contato com as 27 filiadas, contudo, disse ter encontrado "23 portas fechadas." O ex-atacante relatou que as federações se recusaram a recebê-lo, "sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição."

"Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo", reclamou Ronaldo.

Para poder se candidatar à presidência da CBF, é preciso obter o apoio de ao menos quatro federações estaduais e de quatro clubes das Séries A ou B.

Além disso, o colégio eleitoral é formado pelas 27 federações e pelos 40 clubes das duas séries principais do futebol brasileiro. A decisão, contudo, acaba sempre nas mãos das federações, cujos votos têm peso 3 nas eleições, contra peso 2 dos clubes da primeira divisão, e peso 1 dos clubes da segunda.

"Portanto, fica claro que não há como concorrer", disse o ex-camisa 9 da seleção brasileira. "A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções."

Além do apoio das federações, para se candidatar à presidência da CBF Ronaldo também teria de se desfazer da participação no Valladolid, da Espanha, e em negócios de gestão de fortuna e marketing que têm jogadores brasileiros entre seus clientes, para evitar risco de conflito de interesse.

Eleito em 2022 em chapa única após o afastamento do antecessor Rogério Caboclo, Ednaldo Rodrigues chegou a ser destituído do cargo por alguns dias no fim de 2023, por supostas irregularidades no processo eleitoral.

Após idas e vindas nos tribunais, Rodrigues foi reconduzido ao cargo por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Em fevereiro deste ano, o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) declarou extinta a ação que questionava as regras eleitorais na CBF.

Novas eleições à presidência da CBF devem acontecer até março de 2026.

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Trabalhador paga mais que o triplo da taxa do consignado dos aposentados

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(FOLHAPRESS) - Funcionários de empresas privadas que contratam empréstimos consignados podem pagar mais que o triplo da taxa de juros cobrada de aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), considerando as taxas máximas coletadas em levantamento do Procon-SP em agências no Estado de São Paulo.

Segundo o órgão, a alíquota máxima cobrada pelas instituições para aposentados foi de 1,80% ao mês - teto permitido para o consignado do INSS, enquanto para trabalhadores de empresas privadas, chegou a 6,49%. A entidade de defesa do consumidor também pesquisou as condições para servidores públicos, que costumam ser melhores do que a de trabalhadores da iniciativa privada.

Pelas regras atuais, não é possível que o trabalhador escolha em que instituição firmará contrato, a não ser que a empresa tenha uma parceria com o banco desejado. Com o novo consignado privado que o governo vai lançar, os bancos poderão oferecer empréstimos a celetistas também pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. O novo crédito não deve ter um teto para as taxas de juros que podem ser cobradas pelos bancos, como existe para o consignado dos aposentados.

Bárbara Félix, sócia coordenadora na área cível e bancária do Marcelo Tostes Advogados, diz que há diferença nas taxas pois os bancos avaliam o perfil de risco do tomador de crédito. Servidores públicos federais, por exemplo, têm vínculo empregatício considerado mais estável, e têm taxas melhores que trabalhadores da iniciativa privada e servidores municipais e estaduais, afirma a especialista.

Hoje, o consignado para trabalhadores do setor privado, que contam com as maiores taxas da modalidade, funciona por meio de convênios feitos entre a empresa onde o funcionário trabalha e os bancos.

O Procon-SP solicitou, em seis bancos, as taxas de juros máximas do consignado praticadas no dia 10 de fevereiro.

O levantamento do Procon-SP, que é quadrimestral, também encontrou diferenças nas taxas oferecidas entre as instituições financeiras para trabalhadores com carteira assinada. Para um contrato com prazo de 12 meses, o Banco do Brasil tinha taxa de 3,26% ao mês, enquanto o Banco Safra oferecia 6,49%.

Bárbara afirma que essa diferença está relacionada à estratégia de risco e rentabilidade da instituição financeira. "No caso do empréstimo consignado, esse fator tem um impacto um pouco diferente, pois, para as instituições financeiras, o risco é menor. Isso ocorre porque as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento, reduzindo as chances de inadimplência", explica a especialista.

