Bia Haddad avança à semifinal nas duplas em Adelaide; Melo e Matos são eliminados

Sem conseguir ir longe na chave de simples, a brasileira Beatriz Haddad Maia embalou nas duplas no Torneio de Adelaide, preparatório para o Aberto da Austrália. Nesta quarta-feira, ela e a alemã Laura Siegemund venceram, de virada, a americana Desirae Krawczyk e a mexicana Giuliana Olmos por 2 sets a 0, com parciais de 5/7, 6/4 e 13/11.

O suado triunfo, em 2h08min de duelo, garantiu a dupla formada pela brasileira e pela alemã nas semifinais da competição de nível WTA 500. Em busca da vaga na final, Bia e Laura vão enfrentar a russa Irina Khromacheva e a casaque Anna Danilina, tenista que já foi parceira da brasileira em 2022, quando foram vice-campeãs de duplas do Aberto da Austrália.

Bia e Laura vem jogando juntas desde a temporada passada, com bons resultados, mas ainda sem títulos. Curiosamente, elas se enfrentaram duas vezes em chaves de simples nos últimos meses. E a alemã levou a melhor tanto na Billie Jean King Cup quanto na United Cup, a competição que marcou o início da temporada 2025.

MASCULINO

Na outra chave de duplas do torneio australiano, Marcelo Melo e Rafael Matos se despediram nas oitavas de final ao serem eliminados pelos principais candidatos ao título, o salvadorenho Marcelo Arevalo e o croata Mate Pavic. Os líderes do ranking mundial venceram por 2/6, 6/1 e 10/2.

HOBART

Em outro torneio preparatório para o primeiro Grand Slam da temporada, a brasileira Ingrid Martins foi eliminada na primeira rodada, formando dupla com a inglesa Emily Appleton. Elas foram superadas pela taiwanesa Fang-Hsien Wu e pela chinesa Xinyu Jiang por 6/4 e 6/2.

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Exportação brasileira de carne suína atinge recorde em 2024

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A exportação brasileira de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) atingiu 1,352 milhão de toneladas em 2024, estabelecendo novo recorde para o setor. O número supera em 10% o total exportado em 2023 (com 1,229 milhão de toneladas), segundo levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

A receita cambial das exportações anuais do setor superaram, pela primeira vez, o nível de US$ 3 bilhões. Ao todo, foram obtidos US$ 3,033 bilhões com as exportações de 2024, saldo 7,6% superior ao alcançado no ano anterior (US$ 2,818 bilhões).

Em dezembro de 2024, os embarques de carne suína totalizaram 109,5 mil toneladas, número 1,3% menor em relação ao mesmo período do ano anterior, com 110,9 mil toneladas. Já em receita, houve forte alta de 11,6%, com US$ 258,3 milhões no último mês de 2024, ante US$ 231,5 milhões no mesmo período do ano anterior.

Entre os destinos de exportação, as Filipinas encerraram o ano assumindo o primeiro lugar, com 254,3 mil toneladas entre janeiro e dezembro de 2024, número 101,8% superior ao alcançado em 2023. Em seguida estão China, com 241 mil toneladas (-38%), Chile, com 113 mil toneladas (+29,1%), Hong Kong, com 106,9 mil toneladas (-15,5%), Japão, com 93,4 mil toneladas (+131,6%), Cingapura, com 79,1 mil toneladas (+23%), Vietnã, com 52,5 mil toneladas (+9,7%), Uruguai, com 46,6 mil toneladas (-5,2%), e México, com 42,8 mil toneladas (+49,9%).

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse no comunicado que "o setor fechou o ano de 2024 aumentando expressivamente a capilaridade de suas exportações, incrementando significativamente a receita dos embarques e elevando a média mensal de embarques em mais de 10 mil toneladas. Os indicativos seguem positivos em 2025, com tendência de manutenção de fluxo para os países asiático e das Américas".

