Novo presidente do PT se diz 'defensor intransigente' de Haddad e promete discrição

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RAPHAEL DI CUNTO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Presidente interino do PT, o senador Humberto Costa (PE) afirmou à Folha que é um "defensor intransigente" de Fernando Haddad e que não fará embates públicos com o ministro da Fazenda, uma das marcas da gestão de sua antecessora, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).

"Não tenho grandes pretensões de me envolver nesse tipo de debate. Sou apoiador do trabalho do ministro Fernando Haddad, entendo que ele está fazendo uma gestão econômica muito boa. Não vai ser meu papel, com essa provisoriedade, essa interinidade, querer me meter a dar grandes opiniões sobre essas coisas", disse.

A gestão de Gleisi ficou marcada por divergências sobre medidas de ajuste fiscal defendidas por Haddad para equilibrar as contas públicas. Ela sustentava que o partido precisava "fazer o debate de ideias" e que era função do PT ajudar a puxar o governo para a esquerda, já que o presidente Lula foi eleito por uma frente ampla.

O PT, por exemplo, recomendou no ano passado que as bancadas avaliassem "com profundidade" e debatessem com o governo os impactos do projeto de lei que mudava regras de acesso ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), auxílio pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. O texto acabou desidratado.

Gleisi se afastará da presidência do PT para assumir na segunda-feira (10) como ministra da Secretaria de Relações Institucionais e ficará responsável pelas negociações políticas do governo Lula. Ela entra no lugar de Alexandre Padilha (PT), deslocado para o cargo de ministro da Saúde.

Na sexta (7), a Comissão Executiva Nacional do PT escolheu Costa para o posto de comando do partido até 6 de julho, quando ocorrerá a eleição interna na qual os filiados vão escolher os novos presidentes municipais, estaduais e nacional.

O presidente interino do PT afirma que não sairá candidato, apesar das divergências entre os grupos do partido sobre a eleição. As disputas ocorrem inclusive na própria corrente de Costa, a CNB (Construindo um Novo Brasil), grupo ao qual pertencem Lula, Haddad e Gleisi.

O favorito de Lula para comandar a sigla é o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva (PT), da CNB, mas outros grupos da corrente querem disputar o cargo, como o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (CE). Existem também alas mais à esquerda com outros candidatos.

"Não tenho essa pretensão de disputar. Nem neste momento nem para o próximo momento. Sou presidente interino. Vou até o começo de julho e vou apoiar, naturalmente, algum candidato a presidente com o qual eu tenha identidade", disse ele à Folha.

Apesar de antecipar que não fará embates públicos com Haddad, numa conduta diferente daquela adotada por Gleisi, Costa elogiou a postura dela e disse que todos "vão se surpreender" no ministério. "Ela é uma pessoa aberta ao diálogo, capaz de encontrar entendimentos", disse o senador.

Ele concorda que o partido deve se posicionar sobre as questões que envolvem o governo e a política econômica, mas antecipa que optará por uma postura mais discreta para fazer a transição. "Eu tenho minha posição. Sou defensor intransigente do ministro Haddad, mas isso não vai estar no nosso radar nesse período", disse.

As prioridades de Costa em quatro meses no cargo serão organizar a eleição interna, estimular a entrada de novos filiados e defender a aprovação, pelo Congresso, da redução da jornada de trabalho e da ampliação da faixa de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000.

"Neste tempo, vai ser muita mobilização para pressionar o Congresso a aprovar essas medidas", disse o parlamentar, que aponta resistências de parte da sociedade a essas matérias.

A estratégia é contar com a participação de parlamentares, centrais sindicais, movimentos estudantis e sociais para divulgar e defender esses projetos. Ele também pretende utilizar a propaganda partidária do PT na televisão e rádio para divulgar as propostas.

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Com alta da Selic, resultado de tesouraria deve cair e bancos buscam 'zero a zero'

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A alta dos juros deve pressionar os resultados das tesourarias dos bancos brasileiros este ano. Após terem buscado resultados em janelas abertas pela volatilidade do mercado no final do ano passado, as instituições terão de conciliar a alta dos custos de captação com uma carteira de crédito que não tem os juros reajustados na mesma velocidade.

