Publicidade

Haddad freou campanha do governo sobre aumento de isenção de IR

Imagem da notícia

CATIA SEABRA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo Lula adiou para o ano que vem a veiculação de uma campanha publicitária sobre o pacote de ajuste fiscal devido à oposição do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O foco seria o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5.000.

Em novembro, após pronunciamento do ministro em rede nacional para anúncio de medidas de contenção de gastos, a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) encomendou uma campanha para detalhamento do pacote. O mote escolhido foi "Brasil mais forte, um governo mais eficiente, um Brasil mais justo".

A proposta de aumento da faixa de isenção seria compensada com a taxação de super-ricos e foi defendida por integrantes do governo como contraponto político a medidas do pacote que atingirão benefícios sociais.

Na ocasião, houve críticas sobre a inclusão desse item no pronunciamento sobre os cortes, e os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), indicaram que o tema não deveria avançar em um futuro próximo no Congresso Nacional.

A campanha foi apresentada a Haddad dias depois de seu pronunciamento, após ser produzida rapidamente para exibição já no início de dezembro.
O trabalho foi acompanhado pelo publicitário Sidônio Palmeira, que, segundo interlocutores de Lula, deverá assumir a Secom já no início de 2025.

Haddad, no entanto, fez objeções à divulgação da campanha naquele momento. Segundo integrantes do governo, o ministro da Fazenda foi contra a veiculação antes do envio da proposta ao Congresso.

Haddad chamou a campanha de prematura, de acordo com esses relatos, afirmando que a peça passava a ideia de que a implementação de uma nova tabela seria imediata. O ministro diz que a proposta será submetida a um debate profundo, sendo suscetível a mudanças até mesmo na fonte de financiamento.

O ministro ponderou que valeria a pena chamar a atenção para o tema, mas durante a tramitação, de forma didática.

Ainda segundo relatos, houve resistência da Fazenda ao financiamento da campanha publicitária e Haddad questionou até mesmo sua legalidade, por anunciar uma proposta sem que tenha sido encaminhada ao Congresso. O caso foi remetido à AGU (Advocacia-Geral da União).

Na avaliação de aliados do presidente, o ministro da Fazenda tenta evitar nova reação negativa do mercado, em um momento de alta oscilação do dólar.
Diante do impasse, a solução caberia a Lula. O afastamento do presidente em decorrência de sua internação deixou a decisão em suspenso.

Embora a campanha esteja pronta, só será lançada após o encaminhamento da proposta de aumento da isenção do IR ao Congresso e sujeita a alterações.
Para o fim do ano, o governo lançou uma campanha com o conceito "Todo dia a gente faz um Brasil melhor". Essa campanha mostra resultados positivos, como geração de empregos e combate à miséria, além de abertura ao mercado internacional.

Ao som de uma versão de "Canta Canta, Minha Gente", de Martinho da Vila, a propaganda encerra com o refrão "a vida vai melhorar".

Sidônio atuou na produção do pronunciamento de Haddad, levado a rede nacional, no dia 27 de novembro.

Os termos e expressões utilizados pelo ministro demonstravam positividade. Um exemplo foi a apresentação das medidas como a criação de um Brasil mais forte e mais justo.

"Hoje, temos sinais claros de que estamos no caminho certo. O Brasil não apenas recuperou o tempo e o espaço perdidos mas voltou a ocupar seu lugar de destaque no mundo, entre as dez maiores economias", disse o ministro.
Segundo relatos de integrantes do governo, Sidônio foi um dos que insistiram para a adoção de um tom positivo, com a apresentação de medidas populares, como instituição de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais.

Definido o tom político, a matriz do discurso foi redigida pelo publicitário Otávio Antunes com a colaboração do secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan. A esse texto-base foram incorporadas contribuições ainda na véspera do pronunciamento.

A escalação de Haddad para o pronunciamento, em vez do próprio presidente, alimentou na classe política a suspeita de que Lula avalia a possibilidade de não disputar a reeleição, preparando seu ministro da Fazenda para um eventual plano B. Já dirigentes petistas rechaçam essa hipótese, alegando que esse anúncio caberia mesmo ao ministro da Fazenda.

Segundo relatos, Haddad tinha dúvidas sobre a aparição em rede nacional. Dois dias depois, o governo decidiu lançar uma ofensiva de comunicação para o fim de ano. Mas a iniciativa foi adiada.

