Preço do botijão de gás sobe pela 2ª vez em 60 dias no RN


O preço do botijão do gás de cozinha deve subir, em média, R$ 5 no Rio Grande do Norte até o dia 6 de setembro. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (Singás-RN), Ivo Lopes.

Este será o segundo aumento de preço do produto em um intervalo de 60 dias. Em julho, a Petrobras anunciou um aumento no preço do gás de cozinha e da gasolina nas refinarias que fez com que o preço final do produto subisse até R$ 10.

O reajuste autorizado para este mês foi repassado das distribuidoras aos revendedores e ocorre, segundo o presidente, por conta do dissídio coletivo dos trabalhadores do setor, que tradicionalmente acontece no mês de setembro.

“Não temos como dizer o preço que o revendedor vai praticar, pois o mercado é livre, mas o reajuste deve fazer com que, em média, o gás seja retirado em depósito a R$ 110 e, no caso de entrega, entre R$ 115 e R$ 120“, afirma o presidente do sindicato que representa a categoria.

O valor se assemelha com o praticado no estado há dois anos, última vez que o preço do botijão de 13 kg alcançou o valor de R$ 120 por unidade.

Publicidade

Governo Lula corta orçamento de Bolsa Família, Farmácia Popular e Auxílio Gás em 2025

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cortou o orçamento de programas sociais ao enviar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 para o Congresso Nacional. Entre as ações que tiveram verbas cortadas, estão Bolsa Família, Farmácia Popular e Auxílio Gás.

Para o Farmácia Popular, o valor proposto é de R$ 4,2 bilhões, menor do que o proposto em 2024 (R$ 5,9 bilhões) e que o disponível atualmente (R$ 5,2 bilhões). O programa foi o mais atingido pelo corte de gastos neste ano.

Houve diminuição tanto no valor do sistema gratuito, em que o governo entrega o remédio de graça para a população (de R$ 5,3 bilhões para 3,8 bilhões), quanto do sistema de co-pagamento, em que o poder público paga uma parte e o paciente banca a outra (de R$ 574 milhões para R$ 419 milhões).

Na distribuição gratuita de medicamentos, o governo estima atender 21,6 milhões de usuários, mais do que o número programado para 2024 (17,6 milhões). Ou seja, o orçamento menor vai significar um benefício menor para cada atendimento.

O programa Bolsa Família, por sua vez, terá R$ 167,2 bilhões em 2025 – uma queda em relação aos R$ 169,5 bilhões autorizados para 2024. O programa entrou na agenda de corte de gastos feita pela equipe econômica em despesas com benefícios e assistência social. Não haverá reajuste para os beneficiados. O governo prevê uma queda de 128 mil famílias atendidas, entre as 20,9 milhões beneficiadas no Orçamento de 2024.

“O Bolsa Família visa resgatar a dignidade e a cidadania das famílias, garantindo do renda básica para as famílias em situação de pobreza, bem como integrando políticas públicas que fortalecem o acesso a direitos básicos como saúde, educação e assistência social”, disse o governo na mensagem que acompanha o Orçamento enviado para o Congresso.

Governo tira 84% do Auxílio Gás do Orçamento enquanto planeja turbinar o programa com drible no arcabouço

O Auxílio Gás, que banca a compra do botijão de gás para famílias carentes, terá uma redução ainda maior de orçamento, saindo de R$ 3,5 bilhões para R$ 600 milhões. A redução representa um corte de 84% em relação ao proposto em 2024, mesmo com a previsão de aumento no número de famílias atendidas (de 5,5 milhões para 6 milhões).

A diminuição no Orçamento faz com que, na prática, o programa consuma um espaço menor no teto de gastos após o Poder Executivo ter encaminhado um projeto de lei para turbinar o benefício. A engenharia financeira foi recebida com preocupação por especialistas em contas públicas.

A avaliação é de que se trata de um potencial drible para a realização de gastos fora do Orçamento público e, portanto, fora do limite de despesas do arcabouço fiscal.