Itaú Unibanco, Bradesco e o Santander Brasil sinalizam que os resultados de suas tesourarias devem ser menores que em 2024, embora não esperem uma repetição do biênio 2022-2023, em que os dois últimos perderam dinheiro com a disparada dos juros. "Não esperamos nada parecido com 2021 e 2022 porque o aumento esperado [da Selic] não é nada parecido", afirmou o presidente do Santander, Mario Leão, a analistas de mercado no começo do fevereiro.

As expectativas dos bancos são derivadas principalmente da perspectiva de alta da taxa Selic, que está em 13,25% ao ano e deve chegar a 14,25% em março. O mercado espera que os juros cheguem a 15% no final de 2025.

Este fator pressiona os custos de captação dos bancos, o que fica visível na chamada gestão de ativos e passivos (ALM, na sigla em inglês). Em outro componente dos resultados, a negociação de títulos no mercado, os bancos aproveitaram a volatilidade dos ativos brasileiros no final de 2024 para obter ganhos diante de janelas de oportunidade, mas é difícil prever o resultado que terão este ano.

"Temos uma visão muito mais clara do resultado a realizar das posições do balanço do banco. O que não temos efetivamente é a capacidade de projetar os resultados de negociações de mercado", afirmou o presidente do Itaú, Milton Maluhy, a analistas no começo do mês. "Temos tido resultados muito fortes e esperamos ter novamente pela volatilidade, mas a incerteza naturalmente aumentou."

O único na direção oposta é o Banco do Brasil, que afirma que a composição do balanço e as estratégias de negociação de ativos criam proteções. "Uma delas é a posição em títulos pós-fixados, que no contexto de alta de juros, contribui para proteger o balanço do banco contra eventual volatilidade na curva de juros", diz o gerente-geral da tesouraria do BB, Daniel Bogado. Em dezembro do ano passado, 82,6% dos títulos carregados pelo banco no balanço eram pós-fixados.

A margem com mercado do banco público inclui ainda os resultados do Patagonia, banco argentino controlado pelo BB. Essa contribuição subiu em 2024 diante da desvalorização do peso, que elevou os resultados da tesouraria do próprio Patagonia. Este ano, o BB afirmou que a contribuição deve ser menor.

Componentes

O resultado das tesourarias aparece nos balanços na chamada margem com mercado. Grosso modo, a linha reúne os resultados de operações de negociação de títulos e valores mobiliários no mercado, e também com a gestão dos ativos e passivos dos balanços. A segunda frente tem o resultado mais previsível, e embora ele varie de banco para banco, em geral é menor quando os juros sobem.

A gestão de ativos e passivos tenta "casar" preços e prazos entre os depósitos e as carteiras de crédito dos bancos. Em geral, os depósitos têm prazo mais curto que os empréstimos, e remuneração atrelada ao CDI. Por outro lado, no crédito, carteiras relevantes destinadas a pessoas físicas têm juros pré-fixados, casos do crédito imobiliário, do financiamento de veículos e do consignado.

"Quando os juros sobem, os bancos têm de largada um aumento no custo de captação, que normalmente é pós-fixada", afirma Matheus Guimarães, analista da XP Investimentos. "Até o banco começar a originar crédito considerando a nova curva de juros, há um descasamento temporário."

Este foi o fator que fez com que Santander e Bradesco perdessem dinheiro na tesouraria entre 2022 e 2023, de acordo com profissionais de mercado. "O resultado de ALM, que passa pelo resultado com o mercado, tem muito a ver com a estratégia de hedge [proteção] de cada banco", diz o analista de instituições financeiras do Citi, Gustavo Schroden.

Estratégias distintas

Entre os quatro maiores bancos listados do País, o Itaú monta posições que protegem o balanço do impacto do câmbio sobre o capital dos bancos que controla na América Latina. O Bradesco não tem uma estratégia formal de hedge, enquanto o Santander passou a montar posições no ano passado.

O BB faz operações de hedge pontuais. Bogado, da tesouraria do banco, afirma que a divisão da carteira de crédito, equilibrada entre os segmentos de pessoa física, empresas e agronegócios, cria uma proteção natural contra a alta dos juros.

"As carteiras de pessoas físicas e agro são majoritariamente pré-fixadas, e possuem 'duration' [prazo] mais curto, ao tempo em que a carteira de pessoas jurídicas é pós-fixada, em sua maior parte", diz. O banco não informa o custo médio de captação, mas segundo Bogado, mais de 50% da captação comercial vem de recursos que não são remunerados pela Selic.