Em encontro com jornalistas na sexta-feira (20), o ministro afirmou que não se vê como candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. "Não me entendo como candidato em 2026", respondeu quando instado a comentar o resultado da pesquisa Quest, divulgada na semana retrasada. A pesquisa apontou que Lula e o ministro

Publicidade

Filipe Luís vai de aprendiz a esperança maior no Flamengo

LUIZA SÁ
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Filipe Luís foi o homem que chegou para mudar os rumos do ano do Flamengo. Em 11 meses, sua vida deu um salto imenso. Depois da aposentadoria no final da temporada passada, voltou ao clube como treinador do sub-17. Em 45 jogos, 31 vitórias, sete empates, sete derrotas, três títulos e uma nova esperança ao clube do coração.

INÍCIO POR BAIXO
Filipe Luís estreou como treinador em 9 de março de 2024. A ideia era começar por baixo, ainda com as categorias de base para se entender na nova função. Ele não queria apressar as coisas. Com cautela, montou a comissão técnica e começou a estabelecer seu trabalho.

Na Copa Rio Sub-17, emplacou cinco vitórias seguidas até ser derrotado pelo Vasco em maio. O rival foi quem mais deu dor de cabeça e o único a conseguir superar o Flamengo do ex-lateral. Depois de mais seis triunfos, inclusive diante do Cruz-maltino no primeiro jogo da final, o Rubro-negro foi derrotado no segundo.

A disputa foi para os pênaltis e Filipe Luís sentiu pela primeira vez o gostinho de ser campeão como técnico. Em três meses, ele já disputou aquela final sabendo que estava se despedindo. Com a saída de Mário Jorge, foi promovido para o sub-20.

SOLUÇÃO NO MUNDIAL
O começo na categoria de cima foi mais complicado. Foram duas derrotas em três partidas e tendo no horizonte dois meses de preparação até o jogo mais importante do ano: a disputa do Mundial da categoria no Maracanã, contra o Olympiacos. Encantando os jovens com o método de trabalho e o modo participativo nos treinamentos, Filipe implementou as ideias de trabalho e teve sucesso.

Foram 11 partidas até o encontro com os gregos em agosto. Com o reforço de alguns jovens que estão no profissional, o Flamengo foi campeão de virada, com um gol de Felipe Teresa no final. Depois dali, mais cinco jogos até a convocação para o profissional.

BOMBEIRO NO PROFISSIONAL
Filipe nem precisou pensar muito para assumir o time principal. A demissão de Tite foi anunciada por volta das 7h30. Antes disso, foi o tempo de Marcos Braz ligar para o ex-jogador e, em rápida conversa, definirem que ele se apresentaria ao módulo profissional naquela segunda-feira. O treinador foi claro: é impossível dizer não ao Flamengo.

A missão era salvar o ano. A estreia já era pela semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians. Filipe não decepcionou. Perdeu apenas uma partida, no clássico com o Fluminense. Resultado esse que rendeu a ele a pior noite de sono desde que deu os primeiros passos no futebol. Na final contra o Atlético-MG, colocou em campo um Flamengo soberano e que passou por tudo sem sustos para colocar o terceiro troféu em sua prateleira em menos de um ano.

FILIPISMO
O "Filipismo" deu esperanças renovadas ao Flamengo. Se gerou apreensão no começo pela falta de experiência, a mudança que levou para o dia a dia e para o modo de jogar do time empolgaram novamente o torcedor. Nem a eleição fez o treinador balançar.

As nove vitórias, cinco empates e uma derrota credenciaram Filipe Luís a fazer o torcedor sonhar. Se 2025 for um pouco parecido com o que 2024 foi, o Flamengo poderá voltar a ser protagonista em várias competições para soltar mais vezes o grito de campeão.

Fonte: Clique Aqui

Publicidade

Goleiro francês Mike Maignan reclama de cânticos racistas em vitória do Milan sobre o Verona

Imagem da notícia

O goleiro francês Mike Maignan, do Milan, foi alvo de insultos racistas por parte de torcedores do Hellas Verona, na sexta-feira, em Verona. Antes do fim da partida, válida pelo Campeonato Italiano e vencida pelos visitantes, por 1 a 0, o goleiro acionou o árbitro para reclamar da atitude dos torcedores adversários.

