Depressão aumenta o risco de doenças crônicas, revela estudo

Adultos de meia-idade com histórico de depressão têm mais doenças crônicas, mostra um estudo da Universidade de Edimburgo, na Escócia, publicado no periódico Plos One. A pesquisa avaliou a associação entre depressão e as chamadas multicomorbidades, ou seja, a coexistência de duas ou mais doenças.

Sabe-se que a depressão afeta vários sistemas, e os autores buscaram quantificar sua relação com a presença ou o desenvolvimento de 69 problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, pulmonares, diabetes, artrite, entre outros.

Para isso, avaliaram dados de mais de 172 mil participantes do Biobanco britânico, um grande banco de dados de saúde, acompanhados por sete anos em média. Cerca de 18% tinham depressão diagnosticada ao iniciar a pesquisa.

Já no começo, aqueles diagnosticados com depressão tinham em média três doenças crônicas, contra duas no caso dos demais participantes. Ao final do acompanhamento, quem tinha depressão apresentou um risco duas vezes maior de ter outras doenças. O resultado se manteve mesmo após ajustar outros fatores de risco, como sedentarismo ou tabagismo.

“O estudo evidencia a questão bidirecional entre depressão e quadros clínicos: sabemos que esses pacientes têm maior risco de apresentar doenças crônicas ao longo da vida e que doentes crônicos têm maior risco de ter depressão ao longo da vida”, analisa o psiquiatra Gabriel Garcia Okuda, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Uma das razões por trás dessa associação é o impacto da depressão no cuidado com a própria saúde. “É muito difícil que um paciente deprimido consiga cuidar bem de comorbidades clínicas, como hipertensão arterial, dislipidemia ou do diabetes”, diz Okuda.

Esses indivíduos também têm mais dificuldade em sustentar os tratamentos, desde procurar atendimento inicial até dar continuidade. “Pode acontecer de não tomar os remédios, ou tomar durante um tempo e parar, o que pode piorar o quadro clínico geral”, relata o especialista.

Além disso, os próprios sintomas da doença — tristeza, falta de vontade ou ânimo, alterações no apetite e sono, por exemplo — têm impacto direto na saúde. “O sono tem papel importante na regulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que pode alterar o ciclo do cortisol, o hormônio do estresse. Ao não dormir bem, a tendência é apresentar cortisol elevado, o que pode aumentar o risco de obesidade, doenças cardíacas, entre outros”.

Já as alterações de apetite podem tanto levar à desnutrição ou, ao contrário, a uma piora da qualidade da alimentação, trazendo ganho de peso. Isso por sua vez pode favorecer aumento de pressão arterial, piora do diabetes e das taxas de colesterol.

“São situações frequentes que os quadros depressivos podem causar, gerando um efeito cascata, com piora da parte clínica. Essa piora dificulta ainda mais a melhora dos sintomas de humor”, explica o psiquiatra. Além disso, essas pessoas têm maior probabilidade de uso de substâncias como álcool, tabaco e outras.

Por isso o estudo enfatiza a necessidade de uma triagem mais ativa desses casos, que podem acabar evoluindo para quadros mais graves. Vale lembrar que o tratamento é baseado em um tripé que inclui acompanhamento psiquiátrico e uso de medicação, quando necessário, psicoterapia e medidas de estilo de vida, incluindo cuidados com a qualidade do sono, da alimentação, controle do estresse e atividade física.

Daí a necessidade de um tratamento integrado e colaborativo entre médicos e outros profissionais. “Também é importante a educação do paciente, que às vezes acha que basta tomar a medicação, lembrando desse efeito bidirecional entre depressão e outras doenças e da importância de tratar a parte física, emocional e mental para melhora do quadro”.

METRÓPOLES

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Justiça determina suspensão de greve dos servidores da saúde de Natal

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) determinou a suspensão imediata da greve deflagrada pelos servidores da saúde do município de Natal. A paralisação, iniciada no último dia 17 de junho, foi considerada abusiva pela Prefeitura do Natal, em razão dos impactos na assistência médica durante um cenário de crise sanitária e aumento de casos de arboviroses na capital potiguar. A decisão liminar, publicada no início desta quinta-feira (19), foi assinada pelo desembargador Cornélio Alves.

A medida atende a um pedido da Prefeitura do Natal, que ingressou com mandado de segurança cível apontando que a greve, liderada por cinco sindicatos da categoria, compromete serviços essenciais, como o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), hospitais e ações de vigilância em saúde. A decisão prevê multa diária de R$ 10 mil para cada sindicato envolvido, limitada a R$ 200 mil por entidade, em caso de descumprimento da ordem.

