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Das 20 cidades mais violentas do Brasil, 16 estão no Nordeste

Um levantamento recente sobre violência urbana no Brasil trouxe um dado alarmante: das 20 cidades mais violentas do país, 16 estão localizadas na região Nordeste. O ranking é baseado na taxa de homicídios por 100 mil habitantes, refletindo um cenário crítico de segurança pública em boa parte do território nordestino.

O primeiro lugar do ranking é ocupado por Maranguape, no Ceará, com 79,9 homicídios por 100 mil habitantes. Em seguida, aparecem Jequié (BA) com 77,6, Juazeiro (BA) com 76,2 e Camaçari (BA) com 74,8, consolidando a Bahia como o estado com o maior número de municípios presentes no levantamento.


Além das cidades nordestinas, poucas exceções aparecem na lista, como Sorriso (MT), Marituba (PA), Teófilo Otoni (MG) e Santana (AP), compondo o restante do ranking.

A geografia da violência

O domínio do Nordeste nesse ranking aponta para desafios complexos relacionados à desigualdade social, presença do crime organizado, falta de investimento em políticas públicas de segurança e falhas históricas na gestão urbana.

Especialistas alertam que, apesar de alguns avanços pontuais em determinadas capitais, os municípios de médio porte têm se tornado epicentros da violência no Brasil — o que agrava ainda mais o quadro e dificulta ações coordenadas de prevenção.

Blog do BG 

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RN tem 15 cidades do interior com “alta vulnerabilidade” ao crime organizado

Situado na ponta do Brasil e sendo o local mais próximo da Europa, além de fazer divisa com um dos estados mais ricos do Nordeste, o Ceará, o Rio Grande do Norte se tornou peça -chave no fluxo de ações de organizações criminosas, nacionais e locais, para estabelecimento de territórios, tráfico de drogas, escoamento de cargas e movimentações financeiras milionárias. A TRIBUNA DO NORTE obteve com exclusividade um relatório que aponta 15 cidades do Estado como de “alta vulnerabilidade” pelas forças de segurança e relatórios de inteligência sendo ponto de partida para diversos crimes, alguns deles, com repercussão internacional.

Os municípios estão em diversas regiões do Estado, tanto na faixa litorânea quanto em cidades do interior, além de áreas portuárias e com rotas hidroviárias. O diagnóstico foi feito pela Secretaria de Segurança Pública e enviado para o Ministério da Justiça, que vai realizar uma ação de reforço e combate ao crime organizado. A operação ganhou o nome de Arco das Divisas. A ação já foi realizada pelo Ministério da Justiça em outros anos e com a participação do RN.

Segundo o secretário de Segurança do Estado, Coronel Francisco Araújo, Natal não entra na lista por ter maior presença de policiamento. “Em Natal está o maior efetivo ordinário e extraordinário do Estado. Com todas as unidades. Há um fortalecimento maior. Ela não é considerada vulnerável em relação às outras cidades. Nas outras há necessidade de suplementação”, explica.

Um dos municípios é Mossoró, segunda cidade mais populosa do RN, que é margeada pela BR-304 e é considerado ponto estratégico para tráfico de drogas e contrabando de mercadorias. Aliado a isso, o fato de ter a única Penitenciária Federal do Nordeste torna a cidade um ponto sensível para a criminalidade.

No Oeste do Estado, também é citada Pau dos Ferros como área crítica devido à presença de rotas clandestinas. Nessas duas cidades, a proximidade com o estado do Ceará também é vista como um ponto facilitador para as ações criminosas.

O relatório aponta ainda para as cidades de Areia Branca e Natal, que são regiões portuárias e passaram a ser utilizadas como posição estratégica para o tráfico internacional de drogas com destino à Europa. Entre 2018 e 2022, por exemplo, foram apreendidos 7,5 toneladas de cocaína no Porto de Natal, com valor de mercado podendo chegar a R$ 1,4 bilhão.

Já em relação ao interior do RN, cidades limítrofes com a Paraíba são citadas e destacadas pela inteligência potiguar. Caicó, Currais Novos, Nova Cruz, Jardim de Piranhas e João Dias estão entre as vulneráveis ao estabelecimento do crime organizado. Outro ponto que corrobora é o fato de que todas essas cidades estão “coladas” com cidades da Paraíba, como Várzea, Frei Martinho, Picuí, Tacima, Logradouro, Caiçara, Jacaraú, Catolé do Rocha e Brejo do Cruz. Neste último caso, João Dias foi palco de um assassinato de um candidato à prefeitura da cidade em agosto de 2024, que segundo a Polícia Civil, teve motivações políticas e possíveis ligações com o crime organizado.

