Homem que se diz Jesus reencarnado usa lei federal e muda nome para ‘Inri Cristo’

Aos 76 anos, Álvaro Thais, que se diz a reencarnação de Jesus, conseguiu mudar o seu nome para Inri Cristo Thais nos documentos emitidos pelo governo federal. Oficializada em janeiro deste ano, a alteração foi possível por conta de uma lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidência em 2022.

Na nova carteira de identidade, o líder religioso assina como “Inri” e aparece com uma coroa de espinhos de plástico na foto três por quatro. Como ele tem mais de 65 anos, o documento não possui prazo para expirar.

A lei federal 14.382 libera a troca de nome direto no cartório, sem ação judicial. Antes, era necessário contratar advogado, apresentar uma justificativa plausível e esperar a decisão do juiz, que poderia negar o pleito.

Agora, basta apresentar o pedido diretamente a qualquer um dos 7.800 cartórios de registro civil do Brasil. É preciso ter pelo menos 18 anos e pagar uma taxa que, a depender do estado, varia de R$ 100 a R$ 400.

Em outubro de 2000, Inri Cristo já havia conseguido alterar o nome em sua certidão de nascimento. Na ocasião, a medida foi possível por meio de uma decisão do Tribunal de Justiça do Paraná.

Discípulas

Inri Cristo mora em uma chácara no Núcleo Rural Casa Grande, no Gama, a 30 km da região central de Brasília. Atualmente, ele conta com 15 discípulas mulheres e três discípulos homens, que convivem com ele diariamente.

O grupo diz ter abdicado da carreira profissional, da vida sexual e da proximidade com parentes para viver ao lado do líder religioso. A maioria das seguidoras é natural do Rio Grande do Sul, onde Inri iniciou sua empreitada como líder religioso.

Há, ainda, quatro homens beneméritos que auxiliam os trabalhos de Inri Cristo mas não usam túnicas. São chamados de “beneméritos”.

O grupo vive no que chama de Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade (Soust), fundada em 1982 pelo então Álvaro Thais.

É ele quem dita as regras de convívio no Soust. O uso de papel higiênico, por exemplo, é proibido, uma vez que, segundo sua doutrina, somente a água purifica.

Livro

A vida do religioso foi retratada no livro “Inri Cristo: louco, farsante ou messias?”, do psicólogo Henri Cosi, especialista em psicodiagnóstico.

Na obra, o escritor conta a história de Álvaro Thais e traça um laudo sobre a personalidade de Inri Cristo.

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Enchentes afetam meio milhão de pessoas em 317 municípios do RS

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou em boletim divulgado às 18h deste sábado 55 mortes decorrentes dos temporais que atingem o estado. Outros sete óbitos já confirmados estão sendo investigados para determinar se têm relação com a tragédia.

Ainda de acordo com os dados, há 74 desaparecidos e 107 pessoas feridas. Ao todo, 317 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 510,5 mil pessoas.

A Defesa Civil contabiliza 82,5 mil pessoas fora de casa, sendo 13,3 mil em abrigos e 69,2 mil desalojadas.

“Esses números podem mudar ainda substancialmente ao longo dos próximos dias, na medida em que a gente consiga acessar as localidades e consiga ter a identificação de outras vidas perdidas”, afirmou mais cedo o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Em Porto Alegre, o nível do Guaíba ultrapassou os 5 metros na manhã deste sábado. A estação rodoviária da cidade foi inundada e 95% das viagens foram suspensas. O Aeroporto Salgado Filho foi fechado por tempo indeterminado.

Segundo a Defesa Civil, um total de 860.952 domicílios estão sem abastecimento de água em todo o Rio Grande do Sul. O número equivale a 14% dos imóveis atendidos pela Corsan.

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), pediu neste sábado, 4, que a população da cidade racione água.

Pelo menos 68 bairros podem ter problemas com abastecimento de água. Quatro das seis estações de tratamento da cidade estão paradas por causa das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul.

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Moraes manda soltar Mauro Cid e mantém acordo de delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, concedeu nesta sexta-feira (3) liberdade provisória ao tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na decisão, Moraes também mantém integralmente a delação premiada de Mauro Cid, pois “foram reafirmadas a regularidade, legalidade, adequação dos benefícios pactuados e dos resultados da colaboração à exigência legal e a voluntariedade da manifestação de vontade” do delator.

