Irmãs gêmeas do interior do RN são aprovadas em medicina após três anos de estudos: ‘Somos parte uma da outra’


As irmãs gêmeas Ana Caroline Silva de Queiroz e Ana Luiza Silva de Queiroz, de 21 anos, naturais de Doutor Severiano, no Rio Grande do Norte, conquistaram juntas o sonho de serem aprovadas no curso de Medicina após três anos de estudos.

Ana Luiza foi aprovada na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Ana Caroline na Universidade Estadual do Piauí (Uespi).

“Estávamos há três anos tentando alcançar esse sonho. Assim que saí do ensino médio, tive dúvidas se de fato era isso que eu queria. Talvez por ser um curso muito concorrido, tinha medo de não conseguir. Cogitei fazer Medicina Veterinária, cheguei a passar na Ufersa em Mossoró, mas resolvi não cursar. Naquele dia, decidi que ia dar meu máximo para conseguir ser médica”, contou Luiza.

Desde a infância, Carol e Luiza estudaram juntas, passando por todas as etapas escolares, incluindo o ensino técnico de apicultura no Instituto Federal (IF). Em 2022, as duas se mudaram para Brasília, onde começaram a estudar por cursinhos online.

“Sempre apoiamos uma à outra, nos cobrando de forma positiva e uma tirando as dúvidas da outra nas matérias em que éramos melhores. Nos últimos três anos, além de irmãs de sangue, fomos irmãs do mesmo sonho”, disse Luiza.Em 2023, as gêmeas conseguiram uma bolsa integral em um cursinho, em Fortaleza, e decidiram focar completamente na preparação.

“Tivemos uma rede de apoio muito grande, amigos potiguares que, além de dividir a rotina cansativa de estudos, simulados e provas, dividiam os medos e incertezas. Isso tornou o processo um pouco mais leve”, explicou.

O resultado veio nesta segunda-feira (27), após um dia inteiro de expectativa. “Estávamos dormindo quando minha mãe chegou gritando no nosso quarto dizendo que o resultado tinha saído. Abrimos o site e estava lá, como a gente sempre sonhou: ‘Você foi selecionado na chamada regular’. Indescritível poder ler isso”, disse.

A aprovação foi comemorada por toda família, que sonhava com esse dia junto com as irmãs.

“Viemos de uma família com poucas oportunidades de estudo. Meus pais nem sequer concluíram o ensino fundamental. Seremos as primeiras médicas da nossa família e uma das poucas pessoas com ensino superior. É um significado ímpar pra gente”, contou Luiza.

Sobre o significado da aprovação, Luiza definiu como “uma sensação de alívio e dever cumprido, um peso tirado das costas”. Para ela, a conquista também representa a oportunidade de “romper com um ciclo de falta de oportunidades e de ensino”.

Apesar da alegria, as irmãs agora enfrentam o desafio de se separarem pela primeira vez, já que foram aprovadas em universidades diferentes.

“Estamos receosas porque, depois de 21 anos compartilhando rotina e amigos, vamos nos separar. Mas teremos sempre uma à outra, seja pelas chamadas de telefone ou em pensamento. Somos e sempre seremos parte uma da outra”, completou Luiza.

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Alta nos preços de alimentos pressiona consumidores a fazer compras ‘fracionadas’, diz pesquisa

A alta nos preços, principalmente dos alimentos, está fazendo os consumidores mudarem a estratégia das compras. A fórmula resulta em mais idas ao mercado e a volta com carrinhos menos cheios.

Um estudo realizado pela Kantar, analisando os hábitos de consumo dos clientes em atacarejos, e-commerce e supermercados, aponta que o brasileiro está fracionando as compras, esperando por promoções. Outra mudança de comportamento indicada pelo estudo são as compras nos atacarejos.

Em um estabelecimento visitado pelo Jornal da Band, um pacote de 500g de café estava na promoção por R$ 24,50. Caso o cliente comprasse a partir de 4 unidades, cada unidade sai por R$ 1 mais barato.

As vendas nos atacarejos e mercados online foram as que mais cresceram no país no ano passado. Driblar os altos preços é uma tarefa difícil. Para que as idas ao mercado não se tornem uma armadilha, tem que tomar cuidado com as compras por impulso.