Santa Catarina fechou o ano de 2024 como maior exportador de carne suína do Brasil, com 730,7 mil toneladas (+10,1%), seguida pelo Rio Grande do Sul, com 289,9 mil toneladas (+3,2%), Paraná, com 185,5 mil toneladas (+9,1%), Mato Grosso, com 37,9 mil toneladas (+22%) e Mato Grosso do Sul, com 29,2 mil toneladas (+17,97%).

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BNDES aprova R$ 1 bilhão para Raízen produzir etanol de 2ª geração

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(FOLHAPRESS) - O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anuncia nesta quarta-feira (8) a aprovação de financiamento de R$ 1 bilhão para a Raízen.

Conforme o banco, a quantia é destinada à construção de uma unidade de etanol de segunda geração, o E2G, no município paulista de Andradina (a cerca de 630 km de São Paulo). A capacidade instalada de produção, diz o BNDES, será de até 82 milhões de litros por ano.

O E2G é um biocombustível considerado mais eficiente e sustentável do que o etanol de primeira geração. É produzido a partir do reaproveitamento de resíduos gerados na produção do etanol comum e do açúcar.

Segundo o BNDES, o financiamento terá recursos do programa BNDES Mais Inovação (R$ 500 milhões) e do Fundo Clima (R$ 500 milhões), que é gerido pela instituição financeira. As taxas de juros e os prazos de pagamento não foram detalhados.

A planta será uma das seis previstas pela Raízen no país (em construção, comissionamento ou operação) para atingir a viabilidade econômica do E2G até 2028.

"Ao todo, o projeto da Raízen prevê investimentos de aproximadamente R$ 1,4 bilhão e a geração de mais de 1.500 empregos diretos, durante a fase de construção, e 200 durante a operação, por planta", declara o BNDES.

A fabricação do E2G ainda é incipiente no mundo. Representa menos de 1% da produção de etanol no Brasil, diz o banco.

"O apoio do BNDES para a construção de uma unidade de etanol avançado vai contribuir para a expansão da fronteira tecnológica brasileira, além de atrair mais investimentos para a cadeia de fornecedores de insumos, máquinas e equipamentos", afirma em nota o presidente da instituição financeira, Aloizio Mercadante.

Nesse sentido, ele ainda diz que o banco dispõe de "instrumentos fundamentais", como o Fundo Clima, que apoia projetos de descarbonização, e o programa Mais Inovação, que prevê auxílio ao desenvolvimento de tecnologias consideradas disruptivas.

O governo Lula (PT) defende uma atuação fortalecida do BNDES como financiador de investimentos em diferentes setores da economia. A posição, contudo, é vista com ressalvas por uma ala de analistas que teme um inchaço do banco.

A direção da instituição já rebateu as críticas em diferentes ocasiões, dizendo que mira em áreas estratégicas, como transição energética e inovação.

Também em nota, o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, avalia que o aumento da produção de E2G contribuirá para fortalecer a posição do país entre os "principais produtores potenciais de novos biocombustíveis".

"Apenas para SAF [combustível sustentável de aviação] e combustível marítimo, a demanda mapeada pelo BNDES para investimentos é da ordem de R$ 167 bilhões. São investimentos que garantirão a expansão da fronteira tecnológica brasileira", afirma o diretor.

A Raízen foi criada em 2011, a partir de uma joint venture (união de empresas) entre a Cosan e a Shell.

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Sem Butler, Miami Heat derrota Warriors fora de casa na NBA; Celtics batem Nuggets

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Mesmo sem contar com o suspenso Jimmy Butler, o Miami Heat derrotou o Golden State Warriors, fora de casa, por 114 a 98, na noite desta terça-feira. A rodada da NBA também contou com derrota do Los Angeles Lakers e a vitória do Boston Celtics sobre o Denver Nuggets.

Em São Francisco, Jimmy Butler cumpriu seu terceiro jogo de suspensão - serão sete ao todo, porque o jogador pediu para deixar a equipe. Mas não fez falta. O Heat encerrou sua sequência negativa de três derrotas seguidas sob a liderança de Bam Adebayo, responsável por 19 pontos, nove rebotes e cinco assistências.

O reserva Nikola Jovic contribuiu com 20 pontos enquanto Jaime Jaquez Jr. anotou 18. Do outro lado, Stephen Curry fez a sua parte, sendo o cestinha da partida, com 31 pontos. Trayce Jackson-Davis marcou 19 e Draymond Green esteve perto de um "triple-double", com seus sete pontos, 10 rebotes e 10 assistências. Nada disso evitou a segunda derrota seguida dos anfitriões.

Em momento difícil na temporada regular, os Warriors caíram para o 10º lugar da Conferência Oeste, com o mesmo número de vitórias e derrotas: 18. O Miami aparece em situação mais favorável, em sexto lugar, dentro da zona de classificação aos playoffs no Leste (18 triunfos e 17 revezes).

Também nesta terça, o Boston Celtics aproveitou as baixas do Denver Nuggets para vencer longe de casa, por 118 a 106. Jayson Tatum comandou, com seus 29 pontos, e contou com o apoio de Kristaps Porzingis, autor de um "double-double" de 25 pontos e 11 rebotes. Jrue Holiday ajudou com 19 pontos.

Sem o astro Nikola Jokic, os Nuggets contaram com atuação de destaque de Russell Westbrook, principal pontuador do time, com 26 pontos. Michael Porter Jr. obteve dois dígitos em dois fundamentos diferentes: 15 pontos e 10 rebotes.

Os Celtics sustentam a vice-liderança da Conferência Leste, com 27 vitórias e 10 derrotas. Trata-se da terceira melhor campanha da temporada regular até agora. No Oeste, os Nuggets aparecem em quarto lugar, com 20 triunfos e 15 revezes.

Em outro bom jogo da rodada, o Los Angeles Lakers não resistiu ao Dallas Mavericks, atuais vice-campeões da NBA, e foram batidos por 118 a 97, no Texas. O reserva Quinten Grimes foi o principal responsável por encerrar uma série de cinco derrotas seguidas dos Mavericks, ao marcar 26 pontos, nove rebotes e seis assistências. P.J. Washington também foi decisivo com seus 22 pontos e oito rebotes.

Pela equipe visitante, LeBron James ficou perto de um "triple-double" - 18 pontos, 10 rebotes e oito assistências. E Anthony Davis brilhou co seus 21 pontos e 12 rebotes. A atuação da dupla, contudo, não foi o suficiente para evitar a segunda derrota seguida da equipe de Los Angeles, sexta colocada do Oeste, com 20 vitórias e 16 derrotas. Os Mavericks figuram logo acima, no quinto posto (21/16).

Confira os resultados da noite desta terça-feira:

Washington Wizards 112 x 135 Houston Rockets

Charlotte Hornets 115 x 104 Phoenix Suns

Dallas Mavericks 118 x 97 Los Angeles Lakers

New Orleans Pelicans 97 x 104 Minnesota Timberwolves

Utah Jazz 121 x 124 Atlanta Hawks

Golden State Warriors 98 x 114 Miami Heat

Denver Nuggets 106 x 118 Boston Celtics

Acompanhe os jogos desta quarta-feira:

Indiana Pacers x Chicago Bulls

Cleveland Cavaliers x Oklahoma City Thunder

Philadelphia 76ers x Washington Wizards

Brooklyn Nets x Detroit Pistons

New York Knicks x Toronto Raptors

New Orleans Pelicans x Portland Trail Blazers

Denver Nuggets x Los Angeles Clippers

Milwaukee Bucks x San Antonio Spurs

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Raphinha é sincero sobre situação do Barcelona e mostra receio: 'Pensaria se seria melhor vir'

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O atacante brasileiro Raphinha foi bastante sincero ao ser perguntado em entrevista coletiva, nesta terça-feira, sobre a atual crise administrativa pela qual passa o Barcelona. Punido por LaLiga, associação responsável pela organização do Campeonato Espanhol, por infringir regras do fair play financeiro, o time catalão está impedido de utilizar alguns dos seus reforços mais recentes. É o caso do meia Dani Olmo e o atacante Pau Víctor.