Publicidade

Quanto mais souberem, pior será para Moraes, diz Musk

O bilionário Elon Musk disse na madrugada desta 2ª feira (2.set.2024) que o maior prejudicado com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que bloqueou o X (ex-Twitter) no Brasil, será o próprio magistrado. Moraes determinou a suspensão do X no Brasil. No entanto, brasileiros que estão no exterior seguem com acesso normal à plataforma. Foi desta maneira que este jornal digital leu as mensagens postadas pelo empresário e replica neste texto, por ser de interesse público e ter relevância jornalística.

“Quanto mais o povo brasileiro aprender com o Alexandre Files [perfil do X que divulga decisões do ministro], pior será para ele [Moraes]”, declarou Musk na rede social. “Ele violou a constituição do Brasil repetida e flagrantemente, depois de jurar protegê-la. Não há nada pior do que um violador de juramentos.”

Na sequência, o dono do X fez um novo post afirmando que as ações do ministro da Corte “são contra a vontade do povo brasileiro que ele supostamente representa”. Musk compartilhou uma notícia do Financial Times que diz que 56% dos brasileiros consideram que Moraes estava excedendo os limites. A pesquisa citada é da Genial/Quaest, de maio de 2024.

Publicidade

Brasil registra maior número de crianças e adolescentes em trabalho infantil desde 2017

O Brasil registrou no ano passado o maior número de crianças e adolescentes encontrados e retirados do trabalho infantil desde 2017. Ao todo, foram 2.564 crianças encontradas em 1.518 fiscalizações, segundo levantamento do R7 feito com base no Radar SIT (Painel de Informações Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil). Antes de 2023, o maior número dos últimos sete anos havia sido registrado em 2022, com 2.324 crianças e adolescentes resgatados.

Segundo o Radar SIT, as vítimas identificadas em 2023 exerciam atividades que integram a chamada Lista TIP, que define as piores formas de trabalho infantil. A lista foi instituída a partir de um decreto presidencial publicado em 2008 que regulamentou a adesão do Brasil à Convenção 182 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que trata da proibição das piores formas de trabalho infantil e de ações imediatas para a eliminação da exploração infantil.

No ano passado, 618 crianças e adolescentes foram encontradas trabalhando ao ar livre, sem proteção adequada contra exposição à radiação solar, chuva ou frio.

Além disso, 530 estavam em ruas e outros logradouros públicos exercendo atividades como comércio ambulante, guardador de carros, guardas mirins, guias turísticos, transporte de pessoas ou animais, entre outros.

Também foram localizadas crianças e adolescentes nas seguintes condições:

  • Trabalho com utilização de instrumentos ou ferramentas perfuro-cortantes, sem proteção adequada capaz de controlar o risco
  • Trabalho de manutenção, limpeza, lavagem ou lubrificação de veículos, tratores, motores, componentes, máquinas ou equipamentos
  • Trabalho com levantamento, transporte, carga ou descarga manual de pesos
  • Trabalhos com exposição a abusos físicos, psicológicos ou sexuais
  • Serviços domésticos
  • Em estábulos, cavalariças, currais, estrebarias ou pocilgas, sem condições adequadas de higienização
  • Trabalho de direção, operação, de veículos, máquinas ou equipamentos, quando motorizados e em movimento (máquinas de laminação, forja e de corte de metais, máquinas de padaria, como misturadores e cilindros de massa, máquinas de fatiar, máquinas em trabalhos com madeira, serras circulares)
  • Em serviços externos, que impliquem em manuseio e porte de valores que coloquem em risco a sua segurança (Office-boys, mensageiros, contínuos)
  • Em serviços de cuidado e vigilância de crianças, de pessoas idosas ou doentes
  • Construção civil e pesada, incluindo restauração, reforma e demolição

Maior fiscalização

Na avaliação do coordenador Nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil do Ministério do Trabalho e Emprego, Roberto Padilha Guimarães, o aumento do número de menores de 18 anos de idade encontrados e afastados do trabalho infantil em 2023 é resultado de um conjunto de iniciativas para aprimorar o combate a esse tipo de situação.