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Trump retira “ideologia transgênero” das Forças Armadas dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, nessa segunda-feira (27/1), ordens executivas que determinam que pessoas transexuais não possam mais se identificar com um gênero divergente ao do nascimento nas Forças Armadas. Trump ainda ordenou a reintegração de muitos militares demitidos por se recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19.

“A medida é consistente com a missão militar e a política de longa data do Departamento de Defesa. Expressar uma falsa ‘identidade de gênero’ divergente do sexo de um indivíduo não pode satisfazer os padrões rigorosos necessários para o serviço militar”, detalha a ordem.

Ainda segundo a medida, “além das intervenções médicas hormonais e cirúrgicas envolvidas, a adoção de uma identidade de gênero inconsistente com o sexo de um indivíduo entra em conflito com o comprometimento de um soldado com um estilo de vida honrado, verdadeiro e disciplinado, mesmo na vida pessoal”.

As novas regras fazem parte do conjunto de ordens executivas elaboradas por Trump e pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth. Os republicanos descreveram as medidas como um esforço para “retornar as forças armadas a uma cultura profissional assumidamente masculina”.

Eles ainda afirmaram que é uma forma de mostrar que rejeitam os tipos de práticas equitativas de contratação, as quais Hegseth responsabiliza pela redução nos padrões e na capacidade de combate das Forças Armadas.

As determinações vão na mesma direção das outras ordens assinadas por Trump na semana passada, que eliminaram programas de diversidade, equidade e inclusão em todo o governo federal e limitaram o reconhecimento governamental do gênero de um indivíduo ao sexo de nascimento.

“A afirmação de um homem de que é uma mulher e sua exigência de que outros respeitem essa falsidade não são consistentes com a humildade e a abnegação exigidas de um membro do serviço”, destaca a ordem de Trump.

O presidente ainda ordenou que o Pentágono encerrasse os programas de diversidade.

Apesar de a ordem não ter excluído ninguém imediatamente do serviço militar, ela deu ao Pentágono 60 dias para atualizar a política sobre padrões médicos e 30 dias para apresentar orientações revisadas sobre como implementar a visão do governo.

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Instável, dólar fura R$ 5,90 por commodities, após subir com temor de tarifas dos EUA

O dólar está oscilando sem direção única e entre margens estreitas na manhá desta terça-feira, 28. A divisa americana renovou a mínima intradia, a R$ 5,8972 (-0,27%), reagindo à valorização do petróleo e minério de ferro. Mais cedo, após abrir com sinal negativo, a moeda rapidamente ganhou força e atingiu a máxima, a R$ 5,9202 (+0,12%), diante da cautela internacional com tarifas dos EUA.

Lá fora, o dólar avança ante a maioria das divisas principais e emergentes, enquanto os rendimentos dos Treasuries sobem também. O presidente americano, Donald Trump, planeja taxar semicondutores, aço, alumínio e cobre, sem especificar prazos ou países-alvo, e defende tarifas globais superiores a 2,5%, divergindo da proposta do secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Investidores devem acompanhar nesta terça-feira os números da arrecadação federal de dezembro e de 2024 (10h30) e os leilões do Tesouro de NTN-B e LFT (11h). Nos Estados Unidos, saem as encomendas de bens duráveis (10h30) e o índice de confiança do consumidor (12h).

Um desempenho melhor na arrecadação de impostos federais, de R$ 258,065 bilhões em dezembro (mediana), é esperada por economistas, após os R$ 209,218 bilhões em novembro. Se for confirmado, pode amenizar o humor no mercado.

Em meio a preocupações com os preços dos alimentos e a inflação, há expectativas no mercado de uma eventual elevação dos preços do diesel, cujo preço não foi alterado em julho, quando houve aumento apenas da gasolina em 7,12% nas refinarias.

A presidente da Petrobras terá reunião nesta quarta-feira, 29, com representantes de acionistas do setor privado da estatal, bem como o conselho de administração deverá se reunir também nesta quarta, para tratar de preços praticados no trimestre encerrado em dezembro. Cálculos internos apontam necessidade de reajustes de 13% na gasolina e 11% no diesel. Na semana passada, segundo estimativas do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), com a queda do dólar e do petróleo em janeiro, a gasolina estava 7,5% mais barata no Brasil do que no exterior e o diesel, 15%.

