Após o fechamento dos portões devido à lotação máxima do espaço, uma multidão rompeu a barreira de segurança e invadiu o Parque do Povo na noite deste sábado (08/06), no São João de Campina Grande/PB.
Negligência, falta de prevenção e conscientização são fatores que inflamam ainda mais as estatísticas relativas aos acidentes com queimaduras no Brasil. Estima-se que ocorram cerca de um milhão desses incidentes por ano, resultando em uma média de 100 mil atendimentos hospitalares, 17 mil internações, e 2.500 mortes devido as lesões. A maior parte dos acidentes acontecem dentro de casa, fato que torna urgente iniciativas que informem as causas e os procedimentos a serem tomados. Os fogos das festas de junho também acendem o alerta.
O fato de 70% dos casos de queimaduras acontecerem em ambiente caseiro, torna óbvio que os maiores cuidados devam ser direcionados a esse alvo. O cirurgião Marco Almeida, membro da Sociedade Brasileira de Queimaduras/RN, também coordena o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Walfredo Gurgel, e lida de perto com as consequencias da falta de medidas preventivas em relação às ocorrências de queimaduras.
O cirurgião é um dos integrantes locais da campanha Junho Laranja, que busca combater e prevenir acidentes com queimaduras. A maioria dos casos que dão entrada no CTQ são de queimaduras por líquidos superaquecidos, fogo ou eletricidade. “A atenção dos cuidados deve ser focada dentro de casa, principalmente para crianças e idosos. Devemos sempre isolar a cozinha do resto da casa em relação às crianças, pondo algum tipo de barreira física para elas”, diz.
Saber como agir dentro de casa é essencial para evitar que a situação piore, ressalta o especialista. Se ocorre uma queimadura, o procedimento é basicamente lavar com água, cobrir com um pano limpo e ir ao médico. Marco Almeida ressalta que as crenças antigas sobre cuidados com queimaduras devem ser esquecidas. “Não se deve passar nada. Seja clara de ovo, casca de banana, borra de café, creme dental, nada disso”, diz.
Segundo o cirurgião, substâncias estranhas podem aprofundar a queimadura, dificultar a primeira avaliação por parte do médico, além de causar muita dor na hora da retirada. “Por exemplo, passar uma pasta de dente na queimadura causa muito mais dor ao paciente. Só basta lavar com bastante água corrente para aliviar a dor e tirar algum resíduo que esteja aderido à pele. Envolver o ferimento em um pano limpo e se dirigir o mais rápido possível a uma avaliação médica”, diz.
A depender do grau da queimadura, os primeiros socorros podem ser realizados em qualquer Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima. “E se houver necessidade, o médico vai regular a transferência para o Walfredo Gurgel. Após a queimadura, não se pode esperar dois ou quatro dias, como acontece muito na prática, infelizmente, porque as queimaduras se aprofundam, infectam, e isso piora muito o quadro. Não pode ficar esperando para ver no que vai dar”, avisa.
As queimaduras por eletricidade correspondem a 50% dos casos de morte nesse tipo de acidente. “Temos visto muita criança com queimaduras de terceiro grau com sérias sequelas, principalmente nas mãos. Por isso precisa de tantos cuidados em relação às tomadas, usar protetores e, se não tiver um protetor, colocar um esparadrapo, um móvel na frente, etc. Mas tem que deixar inacessível para os pequenos”, explica.
Os cuidados em relação às queimaduras químicas também passam por cuidados básicos. Para a crianças, o procedimento é manter produtos como soda cáustica e desinfetantes em prateleiras altas, e também barrar o livre acesso delas a fósforos e isqueiros. Marco Almeida destaca como uma grande vitória preventiva a proibição da venda de álcool líquido 70% nos supermercados e farmácias desde 30 de abril de 2024.
“Foi uma medida muito importante. Quando esse tipo de álcool foi liberado durante a pandemia da covid-19, o número de queimaduras dispararam e também a mortalidade por acidentes com álcool”, diz. Os acidentes aumentam muito quando se passa a cozinhar com líquidos inflamáveis. “Infelizmente, quando o preço do gás de cozinha sobe, muita gente passa a cozinhar com álcool, inclusive o combustível, que é uma coisa proibida”, lamenta.
As festas juninas, com suas fogueiras e bombinhas, inspiram atenção extra. O tenente Christiano Couceiro, chefe do Centro de Treinamento do Corpo de Bombeiros, aconselha que as fogueiras devem ser pequenas e acesas longe de matas, depósitos de papel ou produtos inflamáveis; observar o manuseio dos fogos, jamais apontar para alguém, por mais inofensivo que pareça; e na hora de comprar, ser cuidadoso com a procedência do material.