Entre as entidades envolvidas estão o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde), Sindicato dos Enfermeiros (Sindern), Sindicato dos Farmacêuticos (Sinfarn), Sindicato dos Odontologistas (Soern) e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal (Sinsenat). Entre as reivindicações das categorias, estão o pagamento retroativo do piso da enfermagem, gratificações por insalubridade, reajuste salarial de 24%, mudanças funcionais e melhorias estruturais nas unidades de saúde.

Segundo a decisão, a greve foi considerada abrupta e sem esgotamento prévio das tentativas de negociação por meio da Mesa Municipal de Negociação Permanente do SUS. O município alega que já havia proposto a reabertura do diálogo com prazo de até 60 dias para debater as reivindicações, além de apresentar um reajuste geral de 5,47% a ser pago em junho. A Justiça entendeu que os sindicatos não aguardaram resposta à proposta da Prefeitura antes de deflagrar o movimento.

Outro fator decisivo foi o contexto sanitário da cidade. O Departamento de Vigilância em Saúde registrou 2.057 casos prováveis de arboviroses até a 22ª semana epidemiológica de 2025, sendo a maioria de dengue. Além disso, há risco iminente de colapso no sistema de urgência e emergência, conforme laudos anexados aos autos. A paralisação também impactaria o atendimento durante os festejos juninos, período de alta demanda por atendimentos médicos.

Com base na Lei de Greve (Lei nº 7.783/89), o desembargador considerou que os serviços de saúde se enquadram como essenciais e que a manutenção de apenas 30% da força de trabalho, como previsto pelos grevistas, é insuficiente para atender às necessidades da população. O magistrado ressaltou que o direito à greve deve ser exercido com observância dos limites legais e sem colocar em risco a saúde e a vida da população.

A decisão liminar determina a imediata comunicação aos sindicatos para o retorno integral ao trabalho, sob pena de sanções. O processo agora segue para redistribuição a um relator definitivo, após o fim do plantão judicial. Os sindicatos têm prazo de 15 dias para apresentar defesa.

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Servidores da Saúde de Natal rejeitam proposta e iniciam greve por tempo indeterminado


Os servidores da saúde de Natal iniciaram, nesta terça-feira (17), uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após rejeitarem a proposta de reajuste salarial apresentada pela prefeitura em assembleia.

O movimento começou com uma caminhada e um ato em frente ao Palácio Felipe Camarão, na Cidade Alta. A categoria reivindica recomposição salarial de 24%, implantação da data-base retroativa a março, recomposição das gratificações previstas na Lei Complementar 120 e o fim dos cortes dessas gratificações durante licenças.

A prefeitura ofereceu reajuste de 5,47%, equivalente ao índice inflacionário de março de 2024 a março de 2025, e propôs um prazo de até 60 dias para retomar as negociações — proposta rejeitada pelo sindicato, que exige mesa imediata.

Em nota, o município afirmou que mantém disposição para o diálogo e que busca uma solução “realista e sustentável”, além de apelar para que o movimento não prejudique os serviços essenciais à população.

Portal 98 FM

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Consumo excessivo de energéticos leva jovens à internação no Brasil

O que parece uma simples dose extra de energia tem se tornado caso de hospital. Cada vez mais adolescentes estão sendo internados com sintomas como taquicardia, desmaios, picos de pressão e até arritmias graves após o consumo de bebidas energéticas — muitas vezes combinadas com álcool, em jejum ou antes de treinos. O alerta é da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que já registrou inclusive paradas cardíacas em jovens com menos de 25 anos.

Segundo a SBC, o problema está na superdosagem de substâncias como cafeína e taurina, que sobrecarregam o sistema cardiovascular. Uma única lata de energético pode conter o equivalente a quatro xícaras de café — e seus efeitos se intensificam com estresse ou álcool. Além dos riscos ao coração, o consumo abusivo também está associado a ansiedade, insônia e confusão mental.

Blog Paulo Mathias

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Cremern aponta colapso nos principais hospitais do RN por falta de insumos

Relatórios do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) apontam uma grave crise nos dois principais hospitais da rede estadual de saúde: o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, e o Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró. As unidades enfrentam desabastecimento de mais de 75% de medicamentos e insumos, com risco iminente à segurança dos pacientes e impacto direto no atendimento.

