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Julgamento sobre porte de drogas no Brasil é marcado para 6 de março

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, marcou para a próxima quarta-feira (6) a retomada do julgamento sobre a possível descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal no Brasil.

Desde 2015, o processo sobre o tema já foi diversas vezes a plenário, sendo alvo de sucessivos pedidos de vista (mais tempo de análise). Até o momento, o placar está em 5 votos a 1 em favor da descriminalização apenas do porte de maconha.

Os ministros também discutem se estabelecem um critério objetivo, uma quantidade específica de maconha, para diferenciar o usuário do traficante de drogas. Pelos votos proferidos até o momento, esse montante pode ficar entre 25g a 60g.

A maioria, até agora, se mostrou favorável também à liberação do cultivo de até seis plantas fêmeas de Cannabis.

O caso volta a plenário após terminar o prazo regimental de 90 dias da vista pedida pelo ministro André Mendonça, que deverá ser o próximo a votar.

Na retomada anterior do caso, em agosto do ano passado, o ministro Cristiano Zanin, então recém-empossado, votou contra a descriminalização do porte de maconha, sendo o primeiro voto divergente nesse sentido.

Zanin opinou para que o porte e uso pessoal continue a ser crime, admitindo somente que o Supremo estabeleça um limite para diferenciar uso de tráfico.

Na mesma ocasião, a ministra Rosa Weber, hoje aposentada, votou a favor da descriminalização do porte de maconha. O ministro Gilmar Mendes também ajustou seu voto, que antes liberava o porte de qualquer droga, para abranger somente a cannabis.

Por ter substituído Weber, o recém-empossado ministro Flávio Dino não vota no caso.

Entenda o julgamento Julgamento sobre porte de drogas no Brasil

O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006). O dispositivo cria a figura do usuário, diferenciado do traficante, que é alvo de penas mais brandas.

A norma prevê prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

Dessa maneira, a lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial, denúncias e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.

No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime. O acusado foi detido com 3g de maconha.

O recurso sobre o assunto possui repercussão geral. Isso significa que ao final os ministros devem estabelecer uma tese jurídica que deverá ser seguida pelas demais instâncias da Justiça.

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60% dos brasileiros acham que Lula exagerou ao comparar ação de Israel em Gaza ao Holocausto, diz pesquisa Quaest

Para 60% da população, o presidente Lula (PT) exagerou ao comparar ação de Israel em Gaza ao que Hitler fez na Segunda Guerra, diz a pesquisa da Quaest/Genial. O levantamento foi realizado com 2 mil pessoas, entre 25 e 27 de fevereiro.

Entre os entrevistados, 28% acham que ele não exagerou e 11% não souberam ou não responderam.

Lula fez a declaração durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, quando participou da 37ª Cúpula da União Africana. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse.

Á época, em resposta, Israel convocou o embaixador brasileiro para reprimenda e declarou Lula persona non-grata no país.

O termo “persona non grata” (alguém que não é bem-vindo, em tradução livre) é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo.

A pesquisa Quaest mostrou que a maioria não concorda que Israel exagerou ao declarar o presidente brasileiro como “persona non-grata”:

  • 41% acham que a medida de Israel foi exagerada;
  • 48% acham que não houve exagero;
  • 11% não sabem ou não responderam.

Reação de Israel não é exagerada

De acordo com a pesquisa, para 50% dos entrevistados, a reação armada de Israel desde o início da guerra, em 7 de outubro, não foi exagerada. 36%, por sua vez, concordam que foi um exagero.

Os dados mostram também que a imagem de Israel piorou entre os brasileiros. Em outubro de 2023, 52% tinham opinião favorável sobre o país; hoje, são 39%. Uma queda de 13 pontos percentuais.

Essa mudança de opinião aconteceu principalmente entre os eleitores de Lula. No começo da guerra, 37% tinham opinião desfavorável a Israel; atualmente, a taxa é de 56%.

Mais de 24 mil pessoas já morreram no conflito, que começou no início de outubro de 2023, depois que o grupo terrorista Hamas realizou um ataque sem precedentes no sul de Israel, que causou a morte de 1.404 pessoas.

Durante o ataque, cerca de 250 pessoas foram sequestradas e levadas para Gaza. Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas.

Veja todas as perguntas da pesquisa:

Lula exagerou ao comparar o que acontece em Gaza ao que Hitler fez na Segunda Guerra?

  • Exagerou: 60%;
  • Não exagerou: 28%;
  • Não soube não respondeu: 11%.

Israel exagerou ao considerar Lula persona non-grata?

  • Exagerou: 41%;
  • Não exagerou: 48%;
  • Não soube ou não respondeu: 11%.

Concorda ou discorda que Israel está exagerando na reação ao Hamas?

  • Concorda: 36%
  • Discorda:50%
  • Não soube ou não respondeu: 15%

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Confira o ranking da renda per capita nos estados, segundo IBGE

A renda domiciliar per capita do Brasil registrou um aumento para R$ 1.893 em 2023. Isso representa um crescimento de 16,7% em relação ao ano anterior, quando o valor era de R$ 1.625. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (28) esses dados, provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

Este indicador, que mede a divisão dos rendimentos domiciliares nominais pelo número total de moradores, inclui fontes de renda como trabalho, aposentadorias, auxílios governamentais e rendas de aluguéis. O Fundo de Participação dos Estados (FPE) utiliza essas estimativas para distribuição de recursos, conforme a Lei Complementar nº 143 de 2013.

No ranking de renda per capita por estado, o Distrito Federal se destaca com o maior valor, R$ 3.357 mensais, mantendo a liderança pelo segundo ano consecutivo. Em contrapartida, o Maranhão apresenta a menor renda per capita, com R$ 945.

A distribuição da renda per capita revela um contraste entre as regiões do Brasil. Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentam os maiores rendimentos. Já os estados do Norte e Nordeste registram os menores valores, evidenciando a persistência das desigualdades regionais.

Renda per capita por estado, do menor para o maior valor:

  1. Maranhão: R$ 945
  2. Acre: R$ 1.095
  3. Alagoas: R$ 1.110
  4. Pernambuco: R$ 1.113
  5. Bahia: R$ 1.139
  6. Ceará: R$ 1.166
  7. Amazonas: R$ 1.172
  8. Sergipe: R$ 1.218
  9. Pará: R$ 1.282
  10. Paraíba: R$ 1.320
  11. Piauí: R$ 1.342
  12. Rio Grande do Norte: R$ 1.373
  13. Roraima: R$ 1.425
  14. Amapá: R$ 1.520
  15. Rondônia: R$ 1.527
  16. Tocantins: R$ 1.581
  17. Espírito Santo: R$ 1.915
  18. Minas Gerais: R$ 1.918
  19. Mato Grosso: R$ 1.991
  20. Goiás: R$ 2.017
  21. Mato Grosso do Sul: R$ 2.030
  22. Paraná: R$ 2.115
  23. Santa Catarina: R$ 2.269
  24. Rio Grande do Sul: R$ 2.304
  25. Rio de Janeiro: R$ 2.367
  26. São Paulo: R$ 2.492
  27. Distrito Federal: R$ 3.357

A análise dos dados de 2023 mostra não apenas um aumento geral do rendimento domiciliar per capita no Brasil, mas também destaca a continuidade das desigualdades entre os estados. Enquanto o Distrito Federal se consolida na liderança, estados do Nordeste e Norte ocupam as posições inferiores do ranking.

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