Fonte: 08/03/2025 Notícias no Minuto

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Flamengo bate Vasco com gol 100 de Bruno Henrique e vai à 7ª final seguida

GUILHERME XAVIER E JÚLIA FAVERO
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O Flamengo venceu o Vasco por 2 a 1, neste sábado (8), e está na final do Campeonato Carioca. A semifinal foi decidida neste sábado, no Maracanã.

Bruno Henrique anotou o gol de número 100 pelo Flamengo e Luiz Araújo aumentou. Antes, Nuno Moreira havia inaugurado o placar para o Vasco.

Será a sétima final seguida do Flamengo no Campeonato Carioca. A última vez fora da decisão foi em 2018, disputada entre Fluminense e Botafogo.
O rubro-negro teve a melhor campanha na Taça Guanabara e poderia perder por até um gol para se classificar. No primeiro duelo, o Fla superou o Vasco por 1 a 0.

A outra semifinal, entre Volta Redonda e Fluminense, será disputada no domingo. O tricolor carioca venceu o duelo de ida por 4 a 0.

Maracanã de poucos vascaínos. Apesar de ser um clássico que costuma ter grande presença das duas torcidas, uma parte do Setor Sul, dos visitantes, foi fechado por conta da baixa procura de ingressos.

Bola aérea leva perigo, só Vasco aproveita. O Flamengo chegou perto de marcar após cobrança de escanteio em lance com Varela, mas Léo Jardim defendeu no reflexo. Dois minutos depois, veio a resposta vascaína. Philippe Coutinho bateu falta jogando a bola na área, e Nuno Moreira estava atento para marcar. Foi o primeiro gol do jogador português pelo Vasco.

Flamengo cresce e empata o jogo. A equipe de Filipe Luís não sentiu o gol e passou a dominar a partida que estava, até então, equilibrada. O rubro-negro levou perigo em dois cruzamentos seguidos, e Léo Jardim salvou, mas o empate saiu com bola rolando. Bruno Henrique balançou a rede pela centésima vez com a camisa do Flamengo e reforçou o apelido de 'rei dos clássicos'.

Baixas importantes dos dois lados. As equipes voltaram iguais para a etapa final, mas uma lesão forçou uma substituição na equipe de Carille antes dos 10 minutos. Coutinho sentiu dores na virilha após arrancada e deixou o campo para a entrada do atacante Loide Augusto. Aos 14 minutos, foi Bruno Henrique quem sentiu a coxa direita, e Luiz Araújo entrou.

Domínio rubro-negro é coroado com a virada. As mudanças foram mais favoráveis ao Flamengo, e Luiz Araújo precisou de apenas alguns minutos para deixar o Flamengo na frente. Gerson ganhou uma disputa de bola no campo de ataque e deixou para o atacante, que passou entre os adversários com facilidade para virar o jogo.

Bruno Henrique recebeu da torcida flamenguista o apelido de Rei dos Clássicos. Já considerando o marcado neste sábado, o atacante chegou a 22 gols contra os três grandes do Rio — Vasco, Botafogo e Fluminense.
O maior alvo carioca de Bruno Henrique é justamente o Vasco. Foi o 11º gol dele contra a equipe cruz-maltina.

Apesar da marca histórica, o atacante se lesionou no segundo tempo. Bruno Henrique sentiu a coxa direita e deixou o campo chorando.

0x1. Aos 21 minutos do primeiro tempo, Coutinho bateu falta do lado direito, virando o jogo para Lucas Freitas. O zagueiro se atrapalhou com o domínio, mas a bola sobrou para Nuno Moreira finalizar firme e abrir o placar.

1x1. Aos 33 minutos, Arrascaeta recebeu livre e lançou rasteiro para Bruno Henrique. A bola desviou em João Victor no caminho, e o camisa 27 ficou livre para empatar para o Flamengo.

2x1. No segundo tempo, aos 24 minutos, Luiz Araújo deixou Hugo Moura para trás com um drible, passou por mais dois marcadores e bateu cruzado de dentro da área.