“Estas iniciativas são constituídas de medidas como a nova estrutura da Coordenação Nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil, projetos de capacitação de auditores-fiscais do trabalho no combate ao trabalho infantil, desenvolvimento de metodologias para a atuação da inspeção em face dos diferentes tipos de trabalho infantil, desenvolvimento de ferramentas para o aprimoramento do planejamento para as ações de combate ao trabalho infantil, entre outras”, explica.

Publicidade

Bolsonaro diz que hino em linguagem neutra é um “desrespeito”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na 5ª feira (29.ago.2024) que o hino cantado em linguagem neutra durante um comício do candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (Psol-SP) foi um “desrespeito com nossa pátria, com nossa língua e com as famílias brasileiras”.

“Toda agenda woke seguida fielmente pela esquerda, [presidente Luiz Inácio] Lula [da Silva] e Boulos transforma o Brasil no quintal dos progressistas nações de primeiro mundo, subjuga ainda mais seu próprio país o impedindo de prosperar”, declarou o ex-chefe do Executivo em sua conta no Instagram.

O caso se deu no sábado (24.ago.2024) durante o 1º compromisso de rua de Boulos e sua vice-candidata, Marta Suplicy (PT), com a presença do presidente Lula. O vídeo estava disponível no canal do candidato no YouTube. Foi apagado depois das críticas.

Em nota, a equipe de Boulos afirmou que a organização da atividade e o convite à artista foi feito pela produtora que organizou o evento. “A campanha, em momento algum, solicitou ou autorizou alteração na letra do Hino Nacional interpretado na abertura do comício no último sábado, 24, na Zona Sul da cidade”, afirmou.

Publicidade
Publicidade

Desnutrição cresceu entre crianças indígenas em 2023, e acesso a educação seguiu pior entre negros

A desnutrição infantil aumentou entre crianças indígenas, e a escolarização estagnou em níveis baixíssimos entre crianças e jovens negros (soma de pretos e pardos). Nos dois casos, que compõem um contexto de acesso precário a direitos fundamentais, minorias seguem as condições de vida desiguais em relação à população branca e mais rica.

Houve um aumento de 16,1%, entre 2022 e 2023, na desnutrição entre meninos indígenas até 5 anos de idade, e de 11,1% entre meninas indígenas na mesma faixa etária. Já a taxa de escolarização no ensino superior, que entre homens negros é cerca de metade do que se vê entre brancos, manteve-se praticamente inalterada nesse período.

Esses dados estão na nova edição do Observatório das Desigualdades, lançada nesta terça-feira (27), junto a mais de 40 índices que apontam como vários segmentos da população vivem de forma diferente questões como acesso a renda, educação, transporte público, mudanças climáticas, violência urbana e representação política.

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Eleições: dos quase 156 milhões de eleitores aptos, 20 milhões não são obrigados a votar

O Brasil tem quase 156 milhões de eleitores aptos a votar nas eleições municipais deste ano, mas cerca de 20,5 milhões não são obrigados a ir às urnas. Esse número é referente às pessoas que são analfabetas, têm mais de 70 anos, ou são adolescentes entre 16 e 17 anos. Para esses públicos, o voto é facultativo.

Segundo informações do TSE sobre o grau de instrução do eleitorado apto a votar no pleito deste ano, 5,5 milhões de pessoas declararam ser analfabetas. Além disso, 1,8 milhão têm entre 16 e 17 anos, enquanto 15,2 milhões têm 70 anos ou mais. Desse total, 203 mil eleitores têm mais de 100 anos.

O pleito municipal ocorre em 6 de outubro, e o segundo turno (caso necessário em cidades com mais de 200 mil eleitores) no dia 27 do mesmo mês. Serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de 5.568 municípios.

Brasília e Fernando de Noronha são os únicos lugares do país que não participam das eleições deste ano, visto que os dois não são municípios.

Publicidade