Nos EUA, a Boeing reportou um prejuízo líquido de US$ 3,87 bilhões no 4º trimestre de 2024. Às 9h32, a ação tinha modesto ganho, de 0,5% no pré-mercado em NY.

Às 9h51, o dólar à vista tinha viés de baixa de 0,09%, a R$ 5,9082. O dólar para fevereiro ganhava 0,19%, a R$ 5,9115, refletindo ajustes ante o fechamento anterior, com valor inferior ao do mercado à vista.

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Liga árabe pode fazer proposta de R$ 1,8 bilhão por Vini Jr no meio do ano

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A Liga da Arábia Saudita pretende fazer uma proposta astronômica para tirar Vini Jr do Real Madrid na próxima janela de transferências do verão europeu, no meio do ano. A oferta poderia superar o valor de 300 milhões de euros (cerca de R$ 1,8 bilhão na cotação atual).

De acordo com jornal Espanhol "As", o futebol saudita está disposto a apostar muito alto para contar com o atacante brasileiro. A quantia ultrapassaria, de longe, o recorde atual de uma transferência mundial, que ocorreu quando o Paris Saint-Germain pagou 222 milhões de euros para contratar Neymar junto ao Barcelona.

Não está claro qual seria o clube de Vini Jr, uma vez que a oferta é preparada pela Liga da Arábia Saudita. De qualquer modo, uma opção sólida, segundo o "As", é o Al Hilal, um dos principais times do país. Na última segunda-feira, inclusive, Neymar acertou a rescisão de contrato com o Al Hilal, ficando livre para fechar acordo com o Santos.

O atacante revelado pelo Flamengo poderia receber de salário o valor de um bilhão de euros, diluído em cinco anos. Ou seja, o jogador ganharia 200 milhões de euros por temporada.

O atleta brasileiro tem contrato com o Real Madrid até junho de 2027, com multa rescisória de um bilhão de euros (R$ 6,2 bilhões). O clube espanhol não tem a intenção de negociar o atacante. O Real, inclusive, pretende conversar com o jogador ao final da atual temporada, para oferecer-lhe uma ampliação do vínculo, com aumento salarial. No entanto, a agremiação merengue pode abrir tratativas com os sauditas caso Vini Jr decida ouvir a proposta da liga do país.

Neste mês de janeiro, o CEO da Liga Saudita, Omar Mugharbel, falou sobre o interesse em Vinicius Júnior em entrevista ao jornal "Marca", também da Espanha. "Vinicius? Não temos sonhos, é questão de tempo e negociação", afirmou.

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Boeing decepciona em lucro e receita no 4º trimestre

Boeing

A Boeing teve prejuízo líquido de US$ 3,86 bilhões no quarto trimestre de 2024, múltiplas vezes maior do que a perda de US$ 30 milhões apurada em igual período do ano anterior, segundo balanço publicado nesta terça-feira, 28.

Com ajustes, a fabricante de aviões americana registrou prejuízo por ação de US$ 5,90 entre outubro e dezembro, bem maior do que a perda de US$ 3,22 estimada por analistas consultados pela FactSet.

A receita da Boeing teve queda anual de 31% no trimestre, a US$ 15,2 bilhões, ficando um pouco abaixo do consenso da FactSet, de US$ 15,6 bilhões.

Já o fluxo de caixa livre (FCL) operacional da empresa estava negativo em US$ 3,45 bilhões no fim de dezembro, enquanto as encomendas acumuladas somavam US$ 521 bilhões.

No pré-mercado, a ação da Boeing vem oscilando entre pequenas altas e baixas desde a divulgação do balanço. Às 9h32 (de Brasília), tinha modesto ganho de 0,5%.

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Knicks 'atropelam' Grizzlies e Davis comanda Lakers em vitória sobre os Hornets na NBA

Em um confronto que tinha tudo para ser marcado pelo equilíbrio, o New York City não tomou conhecimento do Memphis Grizzlies na madrugada desta segunda-feira no Madison Square Garden e "atropelou" o rival por 143 a 106.

O destaque do confronto ficou por conta de Mikal Bridges, que terminou o duelo como cestinha ao assinalar 28 pontos. O ala ainda pegou cinco rebotes e deu seis assistências.

A franquia de Nova York teve ainda Karl-Anthony Towns (24 pontos e 11 rebotes) e Jalen Brunson (20 pontos e seis assistência) como coadjuvantes de luxo. Embalado na competição, os Knicks vêm de outra grande apresentação, já que no sábado superaram o Sacramento Kings por 143 a 120.

O triunfo deixa a equipe na terceira posição da Conferência Leste. O Memphis, que manteve o terceiro posto no lado Oeste, teve interrompida uma sequência de seis vitórias seguidas.

Também pela rodada da NBA, Anthony Davis roubou a cena ao anotar 42 pontos e pegar 23 rebotes na vitória do Los Angeles Lakers sobre o Charlotte Hornets por 112 a 107. Esta foi o quarto triunfo sem sequência da franquia de Los Angeles.

Com um ritmo muito forte no quarto inicial, o ala-pivô deu o tom da sua exibição ao assinalar 21 pontos. No período, a equipe abriu uma vantagem confortável de 20 pontos (39 a 19) e administrou a vantagem.

Dominante na partida, os Lakers lideraram o marcador durante todo o confronto. Também com uma atuação consistente, LeBron James contribuiu com a vitória de sua equipe ao assinalar 22 pontos.

O resultado favorável deixou a equipe na quinta colocação da Conferência Oeste. O revés complica a situação do Charlotte Hornets na temporada regular da NBA. A franquia ocupa a vice-lanterna do lado Leste e só está à frente do Washington Wizards.

A noite foi de destaque também para Amen Thompson. O Houston Rockets venceu o Boston Celtics por 114 a 112 graças a uma bola decisiva do armador nos segundos finais.

Com 33 pontos, ele só ficou atrás do companheiro e cestinha da partida Dillon Brooks (36), mas mostrou eficiência no garrafão ao conseguir pegar dez rebotes no confronto.

Em um ótimo momento no torneio, os Rockets venceram pela nona vez em 11 partidas e esta fase pode ser refletida na classificação. A franquia ocupa a segunda colocação no lado Oeste, atrás apenas do Oklahoma City Thunder. Também vice-líder, mas da Conferência Leste, o Boston Celtics teve como destaque Jaylen Brown, com 28 pontos.

Confira os resultados da noite desta segunda-feira

Charlotte Hornets 107 x 112 Los Angeles Lakers

Cleveland Cavaliers 110 x 91 Detroit Pistons

Boston Celtics 112 x 114 Houston Rockets

Brooklyn Nets 96 x 110 Sacramento Kings

Miami Heat 125 x 119 Orlando Magic

New York Knicks 143 x 106 Memphis Grizzlies

Toronto Raptors 113 x 104 New Orleans Pelicans

Chicago Bulls 129 x 121 Denver Nuggets

Minnesota Timberwolves 100 x 92 Atlanta Hawks

Dallas Mavericks 130 x 108 Washington Wizards

Utah Jazz 110 x 125 Milwaukee Bucks

Phoenix Suns 111 x 109 Los Angeles Clippers

Acompanhe os jogos desta terça-feira

Atlanta Hawks x Houston Rockets

Philadelphia 76ers x Los Angeles Lakers

Golden State Warriors x Utah Jazz

Portland Trail Blazers x Milwaukee Bucks

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Trump diz que planeja tarifas 'bem maiores' que 2,5%; dólar se fortalece

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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na noite de segunda-feira (27) que pretende impor tarifas universais "bem maiores" que 2,5% a importações globais. O comentário veio após o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, dizer ao Financial Times ser a favor de tarifas globais iniciais de 2,5%, que seriam elevadas gradualmente.

As ameaças tarifárias de Washington estão impulsionando o dólar ante outras moedas de países desenvolvidos na manhã desta terça-feira, 28. Na segunda, Trump também incluiu na lista de produtos importados que pretende tarifar as indústrias de semicondutores, aço, alumínio e cobre, mas sem especificar prazos ou países-alvo de eventuais tarifas.