FICHA TÉCNICA

Flamengo 2 x 1 Vasco

Campeonato Carioca - Semifinal (jogo de volta)
Data e horário: 8 de março de 2025, às 17h45 (de Brasília)
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro
Arbitragem: Wagner do Nascimento Magalhães
Assistentes: Thiago Henrique Neto Correa Farinha e Thiago Filemon Soares Pinto
VAR: Paulo Renato Coelho
Cartões amarelos: Wesley, Bruno Henrique (FLA), Paulo Henrique, Rayan, Loide Augusto (VAS)
Gols: Nuno Moreira (21'/1ºT), Bruno Henrique (33'/1ºT), Luiz Araújo (24'/2ºT)

Flamengo: Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira, Varela (Alex Sandro); Erick Pulgar, De la Cruz (Allan), De Arrascaeta (Juninho), Gerson (Matheus Gonçalves); Plata e Bruno Henrique (Luiz Araújo). Técnico: Filipe Luís

Vasco: Léo Jardim; Paulo Henrique (Puma Rodríguez), João Victor, Lucas Freitas, Lucas Piton; Paulinho (Mateus Carvalho), Philippe Coutinho (Loide Augusto), Hugo Moura; Nuno Moreira (

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Roubo de fios causa prejuízo de R$ 26 milhões e 54 mortes em 2024


O roubo de fios e cabos elétricos é um crime em ascensão. Uma das principais evidências é a evolução histórica do volume de acidentes e mortes resultantes dessas ações. De 2014 a 2024, as mortes subiram 260%, segundo a Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade).

Até o início de 2025, esse era um dos poucos dados sobre o problema de que a indústria dispunha. A pedido do Poder360, pela 1ª vez a Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) contabilizou tanto o prejuízo com a troca dos materiais roubados quanto o peso desses fios e cabos oriundos da distribuição de energia.

Os números são robustos. Só na troca de fios, sem contabilizar custos indiretos ou danos a outros setores, as 42 distribuidoras da associação espalhadas em território nacional reportaram prejuízo de R$ 26 milhões em 2024. Todo esse material pesa 100 toneladas. Seriam necessários ao menos 30 caminhões de uso urbano para carregar os fios e cabos roubados ao longo do ano passado.

Só em 2024, a Abracopel contabilizou 54 mortes relacionadas a esse tipo de roubo. Outros 67 ficaram feridos. Eram 15 e 20 em 2014.

Essas mortes, explica o diretor-executivo da entidade, Edson Martinho, se dão de duas maneiras: ou o autor do roubo entra em contato com material energizado ou os fios expostos, ainda contendo energia, entram em contato com alguém. Cada uma dessas causas responde por metade do total de óbitos.

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Confrontos internos na Síria deixam mais de 1 mil mortos em 2 dias

O número de mortos em dois dias de confrontos entre as forças de segurança da Síria e os apoiadores do ditador deposto Bashar Assad subiu para mais de mil, incluindo 745 civis, 125 membros das forças de segurança do governo e 148 militantes de grupos armados ligados a Assad.

Os números, divulgados no último sábado, 8, são do Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha.

Os confrontos, que começaram na quinta-feira 6, marcaram uma escalada no desafio do novo governo de Damasco, três meses depois de insurgentes assumirem o controle do país.

A violência se intensificou na sexta-feira 7, quando atiradores sunitas leais ao governo iniciaram assassinatos de membros da minoria alauita, que tem sido um dos principais grupos de apoio ao regime de Assad.

Testemunhas relatam que homens alauitas foram mortos a tiros e casas saqueadas e incendiadas. Em algumas áreas, corpos de vítimas foram deixados nas ruas ou em telhados, enquanto residentes eram impedidos de removê-los pelos atiradores.

A violência foi interrompida na manhã do sábado 8. Fontes locais relataram que pelo menos 600 pessoas já foram enterradas, enquanto outras vítimas foram encontradas em valas comuns. A violência gerou grandes deslocamentos, com muitos alauitas buscando refúgio nas montanhas e em outras áreas mais seguras.

Governo da Síria de manifesta

A agência de notícias estatal da Síria citou um funcionário não identificado do Ministério da Defesa, dizendo que as forças do governo haviam retomado o controle de grande parte das áreas ocupadas pelos apoiadores de Assad. A agência acrescentou que as autoridades fecharam todas as estradas que levavam à região costeira “para evitar violações e restaurar gradualmente a estabilidade”.

O governo sírio afirmou que as forças leais a Assad estavam respondendo a ataques de remanescentes do regime anterior, enquanto as autoridades sírias tentavam restaurar a ordem e recapturar áreas de controle.

Enquanto isso, o Ministério da Defesa sírio afirmou que as forças do governo haviam retomado grande parte dos territórios e estavam tentando restaurar a estabilidade, fechando as estradas que levam à região costeira afetada pelos conflitos.

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Aposta de Lula, PL dos motoristas de app completa 1 ano “estacionado”

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregou à Câmara dos Deputados, em março de 2024, o projeto de lei complementar (PLP) que visa regulamentar o trabalho dos motoristas por aplicativo. No entanto, até hoje, a proposta não chegou nem a ser votada no plenário da Casa Legislativa.

O PLP 12/24 está parado na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços (CICS), pronto para ser votado, mas não se sabe quando ou se a matéria será analisada pelos membros do colegiado.

A regulamentação do trabalho por aplicativo era uma promessa de campanha do petista e uma das principais apostas do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que não tem conseguido avançar com matérias de interesse da pasta junto ao Congresso Nacional.

Entenda

  • O Ministério do Trabalho enviou o PL dos Aplicados à Câmara em março de 2024, mas o projeto não avançou e segue parado na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços.
  • A matéria define a remuneração mínima para os motoristas de aplicativo de R$ 32,10 por hora.
  • A votação do projeto na comissão depende da eleição do presidente do colegiado, prevista para março, mas ainda sem data definida. Enquanto isso, o PL segue sem avanços.

PL dos Aplicativos

O PL dos Aplicativos, entregue pelo Ministério do Trabalho, foi construído a partir de um diálogo com representantes das empresas e dos motoristas. No entanto, recebeu diversas críticas dos trabalhadores, que se opuseram às mudanças.

O texto apresentado pelo governo Lula previa que os motoristas teriam uma remuneração mínima de R$ 32,10 por hora trabalhada. A proposta ainda estabelece o limite de conexão junto à plataforma de 12 horas por dia.

Relatada pelo deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), o PL indica que o motorista será considerado autônomo, isto é, terá liberdade para escolher os dias, horários e os períodos trabalhados, e não possui exclusividade com nenhuma plataforma.

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Tribunal planeja gastar meio milhão em iPhones 16 para desembargadores

O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) publicou um edital para a aquisição de 50 smartphones modelo iPhone 16 Pro Max para uso dos desembargadores. O custo total da compra está estimado em R$ 573.399,50, com cada aparelho saindo por aproximadamente R$ 11.467,99.

A justificativa apresentada pelo tribunal é a necessidade de modernização da comunicação e padronização dos dispositivos institucionais.

A decisão gerou repercussão, principalmente por ocorrer no Maranhão, estado com o segundo menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, onde grande parte da população ainda enfrenta dificuldades de acesso à internet.

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3 em cada 10 mulheres vítimas de ataques com armas de fogo já haviam denunciado agressões

Das 4.395 mulheres atendidas na rede de saúde após serem vítimas de agressão não letal por armas de fogo em 2023, ao menos 35% tinham atendimentos anteriores de violência doméstica praticada pelo agressor —que, na maioria das vezes, eram maridos, namorados, ex-parceiros ou parentes e amigos.

O número é 23% maior do que o ano anterior, e 35% a mais em relação a 2021, segundo levantamento do Instituto Sou da Paz com base nos sistemas de informações do SUS (Sistema Único de Saúde), divulgado neste sábado (8).

Em 6.900 casos de violência com arma de fogo, a mulher também foi vítima de um segundo tipo de abuso —sendo o mais frequente agressão física (52,8%), seguida por violência psicológica (22,2%) e sexual (13,8%).

Ao longo da série histórica elaborada pelo instituto, o uso de arma de fogo se mantém como o principal meio de assassinato de mulheres, respondendo pela morte de cerca de 2.000 mil a cada ano no país.

Entre as mulheres assassinadas em 2023, metade foi vítima de armas de fogo, das quais 72% eram pretas ou pardas e 26,6%, brancas. No geral da população, 45,3% se identifica como parda, 10,2% como preta e 43,5% como branca, de acordo com o último Censo.