Mauro Cid estava preso desde o dia 22 de março, por descumprir medidas cautelares e por obstrução da Justiça. Ele voltou à prisão depois do vazamento de áudios, revelados pela revista “Veja”, em que afirma ter sido pressionado pela Polícia Federal durante depoimentos.

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Playboy golpista é preso em Natal com carrão e dinheiro

Policiais civis da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações de Natal (DEFD/Natal) deram cumprimento, na manhã de terça-feira (30), a três mandados de busca e apreensão, no bairro Potengi, Zona Norte de Natal. A ação, denominada “Operação Trampo”, resultou na prisão em flagrante de um homem, de 28 anos, pelo crime de falsificação de documento público.

A investigação da DEFD apura a atuação de uma associação criminosa especializada em estelionato eletrônico, que teria conseguido abrir seis contas bancárias, perante o banco digital PAGSEGURO, mediante o uso de carteira de identidade falsificada. Os suspeitos obtiveram mais de R$250 mil em empréstimos consignados no saldo de FGTS das vítimas.

No endereço de um dos suspeitos, foram encontrados mais de 30 aparelhos celulares utilizados para aplicação de golpes digitais, mais de R$150 mil em espécie e um veículo de luxo financiado em nome de um terceiro, assim como carteiras de identidade em processo de falsificação, o que ocasionou a prisão em flagrante do indivíduo.

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INSS pagou R$ 193 milhões em benefícios a pessoas mortas em 4 anos, aponta CGU

A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou que 17.738 pessoas mortas receberam benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), entre janeiro de 2019 e julho de 2023. Os pagamentos somam R$ 193 milhões.

A auditoria aponta que houve em torno de 230 novos casos de pagamento a beneficiários com indicativo de morte por mês.

“Entretanto, é possível visualizar três picos: um no mês de dezembro de 2020, outro menos acentuado em agosto de 2022 e o terceiro, novamente expressivo, em janeiro de 2023, o que pode caracterizar falhas na rotina automatizada para tratamento de óbitos nesses períodos”, diz a CGU.

A auditoria verificou também que 75% dos pagamentos (de aposentadorias, pensões, etc.) feitos a beneficiários com indicativo de óbitos foram mantidos por até três meses após a morte.

“Os 14% dos benefícios que foram pagos ainda por mais de um ano após a identificação do óbito podem ter gerado um pagamento pós-óbito de R$ 120,4 milhões no mesmo período”, acrescenta o relatório.

Diante disso, a CGU recomendou ao INSS “a apuração dos casos identificados e a revisão dos critérios implementados nos mecanismos de controle, a fim de aprimorá-los e evitar o pagamento indevido de benefícios”.

A CGU esclarece no documento que é responsabilidade da família do beneficiário e dos cartórios civis informar o óbito ao INSS para haver a cessação do pagamento do benefício.

Além de solicitar que os pagamentos sejam cessados, a auditoria recomenda ao INSS que cobre a devolução de valores pagos de forma indevida.

“Considerando as mudanças ocorridas na forma de prova de vida, avaliar a pertinência de convocação desses beneficiários para a realização presencial de comprovação de vida”, completa o parecer.

A CGU diz ainda que é preciso adequar os critérios dos controles instituídos para identificação de óbito, tornando-os mais eficazes na identificação de registro de óbito, especialmente a partir dos batimentos realizados com os sistemas e cadastros públicos.

INSS diz que documento da CGU não materializou prejuízo alegado

Em nota enviada à CNN, o INSS informou que, tão logo recebeu o relatório preliminar da CGU, “procedeu à avaliação dos respectivos achados”. Segundo o instituto, foi esclarecido que 88% dos benefícios com indicador do óbito do titular já se encontravam suspensos/cessados.

Ainda, de acordo com o INSS, o documento da Controladoria “não apresentou as evidências necessárias do efetivo pagamento do benefício, tampouco materializou o prejuízo alegado”.

“Nessa perspectiva, caberia uma reflexão maior sobre as possíveis causas que impactam todo o esforço realizado pelo INSS no monitoramento e na mitigação desse tipo de irregularidade, relacionadas à responsabilidade da família dos beneficiários e dos cartórios civis de informar o óbito ao INSS de forma contemporânea para que haja a cessação do benefício, bem como a consistência das bases cadastrais consultadas para fins de cessação dos benefícios”, completou a nota.

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