"Para ser honesto, e não gosto de mentir, se estivesse em outro clube, pensaria se seria melhor vir para cá", disse Raphinha em Jeddah, na Arábia Saudita, onde o Barcelona enfrenta, nesta quarta-feira, o Athletic Bilbao, pelas semifinais da Supercopa da Espanha.

Dani Olmo foi contratado em agosto de 2024 do Red Bull Leipzig pelo Barcelona, por 60 milhões de euros, e atuou normalmente pelo time azul-grená até o final do ano passado. Durante este período, o clube se utilizava da lesão do zagueiro Andreas Christensen para poder utilizar Olmo, como uma brecha na regra aliviava a folha salarial dos custos de um atleta lesionado.

Até 31 de dezembro, porém, a diretoria catalã deveria ter se adequado ao fair play. Como isso não aconteceu, Olmo está impedido de atuar e o clube corre o risco de perder o atleta caso ele decida sair, sem o retorno dos 60 milhões de euros investidos. O jovem atacante Pau Víctor, contratado do Girona, também no meio de 2024, é outro atleta que está impedido de atuar. O Barcelona recorreu da decisão no Conselho Superior Desportivo (CSD) da Espanha.

O fato de o clube não ter conseguido gerir essa crise fez com que opositores ao presidente Juan Laporta pedissem sua demissão e teria irritado os jogadores envolvidos e o elenco do Barcelona.

"É uma situação complicada, só quem está nessa situação sabe o que está acontecendo", disse, ainda, o atacante Raphinha durante a entrevista. "Temos que esperar, o clube nos diz que as coisas vão se resolver em breve. Mas Dani e Pau Víctor não estão passando por um bom momento."

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Para Haddad, País vai chegar bem a 2026

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 7, que a economia brasileira chegará ao fim de 2026 (último ano do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva) "muito mais arrumada" que na situação herdada no início do governo se o plano da equipe econômica for efetivado, e com os brasileiros "comendo filé mignon".

"Se (o País) souber se beneficiar das vantagens competitivas que tem, nós temos a lei de inteligência artificial que passou pelo Senado, crédito de carbono que está sancionado, biocombustíveis, combustível do futuro, nova indústria do Brasil, programas bem estruturados para alavancar o desenvolvimento, eu acredito que nós podemos chegar bem em 2026, espero que até comendo filé mignon", disse ele, em entrevista dada à GloboNews.

A menção ao filé mignon veio a propósito de questionamento sobre se o governo encerraria sua gestão com picanha no prato do brasileiro, uma promessa feita por Lula ainda durante a campanha eleitoral.

A atual política econômica tem sido alvo de ataques de economistas e no mercado, por conta do aumento de gastos e do endividamento público. Além disso, o pacote de contenção de despesas apresentado no fim de novembro pela equipe econômica foi visto como insuficiente para garantir maior sobrevida ao arcabouço fiscal.

Ao falar sobre as perspectivas para o País, Haddad afirmou que o governo entregará uma economia mais equilibrada "sem maquiagem, sem contabilidade criativa e sem calote". Ele avaliou também que o Brasil está mais bem posicionado do que os vizinhos diante de um cenário internacional incerto, a depender das medidas a serem tomadas pelo futuro governo de Donald Trump, nos EUA. Ele destacou que o acordo entre Mercosul e União Europeia pode ser interessante para as perspectivas da região e mencionou a liderança do Brasil nesse processo.

Haddad reconheceu que a economia "sempre vai fazer a diferença em qualquer eleição" e que é importante cuidar de todos os indicadores o "tempo todo". "A economia sempre vai fazer a diferença em qualquer eleição, é muito importante que ela seja bem cuidada o tempo todo, que nós sejamos diligentes em relação a isso, observemos cada indicador para tomar as medidas corretas, olhando para todos os lados, não olhando para um lado só", disse.

Superávit

O ministro da Fazenda afirmou que, pelas contas do governo, o déficit primário de 2024 ficará em 0,1% do PIB, retirando os gastos com o Rio Grande do Sul. Incluídas as despesas para recuperar o Estado gaúcho, o rombo fechará em 0,37% do PIB.