Quando o aviso de que o público se abstivesse dos cânticos ofensivos foi transmitido pelo sistema de som do estádio Marcantonio Bentegodi, houve vaias, de acordo com a imprensa italiana. O Milan expressou apoio ao atleta e publicou, no sábado, uma mensagem na plataforma X: "Chega de racismo". O Verona não se pronunciou.

Esta não é a primeira vez que o goleiro sofre com episódios de racismo em estádios. Em janeiro, também em jogo do Italiano, ele abandonou o campo por alguns instantes, seguido pelos companheiros, em Udine, após ser alvo de ofensas. Na ocasião, Maignan reclamou da "cumplicidade" das autoridades da partida por não tomarem providências.

Tampouco é o primeiro episódio ocorrido na casa do Hellas Verona. Nomes como Mario Ballotelli, então no Brescia, Victor Osimhen (Napoli) e Antoine Makoumbou (Cagliari) foram alvos de ofensas racistas no estádio Marcantonio Bentegodi.

Maignan chegou ao Milan em 2021, após se destacar com a camisa do Lille francês. O contrato do atleta vai até 2026, mas o clube já negocia o prolongamento do vínculo com o jogador de 29 anos, que também defende a seleção francesa.

O Hellas Verona soma apenas 15 pontos na tabela e pode encerrar a 17ª rodada do Campeonato Italiano na zona de rebaixamento. Já o Milan tem 26, na oitava colocação.

Fonte: Clique Aqui

Publicidade

Lula chega à metade de seu 3º mandato sem marca clara de governo

MARIANNA HOLANDA E RENATO MACHADO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) chega à metade de seu terceiro governo ainda sem uma marca clara, diferentemente do que ocorreu nos mandatos anteriores, com programas como o Bolsa Família, o PAC (Programa de Aceleração e Crescimento) e o Prouni (Programa Universidade para Todos).

Aliados e até ministros da atual gestão admitem nos bastidores que, das políticas públicas lançadas ou retomadas, ainda não há nenhuma que tenha se tornado a cara do governo.

Diante desse cenário, alguns fecham os olhos para eventuais problemas concretos nas medidas e recorrem ao discurso de culpar a comunicação.

A área vem sendo o principal foco de críticas internas nesses dois primeiros anos. Lula inclusive indica começar uma reforma ministerial com a troca do atual ministro da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), Paulo Pimenta.

Outros mencionam uma dificuldade mais estrutural do governo, citando em particular que as ações são pulverizadas nos 38 ministérios. Além da dificuldade de apontar uma verdadeira prioridade na prateleira de medidas, os recursos são escassos e não alcançam todas as propostas.

Auxiliares de Lula admitem que há também falha nas próprias ações e ideias propostas pelo governo.

O Voa Brasil, por exemplo, prometia tornar viagens de avião mais acessíveis a parte da população, mas não chegou nem perto do desempenho projetado inicialmente. O público-alvo foi tão restrito -só podem comprar as passagens de até R$ 200 aposentados do INSS que não tenham viajado nos últimos 12 meses- que a medida acabou sendo escanteada no rol de principais projetos do governo.

A promessa de elevar a isenção do Imposto de Renda a R$ 5.000 também é um exemplo. Ainda não saiu do papel e, mesmo assim, foi misturada pelo governo em novembro no anúncio do pacote de ajuste fiscal. Foi uma tentativa de amenizar possíveis efeitos negativos na popularidade, mas que só causou turbulência na economia.

Também na prateleira de propostas que foram anunciadas, mas tiveram dificuldade na execução ou nem sequer saíram do papel, está o leilão de arroz para baixar o preço do alimento. A iniciativa acabou anulada em junho após indícios de irregularidades e forte reação dos produtores nacionais.

No início do ano, o governo também apresentou a regulamentação de motoristas de aplicativo. O projeto de lei prevê a criação de uma nova categoria profissional e dá mais direitos trabalhistas, como remuneração mínima. Mas os motoristas se queixaram da medida, protocolada no Congresso mesmo diante dos alertas de integrantes do governo de que haveria repercussão negativa.

Auxiliares no Planalto dizem apostar em uma virada nos dois últimos anos da gestão. O próprio presidente disse, em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, no ultimo domingo (15), que o próximo ano será de "colheita".

"Fizemos o PAC, lançamos todos os programas que tinham que ser lançados. E tenho dito, nós já plantamos. Agora, 2025 é o ano da colheita. Compromisso de honra meu, as coisas vão acontecer."

