Violência doméstica atinge 21,4 milhões de mulheres no Brasil


Uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que 21,4 milhões de mulheres com mais de 16 anos no Brasil disseram ter sido vítimas de violência em algum momento nos últimos 12 meses.

Esse número representa 37,4% do total, marcando o maior índice na série histórica do levantamento “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil”, realizado desde 2017. A pesquisa revela que 91,8% dessas agressões ocorreram na presença de terceiros.

Entre os principais tipos de violência relatados estão ofensas verbais, agressões físicas, ameaças de agressão, stalking e abuso sexual. Pela 1ª vez, a pesquisa abordou a questão da divulgação não consentida de fotos ou vídeos íntimos na internet, afetando 3,9% das respondentes.

A pesquisa ressaltou a necessidade de políticas públicas mais eficazes para combater a violência contra a mulher, segundo a diretora-executiva. As iniciativas atuais são vistas como insuficientes, apesar dos esforços de alguns governos e da exposição de casos de grande repercussão nacional.

A pesquisa também destaca os impactos da violência doméstica e familiar nas crianças que testemunham esses atos, podendo perpetuar ciclos de violência entre gerações.

O Datafolha ouviu 1.040 mulheres a partir de 16 anos de 10 a 14 de fevereiro de 2025. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais.

Publicidade

TRE: 56.807 títulos podem ser cancelados no Rio Grande do Norte

No Rio Grande do Norte, 56.807 eleitores deixaram de votar e não justificaram a sua ausência às urnas nas últimas três eleições (sendo contado cada turno de votação). A zona eleitoral com o maior número de eleitores passíveis de ter o título cancelado é 69ª ZE, em Natal, com 4.860 títulos sujeitos ao cancelamento.

Caso esses eleitores não regularizem a sua situação eleitoral até o dia 19 de maio, terão a sua inscrição junto à Justiça Eleitoral cancelada, ou seja, ficarão sem o título eleitoral e como consequência ficarão impedidas de vários direitos civis como a emissão de passaporte, receber alguns benefícios sociais do governo federal, se matricular em universidades públicas, tomar posse em cargos públicos, além de não poderem votar nas próximas eleições.

A regra não se aplica aos menores de 18 anos, maiores de 70 anos, pessoas analfabetas ou pessoas com deficiência que comprovem dificuldade extrema para votar.

Como consultar e regularizar a situação?

Para consultar e, se necessário, regularizar a situação eleitoral, a pessoa pode acessar o Autoatendimento Eleitoral, no site do TRE-RN, ou o aplicativo e-Título, ou ainda comparecer a qualquer cartório eleitoral do RN, no horário de 8h às 14h na capital (Natal) e de 8h às 13h em todas as zonas eleitorais do interior do estado, de segunda a sexta-feira, apresentando obrigatoriamente um documento oficial com foto e, caso tenha, o título eleitoral ou e-Título, comprovantes de votação ou de justificativas eleitorais e, se for o caso, comprovante de pagamento de multa ou de dispensa de recolhimento.

Os endereços e os telefones de contato dos cartórios eleitorais também estão disponíveis no site oficial do TRE-RN.

Passo a Passo no Autoatendimento Eleitoral

  1. Autoatendimento Eleitoral
  2. Título Eleitoral
  3. Consultar Situação Eleitoral

Publicidade

Reunião entre professores do RN e Governo termina sem proposta; greve continua

A greve da rede estadual dos professores do Rio Grande do Norte, que começou no dia 25 de fevereiro, contou com mais um ato público nesta terça-feira (11). Em frente à Governadoria, no Centro Administrativo do Estado, grevistas se reuniram movimentando o bairro Lagoa nova, na Zona Sul da capital. A pressão da categoria resultou em uma audiência entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) e o Secretário-Adjunto do Gabinete Civil, Ivanilson de Souza Maia, mas não houve nova proposta.

Ivanilson de Souza informou ao sindicato que aguarda uma possível reunião entre a Governadora Fátima Bezerra, que se encontra em Brasília, e o Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é quem vai julgar a Reclamação Constitucional feita pelo Sindicato.

A principal reivindicação da categoria, que já entra na terceira semana sem avanço nas negociações, é o pagamento integral do reajuste de 6,27% do Piso Salarial Nacional do Magistério para ativos e aposentados.

A próxima assembleia está marcada para o dia 17 de março, além de outras ações realizadas pelo Sinte-RN. Nos dias 12 e 13, professores farão visitas às escolas para dialogar com a comunidade. No dia 14, estão marcadas reuniões com professores temporários. O sindicato também promove um levantamento do quadro de greve nas escolas. Já no dia 19 de março, uma caravana será enviada para acompanhar a visita do presidente Lula a Jucurutu.

Publicidade

Proposta Argentina para Mercosul busca minar bases do bloco

Imagem da notícia

BUENOS AIRES, ARGENTINA E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Sem apoio dos parceiros, a Argentina apresentou nova proposta em reunião do Mercosul em Buenos Aires, nesta terça-feira (11), para que o bloco se flexibilize e permita acordos bilaterais de livre-comércio com outros países. O foco são os Estados Unidos.

A proposta já era aventada de forma reiterada pelo governo de Javier Milei, crítico do bloco, desde o início da gestão e se coloca em um momento adverso para Buenos Aires no Mercosul, com uma tríade de governos mais críticos à flexibilização (o Brasil de Lula, o Paraguai de Santiago Peña e o Uruguai do recém-empossado Yamandú Orsi).

