Uma cidade de 75 mil habitantes no litoral do Ceará, a 150 quilômetros de Fortaleza, terá uma festa de Carnaval milionária, com artistas nacionais

O Brasil registrou 305.190 casos prováveis de dengue entre julho de 2023 e o início de janeiro deste ano, segundo o Ministério da Saúde. O índice representa um aumento de 38,2% em relação ao mesmo período do ano anterior (julho de 2022 a janeiro de 2023), quando esse número foi de 220.846. Distrito Federal (com 863 casos por 100 mil habitantes), Acre (633 por 100 mil), Espírito Santo (660 por 100 mil), Goiás (329 por 100 mil) e Minas Gerais (325 por 100 mil) são as unidades da federação com maior incidência da doença.
O boletim da pasta aponta que durante esse período foram 127 mortes por dengue e outras 164 estão em investigação. Em relação aos casos graves, o Brasil registrou quase 4 mil ocorrências com sinais de alarme e uma taxa de letalidade de 3,3%.
Nas primeiras duas semanas de janeiro, o Ministério da Saúde registrou 55.859 casos prováveis de dengue e seis mortes confirmadas. Apenas no DF, a Secretaria de Saúde notificou 12 mortes suspeitas por dengue e 2 confirmadas no mesmo período.
Casos de Zika e Chikungunya apresentaram uma redução no número de casos, com queda de 35,5% e 41,4%, respectivamente. Em relação às mortes, não há registro em relação à Zika e foram 18 notificações por Chikungunya.
Em Minas Gerais, o secretário de Saúde, Fábio Bacchereti, afirmou que o governo vai decretar estado de emergência após um surto da doença. O objetivo é garantir que a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais e os municípios consigam fazer compras e contratações com mais rapidez, informou Bacchereti. De acordo com o Ministério da Saúde, entre julho do ano passado e as primeiras semanas de janeiro, o estado registrou mais de 66 mil casos prováveis.

A primeira remessa da vacina contra a dengue que será disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) chegou ao Brasil neste sábado (20). O lote inicial é de cerca de 720 mil doses, segundo o Ministério da Saúde.
A primeira remessa do imunizante será reservada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações pela doença depois de idosos, que ainda não tiveram a vacina liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ainda não há previsão para o início da vacinação.
No total, a pasta deve receber 1,32 milhão de doses do imunizante, conhecido como Qdenga, produzidas e oferecidas pelo laboratório Takeda Pharma sem cobrança.
Além disso, o ministério comprou 5,2 milhões de doses que devem ser entregues em etapas até novembro deste ano. A quantidade é o total disponível pela fabricante para 2024.
A vacina foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023, e desde julho já está disponível em clínicas privadas. Com isso, o Brasil passa a ser o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.
A previsão do Ministério da Saúde é vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas neste ano. O imunizante precisa de duas doses e deve ser aplicado com intervalo mínimo de três meses.
Após a chegada, o lote deve ser liberado pela alfândega e pela Anvisa. Depois, segue para o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). A pasta acredita que o processo seja concluído ao longo da próxima semana.
Quem pode tomar a vacina no SUS?
A Qdenga pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos de idade para prevenir a dengue, independentemente da exposição anterior à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação.
Entretanto, o Ministério da Saúde definiu que, neste ano, as doses serão reservadas para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
A pasta entrou em acordo com as secretarias de Saúde de estados e municípios para que as vacinas sejam destinadas a grandes regiões com alta transmissão da dengue nos últimos dez anos. A população do local deve ser igual ou maior a 100 mil habitantes.
A lista dos municípios e a estratégia de vacinação ainda não foram informadas, mas a pasta prevê a divulgação na próxima semana. A previsão é que as primeiras doses sejam aplicadas em fevereiro.
Como funciona a vacina contra a dengue?
O imunizante funciona por conter o vírus atenuado. Ou seja, a vacina contém o vírus da dengue modificado de forma a ser incapaz de causar a doença.
A Qdenga é composta por quatro sorotipos de vírus diferentes. E a aplicação é feita em um esquema de duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas.
A avaliação clínica do imunizante apontou que a vacina tem eficácia de 80,2% contra a dengue, com período de proteção de 12 meses após o recebimento das duas doses.
No entanto, a infectologista Rosana Richtmann explica que, por ser uma vacina feita com o vírus atenuado, ela é contra-indicada para algumas pessoas, como: gestantes, lactantes, pessoas com algum tipo de imunodeficiência ou sob algum tratamento imunossupressor.

Durante a pandemia de Covid-19, um dos principais assuntos — além das vacinas e dos sintomas causados pelo coronavírus — foi a saúde mental. As restrições de circulação adotadas para evitar a propagação do vírus trouxeram à tona a importância de prestar atenção no que acontece dentro da cabeça.
Mesmo com a volta da população à “vida normal”, o assunto continua relevante. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de pessoas com ansiedade generalizada aumentou mais de 200% na rede pública desde o ano anterior à pandemia. Em 2019, 71.293 pessoas procuraram atendimento com o quadro ansioso e, em 2023, o número saltou para 274.682.
Os casos de depressão aumentaram 34% no mesmo período. Já o transtorno de pânico teve alta de 93%, de acordo com o órgão.
Segundo a psicóloga Carmela Silvana da Silveira, da Santa Casa de São José dos Campos, o aumento de casos tem duas explicações: por um lado, a população está de fato com mais problemas emocionais, mas os números também mostram que as pessoas estão procurando ajuda.
Ela aponta que as restrições da pandemia, a falta de convívio social, o medo despertado pela doença, preocupações financeiras e o luto pela morte de pessoas queridas prejudicaram a saúde mental dos brasileiros nos últimos anos.
Segundo ela, todos os problemas merecem atenção. Os transtornos podem evoluir não só para desequilíbrio mental profundo, mas também para impactos físicos. O transtorno de pânico, por exemplo, pode ter sudorese e taquicardia como consequência.
“A resistência ao atendimento psicológico tem diminuído. Aquela coisa de dizer que é apenas frescura já não é tão forte. Claro que ainda há muito para desmistificar, mas o autocuidado tem falado mais alto. Basta ver os números”, afirma Carmela.
Saiba os sintomas dos principais transtornos mentais
Depressão
A depressão, explica a psicóloga, é uma condição psiquiátrica que impacta as emoções das pessoas, levando a uma profunda tristeza, falta de apetite, desânimo e pessimismo. Sem tratamento, esses sentimentos podem se combinar e evoluir para um atentado contra a própria vida.
Ansiedade generalizada
“A ansiedade generalizada, por outro lado, é marcada por uma preocupação excessiva em diversas áreas da vida. Quem sofre desse distúrbio vive constantemente ansioso, com sintomas como taquicardia e mãos trêmulas. É crucial buscar ajuda diante deste cenário”, enfatiza Carmela.
Transtorno do pânico
No transtorno do pânico, ocorrem crises de ansiedade intensas, muitas vezes acompanhadas por um medo intenso, inclusive da morte. Essas crises podem se manifestar com sintomas físicos como taquicardia e sudorese. É importante observar os sinais e buscar apoio quando necessário.

A área econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda criar um teto para o desconto de despesas médicas no IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física), a exemplo da regra existente atualmente para gastos com educação.
O tema é sensível politicamente, mas técnicos do governo avaliam que a falta de um limite acaba privilegiando contribuintes com renda mais alta. Além disso, o abatimento tem sido fonte de abusos e um ralo para a arrecadação pública.
Um exemplo conhecido dessas distorções, que há muitos anos as diferentes administrações tentam conter, é o desconto de despesas com botox (substância usada em procedimentos estéticos) —em muitos casos declarado como um gasto voltado ao tratamento de doenças dermatológicas.

Os casos confirmados de dengue no Rio Grande do Norte cresceram 20,36% nas últimas seis semanas epidemiológicas de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, o que fez com que a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), emitisse uma nota informativa para alertar sobre o cenário no Estado em 2024.
Conforme os dados da pasta, nas últimas semanas de 2022 foram confirmados 604 casos da doença. No mesmo recorte de 2023, o quantitativo subiu para 727. O Ministério da Saúde prevê o início da vacinação contra a doença no próximo mês, mas ainda não existem estratégias definidas para a imunização.
Se comparado o recorte do ano inteiro, 2023 apresentou redução no número de casos confirmados e óbitos em relação a 2022: foram 2.430 confirmações e três mortes no ano contra mais de 12 mil casos confirmados e 21 óbitos nos 12 meses anteriores. De acordo com a Sesap, no entanto, o crescimento dos casos nos últimos meses preocupa. As análises epidemiológicas da pasta, conforme a Secretaria, apontam para a possibilidade da saúde pública enfrentar um crescimento substancial dos casos de arboviroses, em especial da dengue.

Um médico foi encontrado morto, na manhã desta segunda-feira (15), no Hospital João Machado, em Tirol, zona Leste de Natal. A Polícia Civil e o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) foram chamadas para iniciar uma investigação no local. A identidade da vítima ainda não foi divulgada.
De acordo com a Polícia Civil, o corpo foi transferido para as dependências do Itep, onde será submetido a exames para determinar a causa do óbito.
O corpo do médico foi encontrado na área de descanso reservada aos profissionais que trabalham na unidade de saúde.

A região Nordeste foi a mais afetada após o governo Lula realizar um pente-fino nos cadastros do Bolsa Família. Exatos 3.762.332 deixarão de receber o benefício, na sequência vem a região Sudeste com 3.023.165.
A maioria deles estão nas regiões Nordeste (3.762.332) e Sudeste (3.023.165), locais que concentram a maior parcela de beneficiários. Atualmente, 21 milhões de famílias recebem o benefício: 9,4 milhões delas estão no Nordeste e 6,2 milhões no Sudeste. São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro foram os únicos estados a ultrapassarem a marca do milhão de benefícios cortados.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, os cortes são referentes a famílias que apresentavam algum tipo de inconsistência no cadastro, de renda ou composição familiar, além de beneficiários com informações desatualizadas há muito tempo.
A medida desagradou os prefeitos dos municípios, que alegam arcar com a culpa e responsabilidade dos bloqueios. No país todo, foram 8.423.205 beneficiários retirados.
Atualmente, 21 milhões de famílias recebem o benefício: 9,4 milhões delas estão no Nordeste e 6,2 milhões no Sudeste. São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro foram os únicos estados a ultrapassarem a marca do milhão de benefícios cortados.

Incluída nos casos raríssimos da medicina, uma menina nasceu com quatro rins. Hoje com 1 ano e 1 mês, a pequena Isis Eloah Ferreira Alves está entre os cerca de 100 casos da medicina documentados na literatura mundial. O caso, publicado pelo G1, é é conhecido na medicina como “rins supranumerários” e demanda acompanhamento.
A mãe da menina, Thalia Silva Alves, de 21 anos, contou que Isis Eloah já precisou passar por diversas internações. Segundo ela, a filha nasceu prematura, tem alguns atrasos motores, mas leva uma vida normal. “Minha filha é rara e única”, disse a mãe.
A família mora em Formosa (GO), mas Isis nasceu no Hospital de Sobradinho, em Brasília. Por ser prematura, precisou ficar na incubadora. Na ocasião, os médicos não suspeitavam da condição de Isis. Ela foi transferida para o Hospital da Criança José Alencar (DF), onde foram descobertos os quatro rins.
Aos 5 meses, quando houve a necessidade de Isis passar por uma cirurgia, os médicos confirmaram que ela tinha nascido com quatro rins. Como Formosa fica a cerca de 80 quilômetros do Distrito Federal, a menina hoje é tratada no Hospital da Criança de Brasília (HCB).
Os médicos da unidade explicam que a quantidade superior de rins se dá devido a uma má formação ainda na getação. Ainda não existe explicação porque se desenvolve mais de um rim em cada lado.
O médico que a acompanha, Hélio Buson, afirmou ao G1 que ter vários rins não apresenta anormalidade para o corpo. Assim, os órgãos podem passar despercebidos ao longo da vida e só serem notados na vida adulta. É necessário que haja acompanhamento.

As Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) de Natal estão lotadas. O motivo, de acordo com os gestores, é o crescimento do número de casos de arboviroses, como por exemplo dengue e chikungunya, e também um surto de Covid-19 que aconteceu há pelo menos 15 dias.
Um paciente, que preferiu não ser identificado, relatou ter esperado mais de 12 horas para ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade da Esperança, na Zona Oeste. Ele chegou na unidade às 10h desta quarta-feira (3) e só saiu na madrugada desta quinta (4), à 1h.
“Tô com um problema no pulmão, possivelmente da Covid”, contou.
Uma mulher que acompanhou a sobrinha no Hospital dos Pescadores, nas Rocas, também reclamou da demora na espera por um atendimento.
“Se fosse tão urgente assim, talvez ela tivesse numa situação muito pior agora”, disse.
Outra paciente relatou ter ido até a UPA do Satélite e depois ao Hospital dos Pescadores, mas desistiu do atendimento.
“Não consegui atendimento nenhum. Já vim da UPA do Satélite achando que aqui tava melhor do que lá, só que tá tudo a mesma coisa. Eu tô sem paciência agora e vou pra casa”, desabafou.
De acordo com Luis Augusto, chefe de enfermagem do Hospital dos Pescadores, a procura por atendimentos nas unidades de saúde aumenta neste período do ano em decorrência das doenças, que são mais transmitidas nesta época com o aumento das festividades.
Em relação a procura para atendimento no Hospital dos Pescadores nesta quarta-feira (3), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS Natal) informou em nota que “foi registrado uma demanda maior para atendimentos no serviço, o que acarretou em um tempo de espera maior para pacientes em situações menos graves. O local também registrou a presença de pacientes oriundos de outros municípios que procuram o local para atendimento, o que também corrobora para o aumento do tempo de espera para atendimento na unidade”.