Diante da situação, o Cremern ingressou com uma Reclamação Pré-Processual na Justiça Federal no dia 3 de junho, pedindo que o Estado adote medidas urgentes. Passados 10 dias, segundo o presidente do conselho, Marcos Antônio Tavares, não houve melhora. “O objetivo é forçar o gestor a tomar uma iniciativa concreta para reverter o quadro”, afirmou.

Falta de medicamentos e risco de mortes evitáveis

No Walfredo Gurgel, vistoria realizada em 26 de maio constatou a ausência de antibióticos como Meropenem e Polimixina, trombolíticos como Alteplase, anestésicos, analgésicos, anti-inflamatórios e materiais básicos como seringas, agulhas e álcool 70%. Também faltam colírios e pomadas anestésicas na oftalmologia, além de lâminas específicas para o funcionamento do dermátomo elétrico na ala de queimados.

“A falta desses insumos compromete diretamente o tempo de internação, eleva o risco de infecções hospitalares e pode causar mortes evitáveis”, alerta o relatório do Cremern. O presidente do conselho relata que médicos da ala de queimados estão comprando materiais do próprio bolso para manter os atendimentos.

Débitos com fornecedores ultrapassam R$ 4 milhões

Um memorando enviado à Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) pelo chefe da Farmácia do Walfredo Gurgel, Thiago Bezerra, reconhece o colapso e atribui o desabastecimento à inadimplência com fornecedores. Segundo o documento, a dívida supera R$ 4,1 milhões, sendo R$ 1,3 milhão com a UNI Hospitalar, R$ 617 mil com a Conquista Distribuidora e R$ 280 mil com a ROSS Medical.

A falta de pagamentos levou à suspensão nas entregas de medicamentos e insumos essenciais. Thiago alerta que isso compromete áreas críticas como urgência, emergência e centro cirúrgico, além da realização de exames laboratoriais fundamentais, como bioquímica, imunologia, sorologia e microbiologia.

Tarcísio Maia também enfrenta crise

Em Mossoró, vistoria feita no Hospital Regional Tarcísio Maia em fevereiro apontou um cenário semelhante, com 29 leitos de UTI e um deles bloqueado por falta de insumos. A unidade também sofre com a paralisação de reformas e com entregas incompletas de materiais solicitados. A compra emergencial sem licitação foi autorizada, mas o Cremern afirma que o cenário permanece crítico.

Situação é generalizada, diz Cremern

Segundo Marcos Tavares, a crise vai além dos hospitais vistoriados. O Hospital Santa Catarina, por exemplo, estaria com sua UTI funcionando de forma precária, segundo relatos médicos. “Estamos falando de unidades que atendem os casos mais graves. Sem estrutura, os profissionais não têm como oferecer atendimento de qualidade”, disse.

Governo alega perda de receita e esforço para normalizar estoques

Até a publicação desta matéria, a Sesap não se manifestou após o novo relatório, mas foi procurada pela reportagem da 98 FM. No início do mês, a pasta chegou a trazer justificativas sobre informações anteriores, alegando que o cenário de déficit ocorria devido a queda na arrecadação do ICMS, que teria retirado R$ 132 milhões da saúde em 2024. A sesap afirmou ainda, na ocasião, que vem realizando “esforços permanentes” para abastecer as unidades. Informou ainda que os hospitais utilizam recursos da Fonte 500 (estadual), considerada instável, e que há processos licitatórios em andamento, sem prazo de conclusão.

O Cremern afirma que todas as vistorias são feitas com transparência, com relatórios enviados também ao Conselho Federal de Medicina. Para o conselho, o cenário atual representa um risco real de colapso da rede pública hospitalar no Rio Grande do Norte.

Com informações da Tribuna do Norte

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O que é albinismo? Entenda a condição genética e cuidados necessários

O albinismo é uma condição genética hereditária rara caracterizada pela presença de pele muito clara, cabelos brancos ou loiros, olhos azulados, avermelhados ou castanho-claros, além de alta sensibilidade à luz solar e alterações na visão. Ela afeta diretamente a produção de melanina, o pigmento responsável pela coloração desses órgãos, mas que também protege contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta.

De acordo com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), estima-se que cerca de 21 mil brasileiros convivam com o albinismo. A condição, que pode ser parcial ou total, está relacionada com mutações em ao menos 19 genes já identificados e apresenta diferentes formas: o albinismo óculo-cutâneo, que atinge pele, cabelos e olhos; o albinismo ocular, restrito aos olhos; e as síndromes raras associadas, como Hermansky-Pudlak, Chediak-Higashi e Griscelli, que também podem afetar o sistema imunológico, a coagulação sanguínea e a função neurológica.