As mais recentes pesquisas de opinião apontam um quadro de estabilidade na aprovação do governo, mas com trajetória negativa.

O mais recente levantamento do Datafolha, divulgado na terça-feira (17), mostrou que 35% dos entrevistados consideram o governo como ótimo ou bom, mas a avaliação negativa é, numericamente, a mais elevada neste mandato.

O governo Lula 3 teve início em janeiro de 2023 com o foco na reconstrução de políticas públicas, que haviam sido descontinuadas pelos antecessores. Essa dinâmica foi expressa no slogan "Brasil: união e reconstrução".

Foram relançados programas de grande destaque nos governos petistas anteriores (2003-2016), como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

A primeira grande aposta veio com o lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em agosto de 2023, num evento com pompa no Theatro Municipal do Rio. A estimativa é de R$ 1,8 trilhão em investimentos até 2030. Pesquisa Quaest divulgada na semana passada, no entanto, apontou que 48% da população não conhece o programa.

Mesmo dentro do governo há a crítica de que "tudo é Novo PAC". A Casa Civil, sob o comando de Rui Costa (PT), adotou o formato de um grande guarda-chuva, em que o programa abarca desde investimentos da Petrobras até obras de infraestrutura dos ministérios e programas sociais.

O PAC original, argumentam aliados, era mais focado, tinha obras impactantes e mais identificadas com cada região. Há ainda queixas de que, na ponta, parlamentares e políticos locais se apropriam das obras, sem dar créditos ao governo federal. Além disso, empreendimentos maiores levam tempo para serem inaugurados.

Outras iniciativas do governo também passam ao largo do conhecimento pela população, como o programa Acredita (crédito com taxas de juros diferenciadas para pequenos empreendedores) -desconhecido por 60%, segundo a Quaest.

Integrantes do primeiro e segundo escalão, quando questionados sobre

Publicidade

Filha anuncia gravidez, e Michael Schumacher será avô

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ex-piloto alemão Michael Schumacher será avô.

Sua filha, Gina-Maria, anunciou gravidez neste sábado (21). Ela compartilhou a novidade nas redes sociais junto de seu marido, Iam Bethke.

"Impacientemente aguardando a chegada de nossa pequena menina", escreveu. O nascimento está previsto para abril de 2025.

Será a primeira neta de Schumacher. O heptacampeão da F1 de 55 anos tem dois filhos, Gina e Mick, que também é piloto e não tem filhos.

Fonte: Clique Aqui

Publicidade

Carro que custa o equivalente a R$ 45 mil conquista nota máxima em segurança na Índia

Imagem da notícia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um autêntico carro popular conquistou nota máxima no teste de colisão promovido pelo Global NCAP (organização que avalia a segurança dos automóveis por meio de crash tests).

O modelo foi o sedã compacto Suzuki Dzire, que é produzido e vendido na Índia. O veículo é comercializado pelo equivalente a R$ 45 mil naquele mercado, concorrendo com o Citroën C3.

O carro marca a evolução da Maruti, que produz os carros indianos da marca japonesa. Em testes realizados há três anos, outros veículos da montadora receberam nota mínima ou apenas uma estrela de cinco possíveis na mesma avaliação.

O Dzire é equipado com controles de tração e de estabilidade, seis airbags e assistente de partida em rampa desde a versão mais simples.

Seu motor 1.2 a gasolina tem 81 cv de potência, sendo equivalente às opções 1.0 flex disponíveis no Brasil. Não é muito, mas o baixo peso (920 quilos na opção de entrada) deve colaborar para um bom desempenho.

Há quatro versões disponíveis na Índia, e a mais cara custa o equivalente a R$ 69 mil. Essa opção vem com teto solar elétrico, faróis com LEDs, saída traseira do ar-condicionado e rodas de 15 polegadas.

Embora tenha carroceria sedã, o tamanho do Dzire é equivalente ao de um hatch compacto nacional. O modelo indiano tem 3,99 m de comprimento, mesma medida do Fiat Argo. O porta-malas do Suzuki comporta 382 litros de bagagens.

Com base nos valores cobrados por modelos disponíveis tanto no Brasil como na Índia, é possível calcular que, caso fosse comercializado no mercado nacional, o Suzuki Dzire custaria aproximadamente R$ 75 mil. Seu motor seria 1.0 flex, para se encaixar em uma faixa menor de tributação.