Entre os fatores avaliados pelos bancos estão o histórico de crédito, o órgão pagador e a política de crédito. Neste caso, Bárbara diz que cada instituição adota uma estratégia, podendo optar por uma margem de lucro menor para atrair mais clientes ou cobrar taxas maiores para compensar possíveis riscos.

Entre os bancos, o Bradesco teve as maiores taxas máximas para servidores públicos. Em nota, a instituição diz que a taxa apontada pela pesquisa não reflete a média da maior parte dos contratos firmados nesta linha, que tem taxas a partir de 1,30% ao mês.

"O Bradesco adota uma política de precificação que considera fatores como custos operacionais, cenário econômico e gestão de risco, garantindo a sustentabilidade financeira e a oferta responsável de crédito aos clientes", afirma o banco, em nota à reportagem.

O Itaú apresentou as menores taxas de juros para servidores públicos no prazo de 12 meses. Em nota, a instituição afirma que está atenta às condições de mercado. "O banco informa que as taxas aplicadas aos empréstimos consignados, dentre eles os oferecidos aos servidores públicos e empresas privadas, seguem a estrutura de custos operacionais, tributos e riscos de inadimplência de cada operação", diz.

O Santander apresenta a maior taxa para funcionários de empresas privadas no prazo de 48 meses. A instituição afirma que pratica taxas competitivas e alinhadas ao mercado, sempre considerando o perfil de cada cliente. A instituição diz que as taxas médias oferecidas pela instituição são inferiores ao custo máximo, que é o considerado no levantamento.

"O banco segue comprometido em oferecer soluções de crédito acessíveis, transparentes e responsáveis para todos os seus clientes", diz.

O Safra não comentou. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal não responderam à Folha até a publicação desta reportagem.

Em comparação com outros tipos de crédito pessoal, o consignado ainda tem as menores taxas de juros de crédito pessoal.

Pesquisa do BC (Banco Central), com dados de dezembro de 2024, aponta que a taxa média do consignado para aposentados ao ano é de 21,9% ao ano, enquanto o cheque especial, quando o cliente entra no limite de sua conta, tinha juros médios de 136%.

Bárbara Felix afirma que, antes de fechar um contrato, os consumidores devem comparar as taxas de juros entre as instituições financeiras para reduzir o risco de pagar mais que o necessário.

"Em algumas situações, são oferecidas taxas de juros aparentemente atrativas, mas, ao analisar o CET (

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Raphinha, o 'caçador de águias', quebra recorde após quase 30 anos

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Raphinha se confirmou, na tarde de terça-feira, como um verdadeiro "carrasco" para o Benfica, marcando dois dos três gols que garantiram a vitória do Barcelona sobre as águias e a classificação para as quartas de final da Liga dos Campeões. O atacante brasileiro chegou a cinco gols contra o Benfica em uma única temporada e quebrou um recorde que perdurava há quase 30 anos.

De acordo com a plataforma especializada Playmaker, o alemão Jürgen Klinsmann havia sido o único a marcar seis gols contra o Benfica em dois jogos da extinta Taça UEFA, na temporada 1995/96, quando jogava pelo Bayern de Munique.

Quase 30 anos depois, surgiu um novo pesadelo para o Benfica, chamado Raphinha. O jogador brasileiro já havia marcado dois gols no jogo da fase de grupos, que o Barcelona venceu por 5 a 4, na Luz, e voltou a brilhar na primeira mão das oitavas de final da Liga dos Campeões, marcando dois gols em Barcelona e fechando a eliminatória com vitória para os catalães.

Na temporada atual, Raphinha, de 28 anos, acumula 27 gols e 18 assistências em 41 jogos pelo Barcelona. Inclusive, Thierry Henry já acredita que o brasileiro tem chances de disputar a Bola de Ouro, dado o grande momento que vive no futebol europeu.

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Agenda de Haddad foi toda aprovada pelo Congresso, diz Hugo Motta

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O presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) defendeu nesta quarta-feira, 12, uma agenda do Congresso Nacional que atenda ao que o "povo quer" e não uma agenda de "enfrentamentos vazios e radicalismos".