No total, o país registrou 3.946 homicídios de mulheres há dois anos. No Brasil, a taxa de homicídios de mulheres negras é de 2,2 a cada 100 mil habitantes, enquanto a do restante das mulheres é de 1.

O risco de ser morta por disparos se acentua entre as moradoras da região Nordeste, onde 63% dos assassinatos contra mulheres ocorreram desta forma, quase o dobro do registrado no Sudeste em 2023, com 36,9%, segundo levantamento

Os números mostram ainda que a desigualdade racial é fator de risco também para a violência doméstica, já que 28% dos homicídios ocorreram nas residências das vítimas e 40%, nas ruas. Em comparação, 12% dos homicídios cometidos com armas de fogo contra vítimas do sexo masculino ocorreram dentro de residências.

Em relação à idade, há indicação de que a vitimização começa a se manifestar a partir da faixa de 15 a 19 anos, grupo com 11% dos casos, sendo que a maioria dos crimes ocorre com mulheres de até 39 anos – 59% das vítimas.

A violência doméstica também é determinante para ocorrências de agressões não letais com armas de fogo: 46% dos agressores eram pessoas próximas das vítimas, dos quais 29% eram maridos, namorados ou ex-companheiros. Pessoas desconhecidas corresponderam a 38% dos autores, de acordo com a pesquisa.

O risco aumenta quando há consumo de álcool pelo agressor, a suspeita desse comportamento aparece em 27% das agressões armadas e, em casos registrados em residências, o percentual sobe para 39%.

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Dupla tenta furtar mais de 10 peças de picanha e acaba presa em SC

Dois homens, de 34 e 42 anos, foram presos após serem flagrados com 11 pacotes de picanha e diversos litros de bebidas alcoólicas furtadas nessa quarta-feira (5/3), em Jaraguá do Sul, Santa Catarina.

Segundo informações da Polícia Militar, o caso ocorreu após um patrulhamento no bairro Vila Baependi.

Durante uma abordagem a um veículo estacionado de forma irregular, os suspeitos tentaram jogar a mochila com os itens para fora do carro.



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Ex-atleta olímpico é um dos 10 criminosos mais procurados do FBI

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(UOL/FOLHAPRESS) - Ex-atleta olímpico, o canadense Ryan James Wedding entrou para a lista dos 10 criminosos mais procurados pelo FBI, a polícia federal dos Estados Unidos.

Atualmente com 43 anos, Wedding competia como snowboarder e participou das Olimpíadas de Inverno de 2002, em Salt Lake City. nesta sexta-feira (7) ele é suspeito de ser o "chefão" de uma organização criminosa que trafica drogas e comete assassinatos no Canadá, Estados Unidos e México.

Wedding competiu no snowboard nas Olimpíadas de Inverno em 2002, na modalidade slalom paralelo. Em 2006, foi alvo de investigação nos Estados Unidos por cultivo de grandes quantidades de maconha, mas não foi preso na ocasião. Quatro anos depois, foi preso condenado por tráfico de cocaína após uma operação envolvendo um agente do FBI disfarçado de traficante de drogas.

Após deixar a prisão, o ex-atleta expandiu sua operação e passou a atuar no México, com conexões com o cartel de Sinaloa. O FBI acredita que o criminoso está escondido e protegido pelo cartel no país desde que o Departamento de Justiça dos EUA emitiu um mandado de prisão contra ele em setembro de 2024. As autoridades americanas oferecem recompensa de US$ 10 milhões (cerca de R$ 57 milhões) por informações que levem à captura do criminoso.

Além do tráfico, Wedding é suspeito de múltiplos assassinatos relacionados às drogas, como encomendar a morte de rivais e até mesmo usuários de drogas em débito com a organização criminosa. As acusações que envolvem Wedding constam no título 21 do Código dos EUA, a compilação geral de leis federais americanas.

O chamado "Estatuto Kingpin", ou "Lei do Chefão das Drogas", prevê penas de no mínimo 20 anos de prisão para grandes traficantes de drogas, podendo chegar à prisão perpétua. Já os assassinatos envolvendo conspiração para o tráfico de drogas, como é o caso de Wedding, são punidos com pena de prisão perpétua obrigatória, sem possibilidade de condicional, ou pena de morte.

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