Cicatrizes
Há quatro anos Kaline Araújo lida com as marcas de um acidente inflamável. Era 2020, domingo dos pais, quando ela recebeu as chamas de um fogareiro (rechaud) mal manipulado por outra pessoa. “Assim que tirei minha filha do caminho, recebi todo o fogo. Ainda tive a iniciativa de ir ao banheiro, molhar o corpo e ir dirigindo eu mesma até o Walfredo”, conta. Ela teve 56% do corpo queimado com lesões de 3º grau.
A recuperação é dolorosa, lenta, e cara. Do acidente até hoje, Kaline já fez 50 cirurgias – e segue fazendo. Entre os cuidados cotidianos, estão o uso de protetor solar constante (até dentro de casa), roupas segunda pele, maquiagens específicas, sombrinha na rua, e uma dieta rica em proteínas, mas repleta de restrições. “É difícil retornar à vida normal. Tive uma depressão grande no começo, pois isso abala muito o psicológico e a autoestima”, conta ela, que já foi modelo, e trabalhou como recepcionista de clínica. Atualmente, está afastada do trabalho.
Jogando fora de casa, o ABC empatou por 1 a 1 contra o Figueirense/SC no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
Jefinho marcou o gol da equipe catarinense aos 41 minutos do primeiro tempo após cruzamento de Samuel.
O alvinegro teve um gol anulado aos 48 do segundo tempo e foi motivo de reclamação.
Mas aos 50 minutos, Wallysson aproveitou uma falha da zaga e marcou o gol do empate do ABC.
Com o resultado, o ABC sobe uma posição e alcança a 10ª colocação com 9 pontos.
O próximo jogo do ABC será na segunda-feira (17), às 20h, contra o Volta Redonda, no estádio Frasqueirão.
Com gol de Souza aos 36 minutos do segundo tempo, o América derrotou o Iguatu por 1 a 0 jogando na Casa de Apostas Arena das Dunas neste sábado, em jogo válido pela sétima rodada da Série D.
Com o resultado deste sábado no confronto direto da tabela, o América segue no G4 do grupo com 12 pontos.
O jogo foi marcado por alguns momentos de perigo dos dois lados, inclusive com o Iguatu acertando o travessão aos 47 minutos do segundo tempo.
O próximo jogo do América será na quarta-feira (12), às 19h, contra o Iguatu novamente. Dessa vez, o jogo será no Estádio João Elmo Moreno Cavalcante, no interior cearense.
Um estudo brasileiro apontou a combinação de imunoterapia e quimioterapia como uma nova possibilidade de tratamento para o câncer de pênis avançado. Segundo a pesquisa, pioneira na área, o método se mostrou eficaz e seguro, garantindo a redução do tumor em 75% dos pacientes, dos quais 39,4% deles apresentaram diminuição significativa.
O ensaio clínico foi conduzido pelo oncologista Fernando Maluf e apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2024), o maior congresso de oncologia do mundo, que aconteceu em Chicago entre os dias 31 de maio e 4 de junho. Agora, o estudo deve ser submetido à publicação.
“Esse estudo tem a capacidade de representar um novo tratamento padrão para o mundo inteiro em pacientes com câncer de pênis avançado”, afirma Maluf. Segundo o oncologista, o tratamento pode representar uma alternativa para redução dos casos de amputação peniana, medida que foi empregada no tratamento de três em cada 10 pacientes com câncer de pênis nos últimos dez anos.
Embora nem sempre seja necessário, o procedimento é indicado justamente em estágios mais avançados da doença. “Eventualmente, caso tivesse uma resposta importantíssima [com o tratamento], sim, [o paciente] poderia ser tratado com uma cirurgia mais conservadora”, explica.
Entenda o estudo
O ensaio clínico foi realizado pelo Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) em parceria com oncologistas brasileiros e teve início em 2020. No total, participaram 33 pacientes com câncer de pênis em estágio avançado. Eles receberam seis aplicações de imunoterapia associadas à quimioterapia e, depois, passaram por mais 28 sessões apenas de imunoterapia.
Em geral, esse tipo de tratamento utiliza medicamentos para ativar o próprio sistema imunológico do paciente, a fim de que combata o câncer. Durante todo o estudo, os participantes foram acompanhados por meio de exames de imagem a cada seis semanas.