Devido a sua abrangência, a condição exige um cuidado multidisciplinar e tem uma data específica no calendário de saúde: 13 de junho, o Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo, que busca ampliar o conhecimento e combater o estigma social que ainda a envolve.

Prevalência do albinismo no Brasil e no mundo

No Brasil, a falta de um mapeamento epidemiológico oficial dificulta o conhecimento da real distribuição do albinismo. “Estudos regionais indicam maior incidência em áreas com população negra, especialmente no Nordeste. Em Salvador (BA), por exemplo, há registros em 44% dos bairros analisados, e na comunidade quilombola da Ilha da Maré, a frequência chega a 1 albino para cada mil habitantes. Municípios como Lençóis Maranhenses, no Maranhão, também apresentam prevalência significativa”, relata Theodoro Habermann Neto, dermatologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP).

Conforme a literatura médica, no cenário global, a incidência média é de 1 caso a cada 20 mil pessoas, mas o número varia conforme a região e fatores culturais. Nos Estados Unidos, a frequência é menor (1 para 37 mil); entre os indígenas Cuna, no Panamá e na Colômbia, pode chegar a 6,3 por mil habitantes. Na África Subsaariana, a prevalência é bem maior — cerca de 1 caso para cada 1,5 mil habitantes, chegando a 1/1000 em países como Tanzânia e Zimbábue. A alta prevalência na África está relacionada a fatores como baixa mobilidade geográfica, consanguinidade e práticas tradicionais de casamento.

Cuidados essenciais com a saúde

Conforme Theodoro Habermann Neto, por se tratar de uma condição genética, não há cura. “O tratamento foca no acompanhamento oftalmológico precoce e contínuo, na prevenção dos danos causados pelo sol e no monitoramento dermatológico para detectar lesões cancerígenas ou pré-malignas o quanto antes”, afirma.

Entre os cuidados básicos, estão o uso diário de protetor solar , roupas que protejam a pele, chapéus de aba larga, óculos com proteção UV e protetor labial. “A ausência de melanina aumenta o risco de câncer de pele, que pode surgir mais cedo e com maior frequência”, alerta o especialista.

Impactos psicológicos e sociais que afetam a qualidade de vida

Além dos aspectos físicos, o médico destaca os desafios psicológicos e sociais enfrentados por essas pessoas. “O estigma, o isolamento, a discriminação e, em alguns países, ameaças de violência baseadas em crenças supersticiosas comprometem sua qualidade de vida, levando ao abandono escolar, dificuldades no mercado de trabalho e nas relações sociais e afetivas”, conclui Theodoro Habermann Neto.


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‘Canetas emagrecedoras’ chegarão em breve as farmácias brasileiras

O setor farmacêutico brasileiro se prepara para uma nova fase no tratamento da diabetes e da obesidade, impulsionada pela iminente quebra da patente do Ozempic, medicamento da Novo Nordisk. A partir do segundo semestre de 2025, o mercado deve receber alternativas mais acessíveis, e a farmacêutica EMS está à frente desse movimento, com o lançamento previsto de canetas injetáveis baseadas em princípios ativos já consagrados.

A aposta inicial da EMS recai sobre a liraglutida — substância eficaz tanto no controle dos níveis de glicose quanto na redução de peso. Com aprovação já concedida pela Anvisa, os novos produtos da empresa prometem democratizar o acesso a terapias avançadas, combinando tecnologia desenvolvida no Brasil com preços mais competitivos em relação aos tratamentos atualmente disponíveis.

Como funcionam as canetas emagrecedoras à base de liraglutida?

A liraglutida é um análogo do hormônio GLP-1, responsável por regular a glicose no sangue e contribuir para a redução do apetite. O uso desse medicamento é feito por meio de injeções diárias, facilitadas pelo formato de caneta aplicadora. No Brasil, a EMS lançará duas versões: Lirux, indicado para diabetes tipo 2, e Olire, voltado para o tratamento da obesidade.

A principal diferença entre os dois produtos está na dosagem recomendada para cada finalidade. Enquanto o Lirux será destinado ao controle glicêmico, o Olire terá doses ajustadas para promover a perda de peso em pessoas com sobrepeso ou obesidade. A expectativa é que ambos estejam disponíveis para compra a partir de agosto de 2025, com uma produção inicial de 250 mil unidades.