O Congresso autorizou no ano passado que os recursos públicos usados na calamidade não sejam contabilizados para verificação do cumprimento da meta de primário, que mira déficit zero em 2024, com intervalo de tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB.

O número exato do resultado primário ainda depende do crescimento do PIB no ano passado, para o qual a Fazenda estima uma alta de 3,6%, afirmou Haddad. "A segunda casa depois da vírgula (do déficit) pode variar em virtude de o PIB ser maior ou menor. Hoje, a Fazenda estima crescimento entre 3,5% e 3,6%, e o mercado está com 3,4%", afirmou.

Haddad disse também que é preciso ajustar o Orçamento de 2025, para que a peça orçamentária que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso seja adequada ao conjunto de medidas de contenção de gastos aprovado pelo Legislativo no ano passado. "Então, haverá adequações na peça orçamentária e nós vamos ganhar um grau de liberdade que o ano passado nós não tínhamos para fazer uma gestão orçamentária mais precisa para atingir os objetivos pretendidos", disse Haddad.

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Pichadora de estátua no 8/1 e lembrada em atentado a bomba escreve carta com desculpas a Moraes

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(FOLHAPRESS0 - Presa três meses após os ataques que depredaram as sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023, a mulher que pichou a estátua "A Justiça", em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), chegou a fazer uma solicitação de próprio punho pedindo desculpas ao ministro Alexandre de Moraes.

Fotos registradas pela Folha durante a destruição, há dois anos, identificaram a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, 39. O STF avalia a obra entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões -é uma das principais do artista mineiro Alfredo Ceschiatti.

Em novembro passado, o nome dela voltou a aparecer em outro evento relacionado a um ataque antidemocrático. A polícia encontrou um recado que mencionava Débora na casa alugada por Francisco Wanderley Luiz, o Tiu França, que morreu ao cometer um atentado a bomba ao lado da estátua da Justiça.
Não há, no entanto, qualquer indício de relação entre os dois.

Ré, mas ainda sem julgamento que a condene ou absolva, a cabeleireira afirmou na carta que desconhecia a simbologia da estátua e seu valor material, além de ter pedido desculpas pela ignorância.

Na missiva, também afirmou que agora compreende o significado simbólico e histórico do monumento para o país e para a Justiça. A cabeleireira argumentou ainda que hoje sabe que a estátua tem um nome, o que ela disse desconhecer antes.

Até agora o apelo não resultou em uma decisão a seu favor –assim como outros pedidos feitos pelos seus advogados.

A estátua foi pichada com batom, e lavada nos dias seguintes aos ataques que ocorreram na praça dos Três Poderes.

Débora é casada, tem dois filhos, de 6 e 11 anos, e residência em Paulínia, no interior de São Paulo. Atualmente, ela está detida no Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro, a uma hora de distância.

Para pedir sua liberdade, os advogados têm mencionado a vulnerabilidade afetiva e emocional das crianças, a ausência de antecedentes criminais de Débora e também a falta de risco de que ela reincida em crimes. Também afirmam que ela tem residência fixa e família estável.

Em um dos pedidos feitos ao STF, a defesa argumentou que ela não é filiada a partido político, não "é um dos ativistas chamados de bolsonaristas" e não teria ingressado em nenhum dos edifícios depredados, ficando apenas "perto da estátua da Justiça, onde teve a ideia de pichar a estátua da justiça com batom vermelho, e não teve a intenção de danificar [o monumento]".

A frase pichada na escultura foi uma referência à resposta do ministro do STF Luís Roberto Barroso a um apoiador de Bolsonaro, em novembro de 2022. "Perdeu, mané. Não amola!", disse o ministro ao homem que o abordara em Nova York.

A defesa da cabeleireira é feita pelos advogados Tanieli Telles Padoan e Hélio Júnior, que também acompanham a situação de outros presos no 8 de janeiro.

Débora se tornou ré pelo 8 de janeiro em agosto do ano passado, sob acusação da Procuradoria-Geral da República pela prática dos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado por violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União.