Às 8h16 (de Brasília), o euro caía a US$ 1,0431, a libra recuava a US$ 1,2436 e o dólar subia a 155,40 ienes. Já o índice DXY do dólar - que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes - tinha alta de 0,53%, a 107,90 pontos.

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Governo Lula discute novo projeto para redes com regras de remoção de conteúdo

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(FOLHAPRESS) - O governo Lula (PT) discute um novo projeto para regular plataformas digitais e definir a responsabilidade das empresas sobre o conteúdo publicado nas redes. A proposta estabelece critérios para a remoção de postagens que violam leis já existentes e para o combate a discursos de ódio e desinformação em massa.

As conversas sobre esse texto começaram nas últimas semanas, na esteira da crise sobre o Pix e da decisão da Meta de flexibilizar controles de conteúdo em suas plataformas, como o Facebook e o Instagram. Nos primeiros dois anos de mandato, o governo tentou aprovar no Congresso uma proposta sobre o tema, o PL das Fake News, mas fracassou.

O novo projeto em estudo prevê que as plataformas estejam submetidas a um dever de precaução, semelhante ao modelo europeu do "dever de cuidado", com a atribuição de remover conteúdo considerado criminoso, sem necessidade de decisão judicial. Caberia ao governo fiscalizar o cumprimento geral das regras pelas empresas.

A linha central do projeto estipula que o controle seja feito pelas próprias plataformas no caso de conteúdo ilícito, desde violações do direito do consumidor a pedofilia e terrorismo. A intenção do governo, nesse ponto, seria restringir a moderação a crimes já previstos na legislação brasileira e tentar reduzir a resistência de grupos que apontam a regulação como uma trilha para a censura.

A definição da palavra desinformação é um ponto crítico das discussões sobre a regulação de plataformas digitais. Opositores das propostas apontam que a previsão de um controle desse tipo de conteúdo daria a governos uma ferramenta para silenciar seus críticos.

A nova proposta em discussão hoje foi elaborada pelo Ministério da Justiça. Uma minuta foi apresentada na última sexta-feira (24) a um grupo de trabalho com Casa Civil, AGU (Advocacia-Geral da União), CGU (Controladoria-Geral da União), Ministério da Fazenda e Secom (Secretaria de Comunicação Social).

Ainda restam divergências sobre o conteúdo e sobre o caminho político a seguir. Depois que houver consenso sobre o mérito, a equipe de Lula vai decidir se apresenta ao Congresso a nova proposta ou se incorpora suas ideias a um projeto de parlamentares da oposição -o preferido é um texto do deputado Silas Câmara (Republicanos-AM).

O rumo escolhido pelo governo vai depender também da conclusão do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o Marco Civil da Internet. A corte deve decidir se as big techs podem ser responsabilizadas por publicações de terceiros, mesmo que não haja decisão judicial.

A nova proposta do governo Lula recebeu, inicialmente, o nome de Marco Legal de Proteção de Usuários de Serviços Digitais. Detalhes do projeto em discussão foram obtidos pela Folha com autoridades de quatro ministérios que participam do grupo de trabalho.

De acordo com o texto em debate, as plataformas teriam três obrigações principais. Além do dever de precaução, para a remoção de conteúdo criminoso, elas teriam que atuar de maneira mais abrangente na redução de riscos sistêmicos, o que englobaria a distribuição de desinformação e o discurso de ódio.

Além disso, as empresas precisariam dar transparência aos termos de uso, ao funcionamento de algoritmos de recomendação de conteúdo e a relatórios sobre moderação.

A proposta determina que o controle individual de conteúdo (ou seja, a avaliação das publicações) seja feito pelas próprias plataformas, a partir das regras definidas em lei.

O governo, por sua vez, criaria um comitê com a função de fiscalizar o comportamento geral de cada plataforma, para determinar se elas estão seguindo os critérios estabelecidos. Esse grupo teria o papel de responsabilizar e punir empresas em caso de omissão no controle de conteúdo -o que daria a um órgão estatal algum poder sobre o funcionamento das plataformas.

O governo ainda não definiu quais agências fariam parte desse comitê. Entre os possíveis participantes estariam a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) -este último para monitorar a concentração de mercado no setor.