A cidade de Jardim de Piranhas passa pelo mesmo cenário. Uma operação apontou que um grupo lavou mais de R$ 23 milhões oriundos do tráfico de drogas com compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até uso de igrejas. O esquema era comandado por dois irmãos que tinham importância estratégica no PCC.

Em Nova Cruz, cidade limítrofe com a Paraíba, a Polícia Civil desarticulou em novembro de 2024 uma quadrilha suspeita de milícia privada e grupo de extermínio. Em 2020, outra investigação já havia identificado milícia armada na cidade. Segundo as investigações, os suspeitos abordavam os cidadãos e exigiam pagamentos pelos “serviços”. Foi apurada também a existência de alguns inquéritos para investigação da prática do crime de homicídios nos quais os integrantes dessa milícia armada são apontados como supostos autores.

Chama a atenção ainda outras cidades pequenas, mas com importante atuação no crime organizado. É o caso de Rio do Fogo, com dificuldades relacionadas ao tráfico marítimo de drogas e contrabando de mercadorias, como combustíveis e produtos eletrônicos. Nesse sentido, Maxaranguape também é citada com dificuldades semelhantes, acrescentando ainda rodovias secundárias que conectam a região a outros municípios. Já Macau, por exemplo, é apontada como ponto de saída para tráfico marítimo e redistribuição de mercadorias ilícitas, incluindo combustíveis e produtos contrabandeados.

“Essas cidades são justamente as que há mais possibilidades e vulnerabilidades. São pontos estratégicos que foram apresentados ao MJ para serem empregados na operação. O planejamento é das forças de segurança pública, tanto da Polícia Civil quanto da PM. Tudo com estudo de inteligência, ocorrências, fatos”, explica o secretário de Segurança do Estado, Coronel Francisco Araújo.

Operação

Entre os objetivos da operação do Ministério da Justiça estão o estabelecimento de atuação coordenada e integrada nas divisas e fronteiras, com o intuito de promover esforços e presença estratégica do Estado em áreas vulneráveis, além de ações de enfrentamento aos crimes transfronteiriços, ampliando a capacidade operacional e aprimorando a articulação entre forças locais, regionais e nacionais.

“Essa operação é antiga e iniciou nos estados onde tínhamos fronteiras com outros países, como Mato Grosso do Sul, na Amazônia, por exemplo. Depois o MJ reajustou para que ela atingisse também os limites, as divisas. Nisso somos contemplados porque temos a divisa do RN com a Paraíba e com Ceará, além do Estado fazer fronteira com o Oceano Atlântico. Temos efetivo da PM e Polícia Civil empregado nessa operação, fazendo apreensão de armas, drogas, captura de fugitivos. O Governo está repactuando essa operação para fortalecê-la ainda mais”, explica o secretário de Segurança do RN, Coronel Francisco Araújo.

Para o primeiro quadrimestre de 2025, a Operação Arco de Divisas terá um investimento de R$ 791 mil para o pagamento de 2.364 diárias operacionais, sendo 60% para a Polícia Militar e 40% para a Polícia Civil do RN.

Em 2024, a Operação Protetor, que tinha o mesmo intuito, prendeu 104 pessoas por diversas ocorrências, entre eles tráfico de drogas, contrabando de cigarros, porte ilegal de arma de fogo, roubo, receptação, prisões por mandados, entre outras.

Ao todo, foram 54.000 maços de cigarro apreendidos gerando um prejuízo de R$ 1,6 milhão ao crime organizado; 31kg de drogas como maconha, cocaína, pasta base, crack, entre outras; 47 armas e 17 veículos apreendidos.

  • Veja as cidades mais vulneráveis ao crime
    Relatório produzido pelo Ministério da Justiça, com dados da Sesed, mostra a atuação do crime organizado em 15 municípios do interior do Estado. Veja abaixo de que forma as estradas e o litoral são utilizados pelos bandidos.


Mossoró: Ponto estratégico para o tráfico de drogas e contrabando de mercadorias. A cidade é usada como corredor logístico para transporte de drogas vindas de estados vizinhos e redistribuição de produtos contrabandeados para outras regiões do país e acesso ao Porto de Natal.

Pau dos Ferros: Área crítica devido à presença de rotas clandestinas que facilitam o tráfico de drogas e mercadorias contrabandeadas.

Nova Cruz: Ponto estratégico para o contrabando e descaminho de mercadorias ilícitas, utilizando rotas secundárias para evitar fiscalização.

Macau: É usada como ponto de saída para tráfico marítimo e redistribuição de mercadorias ilícitas, incluindo combustíveis e produtos contrabandeados.