Buenos Aires insistiu na abertura do Mercosul para permitir acordos isolados dos membros com países terceiros, mas não colocou na mesa uma proposta concreta de tratado comercial com Washington. Esta é a primeira reunião do bloco sob a presidência rotativa da Argentina governada pelo ultraliberal Milei.

Interlocutores dizem ver o tema como incipiente, mas não descartam que os EUA, palavra nem sequer mencionada nesta terça-feira, surjam nos próximos dias, quando a relação extrarregional do Mercosul estará em debate. Um dos vizinhos do Brasil afirma que os americanos vêm comunicando reservadamente que não há nenhum debate nos moldes de livre-comércio com os argentinos.

Minutos antes da reunião, o secretário de Relações Econômicas argentino, Luis María Kreckler, ex-cônsul em São Paulo, disse à reportagem e ao jornal La Nacion que o tema não estaria em jogo. "Cada país mostrará suas cartas, e vamos ver o que sai", afirmou.

A diplomacia argentina apresentou modelos diferentes para flexibilizar o bloco. Documento circulado em dezembro passado e acessado pela reportagem propõe que, se em ao menos duas reuniões do GMC (Grupo Mercado Comum), o Executivo do Mercosul, não houvesse consenso em fechar um novo acordo de livre-comércio com um país terceiro, as nações poderiam negociar de forma bilateral.

A mesma proposta diz que os acordos posteriormente estariam abertos para a adesão de mais Estados-partes que decidissem se somar. Depois, no entanto, a diplomacia de Milei propôs que nem sequer as duas reuniões seriam necessárias, de modo que um país possa negociar bilateralmente com o parceiro que queira.

É uma alternativa que, para um interlocutor brasileiro envolvido no debate, implode um princípio básico do Mercosul desde a sua criação, o do consenso. As decisões do bloco são tomadas dessa maneira.

O Protocolo de Ouro Preto, que complementou o Tratado de Assunção, fundador do Mercosul, e deu as bases institucionais do bloco, diz que "as decisões nos órgãos do Mercosul serão tomadas por consenso e com a presença de todos os Estados-parte".

Ainda para diplomatas brasileiros, há uma erosão do projeto de união aduaneira (que, entre outras coisas, supõe políticas comerciais externas alinhadas entre os membros do bloco) e de caminhar rumo a um projeto de mercado comum que são os pilares norteadores do Mercosul.

O dilema é que justamente o consenso, o pilar agora em jogo, está distante das ações argentinas. Nenhum outro Estado-membro do Mercosul apoia a flexibilização nos moldes argentinos, um fator que poderia não trazer benefícios para os menores países do bloco.

Durante os anos de Luis Lacalle Pou, da centro-direita, na Presidência do Uruguai, o país pleiteou a mesma flexibilização que agora Milei almeja. No caso de Montevidéu, a ideia era forjar um acordo bilateral com a China. Mas os ventos mudaram no Uruguai com a posse do esquerdista Yamandú Orsi, próximo a Lula. A expectativa do Itamaraty é que o uruguaio recue da ideia de negociar individualmente e se alinhe à posição encabeçada pelo Brasil, de apenas fazer tratativas em bloco.

Está pouco claro o real interesse do governo de Trump em pleitear um acordo nos moldes de livre-comércio com a Argentina. Ainda que ele já tenha dito, indagado há poucos dias, que "considera qualquer coisa" com o governo de Milei, seu enviado para a América Latina, Mauricio Claver-Carone, deu mensagem contrária à rede CNN há uma semana.

Afirmou que os EUA "não estão buscando novos tratados de livre-comércio". "O que queremos são tratados justos e equitativos, e neste sentido gostaríamos de trabalhar com a Argentina."

Se insistir na proposta, a única alternativa argentina seria abandonar o Mercosul. É algo que Milei já ventilou, mas que parceiros do bloco veem como uma decisão de altíssimo custo político, em especial agora, que o bloco finalizou o acordo de livre-comércio com a União Europeia.

Se saísse do bloco, Milei perderia todos esses arranjos comerciais e teria que tentar negociar bilateralmente o que já existe no Mercosul, como acordos com vizinhos como o Chile.

Também não está claro qual caminho o presidente teria de seguir. Ou seja, se a decisão poderia partir do Executivo ou se teria de passar pelo Legislativo, onde, hoje, a Casa Rosada não tem maioria. Neste segundo cenário, tudo seria ainda mais complicado.

Mas Milei tem recorrido a

Publicidade

STF marca julgamento de Carla Zambelli por porte ilegal de arma

Imagem da notícia

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 21 de março o início do julgamento virtual que pode condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

Em agosto de 2023, Zambelli virou ré no Supremo pelo episódio em que ela sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição começou após Zambelli e Luan trocarem provocações durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.

O julgamento será realizado pelo plenário virtual da Corte, modalidade na qual os 11 ministros inserem os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. A sessão virtual está prevista para ser encerrada no dia 28 deste mês.

O processo foi liberado hoje para julgamento pelo relator, ministro Gilmar Mendes. A revisora da ação penal é a ministra Cármen Lúcia.

A Agência Brasil entrou em contato com a defesa de Carla Zambelli e aguarda retorno.

Fonte: Clique Aqui

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade