Lula despenca ao defender traficantes enquanto a população apoia a polícia

Intenção de voto espontânea recua, aponta pesquisa Quaest: citações a Lula caem e a maioria segue indecisa. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Primeiro foi aquele raciocínio tortuoso de que traficantes de drogas também eram vítimas dos usuários de entorpecentes. Aí veio a megaoperação das forças de segurança pública do Rio de Janeiro, seguida de um silêncio prolongado de vários dias — em um momento em que o país não falava de outra coisa. Por fim, quando finalmente falou em público sobre a operação carioca, aprovada por cerca de 70% da população, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) limitou-se a classificá-la como desastrosa.

Em meio a uma sequência de declarações em descompasso com os anseios da maior parte da sociedade brasileira, ditas de improviso sobre o tema da segurança pública, Lula viu sua popularidade recuar pela primeira vez desde maio. É o que aponta a nova pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (12). Os números mostram que 50% dos entrevistados desaprovam o governo Lula, enquanto 47% o aprovam.

Nesta quinta-feira (13), a Quaest divulgou a segunda parte da pesquisa, com as sondagens eleitorais para 2026. Nela, Lula mantém a liderança para os adversários nos cenários de primeiro turno, mas diminuiu a distância. Em um eventual segundo turno, onde na sondagem anterior Lula abria vantagem fora da margem de erro sobre todos os adversários, agora ele volta a empatar tecnicamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — que no entanto segue inelegível para o ano que vem.

Desde julho, a aprovação do governo Lula vinha oscilando dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para cima, e a desaprovação para baixo. Agora, o cenário se inverteu: a aprovação oscilou para baixo e a desaprovação, para cima. Os entrevistados que aprovam o governo Lula foram de 48% em outubro para 47% agora. A desaprovação passou de 49% para 50%.

Os que não sabem ou não responderam ficaram estáveis em 3% nos dois levantamentos consecutivos. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 6 e 9 de novembro. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Mancha na popularidade de Lula ocorre após episódios relacionados à segurança pública

O cenário de interrupção no viés de alta da popularidade do presidente e seu governo petista acontece logo após três episódios relevantes, todos relacionados à segurança pública. “Toda vez que a gente fala de combater as drogas, possivelmente, fosse mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente, os usuários”, afirmou Lula a jornalistas durante viagem à Malásia, no final de outubro, ao criticar os ataques militares ordenados pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a barcos de traficantes próximos à costa da Venezuela, no Mar do Caribe.

“Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também", disse o presidente brasileiro. A repercussão negativa foi imediata, e horas depois Lula desculpou-se com uma nota nas redes sociais, onde afirmava que a frase foi “mal colocada”.

Menos de uma semana depois, o governo do Rio de Janeiro deflagrou a megaoperação contra a facção criminosa Comando Vermelho das favelas dos complexos da Penha e Alemão, na capital carioca — que terminou com 121 mortos, incluindo quatro policiais, e foi aprovada pela população, conforme diversos institutos de pesquisa.

Lula evitou o tema por vários dias e, quando o abordou, ao ser questionado por jornalistas estrangeiros durante a COP 30 em Belém, foi para classificar o episódio como “matança" e “desastroso”. Segundo a Quaest, a megaoperação policial no Rio e as declarações de Lula frearam a melhora na avaliação do governo. Os indicadores estão em empate técnico pelo segundo levantamento consecutivo, após a aprovação e a desaprovação voltarem a empatar em outubro, pela primeira vez desde janeiro.

Falta de ação interrompeu "lua de mel" entre Lula e eleitor independente

A situação não surpreende em uma sociedade na qual a maioria, 38% segundo a sondagem da Quaest, considera a violência o principal problema do país. A pesquisa mostra ainda que, além de a maioria apoiar a megaoperação carioca, 57% discordam de Lula sobre operação no Rio ter sido desastrosa. Sobre os traficantes também serem vítimas dos usuários, 81% dos entrevistados discordam do presidente.

"Se o tarifaço (imposto pelos EUA a uma série de produtos brasileiros) mudou a trajetória da aprovação a favor do Lula, a pauta da segurança pública interrompeu a lua de mel tardia do governo com o eleitorado independente", afirmou Felipe Nunes, diretor da Quaest, em entrevista na GloboNews na quarta-feira. Para o diretor do instituto de análise e pesquisa, o prejuízo aconteceu principalmente no eleitorado que se diz independente, ou seja, não se considera nem de esquerda e nem de direita.

Segundo o levantamento, em outubro havia empate técnico entre aprovação  e desaprovação de Lula no eleitorado independente de 46% e 48%, respectivamente. Agora em novembro, a desaprovação fugiu da margem do empate técnico e chegou a 52%, quase dez pontos maior que a aprovação de 43% no eleitorado independente, algo que não acontecia desde agosto. A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais nesse segmento.