O último julgamento relacionado ao caso aconteceu em setembro, e os ministros da Primeira Turma do STF (além de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux) rejeitaram o pedido de Débora.

Moraes afirmou em seu voto que apesar de ela ser mãe de duas crianças, a gravidade concreta dos fatos imputados à investigada "constitui situação excepcional a obstar a substituição da prisão preventiva pela domiciliar".

A técnica de enfermagem Cláudia Rodrigues Leal, irmã de Débora, criticou à Folha a situação imposta a ela.

"Em 17 de março fará dois anos que a Débora foi presa, e a sensação que nós temos é que ela foi esquecida lá [na prisão]. Trancafiaram lá dentro, esqueceram a chave e esqueceram dela", diz Cláudia.

"Tudo o que é pedido pelos advogados é negado por parte do ministro Alexandre de Moraes".

Ela diz que a família está indignada com a afirmação de que Débora causaria risco à sociedade. "Eu falo como pessoa, não como irmã. Ela é cristã, é mãe, sempre trabalhou, tem residência fixa, ré primária, nunca cometeu nenhum tipo de crime nem nada errado. Ser vista como risco à sociedade por ter escrito em uma estátua com batom... que risco é esse que ela causa à sociedade?", questiona a irmã.

Cláudia relata que, na prisão, a irmã dorme em uma cela ocupada por 13 pessoas. Atualmente faz trabalhos internos com montagem de semijoias, mas já trabalhou também na cozinha. Aos sábados, frequenta o culto.

A irmã afirma que as crianças não têm

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Paulo Pimenta anuncia saída, e Sidônio Palmeira assumirá Secom

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O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, anunciou na tarde desta terça-feira (7) que está deixando o comando da pasta por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pimenta está no cargo desde o início da atual gestão, em janeiro de 2023. Em seu lugar, assumirá o publicitário baiano Sidônio Palmeira.

A troca já estava decidida, mas foi sacramentada em conversa entre Lula e Pimenta durante a manhã, conforme agenda oficial do presidente. A atual equipe de Pimenta já está fazendo a transição com os indicados do futuro ministro. Na secretaria executiva da pasta, segundo cargo mais importante, o também publicitário Thiago César assumirá no lugar do advogado Ricardo Zamora.

Sidônio Palmeira atua há décadas em campanhas políticas, incluindo a vitoriosa eleição de Lula em 2022, e a de políticos baianos do PT, como Rui Costa e Jacques Wagner. Palmeira vai tomar posse no cargo no início da semana que vem, em cerimônia no Planalto.

"Eu vou fazer o máximo possível para informar e manter a transparência que esse governo tem. Eu faria até um paralelo, que é um segundo tempo que estamos começando", afirmou Sidônio, em suas primeiras palavras como futuro ministro. "O governo fez muito durante esse período, esses dois anos, e este é o nosso desafio", acrescentou o publicitário, que garantiu ainda que terá uma relação próxima com a imprensa.

O próximo ministro da Secom destacou a necessidade que tornar a gestão do governo cada vez mais digital, com impacto na comunicação. "É importante também que a gestão não seja analógica, que comunique como as pessoas estão sendo atendidas, sei lá, na área de saúde, é importante que comunique, numa parte de vacinação, por exemplo, que as pessoas saibam onde é para se vacinar e tudo. Isso é uma forma de comunicação que muitas vezes não sai somente aqui da Secom. Pode sair também de um aplicativo", afirmou.

"Tem uma observação também, na parte digital, que as pessoas colocam, alguns dizem assim: 'que é analógico' [o modelo de comunicação do governo]. Acho que a gente precisa evoluir nisso. Já é um início, mas precisa ter uma evolução. E é importante, isso é papel do governo, [o de] comunicar. É um papel e uma obrigação do governo comunicar o que foi feito. E também até para as pessoas poderem usufruir dos feitos do governo", reforçou.

Sidônio Palmeira também disse nunca ter trabalhado em nenhum governo e recusou o rótulo de marqueteiro. "Sou uma pessoa que nunca trabalhou em governo, então venho, assim, da iniciativa privada. Sou publicitário. Alguns chamam de marqueteiro. Eu não gosto muito do termo 'marqueteiro', porque fica parecendo que a gente vai transformar qualquer coisa no melhor, mas não é isso. Acho que a gente tem que divulgar as características", disse.