Em evento do pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), Motta pregou o enfrentamento do "clima de pessimismo que nos faz bater cabeça". "A agenda tem que ser positiva para o País. Temos um desafio, fazer com que o Brasil deixe de ser o país do futuro e passe a ser o país do presente", afirmou diante de empresários na conferência de abertura do Brasil Summit promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide).

Motta destacou o papel do Congresso como uma "âncora de responsabilidade e aprovação de reformas, agindo para conter decisões que entendemos não ser adequadas para o País". Segundo o presidente da Câmara, mesmo com uma posição de diálogo constante por parte de sua gestão, é necessário lembrar da independência dos Poderes e que o parlamento discuta a política econômica.

O deputado afirmou ainda que o Congresso ajudou o governo em praticamente todas as agendas nos últimos dois anos. "A agenda do ministro Fernando Haddad foi integralmente apoiada, mas sempre colocamos a preocupação de que o ministro precisaria de apoio interno e externo", ponderou.

Motta também indicou que não é mais possível afastar decisões do governo com relação a despesas e gastos públicos. "Não será possível promover política de evolução com inflação descontrolada, a taxa de juros subindo e o dólar alto", afirmou. O deputado ponderou que a taxa de juros é danosa e amedronta, travando investimentos.

Motta destacou ainda que o País deve ser cada vez mais eficiente, alertando que, se não houver uma agenda de responsabilidade, o Brasil passara por um período difícil. O deputado defendeu que o Congresso discuta a eficiência da máquina pública. "Não dá mais para pensar na máquina pública como se estivéssemos em um País de 10 anos atrás."

O presidente da Câmara ponderou ainda que a reforma tributária vai ajudar na desburocratização. Também defendeu o agronegócio: "Precisa ser exaltado e defendido e não criminalizado". Pregou o dialogo constante com o Executivo e Judiciário, defendendo a necessidade de uma maior segurança jurídica para que o empresariado sinta segurança em investir.

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PT associa Eduardo Bolsonaro em comissão a atrito com STF, e Motta diz que não há como interferir

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(FOLHAPRESS) - Parlamentares do PT falam em ruídos nas relações diplomáticas do Brasil, inclusive com o próprio STF (Supremo Tribunal Federal), para tentar evitar a escolha do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) para presidir a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara.

Deputados petistas citam, por exemplo, périplo do filho de Jair Bolsonaro (PL) nas últimas semanas pedindo a autoridades dos EUA sanções contra o ministro Alexandre de Moraes para justificar essa tese. Entre eles, há esperança de sensibilizar a cúpula da Casa ou líderes do centrão contra essa possibilidade.
Porém o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), nega que haja uma crise com o Supremo por conta da indicação e diz que não há como intervir nisso.

"Não acredito que seja uma crise, até porque essa distribuição pelos partidos, das comissões, é uma coisa que já é conhecida por todos, é uma praxe regimental, não há muito o que o presidente fazer. Porque isso se dá pelo tamanho de cada bancada, não tem nenhuma novidade nisso ", disse.

Segundo Motta, "não há como interferir". "Nós vamos cumprir regimentalmente aquilo que tem que ser cumprido, sempre tentando, da forma mais harmônica possível, fazer com que os partidos possam convergir e escolher da melhor forma as comissões", completou.

A declaração foi dada a jornalistas na noite desta terça (11), ao chegar na casa da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). Motta participa de jantar da nova titular da articulação política do governo com líderes do centrão.

Parlamentares do PL dizem não haver possibilidades de o partido não indicar Eduardo para comandar a comissão. O próprio Bolsonaro teria solicitado a indicação do filho ao cargo. "A esquerda já desistiu, o Eduardo Bolsonaro será presidente sim", diz o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ).

Na Câmara e no Senado, via de regra, as comissões são distribuídas de acordo com o tamanho das bancadas, com os maiores partidos tendo a preferência na escolha dos colegiados. Como o PL é a maior sigla na Casa (com 92 deputados), caberá à legenda fazer as primeiras pedidas.

Eduardo é o atual secretário de relações internacionais do partido e mantém relação com nomes da direita mundial, sobretudo aliados dos presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Argentina, Javier Milei.

Há uma avaliação entre petistas de que a atuação de Eduardo na comissão poderá causar dores de cabeça ao governo Lula (PT), principalmente com a eleição de Trump nos EUA e o Brasil sediando a COP30 (Conferência de Mudanças Climáticas da ONU).

Além disso, consideram que o parlamentar usará da presidência da comissão para tumultuar os trabalhos na Câmara num momento em que o ex-presidente é julgado pelo STF.

Líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta terça que a escolha de Eduardo representaria um "ataque às instituições brasileiras" e "quase uma provocação "ao STF.

"Ele na presidência é reforçar a articulação de constrangimento do STF, em especial do ministro Alexandre de Moraes. Se a Câmara entrar nessa, está comprando uma grande briga institucional no Brasil e aumentando os conflitos internacionais", disse.

O tema foi discutido em reunião na residência oficial da Câmara que começou às 9h e se estendeu até às 15h30, com líderes das maiores bancadas. Segundo relatos, Lindbergh lançou mão do argumento de crise com o STF e os Estados Unidos e fez apelos para que o partido indicasse outro nome para o posto.

A esperança de parlamentares da esquerda é de que Hugo Motta intercedesse junto ao PL para evitar ruído com magistrados. Mas um aliado do paraibano diz considerar remota essa possibilidade, uma vez que a decisão cabe ao partido e é preciso respeitar as autonomias partidárias.

Quatro líderes da Casa ouvidos pela reportagem reforçam essa avaliação. Eles dizem que existem ressalvas ao nome do bolsonarista, mas que cabem aos partidos indicarem seus integrantes, sem interferência de outras siglas.

A líder do PSOL, Talíria Petrone (RJ), afirmou que há um "sentimento majoritário de que a figura de Eduardo não ajuda a consensuar a Casa".

"Mesmo que [o comando da comissão] fique com o PL, há um trabalho conjunto para que fique com outro nome do partido. Isso é algo que está sendo dialogado junto ao presidente Hugo Motta. Há um esforço de diálogo", disse a psolista.

Um cardeal do centrão reconhece que a indicação de Eduardo poderá criar ruídos com o Supremo, justamente num momento em que há um distensionamento da relação entre Legislativo e Judiciário com o acordo acerca das emendas parlamentares.

Ele minimiza, no entanto, o impacto dos trabalhos da comissão com o deputado na presidência do colegiado. Afirma que há pouco efeito concreto nas medidas que poderão ser tomadas ali e que o espaço será usado para acenar à militância bolsonarista.

Também nesta terça, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o Executivo não interfere na composição das com

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Neymar Pai anuncia reforma no CT do Santos

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SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Neymar Pai anunciou os próximos passos para uma reforma no CT Rei Pelé.

A reforma vai derrubar a estrutura atual para criar um pavimento de dois andares com quatro vestiários, academia e espaço para fisioterapia e fisiologia.

Os módulos dessa nova estrutura estão sendo construídos fora do CT e serão trazidos quando estiverem prontos.

A expectativa é iniciar e concluir a obra entre o fim de abril e o início de maio. O projeto já foi autorizado pelo Santos.

Essas mudanças são uma nova etapa no processo de modernização do Santos capitaneado por Neymar Pai. A NR Sports já havia viabilizado uma reforma nos vestiários da Vila Belmiro e anunciará em breve novos passos para o estádio.

Neymar Pai acionou parceiros próprios para ajudar o Santos. No caso da academia da base, por exemplo, o Peixe contará com a Ironberg, empresa recém-comprada por Neymar.

A ideia de Neymar Pai é modernizar também a área do elenco profissional do CT, mas a base é tratada como prioridade. Hotel, campo e academia utilizados por Neymar são considerados "suficientes, mas com melhorias necessárias".

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Moraes volta a criticar big techs e brinca: 'não sou comunista, não é possível que acreditem'

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes voltou a criticar a atuação das bigtechs nesta terça-feira, 11, durante aula magna na Fundação Getulio Vargas (FGV), em Brasília. Segundo o magistrado, as gigantes da tecnologia "querem lucrar" sem assumir responsabilidade.

"Essas empresas perceberam que a União Europeia aprovou leis que os outros países vão aprovar. E a regulamentação vai começar. Esse é um perigo que venho alertando. Por enquanto, nós conseguimos manter nossa soberania, nossa jurisdição", afirmou o ministro.