O que muda com a chegada dos medicamentos similares para diabetes?

Apesar de serem popularmente chamados de “genéricos”, os novos produtos da EMS são classificados como medicamentos similares. Isso significa que possuem o mesmo princípio ativo, concentração e forma farmacêutica dos medicamentos de referência, mas são comercializados sob nomes de marca próprios. Essa categoria segue regras específicas da Anvisa e, na prática, oferece alternativas com preços mais acessíveis ao consumidor.

Quando os genéricos de semaglutida estarão disponíveis no Brasil?

Uma das dúvidas mais frequentes é sobre a chegada dos genéricos de semaglutida, princípio ativo do Ozempic, ao mercado nacional. Atualmente, a patente do Ozempic segue válida até 2026, garantindo exclusividade à Novo Nordisk. Por esse motivo, a EMS e outras empresas só poderão lançar suas versões a partir do segundo semestre de 2026.

A semaglutida apresenta uma vantagem importante em relação à liraglutida: a aplicação semanal, em vez de diária, o que pode aumentar a adesão ao tratamento. A expectativa é que, com o fim da patente, haja uma redução significativa nos preços e maior oferta de opções para pacientes com diabetes tipo 2 e obesidade.

Quais os impactos esperados para pacientes de diabetes e profissionais de saúde?

A entrada de medicamentos similares e, futuramente, genéricos, tende a ampliar o acesso a tratamentos modernos, beneficiando principalmente quem depende dessas terapias para o controle de doenças crônicas. A redução de custos pode facilitar a adesão ao tratamento, enquanto a variedade de opções permite uma escolha mais personalizada, conforme a indicação médica.

  1. Maior oferta de medicamentos injetáveis para diabetes e obesidade.
  2. Preços mais competitivos, estimulando a concorrência no setor.
  3. Facilidade de prescrição, com produtos específicos para cada condição.
  4. Possibilidade de tratamentos com aplicações menos frequentes, como no caso da semaglutida.

Com essas mudanças, o cenário do tratamento para diabetes e obesidade no Brasil deve se tornar mais dinâmico e acessível, acompanhando tendências internacionais e promovendo avanços importantes na saúde pública.

O Antagonista

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Joia tropical: fruta baixa pressão e açúcar no sangue naturalmente


Em um mundo de remédios, a natureza oferece uma alternativa doce e poderosa para o bem-estar. A fruta-do-conde, também conhecida como pinha, emerge como uma verdadeira joia tropical, atuando como um regulador natural das funções cardiovasculares e metabólicas, controlando a pressão alta e a glicemia naturalmente.

Esta fruta de polpa cremosa, rica em potássio, vitamina C e compostos bioativos, oferece propriedades medicinais surpreendentes. Enquanto muitos buscam soluções farmacêuticas, ela se destaca como um aliado acessível e eficiente para sua saúde.

Para aproveitar ao máximo, consuma a polpa in natura ou inclua-a em vitaminas e sobremesas. Assim, garante-se todos os seus nutrientes. Lembre-se, porém, que apenas a polpa é segura para ingestão, garantindo seu bem-estar.

Coração saudável e pressão sob controle

A fruta-do-conde contém potássio significativo, mineral essencial para o relaxamento dos vasos sanguíneos. Este efeito ajuda diretamente a circulação, contribuindo para o controle natural da pressão arterial.

Seus compostos ativos funcionam como bloqueadores naturais dos canais de cálcio, mecanismo similar ao de medicamentos para hipertensão. Uma verdadeira farmácia natural.

Açúcar no sangue estável

Os antioxidantes presentes na fruta-do-conde exercem efeito protetor sobre as células do pâncreas, fundamentais para a produção de insulina. Esta ação vital ajuda a manter os níveis de glicemia estáveis, sendo benéfica na prevenção do diabetes.

Sua combinação singular de fibras e nutrientes contribui para uma liberação mais lenta do açúcar, evitando picos glicêmicos após as refeições, promovendo bem-estar.

Mais benefícios para seu corpo

Além de seus impactos na pressão e glicemia, a fruta-do-conde melhora a saúde intestinal, pois é incrivelmente rica em fibras essenciais. Esta propriedade crucial ajuda na formação adequada do bolo fecal, estimulando os movimentos do intestino para uma digestão mais suave.

Adicionalmente, ela fortalece os ossos, sendo excelente fonte de cálcio, fósforo e magnésio. Estes minerais vitais aumentam a resistência e densidade óssea, prevenindo doenças como a osteoporose. Sua alta concentração de vitamina C ainda oferece um efeito significativo na melhora da pele.