Touros: Frequentemente utilizada como local de desembarque de mercadorias ilícitas e drogas. A presença de rotas secundárias facilita o transporte interno, ligando o litoral ao interior do estado.

Currais Novos: Apresenta rotas secundárias que facilitam o transporte de drogas e mercadorias ilícitas, sendo também uma área de atuação de organizações criminosas.

Caicó: É um ponto vulnerável para atividades ilícitas, incluindo tráfico de drogas e contrabando, devido à sua posição estratégica no interior do Estado.

Extremoz: É estratégica devido à proximidade com a capital e áreas industriais. O município tem sido usado como rota de apoio logístico para o tráfico de drogas e contrabando, com foco na redistribuição para mercados urbanos e costeiros.

Maxaranguape: Ponto de vulnerabilidade para o desembarque de mercadorias contrabandeadas e tráfico de drogas devido à dificuldade de fiscalização em áreas costeiras e rodovias secundárias que conectam a região a outros municípios.

Rio do Fogo: Tráfico marítimo de drogas e contrabando de mercadorias, como combustíveis e produtos eletrônicos. Áreas remotas e o acesso limitado às forças de segurança tornam-no um ponto crítico.

São Tomé: Enfrenta desafios associados ao tráfico de drogas e contrabando em rotas terrestres que conectam municípios do Seridó a outras regiões. A ausência de fiscalização intensiva nas estradas vicinais aumenta a vulnerabilidade.
Jardim de Piranhas: Frequentemente utilizado como rota para transporte de drogas e mercadorias contrabandeadas entre os estados vizinhos.

João Dias: Ponto vulnerável para o tráfico de drogas e armas. A presença de rotas clandestinas e estradas vicinais facilita o transporte de produtos ilícitos entre os estados.

Luís Gomes: Utilizado como corredor logístico para atividades ilícitas, incluindo tráfico de drogas e contrabando, aproveitando-se das rotas secundárias e da baixa fiscalização na região.

Areia Branca: Possui um porto estratégico usado como ponto de embarque e desembarque para atividades ilícitas, incluindo tráfico de drogas e mercadorias contrabandeadas.

Ícaro Carvalho
Repórter/Tribuna do Norte

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Mulher é encontrada morta em casa com hematomas e corte na cabeça em Extremoz; marido é suspeito do crime

Uma mulher de 27 anos de idade , identificada como Mikaelle Pereira da Silva, foi encontrada morta dentro de casa neste sábado (8) em Extremoz, na Grande Natal, com cortes e hematomas na cabeça. O marido dela é considerado pela polícia o suspeito de cometer o crime e fugiu.

De acordo com o irmão da vítima, que preferiu não se identificar, o filho do casal, de 6 anos de idade, estava em casa na hora do crime e viu a discussão que terminou na morte.

A Polícia Civil registrou o caso como feminicídio, que passa a ser investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

No local, a polícia não encontrou o objeto cortante que pode ter sido usado na cabeça da vítima. A suspeita é de que tenha sido utilizada uma faca.

Segundo o irmão de Mikaelle, o casal vivia um relacionamento conturbado – ela e o marido tinham oito anos de casado. O irmão contou que a vítima nunca denunciou o marido porque tinha medo de não conseguir se sustentar financeiramente. Ela era de Santa Cruz e morava em Extremoz há nove anos.

“Eles brigavam direto, ele batia na criança. Nunca tinha separado dele. Por ser do interior, ela tinha medo…trabalho é mais dfícil, essas coisas são mais complicadas, ela tinha medo de passar necessidades”, contou.

“Infelizmente custou a vida dela. Eu espero que a Justiça seja feita, que ele tirou a vida de um ser humano que vai fazer falta pra família. Uma pessoa que não fazia mal pra ninguém”.

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Três homens são executados em plena luz do dia na Praia de Pipa. Veja vídeo

Um triplo homicídio foi registrado na tarde desta terça-feira (3) na Praia de Pipa, principal destino turístico do Rio Grande do Norte. De acordo com ao Polícia Militar, as vítimas foram três homens. A informação inicial é que eles foram executados na Avenida Baía dos Golfinhos.

Segundo informações, eles estariam próximos a um carro estacionado na via quando so criminosos chegaram e executaram o triplo homicídio. Policiais militares da 4ª Companhia Independente da PM de Tibau do Sul foram acionados ao local e já se depararam com os homens mortos.

Ainda não há a identificação das vítimas do triplo homicídio em Pipa nem informações sobre os suspeitos de envolvimento com o crime ou a motivação para as mortes. A avenida Baía dos Golfinhos é a principal via da Praia de Pipa.