Ao final do ensaio clínico, 75% dos pacientes tiveram algum grau de redução do volume tumoral, sendo que 39,4% deles apresentaram diminuição significativa. Segundo Maluf, os resultados superaram as expectativas iniciais.
Além disso, os pesquisadores também identificaram dois marcadores nas amostras tumorais, o P16 e o TMB, ambos que sugerem melhor resposta ao tratamento. Cerca 55,6% dos pacientes com P16 positivo apresentaram redução do volume do tumor, enquanto o mesmo aconteceu com 75% daqueles que tinham o TMB alto.
Maluf também aponta que a toxicidade do tratamento foi bem aceita e que houve melhora na qualidade de vida dos pacientes durante a pesquisa. “O próximo passo seria um estudo de maior porte, comparando a combinação de imunoterapia e quimioterapia versus a quimioterapia sozinha”, conta o oncologista.
O câncer de pênis
Entre 2012 e 2022, o Brasil registrou mais de 21 mil diagnósticos de câncer de pênis, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). O primeiro sinal da doença é o aparecimento de uma ferida que não cicatriza, que pode vir acompanhada de secreção com forte odor, presença de nódulos na virilha e mudança na textura e coloração da pele da glande. Com o tempo, a ferida evolui para uma úlcera ou lesão grave.
Uma das principais causas é a falta de higienização adequada do órgão, que permite a proliferação de fungos e bactérias. Outro fator que pode desencadear o câncer de pênis é a infecção pelo vírus HPV (o papilomavírus humano), que é sexualmente transmissível e afeta cerca de 9 milhões de pessoas no Brasil.
Dessa forma, cuidados de higiene, uso de preservativos durante as relações sexuais e a vacinação contra o HPV são medidas simples que podem evitar o câncer de pênis.
A prática de limpeza deve ser realizada diariamente e após relações sexuais, com água e sabão neutro, puxando o prepúcio totalmente para trás. Para a população de 9 a 14 anos e imunossuprimidos até os 45 anos, o SUS oferece a vacina contra o HPV gratuitamente.
Além disso, o diagnóstico da doença ainda em estágio inicial aumenta a chance de cura do paciente, diminuindo também a agressividade do tratamento. Por isso, o autoexame é incentivado pelo Ministério da Saúde, que estimula a busca por atendimento em casos de alteração no pênis.
As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024, que se encerrariam nesta sexta-feira, 7, foram prorrogadas por uma semana e vão se estender até a próxima sexta-feira, dia 14. A medida foi anunciada nesta sexta-feira pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza a prova. O Enem deste ano será aplicado em 3 e 10 de novembro.
Outras datas que integram o cronograma do exame também foram ajustadas. As solicitações de atendimento especializado e tratamento por nome social também vão até 14 de junho. O pagamento da taxa de inscrição pode ser feito até 19 de junho.
“Com essa decisão, nós queremos ampliar ainda mais as oportunidades para que os jovens façam o Enem, que é a porta de entrada para a graduação. Estudantes do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil agora têm mais uma semana para se inscrever, pela Página do Participante. Quem está concluindo o ensino médio em escola pública não paga taxa de inscrição”, afirmou nesta sexta-feira o ministro da Educação, Camilo Santana. Atingido em maio por uma enchente que matou mais de 150 pessoas, o Rio Grande do Sul ainda enfrenta problemas que podem dificultar a inscrição no Enem.
Balanço
No Distrito Federal e em 12 Estados (Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), praticamente todos os concluintes do ensino médio na rede pública já se inscreveram no Enem, segundo o MEC. No Rio Grande do Sul, mais de 70% desses formandos estão inscritos.
Como se inscrever
Para fazer a inscrição é preciso acessar a Página do Participante (https://enem.inep.gov.br/participante/#!/) com o login único do Gov.br. Quem não lembra a senha da conta pode recuperá-la a partir das orientações da própria plataforma. A aprovação da isenção da taxa ou da justificativa de ausência na edição de 2023 não significa que a inscrição para o Enem 2024 foi realizada automaticamente. É necessário se inscrever no exame para participar.
Quem não é isento deve pagar a taxa de inscrição, que continua no valor de R$ 85. Ela pode ser paga por boleto (gerado na Página do Participante), Pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). Para pagar por Pix, basta acessar o QR code que consta no boleto.
O Enem
O exame avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término do ensino médio. Com mais de 20 anos de existência, o Enem se tornou a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).
Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitarem as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.