A Secom é o órgão responsável por formular e implementar a política de comunicação e divulgação social do Poder Executivo federal, promover a relação do governo federal com a imprensa, formular e implementar ações para acesso à informação, exercício de direitos e combate à desinformação, entre outras ações.

Paulo Pimenta, que está licenciado do mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul, informou que tirará cerca de uma semana de férias, para descansar com a família, e só depois se reapresentará ao presidente Lula para definir seu futuro em algum outro cargo dentro do governo ou em outra missão política, que pode ser inclusive o retorno à Câmara dos Deputados.

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Lula realiza cerimônia em memória dos ataques de 8 de janeiro; entenda

Nesta quarta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderará uma cerimônia no Palácio do Planalto para marcar os dois anos dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. O evento tem como objetivo celebrar a democracia, além de simbolizar a reintegração de várias obras de arte danificadas pelos vândalos durante os ataques. No Palácio, serão devolvidas ao acervo do governo peças restauradas, como um relógio histórico e uma ânfora portuguesa, que haviam sido vandalizadas.

A cerimônia será dividida em quatro atos, com a participação de autoridades de diversos poderes, incluindo o Executivo, o Judiciário e o Congresso. A cerimônia será iniciada às 9h30 com a reintegração das obras restauradas ao Palácio do Planalto. Entre as peças que voltarão ao espaço, estão o relógio de pêndulo do século XVII, que precisou ser enviado à Suíça para conserto, e a ânfora portuguesa, que são destacadas pelo governo devido à complexidade do processo de reparo.

A recuperação do relógio de pêndulo foi um esforço significativo, considerando que a peça histórica foi trazida ao Brasil por Dom João VI e é feita de materiais raros, como casco de tartaruga e bronze. Já a obra "As Mulatas", de Di Cavalcanti, será a segunda peça a ser restaurada e apresentada no evento. A tela foi severamente danificada durante os ataques, mas agora retorna ao Planalto depois de ser restaurada. O quadro "As Mulatas" sofreu rasgos, mas agora poderá ser exposto novamente após a recuperação. A restauração dessas peças simbólicas faz parte do esforço do governo para reparar os danos materiais causados pelos atos golpistas.

A cerimônia contará com a presença de autoridades como o ministro do STF, Luiz Edson Fachin, o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo, e representantes das Forças Armadas. No entanto, alguns líderes importantes, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não confirmaram presença, e os presidentes do Senado e do STF também optaram por não participar.

Durante a cerimônia, haverá um momento simbólico, denominado "abraço à democracia", em que o presidente Lula e os demais presentes se deslocarão do Planalto para a Praça dos Três Poderes. No local, será montado um arranjo de flores com a palavra "democracia", simbolizando a união dos poderes e o compromisso com a liberdade e a justiça.

O evento será um marco na história política do Brasil, já que, desde o ataque aos Três Poderes em 2023, o país tem trabalhado para restaurar a ordem e fortalecer as instituições democráticas. O ato também tem como objetivo reforçar a importância de proteger a liberdade de expressão e garantir que o Brasil continue avançando no caminho da estabilidade democrática.

O governo também divulgou uma lista com as obras restauradas que serão devolvidas ao acervo da Presidência, incluindo quadros de artistas renomados como Frans Krajcberg, Clóvis Graciano e Armando Viana, entre outros. O evento simboliza, assim, não só a recuperação material, mas também o fortalecimento da democracia e da justiça no Brasil.

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Governo prevê 1,5% do PIB em alta de receitas com fim de desonerações

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O fim de parte das desonerações tributárias e a redução das compensações usadas por empresas para abater tributos poderão impulsionar a arrecadação federal em cerca de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) nos próximos anos. A previsão é do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello.

Nos cálculos da equipe econômica, o aumento de cerca de 1% do PIB corresponde ao fim dos efeitos da chamada "tese do século", enquanto o restante decorre da extinção do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) e da reoneração gradual da folha de pagamento.

A tese do século foi uma discussão travada no Judiciário na qual as empresas ganharam o direito de retirar o ICMS, principal imposto estadual, da base de cálculo das contribuições federais PIS/Cofins.

Em 2021, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que a União deveria devolver os valores pagos indevidamente desde março de 2017, ano em que a Corte fixou o entendimento sobre o assunto. Isso gerou um passivo para a União da ordem de R$ 400 bilhões (a valores da época, sem correção).

Bráulio Borges, economista-sênior da LCA 4intelligence, pesquisador-associado do FGV Ibre e colunista da Folha, ressalta que as compensações "são recorrentes, mas não são eternas" e que a quitação integral desse saldo deve ocorrer até 2026.

"As estimativas que a gente obteve com a Receita apontam que em algum momento em 2025 ou 2026 esse excesso de compensações que está subtraindo praticamente 1% do PIB da arrecadação bruta da União tende a se exaurir", disse o especialista, que prestou consultoria técnica para o governo na elaboração do boletim do resultado estrutural fiscal.

Quanto ao Perse, a equipe econômica estima que o montante fixo de R$ 15 bilhões, previsto na lei que reformulou o programa, deve ser totalmente consumido até meados de 2025.

O processo de reoneração gradual da folha de pagamento ocorrerá entre 2025 e 2027. A partir de 2028, as empresas de 17 setores da economia passarão a pagar a contribuição sobre a folha de salários de 20% -valor cobrado atualmente das demais empresas não beneficiadas pela desoneração.

Um dos grupos beneficiados com a desoneração é o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros.

Para o secretário de Política Econômica, o fim desses efeitos vai colaborar no esforço de recuperação do resultado fiscal estrutural do país.

Segundo relatório do governo, houve déficit fiscal estrutural do setor público (União, governo estaduais e municipais e empresas estatais) de 1,41% do PIB potencial no acumulado dos três primeiros trimestres de 2024, com ajuste sazonal.

No resultado desagregado, o déficit foi de 1,16% do PIB potencial do governo central, 0,16% dos governos regionais e 0,09% das estatais. Nos cálculos do governo, o PIB potencial -capacidade de crescimento do Brasil empregando os recursos disponíveis sem gerar uma pressão sobre a inflação- está em torno de 2,4%.

O resultado fiscal estrutural estima a situação das finanças públicas sem considerar efeitos meramente transitórios, como aumentos pontuais de arrecadação ou despesas. A nova metodologia utilizada pelo governo considera, entre outros aspectos, as flutuações do preço internacional do barril de petróleo e do minério de ferro.

Em 2023, o déficit fiscal estrutural foi de 2,14% do PIB potencial, puxado pela PEC da Transição. O resultado negativo foi ampliado frente ao dado de 2022, quando houve déficit de 0,6% do PIB potencial.

Conforme a metodologia atualizada, o setor público apresentou superávit fiscal estrutural apenas em 2021, considerando o período entre 2016 e 2024. Segundo Mello, o governo não tem uma previsão de quando espera voltar a atingir um resultado positivo.

"Isso vai depender da postura dos entes subnacionais. Do resultado do governo central, o que a gente vê é uma convergência para déficit zero, que vai acontecer no resultado observado também deve acontecer no resultado estrutural até o final do ano", disse.

"Nós trabalharemos para prosseguir num caminho de melhoria de recuperação fiscal em 2025", acrescentou.

De acordo com o secretário, o déficit primário do governo em 2024 será "muito próximo de zero". "Algo em torno de 0,4%, vai depender do resultado do PIB", afirmou.

Neste ano, a equipe do ministro Fernando Haddad (Fazenda) traçou como objetivo perseguir o déficit zero, mas a meta conta com uma margem de tolerância de até 0,25 ponto percentual do PIB (Produto Interno Bruto) para mais ou menos. Isso significa que um déficit de até R$ 28,8 bilhões ainda é considerado dentro da meta.

Para Borges, o país ainda está "muito aquém" do resultado primário necessário para

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