O cientista político Samuel Oliveira concorda com a avaliação da Quaest. “O eleitor independente passa a desconfiar de quem parece pouco disposto a lidar com o crime forte”, avalia ele. “Se Lula quer 2026, precisa fortalecer o discurso de ordem, de Estado presente, de manutenção de normas, e não apenas ampliar direitos sociais.”

Para Oliveira, a esquerda esqueceu que o eleitorado não está mais disposto a adiar o debate sobre segurança no país. "Em 2026, aquele que se posicionar como quem resolve, e não apenas quem promete, levará vantagem. A esquerda terá que mostrar que entende isso ou assistirá à migração dos eleitores cansados para outras alternativas”, afirma o cientista político.

Para Paulo Serra (PSDB), ex-prefeito de Santo André e especialista em políticas públicas, as falas do presidente Lula ignoraram a sensibilidade da maior parte da sociedade sobre o tema, e o dano na popularidade é uma consequência natural. “A discussão de mérito da segurança pública é muito mais complexa e não pode se limitar ao sucesso ou insucesso de uma operação, assim como à pertinência ou não de uma fala de algum governante, mas certamente é necessário mais sensibilidade e seriedade na hora de abordar essa questão”, diz Serra.

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Cajueiro de Pirangi é reconhecido como patrimônio natural e turístico do RN


O Cajueiro de Pirangi, localizado no município de Parnamirim, na região Metropolitana de Natal, agora é oficialmente reconhecido como Patrimônio Natural, Paisagístico, Ambiental, Histórico e Turístico do Rio Grande do Norte. A determinação está prevista na Lei nº 12.503, sancionada e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (11).

“Fica reconhecido como Patrimônio Natural, Paisagístico, Ambiental, Histórico e Turístico Material do Estado do Rio Grande do Norte o Cajueiro de Pirangi”, diz o texto no Diário Oficial sancionado pela governadora Fátima Bezerra (PT). A norma entrou em vigor na data da publicação.

Localizado no litoral Sul potiguar, o Cajueiro de Pirangi ocupa cerca de nove mil metros quadrados e recebe milhares de visitantes brasileiros e estrangeiros ao longo do anos. Administrado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), a árvore gigante entrou para o Guinness Book, o Livro dos Recorde, em 1994, como o Maior Cajueiro do Mundo.

Com o avanço da planta para as vias próximas, a Associação de Moradores de Pirangi do Norte (Amopin) custeou a construção de um caramanchão, que foi concluído em 2012. A estrutura foi erguida em um trecho de 120 metros de extensão para dar melhor fluidez ao trânsito na Avenida Deputado Márcio Marinho, no sentido Pirangi-Natal, com hastes de 4,5 metros de altura para suspender os galhos da árvore e deixar a pista livre.

O local funciona diariamente das 9h às 17h30. O acesso ao atrativo turístico custa R$ 10, com pagamento exclusivamente eletrônico, por meio de PIX, cartão de crédito ou débito, nos terminais disponíveis na entrada. Mais informações podem ser consultadas em idema.rn.gov.br.

Tribuna do Norte

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Justiça mantém prisão de guarda municipal envolvido em briga que deixou um morto e oito feridos no RN

A Justiça decretou a prisão preventiva do guarda municipal de Mossoró Regiano Mendes, suspeito de atirar e matar um homem durante uma festa no centro de Apodi, no Oeste potiguar, na madrugada de domingo (9). Oito, pessoas, incluindo o próprio guarda, ficaram feridas.

O homem, que tem 41 anos, está preso na Cadeia Pública de Mossoró. Segundo a Polícia Civil, ele se envolveu em uma briga durante o evento e sacou uma pistola calibre .40, disparando várias vezes.

Os tiros atingiram Cássio Fagner Marinho da Costa, de 39 anos, que morreu no local, além de outras sete pessoas — quatro homens e três mulheres — que ficaram feridas. O suspeito também foi baleado no tórax e no abdômen.

A arma usada no crime pertence à Guarda Civil Municipal de Mossoró e foi apreendida. A polícia investiga se houve a participação de outra pessoa armada na ocorrência.

O guarda foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (10), quando a Justiça decidiu converter a prisão em preventiva.

De acordo com a Polícia Civil, as outras sete pessoas feridas foram socorridas pelo Samu e pelo Corpo de Bombeiros e levadas para o Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.

Após receberem alta, cinco dos feridos se envolveram em um acidente na BR-405, quando voltavam para Apodi. O carro em que estavam bateu de frente com uma motocicleta. O motociclista, identificado como Erick Vinícius Nascimento de Almeida, de 30 anos, morreu no local.