O texto em discussão no governo prevê três níveis de responsabilidade. Além da autorregulação (na remoção individual de conteúdo ilícito) e das notificações extrajudiciais, as plataformas deveriam agir apenas em caso de decisão judicial em questões sobre conteúdo jornalístico, proteção da reputação e situações de ofensa à honra de agentes públicos.

O governo ainda vai discutir a criação de regras específicas para o período eleitoral, com o objetivo de definir um rito acelerado para a moderação de conteúdo em época de campanha -tema que causou controvérsia nas eleições de 2022, quando o Tribunal Superior Eleitoral publicou uma resolução que estabelecia prazo de duas horas para a retirada de conteúdo considerado inverídico.

Também falta esclarecer qual será o escopo da regulação (redes sociais, comércio eletrônico, ferramentas de buscas e mensagens instantâneas) e as possíveis sanções aplicadas às plataformas que descumprirem novas regras (advertências, multas ou suspensão).

Veja principais pontos do texto em discussão no governo Lula.

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Trump repete que Brasil está em grupo de países que cobram muita tarifa e querem mal aos EUA

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(FOLHAPRESS) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mencionou de novo o Brasil nesta segunda-feira (27) ao falar de países que "taxam demais". O republicano ainda incluiu a nação em um grupo dos que "querem mal" aos EUA, durante um discurso a correligionários na Flórida.

"Coloque tarifas em países e pessoas estrangeiras que realmente nos querem mal", disse Trump. "A China é um grande criador de tarifas. Índia, Brasil, tantos, tantos países. Então, não vamos deixar isso acontecer mais, porque vamos colocar a América em primeiro lugar, sempre colocar a América em primeiro lugar", afirmou.

O republicano deu a declaração no contexto em que dizia que é preciso taxar produtos estrangeiros para favorecer a produção interna nos Estados Unidos.

Trump já havia citado o Brasil em novembro, após ser eleito, como exemplo de país com excesso de tarifas alfandegárias sobre produtos americanos e disse que vai impor um tratamento semelhante às exportações estrangeiras.

"Nós vamos tratar as pessoas de forma muito justa, mas a palavra 'recíproco' é importante. A Índia cobra muito, o Brasil cobra muito. Se eles querem nos cobrar, tudo bem, mas vamos cobrar a mesma coisa", disse Trump à época durante entrevista coletiva realizada em Mar-A-Lago, em Palm Beach, na Flórida.

Nesta segunda, Trump afirmou que "tarifa" está entre as quatro palavras das quais hoje ele mais gosta. Antes de mencionar o Brasil, ele citou o atrito que teve com a Colômbia neste domingo (26). O país sul-americano inicialmente se recusou a receber voos com imigrantes deportados.

O presidente dos EUA reagiu e ameaçou colocar uma tarifa alfandegária de 25% em cima dos produtos colombianos. Mais tarde, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, recuou e aceitou receber os aviões, levando Trump recuar na promessa de sanção.

"Vamos proteger nosso povo e nossos negócios e vamos proteger nosso país com tarifas. Você teve uma pequena indicação disso ontem com o que aconteceu com um país muito forte. A Colômbia é tradicionalmente um país muito forte. Se eles não fabricarem seus produtos na América, então, muito simplesmente, eles devem pagar uma tarifa que trará trilhões de dólares para o nosso tesouro de países que nunca nos pagaram 10 centavos", afirmou Trump nesta segunda.

Desde a campanha presidencial dos EUA, da qual saiu vitorioso em novembro, Trump tem reiterado promessas de aumentar tarifas sobre produtos chineses e criar outras novas sobre os demais países.

Na semana passada, ao conversar com repórteres na Casa Branca, o presidente prometeu atingir a União Europeia com tarifas. Disse também que seu governo está discutindo a imposição de uma taxa de 10% sobre os produtos importados da China em 1º de fevereiro, porque a droga fentanil está sendo enviado da China para o México e o Canadá.

Entretanto, ele não impôs imediatamente as tarifas quando tomou posse, como havia prometido durante sua campanha eleitoral. Com isso, houve queda do dólar pelo mundo.

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