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Anvisa aprova Mounjaro para tratamento de obesidade e sobrepeso

A Anvisa aprovou o Mounjaro (tirzepatida), comercializado no Brasil pela farmacêutica Eli Lilly, para o tratamento de sobrepeso com comorbidades ou obesidade, nesta segunda-feira (9), conforme publicação no Diário Oficial da União. Anteriormente, em setembro de 2023, o medicamento já havia sido autorizado pela agência para o tratamento do diabetes tipo 2.

A decisão considerou os resultados de estudos clínicos que demonstraram a eficácia e segurança do medicamento no tratamento da obesidade.

O Mounjaro é um fármaco que atua nos receptores GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon) e GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose), hormônios intestinais que auxiliam no controle do metabolismo energético —especialmente na regulação da glicose e do apetite.

Em estudos recentes, o medicamento se mostrou eficaz em pessoas com sobrepeso ou obesidade (sem diabetes), que perderam, em média, até 22,5% do peso corporal, quando combinado com dieta e exercícios.

A tirzepatida foi comparada com a semaglutida (substância usada em remédios como Ozempic e Wegovy) em outra pesquisa. Cerca de 65% dos pacientes perderam pelo menos 15% do peso, e 20% perderam 30% ou mais com o uso do medicamento.

Além da perda de peso, os participantes que usaram tirzepatida também apresentaram melhora na pressão arterial, colesterol e gordura abdominal —fatores importantes para a saúde cardiovascular.

A obesidade é uma doença crônica que afeta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo — sendo 40 milhões no Brasil, o equivalente a um em cada quatro adultos.

A condição está ligada a mais de 200 complicações, incluindo aumento no risco de diabetes tipo 2 (243%), doenças cardíacas (69%) e hipertensão (113%). Segundo a World Obesity Federation, até 2045, 75% dos adultos brasileiros poderão ter obesidade ou sobrepeso.

Em nota oficial à Folha, o diretor sênior da área médica da Eli Lilly no Brasil, Luiz Magno, afirmou que “as novas opções de tratamento trazem mais oportunidades para quem vive com obesidade e está à procura de melhores alternativas para controle de peso”.

Ele também reforçou que “a obesidade é diferente de um desejo social de emagrecer. A Lilly não promove ou encoraja o uso de medicamentos para fins estéticos e entende que essa prática só estigmatiza ainda mais a medicação para os pacientes que realmente precisam dela para ter benefícios para a saúde.”

Folha de S. Paulo

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Pesquisadores da UFRN estudam novo tratamento para menopausa e oferecem vagas para voluntárias

Pesquisadoras do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CCS/UFRN) estão recrutando voluntárias para um estudo que avalia uma terapêutica não hormonal voltada a mulheres com síndrome geniturinária da menopausa (SGM) e histórico de câncer de mama. As inscrições podem ser feitas até o dia 1º de julho por meio de formulário on-line.

A pesquisa, intitulada Avaliação da função sexual e microbiota vaginal pós Radiofrequência Fracionada Microablativa (RFFMA), é conduzida pela professora Nicoli Serquiz e orientada pela professora Ana Katherine Gonçalves, do Departamento de Tocoginecologia (DTG) do CCS/UFRN.

Segundo Nicoli Serquiz, “o objetivo da pesquisa é avaliar os efeitos da RFFMA na redução dos sintomas da SGM, o que contribui para a melhora do ressecamento, da dor durante a relação sexual e do desconforto ao urinar”. A técnica utiliza ondas eletromagnéticas capazes de estimular a produção de colágeno e regenerar os tecidos da mucosa vaginal.

Podem participar mulheres com idade entre 40 e 65 anos, que tenham concluído o tratamento contra o câncer de mama e apresentem sintomas da SGM. “As voluntárias receberão três sessões de tratamento, com intervalos de 28 a 40 dias entre elas. O acompanhamento inclui avaliações clínicas antes do início do tratamento, 30 dias após cada aplicação e seis meses após a última sessão”, explicou Serquiz.

Durante o período de acompanhamento, serão realizadas consultas médicas, coletas de amostras, aplicação de questionários e exames clínicos. Os atendimentos ocorrem na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC/UFRN), com acompanhamento das pesquisadoras responsáveis, ginecologistas especializados e equipe multiprofissional.

Outras informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (84) 98117-8048.

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