O Citroën C3, por exemplo, é anunciado por R$ 77.590, mas comercializado por a partir de R$ 70.590. O modelo, que é equipado com airbags frontais e controle e estabilidade, recebeu nota zero no crash test promovido pelo Latin NCAP em 2023.

Fonte: Clique Aqui

Publicidade

Repasse do dólar aos preços está maior que o normal e eleva preocupação com inflação

Se um dólar ao redor de R$ 6 por si só já é motivo de preocupação com a inflação, o momento atual exige ainda mais cuidado, porque o repasse da desvalorização da moeda brasileira para os preços ao consumidor está ainda mais forte. O chamado pass through maior decorre da atual dinâmica da economia brasileira, que opera acima da capacidade. Incertezas com os rumos da política fiscal e a própria trajetória prospectiva da inflação adicionam mais cautela ao cenário, turbinando o efeito da moeda nos itens vendidos ao consumidor.

O repasse do câmbio, aliás, foi mencionado pelo Banco Central na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro, que elevou a Selic para 12,25% ao ano e indicou mais dois aumentos de 1 ponto porcentual. No texto, o colegiado citou que o repasse "aumenta quando a demanda está mais forte, as expectativas estão desancoradas ou o movimento cambial é considerado mais persistente".

"A economia parece ter vários desequilíbrios atualmente, com destaque para uma demanda que está esticada em relação à oferta", reforça o economista da consultoria Quantitas João Fernandes. "Começa-se a antecipar que haverá efeitos inflacionários, mas ninguém sabe ao certo o tamanho deles. Com um ambiente de dólar alto, as pessoas [formadores de preço] pensam: 'eu não sei quanto mais esse dólar vai subir, mas isso vai virar custo para mim, então é melhor eu repassar essa desvalorização cambial logo'", detalha.

Ele trabalha hoje, em seus modelos de projeção de inflação, com um pass through do câmbio entre 8% e 10%, isto é, uma desvalorização do câmbio de 10% pode levar, no limite, a um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de quatro trimestres à frente 1,0 ponto porcentual mais alto. "Até mais ou menos 2021, esse repasse era mais baixo, entre 6% e 7%", aponta.

Fernandes ressalta, contudo, que há gradações diferentes desse repasse, a depender do tipo de item, já que nos alimentos (14%) e bens industriais (8%) a tendência do repasse é muito mais forte do que nos serviços (2%).

O economista da Terra Investimentos Homero Guizzo tem uma análise semelhante, já que, segundo ele, em momentos em que a economia opera muito próxima ou acima de sua capacidade, como o atual, é natural que a desvalorização do câmbio seja repassada com mais rapidez e força aos preços ao consumidor. "Se o hiato do produto efetivo estivesse um pouco acima, e não expressivamente acima, a depreciação seria absorvida nas cadeias de distribuição mais facilmente", afirma Guizzo.

Ele calcula que o pass through da desvalorização cambial costumava ficar em torno de 4%, mas, no ambiente atual está em 8%. Ou seja, a cada 10% de desvalorização da moeda, o headline do IPCA aumenta 0,8 ponto porcentual, estimativa próxima a da Quantitas.

Já a estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Ângelo, atenta não só para a intensidade desse repasse, mas para sua velocidade, que também está maior.

Ela conta que um estudo feito pela Warren apontou que a defasagem de movimentos de desvalorização cambial para os preços ao consumidor, que no período pré-pandemia durava até quatro trimestres, hoje tem ocorrido praticamente dentro de apenas um trimestre, ao menos numa cesta específica de itens, que tem correlação mais forte com a cotação do dólar. A cesta inclui principalmente bens como móveis, eletroeletrônicos e itens de higiene pessoal e limpeza.

"Entendemos que esse momento de repasse maior e mais rápido pode ter a ver com essas variáveis, como economia sobreaquecida e as expectativas de inflação mais elevadas", comenta Ângelo.

Ela destaca ainda que os preços atualmente têm refletido o movimento do dólar entre julho e outubro, de cerca de R$ 5,55 para a casa de R$ 5,80. A desvalorização mais recente do câmbio, de R$ 5,80 para R$ 6, portanto, só deve ser sentida a partir dos meses iniciais de 2025, afirma. A Warren projeta IPCA de 4,9% em 2024 e 5,15% ao final do ano que vem.

A análise é corroborada por Fernandes, da Quantitas: "o grosso do efeito da última desvalorização vai pegar na inflação ao longo de 2025, com bens e alimentos sendo os vilões. Os serviços já estavam altos e vão continuar altos", diz o economista. Ele trabalha com um cenário em que o IPCA sai de 4,8% no fim de 2024 e vai a 5,5% no encerramento de 2025. "Esse 0,7 pp a mais majoritariamente reflete alimentos e bens, que é aquilo que está sendo muito influenciado pelo câmbio", emenda.

Fonte: Clique Aqui

Publicidade

PF prende radialista que quebrou tornozeleira eletrônica e xingou Moraes

Imagem da notícia

A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira, 20, o radialista Roque Saldanha, em Colatina, interior do Espírito Santo. Ele tinha um mandado de prisão em aberto por violar mais de 50 vezes medidas cautelares sofridas no âmbito do processo que aponta participação dele na incitação atos golpistas de 8 de Janeiro.

O radialista entrou em evidência no mês passado depois de gravar um vídeo retirando a tornozeleira eletrônica, o que não podia fazer, e xingando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). "O senhor (Moraes) pega essa tornozeira, abre seu c* e enfia dentro", diz, na gravação.

O mandado de prisão contra Roque Saldanha foi expedido em 25 de novembro. O vídeo foi gravado no dia seguinte. Ele já havia sido preso em 2023, como um dos alvos da Operação Lesa Pátria.

Ele foi solto, mas precisava cumprir regras para monitoramento eletrônico. A nova ordem de prisão salientava que o radialista violou o monitoramento mais de 50 vezes somente este ano e foi alertado de que sua prisão preventiva poderia ser decretada caso os descumprimentos continuassem.

Na gravação que disseminou nas redes sociais, Roque Saldanha se apresentou como de "extrema-direita" e da "bancada da bala". O radialista afirmou que tirou o dispositivo do tornozelo porque não estava aguentando e sua perna estava "fervendo", "cozinhando".

"E o senhor com essa palhaçada de mandar mandado de prisão pra mim, rapaz. Tu deveria criar vergonha na cara e aprender a virar homem. Eu não vivo sem trabalhar, sem comer não, tenho compromissos", disse, no vídeo, em referência a Moraes.

Em nota à imprensa, a defesa de Roque Saldanha disse considerar "lamentável testemunhar uma pessoa ter seu direito ao trabalho cerceado" e que o período ao qual ele foi submetido ao monitoramento constante era inadequado.

"Esse uso prolongado configura um claro excesso de prazo. Além disso, a tornozeleira tem causado queimaduras e ferimentos em sua perna, o que caracteriza uma forma de tortura. Submeter alguém a esse tipo de sofrimento pode levá-lo a atitudes extremas", frisou.

Fonte: Clique Aqui

Publicidade

Neymar chega ao Brasil para participar de torneio de pôquer de parceiro

Neymar Jr

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O atacante Neymar Jr está no Brasil neste sábado (21) para participar em São Paulo de um evento exclusivo de pôquer que leva seu nome.

Neymar veio diretamente da Arábia Saudita para prestigiar o BSOP One Neymar Jr Edition, realizado em conjunto com o PokerStars. O evento encerra a temporada de 2024 do BSOP (Brazilian Series of Poker), que é responsável por organizar o maior torneio da modalidade tanto da América Latina quanto do Hemisfério Sul.

Ele é a grande atração da cerimônia exclusiva, que também conta com famosos e amigos pessoais do craque do Al-Hilal, e já está na mesa jogando. Trajado de terno e camisa na cor verde-oliva, ele divide o ambiente com Leo Picon, Caio Castro, Nobru, Igão e Mítico, além dos atletas Marcos Leonardo e Nenê, entre outras personalidades. O grupo Jeito Moleque e o cantor Gabriel Smaniotto serão as atrações da festa.

Neymar é entusiasta declarado de pôquer e parceiro do Pokerstars há anos. Ele também desempenha o papel de Embaixador Cultural da empresa e costuma participar com frequências de campeonatos da modalidade.

O torneio comemorativo tem inscrições no valor de R$ 10 mil e R$ 25 mil e ocorre em duas noites neste final de semana. Trata-se de um evento de gala, com comida e bebida à vontade, que está sendo transmitido pelo canal oficial do BSOP no YouTube.

Fonte: Clique Aqui

Publicidade