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Violência contra a mulher: 58% das vítimas no RN foram agredidas na frente dos filhos

A Justiça do Rio Grande do Norte registrou mais de 36,4 mil medidas protetivas a favor de mulheres vítimas de violência doméstica de janeiro de 2020 a agosto de 2024. Os dados são do projeto Marias – Radar da violência doméstica – que traça um perfil das vítimas e dos agressores.

De acordo com o painel, que é produzido com base em informações dos processos, mais de 8 mil mulheres, cerca de 58% das vítimas com formulários registrados no período relataram que sofreram atos de violência na frente dos filhos. 47% delas disseram que têm filhos com o agressor.

Cerca de 21% também relataram que vivam algum conflito em relação à guarda das crianças, visitas ou pagamento de pensão, no momento da agressão. Praticamente um quarto das vítimas disse que sofreu a violência durante gravidez ou no período de três meses após o parto.

Os tipos de violência sãos os mais diversos. Quando se trata de violência física, 22% das vítimas relataram que sofreram empurrão. Em segundo lugar vem tapa (17%), seguido de puxão de cabelo (14%,7), soco (14,6%) e chute (12,8%). Ainda há enforcamentos, pauladas, facadas e tiros, entre as violências registradas.

Os dados também mostram que a violência não tem classe social. Mais de 77% das mulheres vítimas da violência doméstica no estado não se consideram dependentes financeiramente dos agressores. Mais de 63% também informaram que não moram em bairro, comunidade ou área rural com risco de violência.

Por outro lado, o painel mostra que mais de 65% dos agressores fazem uso abusivo de álcool ou outras drogas. Ainda de acordo com as vítimas, mais de 32% desses agressores tinham acesso a armas de fogo.

Na segunda-feira (25) foi celebrado o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher, que visa o combate a esse tipo de violência.

Segundo o TJ, os dados do painel Marias são extraídos automaticamente dos processos judiciais de Medida Protetiva no sistema PJE e processados para remover informações que possam identificar as partes envolvidas.

“A violência doméstica e familiar contra a mulher é uma triste realidade que persiste em nossa sociedade, violando seus direitos fundamentais e comprometendo sua segurança e bem-estar. Esta forma de violência se manifesta de maneiras diversas, incluindo agressões físicas, sexuais, psicológicas e até mesmo homicídios. Diante dessa alarmante problemática, torna-se crucial identificar os fatores de risco associados e desenvolver medidas de prevenção e proteção para assegurar a segurança e a dignidade das mulheres”, diz o Judiciário na abertura do painel

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Homem tenta matar mãe a facada em cidade no interior do Rio Grande do Norte

Um homem tentou matar a mãe a facadas na cidade de Assú (RN). De acordo com a Polícia Militar, a mulher, de 57 anos, estava sentada na calçada, quando foi atingida com golpe de faca no peito pelo filho de 32 anos. A tentativa de homicídio ocorreu por volta de meio-dia da segunda-feira (11).

Após sofrer o ataque, a vítima ainda conseguiu correr e pediu ajuda aos vizinhos que estavam na calçada. A mulher, identificada como Maria das Graças, foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para a UPA, onde foi constatado que ela sofreu uma perfuração no lado esquerdo do peito.

Duas guarnições do 10º Batalhão foram deslocadas para deter o suspeito. Segundo informações de familiares, ele sofre de problemas mentais e também foi conduzido à unidade de saúde pelo Samu.

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Policial militar da reserva é morto a tiros durante vaquejada em Cruzeta

Um homem foi assassinado durante uma vaquejada na madrugada deste domingo (3) na zona rural de Cruzeta, na região Seridó potiguar, distante cerca de 232 km de Natal.

A Polícia Militar confirmou que a vítima é um policial militar da reserva, de 58 anos. Segundo o 6º Batalhão, que atendeu a ocorrência, ele era conhecido como Sargento Felipe.

Até a tarde deste domingo (3), no entanto, o corpo da vítima seguia sem identificação oficial no Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep/RN).

Segundo a PM, o crime aconteceu por volta das 2h50 na comunidade conhecida como Sítio Salgado, durante uma vaquejada. Segundo a polícia, o militar da reserva foi vítima de disparos de arma de fogo na saída do evento, não resistiu aos ferimentos e morreu.

Policiais militares do 6° Batalhão da PM foram até o local, isolaram a cena de crime e acionaram o Itep e a Polícia Civil para dar início às investigações.

Buscas pelos suspeitos foram realizadas na região, mas ninguém foi preso. A motivação do crime ainda deverá ser investigada.

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