A Polícia Civil informou que o motorista do carro, de 67 anos, prestou socorro às vítimas e testou negativo para ingestão de álcool. Ninguém que estava no veículo ficou ferido.

G1RN

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Governador do PT deixa “cidade fantasma” do Ceará com apenas seis PMs

A falta de efetivo policial pode ter contribuído para a expulsão de cerca de 2 mil moradores de suas casas por uma facção criminosa no distrito de Uiraponga, no município de Morada Nova, no Ceará.

A sede do município conta atualmente com apenas seis policiais militares em serviço contínuo e uma única viatura funcionando. Morada Nova soma 60 mil habitantes, e cerca de metade deles vive na sede.

No distrito de Uiraponga, uma segunda viatura permanece estacionada, com três homens, na antiga escola municipal do vilarejo. Desde a expulsão dos moradores por ordem da facção, a escola não funciona mais. Atualmente, apenas cinco famílias permanecem no local.

Mesmo com a expulsão dos moradores, o efetivo de Morada Nova não foi reforçado pela Polícia Militar do Ceará, sob o comando do governador Elmano de Freitas (PT).

A única viatura em funcionamento na sede é dividida pelos seis policiais militares, que se revezam em duas equipes de três homens cada. A cidade também não recebeu viaturas adicionais.

A Polícia Militar de Morada Nova até dispõe de outras quatro viaturas, mas elas estão paradas há meses em uma oficina mecânica localizada no município vizinho de Quixadá (CE). Os veículos são utilitários esportivos (SUVs) e caminhonetes.

Procurada, a PM-CE informou que o policiamento da cidade recebe o reforço pontual do Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRAIO) e do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI). Policiais desses dois grupos vão a Morada Nova “em dias e horários estratégicos”.

Já a Secretaria de Segurança do Ceará disse, em nota, que a 3ª Companhia do 9º Batalhão de Polícia Militar do Ceará, que é sediada em Morada Nova, tem um efetivo de 81 policiais “responsáveis pelo policiamento da sede do município e seus distritos”.

A coluna apurou, no entanto, que a 3ª Companhia mencionada pela nota é responsável por outras localidades da área além de Morada Nova, como Ibicuitinga e Jaguaretama, entre outras.

A Secretaria disse ainda que de agosto até agora já foram presos outras 45 pessoas envolvidas com as expulsões de moradores no Estado. Além disso, há atualmente 31 investigações em aberto na Polícia Civil cearense contra este tipo de crime .

Os moradores foram expulsos por ordem do traficante José Witals da Silva Nazário, o “Playboy”, em julho deste ano. Como mostrou a coluna, Witals foi inocentado pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) da acusação de integrar facção criminosa. A decisão é de setembro de 2024.

Após o ocorrido, a PM cearense realizou uma operação de “ocupação” do distrito de Uiraponga. Mesmo assim, os moradores não voltaram.

Metrópoles

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COP30: Janja provoca a imprensa: ‘Já compraram coxinha?

A primeira-dama Janja da Silva acrescentou ao seu repertório de gafes mais um episódio nesta segunda-feira, 10. Ao acompanhar o presidente Lula da Silva na abertura oficial da COP30, em Belém (PA), a petista provocou jornalistas.

Em visita a uma área próxima de onde emissoras de televisão e portais de notícias instalaram seus estúdios, a petista, em tom irônico, perguntou aos profissionais da imprensa: “Já compraram coxinha?”.

Segundo relato do site UOL, Janja passou pelo corredor sorrindo e fez a indagação provocativa. A frase ocorre em meio a uma repercussão negativa principalmente em razão dos preços que várias lanchonetes e restaurantes estão impondo ao público no evento.

Uma garrafa de água de 350 ml, por exemplo, chegou a custar R$ 25. Salgados como coxinhas e pastéis, por sua vez, saiam ao preço de R$ 30 e R$ 40. Nesse contexto de alta inflacionária, a situação recebeu críticas de visitantes durante a Cúpula dos Líderes, dias antes da abertura oficial.

Um jornalista da CNN reclamou em seu perfil no Instagram. Disse que precisou gastar R$ 99 para consumir um refrigerante e dois salgados. A queixa pelos valores que o comércio local está cobrando é geral. O cenário, inclusive, deu abertura para um debate sobre o discurso oficial do governo brasileiro acerca de justiça social, assim como a promessa de participação popular na conferência climática.

Essa não é a primeira vez, aliás, que Janja se torna notícia por adotar comportamentos atípicos para uma primeira-dama. No último dia 4, ela voltou a ser alvo de críticas por ser vista dançando. Janja apareceu ao lado da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a bordo do Iana III, o barco que hospeda a comitiva presidencial durante a COP30.

Revista Oeste

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