Moraes tem sido alvo de críticas por decisões relacionadas às redes sociais. O Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos chegou a intimar oito big techs para discutir a suposta "censura" imposta por governos estrangeiros. O presidente do comitê, Jim Jordan, citou diretamente Moraes, acusando-o de emitir ordens "secretas e arbitrárias" para obrigar empresas norte-americanas a removerem conteúdo sob ameaça de multas e banimento do Brasil. O comitê ainda aprovou um projeto de lei para barrar a entrada do ministro nos EUA.

Durante sua fala, Moraes reforçou que as plataformas digitais não são imparciais. "Nós não precisaríamos de uma lei específica, basta aplicar a que já temos. Não podemos acreditar que as big techs são neutras. Elas têm lado, posição econômica, ideológica, política e religiosa", disse.

Ele também acusou as empresas de promoverem uma "lavagem cerebral" na população e de "falsear os fatos". No mês passado, em uma aula magna na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), já havia criticado as plataformas, afirmando que "não são enviadas por Deus".

Em tom descontraído, Moraes ironizou as acusações de que seria comunista. "A mentalidade das big techs retornou ao mercantilismo da Companhia das Índias Orientais, de 1600, abandonou qualquer pudor capitalista. E, diferentemente do que dizem, não sou comunista. Não é possível que acreditem nisso", disse.

Moraes já protagonizou outros momentos de descontração sobre o assunto. No ano passado, ele fez um comentário durante um julgamento sobre como funcionam os algoritmos da plataforma. "Falei que queria comprar um carro vermelho e nunca mais parei de receber propaganda", disse o ministro.

"Obviamente, em virtude do meu comunismo, eu só consulto carro vermelho, gravata vermelha. Terno vermelho é meio cafona. Então, esse não", brincou.

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Fraude bancária bate R$ 10,1 bilhões e chefe da PF fala em 'cangaço digital'

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As fraudes bancárias digitais e golpes por cartões alcançaram a marca inédita de R$ 10,1 bilhões no Brasil em 2024, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 11 pela Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban). O avanço do crime organizado sobre o sistema financeiro digital está no radar da Polícia Federal (PF). O diretor-geral da corporação, Andrei Passos Rodrigues, trata o fenômeno como "cangaço digital" e avalia que a migração das organizações criminosas para o ambiente virtual é uma realidade irreversível.

Para conter o crime organizado, a PF mudou a estratégia de atuação. Anteriormente, as investigações se concentravam nas ocorrências individuais. Hoje, a corporação busca a origem das fraudes para estancar os golpes pela raiz.

Sob a gestão de Andrei Rodrigues, a PF definiu três eixos prioritários de atuação contra fraudes digitais. O primeiro é a integração do setor público com o setor privado e entre as instituições públicas. Desde 2017, a Polícia Federal tem um acordo com a Febraban para trocar informações que facilitem as investigações. "Esse não é só um desafio das instituições de segurança", afirmou o diretor-geral da PF.

O segundo é a descapitalização das organizações criminosas para interromper suas operações. E o terceiro é a cooperação internacional. "Hoje não há fronteiras ao crime", declarou Andrei.

O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, também esteve no evento. Ele defendeu que a reestruturação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) é o próximo passo para "desestruturar a criminalidade organizada". "Nós precisamos que o Coaf seja forte para que, juntamente com o sistema financeiro, possamos separar o joio do trigo."

Em busca de soluções conjuntas, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, propôs punições administrativas para pessoas que "alugam" o CPF para terceiros movimentarem dinheiro ilegal, os chamados "laranjas". "Precisamos banir essas pessoas e impedi-las de realizarem transações financeiras, excetuando-se aquelas transações para crédito de seu salário, permitindo somente saques e a não realização de transferências com origem nestas contas, seja por TED ou por Pix."

Sidney também afirmou que é preciso "cortar na própria carne" e responsabilizar executivos de instituições financeiras negligentes com a fragilidade de contas e que permitem que "criminosos consigam abrir contas com o único intuito de ter uma conta de passagem para transitar recursos ilícitos".

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